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História Casa Cheia - O comprador


Escrita por: Ppoli_21

Notas do Autor


Olá leitoras! Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem! ♥
Gostaria de agradecer a cada um de vocês por cada comentário maravilhoso! Eu poderia ficar lendo o dia todo ♥ Vocês me enchem de sorrisos, obrigada de coração! Nosso número de favoritos está crescendo, e estou muito grata a cada uma! Adoro vocês demais! ♥
Boa leitura!

Capítulo 49 - O comprador


Fanfic / Fanfiction Casa Cheia - O comprador

No dia seguinte acordei bem, muito bem. Eram 10:46h e acordei com o cheiro de café que vinha da cozinha, era sempre assim que eu acordava. Ultimamente, Jane que tem me acordado, mas hoje isso não aconteceu.

- Onde está Jane? - fui até a cozinha me dirigindo até Poliana.

- Bom dia pra você também. - ela disse arrumando a mesa sem olhar pra mim.

- Bom dia. Onde está Jane?

- Ela saiu cedo, e um pouco brava pelo visto.

- Brava? - estranhei.

- É.

- Ah, já entendi. - provavelmente por que não transei com ela ontem. Jane não mudou nada.

- Já fez besteira? - ela olhou pra mim sorrindo.

- Não, ainda não. - sorri de volta.

Sentamos na mesa e tomamos nosso café. Jogamos conversa fora, normalmente. Dessa vez não estávamos tão sem graça com o ocorrido recente quanto da última vez. Depois que terminamos o café da manhã, fomos até a sala ver um pouco de TV. Porém, alguns poucos minutos depois, a campainha toca.

- Quem pode ser a essa hora? - Poliana disse indo até a porta. - Pois não? - ela abriu a mesma e um senhor já de cabelos brancos e baixinho estava na porta.

- Olá, meu nome é Frank Adams, e estou aqui pelo anúncio da venda da casa. - ele sorriu.

- Ah... sim, claro. Entre. - Poliana sorriu e o deixou entrar.

- Olá. - eu apertei a mão do senhor. - Fique a vontade, por que não se senta? - o senhor se sentou. - Nós já voltamos, um minuto. - sorri e puxei Poliana até a cozinha.

- O que vamos fazer? - Poliana disse cochichando. - Ele veio de surpresa.

- Vamos mostrar a casa pra ele, não é? Era isso que queríamos... certo?

- É, certo.

Eu não sei, mas não estava animado com isso. Me acostumei tanto com toda essa situação, que não sei se quero abrir mão disso. Pode me chamar de louco, mas estou confortável assim, tem sido bom. Minha convivência com Poliana foi uma grande surpresa no início, mas agora, tudo está ótimo. Pela primeira vez, tenho alguém com quem contar, uma amiga de verdade, me sinto a vontade com ela, contamos tudo um para o outro, nossa amizade cresceu e vem crescendo a cada dia. Tudo bem que erramos algumas vezes, inclusive aquelas duas. Brigamos muito também, quase sempre por tudo, mas é assim que tudo dá certo. Meus dias são mais divertidos ao lado dela, ela me convence a fazer coisas que eu nunca faria. Experimento coisas novas a cada dia por causa dela, e não quero abrir mão disso. Sinceramente, estou muito bem assim. Mas como dizer isso à ela? Bom, acredito que ela não concorda comigo, afinal ela mesma que teve essa ideia. Estamos a meses sem conseguir um inquilino e finalmente alguém apareceu, mas parece que ela não está muito animada com a chegada desse senhor, não me parece entusiasmada o bastante. Será que ela não confia nesse homem ou ela pensa como eu?

- Bom, finalmente vamos poder ter nossas casas, não é? - eu disse.

- É verdade. - ela sorriu torto.

- Então, tudo bem pra você? - eu a encarei.

- É, acho que sim. - sua expressão era a mesma.

Voltamos para a sala e levamos o senhor para olhar a casa.

- Bom, acho que já conheceu a sala. - Poliana disse. - Ela é grande, espaçosa, cabem muitos móveis aqui.

- Sim, estou vendo. Só pela sala, vejo que vou gostar do resto. - o senhor sorriu.

Nesse momento, eu e Poliana nos encaramos por alguns segundos. Sua expressão era nula, não conseguia entender o que queria dizer, mas depois, acho que entendi o recado. Ela não queria esse senhor na casa.

- Mas tenha cuidado com os ratos. - foi a primeira coisa que chegou a minha cabeça. Poliana me olhou.

- É... ratos, nossa, muitos ratos. Mas não se preocupe, temos ratoeiras no porão. Vamos na cozinha?

Poliana guiou o senhor até a cozinha me encarando, acho que estávamos de acordo em seguir com aquilo.

