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História Casanova - Velhos amigos


Escrita por: TekaMay_pabo

Notas do Autor


Oláááááá! Olha quem apareceu bem rápido?

Sim, isso tudo é porque os amo muito e realmente estava sentindo falta de postar logo e tudo mais...
As duvidas criadas no capítulo anterior serão respondidas neste.

Nas notas finais tenho uma noticia que vocês devem gostar.

E.. bem, não sei mais o que dizer. Sem mais delongas, leiam e aproveitem.

Capítulo 24 - Velhos amigos


Yoora pediu que eu ficasse com a Jú e o ChanYeol enquanto ela ia dar entrada no seguro da casa dela, providenciar um hotel e tudo mais. Fiquei sem problemas. Na verdade, isso foi até mais conveniente para mim. Tinha uma história para tirar a limpo. Júlia estava descansando num quarto e ChanYeol em outro. Fui até seu quarto e bati na porta, com metade do corpo para dentro. Ele me olhou e engoliu seco. Certamente ele sabia o que eu vinha fazer.

— Está tudo bem com você? – perguntei ao me sentar no pequeno sofá ao lado da cama onde ele estava.

— Sim. – ele sorriu levemente. — Como a Jú está?

— Bem, também. Melhor que você, já que ela não quebrou nada – apontei para o gesso na perna dele.

— Ainda bem... – ele respirou aliviado.

— Desde quando vocês se conhecem. – perguntei séria. Ele sabia a quem eu me referia.

— Desde crianças. – ele respondeu um pouco receoso. — Estudávamos juntos.

— Vocês vieram juntos e o Kai não me disse?

— Não, não! Não viemos juntos. – ele se apressou em me corrigir — Ele veio primeiro. Eu só vim pra cá anos depois, com a Yoora. Foi quando eu encontrei ele por acaso.

 

Flashback On

 

ChanYeol, onde você está? – Yoora estava ligando pra mim pela milésima vez, só hoje... Quando é que ela vai me deixar em paz?

— Tô indo, noona. Tô a caminho... – falei desviando das pessoas na calçada. É engraçado que na Coréia tanto faz se você esbarra com alguém assim na calçada, mas aqui... Só faltam te fuzilar com os olhos!

Vem logo, ou você vai se atrasar para o almoço! Já, já eu vou ter que voltar pra Revista...

— Eu sei, eu sei! Só espera um pouco porque eu ainda não sei voar! – ironizei satisfeito... Mas se bem conheço a Yoora, não vai ficar barato.

Já estava na hora de aprender... Afinal, pra que serve essas orelhas? – não falei? Ela sorria do outro lado da linha. — Serio, Channie, vem logo. Eu realmente não posso me atrasar pro trabalho. Ainda estou na fase de teste... Qualquer erro e eu posso ser dispensada...

— Tá bom, em meia hora eu tô aí.

 

Encerrei a ligação e vi uma mensagem no celular. Quando você se acostuma a andar por um caminho, já nem é mais preciso olhar por onde anda, seu corpo vai sozinho... Tipo um piloto automático. Graças a isso, dá pra fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, como ler as mensagens de texto que chegam no meio do caminho pra casa. É, mas o problema é que nem sempre esse tal piloto automático funciona pra tudo. Ele sabe o caminho... Mas não sabe desviar de carros. Eu estava concentrado em responder à mensagem, quando ouvi a buzina alta e se aproximando do meu lado esquerdo. Tudo o que eu vi foi o carro a centímetros de mim pouco antes de ser empurrado para a calçada. Tive tempo de olhar para trás e ver o cara que tinha me salvado quase ser atropelado. “Quase”, porque ele desapareceu no ar e reapareceu no mesmo instante ao meu lado.

— Você está bem? – ouvi ele dizer. Eu quase poderia dizer que reconhecia aquela voz... Mas estava um pouco diferente do que eu me lembrava.

