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História Casanova - Promessa quebrada?


Escrita por: TekaMay_pabo

Notas do Autor


*Chega de fininho*
Ooooi? Faz um tempinho, né?
Quase nada, tipo, nove meses *pfff* só uma gestação... quase nada 9-9

Gente, me desculpem mesmo pela enoooooooorme demora. Saibam que nunca foi minha intenção demorar tanto e nem desistir da fanfic... Só demorou porque eu tive um bloqueio enorme na época, depois foi preguiça, depois eu esqueci, depois veio bloqueio de novo e agora enfim eu voltei a escrever Casanova *bate palmas*

Pra quem tá perdido, a Rebecca conheceu a Toola, sabe da tão famosa lenda, teve um incêndio na casa dos Park, Yoora viu o ChanYeol em chamas, Rebecca teve uma conversa séria com o Chanyeol – que contou tudo à ela sobre como conhece o Kai e tal – o Kai chamou a Rebecca pra contar as tretas que ele escondia dela e acho que é só. Nesse capítulo será contado o que houve na casa da Yoora e do Chanyeol no dia do incêndio, tem coisa importante aí, então não esqueçam.

Vou enrolar mais não, leiam aí e nos falamos nas notas finais.

Capítulo 25 - Promessa quebrada?


ChanYeol POV ON 

— Já estou chegando, abre a porta pra mim – Ju dizia do outro lado da linha 

Enxuguei as mãos no pano de pratos e joguei-o em algum canto por cima do balcão. Depois a Yoora vai me perguntar onde está e eu não vou saber dizer, mas isso é assunto pra depois. Dei uma última olhada na pia pra ver se não tinha ficado nenhuma louça suja, quando ouvi a campainha tocar. Era ela. 

— OI! – abri a porta. 

— Oi – ela sorria — Trouxe torta fria e refrigerante. Não faço a menor ideia do tipo de bebida que se leva a jantares, então não quis arriscar nada alcoólico. 

— Tem vinho aqui em casa – falei ao dar passagem à ela, que entrou — Traga as coisas até a cozinha – eu já caminhava até o local indicado. 

— Cadê a Yoora? – Julia perguntou após deixar as coisas em cima da mesa e em seguida, olhando ao redor. 

— Tá lá em cima – coloquei a cabeça para fora da cozinha, em direção à escada — Noona, a Ju chegou, vem logo! – gritei. 

— Já vou! – ela gritou em resposta. Julia e eu rimos. 

— O que teremos? – Julia perguntou. 

— Um jantar tip-  – fui interrompido por minha irmã. 

— Oi, Ju! – ela chegou até nós e beijou o rosto da Julia — Não vou poder ficar, tenho que levar o carro para a revisão, já tem quase um mês que eu venho adiando... Melhor não arriscar – ela sorria. Foi até o armário, pegou uma colher e pegou um pouco da torta que a Ju havia trazido — Hm, tá uma delícia, Ju! – largou a colher na pia e saiu como uma bala — Tchau – fechou a porta. 

Julia e eu apenas nos encaramos e sorrimos. Aquilo foi muito sem noção. A Yoora não podia ser um pouco menos óbvia? Ela nunca esquece de levar o carro à revisão, eu esqueceria, não ela. Por que ela não ficou um pouco mais, pra ver se colava a desculpa dela de nos deixar a sós? Tenho que dar uns cascudos naquela testa gigante, isso sim! 

De qualquer forma, eu estava a sós com a Julia. O que eu podia fazer ali? Não sou nenhum galanteador, minhas experiências com garotas são um fracasso total. Fracasso flamejante, se é que tenho o direito de fazer piada da minha própria desgraça. Agora eu percebia o quanto estava nervoso. Por que o Baek cancelou? Se bem que seria estranho a Ju em casa, sozinha com dois rapazes... Mas é a Ju, não é uma garotinha indefesa e os rapazes sou eu e o Baek, não somos lá isso tudo pra amedrontar alguém, ainda mais a Ju. Estar sozinho com ela deve ser ainda mais embaraçoso... 

— ChanYeol! Hey! – Ju balançava a mão à minha frente — Tudo bem com você? 

— Ah... – sorri sem jeito — Eu... estava pensando em... – cocei a cabeça — Vamos ver o que temos pra comer? – bati as mãos, desistindo de arrumar uma desculpa para os meus devaneios 

— Então nós vamos só comer? – ela colocou as mãos na cintura e franziu o cenho — Não tem nem uma conversa antes, essas coisas? Come e vai embora? 