- Essa é a cozinha. - eu disse.

- Muito bonita. - o senhor elogiou.

- Só tome cuidado quando for lavar a louça, o cano da pia sempre vaza quando ligamos a torneira, então os restos de comida acabam escapando. - Poliana e eu rimos. - Mas não se preocupa, você limpa tudo rapidinho.

- Entendi... - o senhor fez uma cara não muito agradável.

- Vamos lá em cima. - eu disse.

Subimos e mostramos tudo lá em cima.

- Já deu conta dos cupins, Johnny? - Poliana disse a mim.

- Na verdade, eles não tem jeito, já fizemos de tudo, lembra?

- Ah, é verdade. - nós ríamos forçado, não éramos muito bons atores, mas acho que estava funcionando.

- Cupins? - o senhor nos olhou atravessado.

- Ah, nada demais, você se acostuma. - Poliana sorriu.

- Ah, os dois banheiros não funcionam. - eu disse.

- Como assim não... funcionam? - o senhor estranhou.

- Não funcionam. - Poliana repetiu.

- E como vocês... sabe...

- Lá fora, temos um banheiro improvisado. - Poliana disse e eu me segurei para não rir.

- Entendo... - o senhor não pareceu muito feliz.

Terminamos de mostrar a casa e fomos até a porta.

- E então, o que achou? - perguntei ao senhor. - Vai fechar negócio? - sorri.

- É... eu ligo para vocês. - ele sorriu sem graça.

- Tudo bem então. - Poliana sorriu. - Tchau.

O senhor saiu pela porta, acho que não muito contente.

- Será que ele vai ligar? - Poliana perguntou.

- Acho que não.

Fomos até o sofá e sentamos. Nós ficamos encarando a TV desligada sem dizer uma única palavra. Nós dois sabíamos o que estava acontecendo ali.

- Eu não confiava nele. - Poliana disse virando pra mim.

- É... eu sei, eu também não.

- É, ele era estranho, não era? Um senhor, sozinho, querendo uma casa no bosque... Suspeito.

- Aham, você tem razão. Suspeito.

- Uhum. - estávamos agindo estranho, feito dois idiotas.

Um silêncio se fez novamente e estava muito constrangedor.

- Bom, que bom que nos livramos dele, não queríamos nossa casa em mãos erradas. - ela disse.

- Claro que não.

- É...

Nós nos olhamos, nos encarávamos sem motivo. Estávamos sentados um ao lado do outro, perto demais, digamos assim. Não tinha notado, mas seus olhos eram lindos de perto, apesar de castanhos comuns, eram lindos. Seu rosto estava nulo, nulo e sereno, parecia pensar. De repente, ela deu um sorriso leve. Não soube decifrar aquilo, o que ela queria? Mas não vou negar, aquele olhar me trouxe uma sensação boa, uma paz. Uma coisa em mim dizia para me aproximar, me manifestar, fazer alguma coisa. Me aproximei, devagar, não queria assustá-la, simplesmente me aproximei e ela fez o mesmo. Meu Deus, ela fez o mesmo. Ela se aproximou e nossos rostos estavam se aproximando, algo a mais ia acontecer, eu sentia. Não recuei, não queria recuar, eu queria aquilo. Não sei a razão, mas eu queria. Quando estava prestes a beijá-la, Jane apareceu na porta.

- Voltei! - ela chegou sorridente com sacolas de compras nas mãos.

Eu e Poliana demos um pulo enorme do sofá.

- Acho que a cama do Jake deve ficar mais pra perto do sofá, acho que combina mais. - Poliana disse algo totalmente aleatório, provavelmente tentando disfarçar.

- É... é, eu concordo, não combina muito ali, e... - Jane nos interrompeu.

- O que está acontecendo?

- Ah, estávamos reorganizando a sala e... quer saber? Vou reorganizar meu quarto. É, ele precisa de arrumação. - Poliana disse nervosa subindo correndo para o seu quarto.

- Poliana, espera... - Jane me interrompeu novamente.

- Trouxe uma coisa pra você. - ela me beijou.

- Jura? - disse sorrindo fraco.

- Olha o que eu comprei. - ela começou a tirar um monte de coisas de dentro da bolsa.

Eu queria entender. Queria entender o que acabou de acontecer ali e o que teria acontecido a seguir. Íamos mesmo nos beijar por livre e espontânea vontade? Por que? Desde quando isso passou a fazer sentido ou pelo menos passar por nossas mentes? Isso, não faz sentido. Mas, quer saber? Não sei por que, mas pra mim, isso passou a fazer sentido.


Notas Finais


Até o próximo, amores! ♥


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