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História Cartas para Peter - One Call Away


Escrita por: Kim_SeokBiia

Capítulo 6 - One Call Away


Fanfic / Fanfiction Cartas para Peter - One Call Away

Querido Peter,

               Fico muito feliz por estarmos nos reaproximando tão rápido. Hoje eu e minha mãe fomos à sua casa para rever seus pais.
               E fomos recebidos muito bem. Adorei! Minha mãe se divertiu como nunca antes, e fico feliz por isso pois dês de que papai se foi, não tinha visto ela tão feliz e sorridente.
               Hoje foi a primeira vez que nos vimos depois do beijo. Quando cheguei na escola, ia andando até a lanchonete para comprar meu café como de costume, antes que eu pudesse pega-lo sinto alguém atrás de mim, quando olho, você, com esse sorriso encantador. Nos abraçamos e você me deu um selinho, o que me deixou um pouco sem graça. E foi aí o convite... "Minha mãe ficou sabendo que nos reencontramos e que saímos aquele dia, ela queria que você e a Dn. Molly fossem almoçar lá em casa. Ela está morrendo de saudade de vocês. E meu pai vai almoçar lá também, momento histórico, você vai né??"  Você disse meio animado, e eu respondi, "Bom, eu irei, é claro. Mas tenho que falar com minha mãe, mas acho que ela aceita sim, ela também está morrendo de saudade de vocês. Mas não é certo, vou falar com ela e te aviso." o sino pra entrarmos em sala tocou e fomos pra sala.
               Na hora da saída, você tava lá na porta da sala me esperando. Disse que queria me acompanhar até em casa e falar com minha mãe. Chegamos na minha casa, entramos e fomos até a cozinha pra falar com minha mãe, ela estava lá encostada no balcão pensando.
Eu: Oi mãe. O que faz aí?
Molly: Ah, estou pensando, ainda não sei o que fazer para almoçarmos. Ooi Peter! Ta bem? Vai almoçar aqui conosco?
Você: Oi Dn. Molly, estou muito bem obrigado! E não, não vou almoçar aqui. Inclusive vim fazer um convite.
Molly: Convite? Que convite??
Você: Na real é um convite feito pela minha mãe, mas serve como meu também... Bom, minha mãe ficou sabendo que eu e a Harley nos reencontramos e convidou a Harley e a senhora pra almoçar conosco lá em casa. Topa?!
Molly: Aawn sério?! Que amor!! Eu topo é claro... Mas hoje? Agora? Tinham que ter avisado antes. Não me arrumei...
Você: Ta tudo bem rsrs... Bom, eu já vou, e espero por vocês. Não demorem em.
               Você disse com um ar de ansiedade, sorriu e eu disse que te acompanharia até a porta, antes de sair você disse que estaria a minha espera e deu-me mais um selinho, senti minhas bochechas queimarem, e então você sorriu e saiu. Voltei a cozinha mas minha mãe já havia subido para se vestir, então subi pra arrumar-me também.
               Desci ao ouvir minha mãe me gritar dizendo que estávamos atrasadas. Então desci, olhei para ela e a elogiei, ela estava linda com uma calça jeans não muito colada e pouco rasgada, uma regata preta e um salto nude, usava brincos de argola e seu cabelo pouco ondulado preso em um rabo de cavalo. Ela agradeceu e elogiou a mim também, eu estava vestida com um shorts jeans cintura alta, uma regata cinza folgada e uma blusa xadrez por cima (aberta), um tênis branco e uma bolsa preta e usava também várias pulseiras e anéis.
               Ao chegarmos, tocamos a campainha e sua mãe nos recebeu na porta com um sorriso de orelha a orelha, nos abraçou e pediu para que entrássemos. Entramos e fiquei a observar a sua casa, tinha me esquecido do quão bonita e bem decorada ela era. Estava completamente distraída enquanto nossas mães conversavam até que seu pai entra na sala me tirando de meus pensamentos, nos cumprimentou e ficou dizendo que eu estava linda, que havia crescido muito, que queria me ouvir cantar novamente e que estava com saudades da garotinha dos cabelos de fogo, eu apenas agradecia e sorria de canto. Até que você entra na sala sorrindo, cumprimenta minha mãe e me abraça delicadamente, ficamos todos a conversar, falando como o tempo passou rápido até que um de seus empregados entra na sala pra dizer que o almoço estava pronto e que a mesa já estava posta, então seguimos diretamente para sala de jantar.
               Almoçamos e ainda na mesa, sua mãe disse que tinha uma surpresa pra mim, fiquei curiosa, ela levantou e dirigiu-se para cozinha, ficou apenas alguns segundos lá e voltou cantarolando algo como "tantantan tantantan tantantan" , entrou na sala de jantar com uma bandeja de pudim na mão, ela sabia que era minha sobremesa favorita...