— Não... Mas que droga foi... – finalmente pude olhar seu rosto — JongIn?

— ChanYeol! É mesmo você! – ele me abraçou forte. Eu ainda não acreditava.

— Mas você não tinha...

— Morrido? – ele completou — Claro que não!

— Mas disseram que você e a sua mãe tinham morrido num acidente de carro... – ele ficou sério depois que eu disse isso.

— A minha mãe, sim. Eu não. – ele falou ao se levantar e estender a mão para mim.

— Ah... meus pêsames, amigo... – fiquei sem jeito. Há anos que eu não o vejo e a conversa que temos é esta. Que maravilha.

— Não... Eu tô bem agora. – começamos a caminhar pela calçada, como se nada tivesse acontecido. Parece que ninguém prestou atenção no que ele fez e a única pessoa que poderia dizer algo era o motorista que quase me atropelou, mas ele estaria encrencado se ficasse lá. Do jeito que ele dirigia rápido, certamente levaria uma multa linda!

— Tá... – parei um pouco pra raciocinar — Agora me explica o que foi que aconteceu agora há pouco... O que foi aquilo o que você fez? Eu tenho certeza que o carro ia te bater, mas...

— Eu saí de lá – ele falou simplesmente.

— Como? Que negócio foi aquele? – não tinha um espelho ali, mas eu tenho certeza que eu estava engraçado tentando explicar com gestos e palavras o que tinha acontecido há um minuto.

— Lembra das minhas dores nas costas? – ele falou depois de rir muito da minha cara.

— Sim, você caía da cama... – lembrei deste fato que ele tanto queria esconder de todos. Eu não dizia nada porque era o melhor amigo dele, mas aquilo era mesmo engraçado... Mentira, eu dizia isso na cara dele e ele me batia toda vez... Era engraçado.

— Pois é.... Eu descobri que eu não só “caía” da cama... Eu me teleportava para fora dela enquanto dormia... só que eu não estava de pé e muito menos consciente, então caía no chão e me machucava todo. E isso acontecia sempre que eu tinha algum pesadelo ou algo assim. No dia que a mamãe morreu, eu me teleportei consciente pela primeira vez. Desde então eu tenho treinado essa habilidade para ficar melhor...

— E você dizia que não sabia fazer nada especial... O que você faz é que é daebak!

— Ainda acho o que você fazia demais... – ele sorriu. — Você ainda sabe?

— Infelizmente. – falei ao lembrar de coisas que eu gostaria de esquecer.

— Por que? – ele me perguntou confuso.

— Já causei alguns acidentes nada legais... Eu fiz a escola pegar fogo no dia em que fui dar meu primeiro beijo... – falei e JongIn começou a gargalhar — Você ri? Foi trágico! – até eu ria junto com ele.

— Esse beijo deve ter sido muito quente! – JongIn debochava. Empurrei o peito dele e ele continuou rindo.

— Muito quente! – fui sarcástico. — A garota ficou assustada. Consegui enrolar ela dizendo que alguma coisa perto da gente tinha pegado fogo. Como ela tava com os olhos fechados e não viu que o fogo saiu de mim, ela acreditou... Mas eu fiquei com trauma. Se com um beijo, aquilo aconteceu, imagina com alguma coisa mais! – JongIn ria demais, mas tentou se controlar.

— Se você quiser, posso te levar à alguém pra te ajudar. – olhei sério pra ele — Sem brincadeira! Da mesma forma como eu treino pra usar melhor as minhas habilidades, é possível treinar para controla-las. No seu caso, acho que é mais do que necessário.

— Se isso for possível, claro que eu vou querer. Se não puder tirar isso, então é melhor que eu aprenda a controlar. Ainda quero namorar uma garota! – falei e JongIn voltou a rir.

— Vou te apresentar à Toola, que é a minha segunda mãe. Ela certamente vai te ajudar.

— Valeu, cara. – olhei para a rua e voltei a olhar para ele — O que você tem feito, além de treinar? Trabalha, estuda...?

