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História Cartas para Peter - O beijo


Escrita por: Kim_SeokBiia

Notas do Autor


Oii, tudo bem? Ta aí mais um capítulo e espero muito que gostem!!

Capítulo 3 - O beijo



Querido Peter,
               Eu estava andando no corredor da escola indo pra minha aula de biologia e perdida como sempre, até que esbarro em uma garota fazendo com que todos os livros que eu segurava e o celular dela caíssem. Antes mesmo que eu pudesse abaixar para pega-los a garota começou a me gritar, dizia que sou louca, que não presto atenção e que amassei a roupa dela, eu pedia desculpas mas a garota estava descontrolada e gritava comigo feito louca. "Pare, ela não teve culpa, você que estava distraída com esse celular..." corei imediatamente ao perceber que era você com esse seu tom rouco. "... e ela não é nenhuma das tuas amiguinhas pra você trata-la assim, então para, para que ta feio..." ela pegou seu celular no chão e saiu bufando e batendo os pés. Você me ajudou a pegar meus livros que ainda se encontravam no chão, me levou à secretaria para pegarmos autorização para entrar em sala já que estávamos atrasados, e logo depois me ajudou a encontrar minha sala, eu agradeci e antes que eu pudesse entrar na sala você me puxa e pergunta se pode me deixar em casa quando acabar a aula pois quer falar algo comigo, eu disse que sim com a cabeça e entrei em sala, pedi licença ao professor, lhe entregouei a autorização e sentei-me numa cadeira no fundo da sala, tentei me concentrar na aula mas só consiguia pensar em você e no que queria falar comigo.
               Então o sino que anuncia o fim das aulas tocou e todos saíram depressa, eu arrumei minhas coisas com calma e quando estava saindo vejo você encostado na porta a minha espera, "Vamos??" você diz estendendo a mão pra mim e sorrindo - ah esse sorriso - eu sorrio de volta, pego em sua mão e nós seguimos até a saída. Já estávamos chegando na minha casa quando eu pergunto "Mas então, o que queria falar comigo?" perguntei com um certo entusiasmo, "Ah sim, tinha me esquecido. Bom é que... Eu... Eu... Eu queria saber se você quer sair comigo, sei lá talvez um sorvete ou uma volta no parque ou, enfim... O que acha?"  Você parecia nervoso, pois gaguejava e repetia palavras. Fiquei um pouco surpresa mas aceitei, por dentro eu estava gritando, morrendo e surtando, mas por fora eu estava calma como a brisa de domingo num fim de tarde. Chegamos na porta da minha casa, "Então às 14h eu venho busca-la."  Assenti com a cabeça e entrei, quando fechei a porta comecei a dançar e pular de tanta felicidade, minha mãe que estava entrando na sala com uma travessa de lasanha na mão me olhava como se eu fosse uma completa estranha e eu ri, ela colocou a travessa sobre a mesa e veio até mim "Será que a senhorita poderia dividir comigo essa felicidade toda??!"  Ela disse num tom um pouco irônico mas sorrindo. "Foi ele mãe, o Peter, ele me chamou pra sair, ele me chamou pra sair mãe!!!"  Eu disse sorrindo muito até que ela começou a sorrir comigo, me abraçou e disse pra eu me aprontar para almoçar. 
               Eu subi para o meu quarto saltitando, coloquei uma roupa qualquer, lavei as mãos e desci para comer; comi e fui lavar a louça, terminei e fui me arrumar. Tomei um banho gelado como de costume e ao sair escovei o dentes e sequei o cabelo, coloquei um shorts jeans escuro cintura alta, uma regata branca dos Beatles, uma blusa xadrez na cintura e um All Star Branco de couro, peguei uma bolsa de ombro marrom com franjas, passei rímel e um batom vermelho. Peguei meu celular e vi que tinha uma mensagem sua "já estou chegando" olhei as horas e já era 13h51, desci e fiquei a sua espera na sala. Logo após alguns minutos você chega, abro a porta e te convido pra entrar, você entra e no mesmo instante minha mãe vem da cozinha com um sorriso estampado no rosto, ela te abraça e fica repetindo o quanto você mudou, cresceu, está lindo... Ela fica te entupindo de elogios, até que enfim ela te larga e nós podemos sair. 