               Comemos e nossos pais foram para o jardim conversar, minha mãe sorria e gargalhava como nunca antes, fiquei muito feliz com isso. E nós subimos para o seu quarto, ficamos lá durante umas 2 horas ou mais. Ficamos a olhar fotos antigas de quando éramos crianças, e lembrando o quanto era bom aquele tempo. "Como era bom, sinto muita saudade daquele tempo. Dos momentos, das brincadeiras... Daquela vida e de tudo nela!!"  eu disse sorrindo. "É, era muito bom mesmo! Seria bom se fossemos crianças pra sempre. Porém, por outro lado, seria ruim também. Porque eu não poderia fazer isso..."  Ao dizer, você me encarava com uma expressão de lembrança ou admiração, até que roubou-me um beijo, muito bom por sinal. E depois desse beijo veio um sorriso, olhos brilhando, rosto queimando e mais um e mais um beijo, ficamos ali por alguns minutos até que parei o beijo e perguntei: "Peter, tem uma dúvida que anda me perturbando dês do nosso primeiro beijo. O que você sente por mim? Sou apenas uma diversão pra você ou você realmente sente algo por mim? Ou melhor, o que somos??" dei uma pausa e fiquei a observa-lo que me olhava com cara de espantado, então me dei conta do que acabara de falar e continuei "Oh Peter, desculpe-me! Acho que não devia ter perguntado tanto coisas tão sem sentido. Desculpe-me, não foi a intenção, acho que é melhor eu ir embora..."  eu disse e dei as costas à você, fui andando em direção a porta até você me puxar pelo braço me jogando contra o seu corpo e passando a mão sob meu rosto e cabelos. "Não, na verdade, eu também vivo me fazendo essas mesmas perguntar que não, não são sem sentido. E sim cheias dele. Bom,  o que sinto por você?! Na verdade muita coisa e a muito tempo, dês de criança sinto algo forte por você. Mas nunca te disse porque sempre soube que você não sentia o mesmo. O tempo no Brasil foi torturante, não ver o seu rosto todos os dias estava me matando... Senti muito a sua falta. Quando soube que voltaria pra Toronto, fiquei louco e contava cada segundo até chegar aqui. No mesmo dia que cheguei fui a sua procura, não encontrava seu telefone e como passei tantos anos longe não lembrava do teu endereço. Fui à escola e procurava por você em meio à multidão mas nunca te encontrava. Até o momento em que você veio falar comigo, fiquei tão surpreso que não consegui reagir, quando me dei conta do que havia acontecido você já estava indo embora então corri e a abracei, a vontade era beija-la mas não podia. Quanto a segunda pergunta acho que já respondi. E bom, até agora somos amigos mas podemos mais que isso, só depende de você." você disse com um pouco de receio ao falar, eu simplesmente amei ouvir isso de ti pois era exatamente o que eu sentia, mas achei que tu não gostasse de mim, não pude acreditar. Fiquei alguns segundos encarando-te meio que sem reação, senti que você tinha medo da resposta, então respondi: "Peter eu, nem tenho o que dizer... Eu... Bom na verdade eu também sempre senti algo assim por você, nunca foi só amizade... E meio que eu também sempre me senti assim, também nunca te contei sobre o que sentia pois achava que você também não sentia nada por mim, inclusive achei que você nem se importava tanto assim comigo, e achei que não havia falado comigo antes porque não queria, achei que havia se cansado de mim. Quando disse aquelas coisas pra mim e me beijou eu fiquei completamente perdida, não entendia mais nada, ainda mais porque você continuou com os beijos o que me deixou ainda mais confusa, até agora...  Bom confesso que  estou um pouco assustada ainda mas... acho que vai ficar tudo bem, até porque acabo de saber que o meu amor não correspondido é na verdade correspondido sim." Eu disse sorrindo pois estava muito feliz e você me olhava com cara de muita felicidade e surpresa, com um sorriso sem graça e espontâneo o que me fez quase babar... "Então você topa tentar algo comigo?" Você disse pegando em uma de minhas mãos e me olhando fixamente nos olhos com um sorriso que estampava dúvida e medo. "Sim, eu topo tentar algo com você. Mas tem uma condição. Tem que ser em segredo, pelo menos por enquanto... Só até termos certeza do que estamos fazendo, ou até quando estivermos prontos para assumir para todos." Você assentiu com a cabeça e deu-me um beijo demorado. É claro que eu aceitaria Peter, saber que você diz sentir o mesmo que eu, descobrir que sempre fui correspondida sem saber, que você se importava sim comigo e que tentou sim me reencontrar quando chegou no Canadá. Melhores descobertas da minha vida...