— Não exatamente... Não posso, na verdade. – ele disse sério.

— Por que? – perguntei curioso.

— Pessoas como nós são caçadas e mortas.

— Omo! – não pude esconder minha surpresa ao ouvir isso — Como assim?

— Isso vem de gerações... E em todo lugar existe um grupo que faz parte de uma organização que faz isso. Aqui eles são os SCANS. Você teve sorte em não ter sido encontrado nem na Coréia do Sul e nem aqui... – ele falou impressionado.

— Nunca me exibi, como eu disse, eu escondo o que eu tenho porque não gosto disso. Nem minha irmã sabe e ficará assim, se depender de mim.

— Sua irmã está aqui? – ele perguntou de repente.

— Sim, ela veio trabalhar numa revista e eu vim junto pra fazer faculdade.

— Nossa, que bom pra vocês – JongIn sorriu sincero.

— Nossa, cara.. Nós precisamos colocar o papo em dia! – falei animado —Tenho tanta coisa pra te contar...

— Imagino – ele sorriu novamente — Você tá indo pra casa? – eu assenti — Então vou acompanhar até lá, assim conversamos mais e eu ainda aprendo onde você mora

 

Concordei e assim seguimos caminho até minha casa.

 

Flashback Off

 

— Conversamos bastante e dali em diante, eu passara e ter contato com meu antigo amigo quase sempre. Principalmente quando eu comecei as aulas pra controlar a minha habilidade.

— Com a Toola? – perguntei.

— Você a conhece? – ChanYeol me perguntou confuso e após uma pausa, me devolveu outra pergunta devido ao meu silêncio. —Aliás, como conhece o JongIn?

— “JongIn” – disse pensativa — Não sabia que esse era seu nome. Eu o conheço por Kai.

— É a cara da Toola dar novos nomes. – ele sorriu — Ela quis me dar um também. Quis, não. Deu. Mas eu nem me lembro qual foi, insisti que me chamasse pelo meu nome mesmo... Mas você não me respondeu.

— Ele apareceu no meu quarto uma vez... – corei ao dizer aquilo. Provavelmente ChanYeol sabia o que isso significava. — Então ele voltou outra vez, e de novo e... Bem, namoramos agora. – refleti um pouco — E a Yoora conhece ele? – perguntei.

— Não. – ele respondeu logo, mas parou para pensar um pouco — Na verdade, eu apresentei os dois quando estudávamos juntos, mas não acho que ela se lembra dele. E mesmo assim, não sabia que o JongIn podia fazer as coisas que faz hoje. Na verdade, nem eu e nem ele sabíamos.

— E ela também não sabe sobre você?

— Também não. Nunca quis que ninguém soubesse. Isso não é um dom, pra mim é uma maldição. – ele falou de cabeça baixa — Só me traz coisas ruins, viu só?

— Você disse que treinou com a Toola... Você não aprendeu a controlar isso? – perguntei curiosa.

— Ela sempre me alertou que algum dia isso iria acontecer. Demos um jeito de deixar isso adormecido. Pra eu controlar melhor, eu teria que aprender a usar isso... E essa nunca foi a minha intenção. Agora eu vejo o quanto eu fui idiota em não querer fazer isso. Quase matei a Júlia e acabei com tudo o que eu e a minha irmã tínhamos...

— A casa e as suas coisas tinham seguro, então vocês vão poder reaver quase tudo. E a Jú tá bem. Não fique assim. Nesse momento, você tem que se se preocupar em contar tudo à sua irmã. A Yoora te viu e está muito assustada. Acho melhor você explicar as coisas antes que ela pense coisas erradas sobre você.

— Mas pra isso eu vou ter que falar sobre o JongIn... Digo, o Kai...

— Se for esse o caso, então eu aprovo e ainda o ajudarei. – Kai apareceu ao meu lado.