               Nós saímos andando em direção ao parque, ao chegarmos, ficamos andando, compramos um algodão doce e ficávamos passeando e observando os grupos de amigos, os casais e as crianças que brincavam por lá; alugamos umas bicicletas e andamos até não poder mais, brincamos em alguns brinquedos e jogamos até futebol na grama com algumas crianças. Até que resolvemos sentar, procuramos uma árvore grande, pois traria uma sombra maior, ao encontrarmos sentamos em baixo da mesma e suspiramos juntos, nos olhamos e sorrimos, até que começamos a falar sobre como foi viver esse tempo sem a companhia um do outro - fico muito feliz em saber que sentiu a minha falta Peter - conversamos sobre diversas coisas, até que chegamos ao assunto Marck (meu pai), "Fiquei sabendo do seu pai, fiquei muito triste, ele era como um pai pra mim também... Ah me desculpe, imagino que pra você deve ser muito difícil tocar nesse assunto" Se você achou que eu ficaria mal por lembrar da morte do meu pai, você estava enganado. "Na verdade eu fico sim triste por não ter mais o meu pai aqui do meu lado pra me dar broncas, me proteger, brigar comigo e depois cair na  gargalhada, fico triste por ter perdido um ser tão importante e essencial na minha vida. Fico triste, com saudade, fico mal, é normal é o meu pai... Mas também fico feliz, pois sei que pra onde quer que ele tenha ido, ele está melhor agora, ele teve a chance de viver novamente e em um lugar muito melhor, mais bonito, sem dor, sem tristeza e sofrimento, um lugar repleto de amor, paz e tranquilidade. Eu sei que ele está do meu lado como um anjinho pra me proteger e me cuidar, e não vai me abandonar nunca!" acho que você ficou um pouco surpreso, talvez não esperasse por essa resposta.
               Nós conversamos sobre tudo, toda a nossa vida durante esse tempo em que estivemos longe um do outro, você me contou sobre como é lá no Brasil, os costumes, as comidas e o clima, deu até vontade de me mudar pra lá... Até que passamos na sorveteria, "Você quer de que? A não, pera... Já sei, creme e morango. Acertei?" fiz que sim com a cabeça e sorri, é Peter, parece que você ainda me conhece muito bem... Mas eu também não me esqueci que você ama gatos, sorvete de flocos, que sua cor favorita é azul, que adora me ver arrepiada, que você ama que façam cafuné em você, assim como eu; eu te conheço tão bem quanto você mesmo, ou até mais.
               Compramos o sorvete e saímos andando observando a paisagem, já estava perto de escurecer então boa parte das pessoas que estavam lá já tinham ido embora. Paramos em frente ao lago e ficamos a observa-lo, até que perce me olhando, eu olho pra você e pergunto o porquê de estar me olhando, "Porque você é linda. Porque os teus olhos azuis me atraem de forma inexplicável. Porque dês de que eu te vi a uma semana atrás, eu não consigo esquecer o seu sorriso, a sua voz, seus olhos brilhantes, o seu abraço e a imensa vontade de beijar..." você falava me olhando fixamente nos olhos, acariciando os meus cabelos e se aproximando cada vez mais, até que você me beija e o mundo para, posso ver todos os momentos que passamos juntos voltar a minha mente, e então eu penso que esse poderia ser o fim, e eu poderia morrer agora. Até que nós paramos o beijo e sorrimos, foi mágico!
               Nós seguimos de volta pra minha casa, andávamos devagar, apenas sentindo o vento bater em nossos rostos. Chegamos e você me disse que foi muito bom passar a tarde comigo, jogar, brincar e relembrar a infância. Você disse que esperou muito tempo pra me reencontrar, e que valeu muito apena. Ao te ouvir dizer essas palavras, não pude conter meu sorriso, e você também não, sorriamos como crianças. Então eu disse que também adorei o nosso dia juntos e que devíamos sair assim mais vezes. Me despedi e quando virei-me pra entrar, você me beija novamente.
               Peter eu simplesmente amei nosso dia. Quero dizer que esse beijo jamais será esquecido, vai ta guardadinho aqui na minha memória, um dos melhores momentos, só sei que quero viver aquele beijo sempre e sempre, todos os dias e à toda hora. Meu amor, você não sabe o quanto esperei por esse beijo! Sei que será só mais um de muitos...
PS: Amo-te!
                        De sua pequena,              
                                       Harley!

 



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