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História Cartas para você - Epílogo


Escrita por: bearwinter

Notas do Autor


Último cap. Fic curta? Sim, não era para ser uma fanfic então não pensei em como fazer com que ela ficasse maior.

Capítulo 7 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Cartas para você - Epílogo

                     POV ANNE

Ele havia partido, do mesmo jeito que deixamos pensar que eu havia. Não queria que isso chegasse ao ponto que chegou, só queria ser feliz ao lado de minha mãe.

Há minha volta, todos estavam de negro, no velório de meu pai, alguns tinham os olhos vermelhos de tanto chorar, outros apenas estavam cabisbaixo, se sentido culpado por me ajudar a engana-lo.

Minha mãe passou a mão sobre meus cabelos ruivos apagados, sua mão estava com uma luva negra, seu rosto tampado com um véu da mesma cor, seu vestido e salto preto pareciam estar desbotados. Ela me deu um fraco sorriso, e deixou-me sozinha para se juntar a todos que rodeavam o caixão aberto.

Ando calmamente, com receio, até o caixão. Olha para meus pés, que não estava coberto de luxo, apenas uma sapatilha preta sem nenhum tipo de brilho, meu vestido completamente preto estava a dois dedos acima do joelho, minhas mãos e cabeças não vinham com nada negro, apenas as minha unhas. Quando chego ao lado do caixão sinto minhas pernas tremendo, me seguro amava,bro da pessoa mais próxima, não olhei para essa pessoa então não sabia quem era, no caixão estava ele, parecia dormir tranquilamente, um sono sem fim, ele não acordaria novamente, não iria mais me atormentar, poderia viver feliz.

Pediram então que todos se sentassem e que eu e minha mãe nos levantassemos para dizer os textos fúnebres. Minha mãe foi a primeira.

-Ronald Mormonth era um bom homem, sempre alegre e companheiro. Foi por esse homem que me apaixonei, ele se mostrava como um príncipe encantado, não fazia nada que não fosse para meu bem, mas o tempo o mudou e eu continuei amando-o, amando-o do fundo do coração, mas amava ainda mais a minha filha, a filha que tinha dado a luz a pouco tempo, ele a amou mais do que eu por muito tempo, tempo o suficiente para esquecer que deveria cuidar de si e de seu espirito, então seu espirito morreu e ele mudou com isso, mas eu ainda o amava e nada me fazia perder esse amor por ele. Apenas o amor maior que sentia pela minha filha... Nós o amamos demais e esse amor não se desbotou, mesmo depois de tudo o que aconteceu há nós, ainda o amamos, mesmo que tenhamos tentado nos salvar, deixando-o, nós o amávamos, queria que tivesse sido diferente, queria que nada disso tivesse acontecido, não queria estar aqui dizendo-lhe adeus, só queria estar ao seu lado...

Ela não conseguiu dizer mais nada, seus olhos estavam marejados e suas respiração alterada, Hannah fechou os olhos e respirou fundo, deu um sorriso triste e saiu de onde estava pedindo desculpas, dizendo que não podia dizer mais. Minha vez havia chegado.

Ando até onde minha mãe estava antigamente, olhos para todos e suspiro.

-Ele era diferente... Não me amou nem me odiou, sinto que fazia tudo que podia para me deixar feliz, mas do jeito dele, um jeito que não compreendo. Alguns já sabem do que falo, outros não, pros que já sabem eu não quero que sinta pena de mim e de minha mãe, e pros que não sabem apenas desejo que fiquem assim e alimente a sua própria imaginação, do jeito que bem entenderem. Mas isso não é para falar da minha vida e sim da dele, da qual a pouco se acabou. Meu pai foi aquele que eu me deu inspiração em tudo o que fazia, sempre sonhei em seguir um caminho bom como o que ele começou a seguir, ele era feliz, ria abertamente, deixava que as pessoas vissem a alegria dele e quando estava triste se retirava para que não vissem como estava e que não sentissem pena dele, seu orgulho era a coisa mais rara que se via, mas ele estava ali, dentro de si, guardado para sair quando estivesse na hora de mostrar. Lembro que ele gostava de sair comigo todos os domingos, me levava para o parquinho e dava-me sorvete na volta - dou um sorriso triste - ele era a pessoa que mais me fazia feliz quando não estava com minha mãe, ele me fazia sorrir quando estava triste, ele me animava sempre que estava cabisbaixa, ele me via cantar e dançar pela casa rindo da minha maneira bobinha de ser - meus olhos começam a lacrimejar - ele fazia o melhor bolo de chocolate do mundo, ninguém se comparava, desculpa mãe. - escuto alguns risos - e agora ele se foi, me deixando sozinha, seu lado bom não conseguiu prevalecer. E agora nenhum mau poderá nos fazer, ele nos deixou com sua melhor forma de última hora, ele se foi para um lugar melhor e lá vai permanecer, nos olhando de cima, cuidando para que nenhum mal volte a nos acontecer... Bom acho que é isso.

Volto para meu lugar escutando aplausos de todos os que estavam no velório. O caixão foi levantado e levado até sua cova, peguei a pá que me ofereceram e joguei o primeiro montinho de terra.

-Descanse em paz

Logo os outros pegaram a pá e resmungava algo que não entendia. Ficamos todos lá, esperando o caixão ser completamente coberto pela terra, depois seguimos para casa, lá me sentei e fiquei olhando para o nada, minha mente não queria raciocinar e eu não a forçava a isso, não queria saber o que teria para pensar.

Minha mãe apareceu e me deu algo para comer e assim o fiz, ela me deixou sozinha ao perceber que não estava respondendo-a, se é que ela fez alguma pergunta, me deitei no sofá e fiquei no meio de alguns devaneios e logo durmo.

Acordo em meu novo quarto e uma súbita vontade de chorar me vêem a cabeça, não consigo segurar as minhas lagrimas e elas correm sobre meu rosto, começo a soluçar compulsivamente, e logo minha porta se abre, mas tudo estava em câmera lenta, mamãe corre até mim e me abraça, não escuto o que ela dizia, apenas sentia ela me balançando tentando me ninar, me acalmar, e isso começa a funcionar, e de novo eu durmo.

*Anne ficou assim durante muitas noites, mas depois de três semanas apenas a tristeza mexia com ela, não surtava no meio da noite, não ficava procurando o pai durante o dia, não escutava mais sua voz durante dia e noite.

Após um mês sua vida começa a voltar ao normal, mais lenta do que a de sua mãe, que já estava com um outro alguém, Anne não aceitou o namoro de sua mãe, não tinha feito nem um mês que seu pai morrera, mas logo foi percebendo que era isso que queria, ver sua mãe feliz e priva-lá de ser feliz com quem queria era a mesma coisa que voltar no passado e deixa-la novamente presa.

Depois de três meses ela já estava bem, gostava de Harry (o namorado da mãe) e já começara a ter seus próprios rolos, nunca se esquecia de seu pai, mas sabia que ele estava cuidando delas, e que nada poderia lhes fazer mal. E nada fez mal a elas durante o resto de suas vidas, apena tristes por causa de términos, nada mais disso.

Todo ano Anne e Hannah vão ao túmulo de seu pai e marido, deixando rosas brancas e vermelhas sobre ele, as flores que Ronald mais gostava, a flor que lhe deu paz*



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