— Ainda quero saber como vocês fazem isso! – falei para o Kai.

— Fazemos o que? – ele perguntou arqueando as sobrancelhas.

— Chegam no meio da conversa e falam como se estivessem ouvindo desde o início. Você também ficam invisíveis? – perguntei e ele riu. ChanYeol também não segurou o riso.

— Na verdade, nós não nos teleportamos de uma vez só – ele coçava a nuca e fazia uma careta. Provavelmente tentando formular uma resposta que fizesse sentido para completos leigos nesse assunto. — é como se uma parte de nós fosse primeiro... Não sei explicar isso. Mas por alguns segundos durante o teleporte, nós podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo. Por isso podemos ouvir e ver um pouco tanto do lugar para onde estamos indo, quando do lugar onde estávamos. Mas é por uns dois segundos ou três no máximo.

— Basicamente, vocês só têm sorte de chegar no meio da conversa... Ou vocês podem adivinhar isso também? – ChanYeol perguntou e eu concordei com sua pergunta.

— Não, só temos sorte mesmo. – Kai respondeu — O JunHo mais do que eu. – os três sorrimos. — Mas sobre você falar com a sua irmã, e realmente o ajudarei se quiser.

— Eu agradeço... – ChanYeol respirou fundo — Mas isso é uma coisa que eu tenho que fazer sozinho. Ela já vai ficar cheia de coisa pra pensar, se ainda tiver você no meio disso, acho que ela pode surtar. – ele olhou para o Kai e para mim — Fora que contar sobre você ainda vai envolver a Rebecca, o trabalho dela... Afinal, elas pesquisam sobre você, Kai

— Nesse caso, então você não tem escolha, ChanYeol – falei — Você não pode falar sozinho com ela. Kai e eu devemos estar juntos

 

Ficamos mais algum tempo conversando com ChanYeol. Até que nos mandaram sair, ou melhor, mandaram eu sair, já que o Kai sumiu quando ouviu a maçaneta da porta ser girada. Saí de lá, fui ver como a Jú estava e depois de uns minutos, fui tomar um ar fora do hospital. Como desculpa para encontrar o Kai. Precisava conversar com ele. E como eu esperava, lá estava ele. Nos encaramos e ele começou a andar. Eu o segui até um beco, onde ele me abraçou e nos levou para outro lugar. Após as náuseas passarem, percebi que estávamos em cima de um prédio.

— Onde é esse lugar? – perguntei olhando ao redor.

— Alguns metros para a esquerda e muitos outros acima de onde estávamos. – ele colocou as mãos dentro de seu casaco — Estamos em cima do hospital.

— Precisamos conversar... – iniciei.

— Eu sei, por isso te trouxe aqui. Vou te contar sobre mim. Mas dessa vez, sobre a minha história.


Notas Finais


Pois é, acabou esse capitulo. Sou má por deixá-los na curiosidade? Talvez. Mas na minha opinião, o capitulo tava ficando muito grande e o que viria a seguir já estava meio que decidido desde o início, então esse capítulo acabaria ficando maior do que deve.

Próximo capitulo não tá pronto, mas graças a ~Juune, que me lembrou de um detalhe que eu ia deixando passar (por conta da falta de tempo em escrever, acabei esquecendo algumas coisas da fanfic, o que não deveria acontecer se eu escrevesse direto), ele logo estará pronto e postado. Leiam "logo" como no final de semana que vem.

Quanto a notícia, é um jornal bem daorinha contando alguns segredos da fanfic, aquelas informações que foram passadas despercebidas ou as duvidas que não foram respondidas. Pra quem tá perdido na fanfic ou quer saber mais detalhes como a lenda de que tanto falam aqui, ou como era a vida do Kai antes de tudo, bem, vejam aqui http://socialspir.it/4592690

Bom, acho que isso é tudo. Um beijo a todos e nos vemos nos comentários ( ou no proximo capitulo). Byee


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