               Descemos com o álbum em mãos para mostra-lo aos nossos pais. Já estava escuro, perdemos a hora conversando. Até que seu pai começa a me pedir para cantar, eu recuso o convite de início mas ele insistiu até você e nossas mães pedirem também, acabei cedendo. Você subiu para buscar seu violão e fiquei a sua espera. Quando chegou, fique com um  certo receio de cantar pois havia um bom tempo que eu não cantava pra alguém assim, então você resolveu me ajudar e começou a cantar comigo, cantamos uma composição nossa, não sei se você se lembra mas gostávamos de compor quando crianças, então cantamos One Call Away, compomos essa música semanas antes de você mudar-se para o Brasil, foi como uma despedida, "estou a apenas uma ligação de distância, estarei lá para salvar o dia, super-Homem não é nada comparado a mim, estou a apenas uma ligação de distância, me ligue, amor, se você precisar de um amigo. Eu só quero te dar amor. Vamos, vamos, vamos, te alcançando, então arrisque, não importa aonde vá, você sabe que não está sozinha" era linda aquela cena, deveriam ter gravado. Então cantei depois com minha mãe e depois sozinha, cantei composições minhas, músicas já existentes, mais algumas composições nossas e composições do meu pai. Depois de cantarmos e tocarmos muito jantamos e minha mãe disse que precisávamos voltar para casa, então você disse que havia esquecido de me dar uma coisa e pediu para que eu o acompanhasse até o escritório, logo entendi o recado. Nos despedimos e eu desci. Me despedi de seus pais e eu e minha mãe voltamos pra casa. 

               Foi ótimo Peter, eu cantei pra outras pessoas além de mim e das paredes. Estou me superando, superando meus medos e traumas, e isso é ótimo. E o melhor é que não sou só eu que estou melhorando, é minha mãe também, ela estava sorrindo tanto que nem a reconheci, depois que papai se foi ela não sorria tanto, não perto de pessoas. Estou amando o efeito que esse reencontro causou, a felicidade e prazer que trouxe. Sabe Peter acho que o que mais quero agora é que isso dê certo...

               Quero poder beija-lo na frente dos outros, poder ficar além dos abraços em frente as pessoas... E poder ouvir de sua boca que me ama!!

PS: Amo-te!

De sua pequena, 

Harley!



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