— O que? – comecei a rir — Não, é só que.... Aish, que difícil, heim? – ela ria da minha cara, eu sou um belo idiota mesmo — Bom, eu te chamei para fazer você se distrair, a ideia nem foi minha, foi da minha irmã e ela arruma de sair na última hora... – menti. A ideia foi totalmente minha — Sabe que a gente vive discutindo e tudo, mas eu não te detesto, gosto bastante de você... – ela me encarou de forma estranha — Como amiga! – soltei. Sim, sou um babaca, Alguém pare a minha boca? — Eu só... 

— Ok, respira! – Julia fez sinal de pare — Eu estou entendo o que quer dizer, não fica assim, ok? – sorriu — Prefiro você me provocando como faz quando estamos na Revista! Olha, eu não sou um bicho, você também não é. Somos adultos civilizados e podemos ter uma noite de conversa como pessoas normais, sem brigas, sem apelidos ou xingamentos. Ok? 

— Sem apelidos? – protestei — Essa era a melhor parte da noite, ou melhor, seria. Você acabou de deixar tudo chato! – ela riu abertamente. 

— Tá, talvez alguns apelidos, mas não muito. Você já preparou tudo? 

— Só faltam as batatas, que eu deixei por último, mas é bem rápido. – falei e olhei para o relógio 

Fui até o fogão e abri o forno pra ver se já tava pronto. As batatas ainda estavam um pouco duras, então fechei e deixei assarem um pouco mais. 

— Onde você aprendeu a cozinhar? – Julia falou atrás de mim, parecia alegre pela sua voz 

— Na Coréia, com a minha mãe – virei-me para olhar para a Ju — A noona veio antes pra cá, eu ainda fiquei uns dois anos antes de vir. Como a mamãe trabalhava e eu ficava em casa quando não estava estudando, o mínimo que eu podia fazer era cozinhar. Então eu fui vendo com ela fazia, pedia pra ajudar numa coisa e outra, até que aprendi a me virar só – sorri. 

— Incrível – ela sorria — Eu sinceramente não esperava isso de você. 

— Nossa, Ju! Que imagem você tem de mim? – falei fingindo estar inconformado. 

— Quer mesmo que eu diga? – ela perguntou arqueando uma das sobrancelhas e eu ri acenando pedindo que ela parasse — Falando sério, eu achava que a Yoora era quem fazia tudo aqui e que você era um folgado. 

— Eu posso até ser um folgado, mas tenho que contribuir em algo ou a minha irmã me chuta pra fora de casa – brinquei e ela riu — Acho que já está pronto  

Lembrei da comida e fui ver. Como previsto, já estava pronto. Peguei outro pano de pratos – porque o que eu larguei por aí eu não fazia ideia de onde estava – e peguei a forma de dentro do forno, deixando o cheiro invadir a cozinha. 

— Bom, cheirando está. – Julia falou — Resta saber se estar tão bom quanto o cheiro. 

— Eu poderia dizer que está melhor do que isso, mas como eu sei que não sou nenhum mestre cuca e sou eu, ou seja, muita coisa pode dar errado, espero mesmo que esteja tão bom quanto o cheiro – brinquei e nós dois rimos. 

Deixei a forma em cima da mesa e comecei a colocar as outras tigelas com os outros pratos ali também. Julia batia palmas enquanto via a aparência da comida, e bem, modéstia à parte, estava bonito. Sim, eu dei o meu melhor, queria impressioná-la e pelo jeito, estava conseguindo. Chegou o momento crucial: Julia provou a primeira porção. 

— Está surpreendentemente bom – ela falou sem fazer muito suspense. Ainda bem, porque eu já estava muito nervoso por isso. 

— Fico aliviado – soltei o ar e ela riu 

— Está pronto pra casar – ela brincou e eu tentei, juro que tentei, não demonstrar nada. Mas acabei me engasgando e comecei a tossir. A Ju ainda se levantou pra me ajudar, mas eu acenei dizendo que estava bem e ela voltou a se sentar. Respirei fundo e limpei uma lágrima que saia no canto do meu olho — Está bem? – ela perguntou. 

— Sim, sim – pigarreei — Isso acontece muito, não se preocupe. 

— Hm... então você deve tomar mais cuidado... ou pode acabar morrendo. – ela disse um pouco séria e devo confessar que aquilo me afetou.  

— Está preocupada comigo mesmo, dona Julia? – eu estava rindo por fora e saltitando por dentro. 

— Sim, estou – ela disse no mesmo tom e eu fiquei sério. Esperava que ela desconversasse... Agora eu é quem estava confuso — Se você morrer, será difícil encontrar um caixão que caiba suas orelhas... – ela começou a rir e o fio de esperança no meu peito se rompeu. Mas eu já estava maravilhado ao ouvir aquela risada gostosa dela. 

— Muito engraçada! Eu já devia esperar por isso – fingi aborrecimento e voltei a comer. 

— Ah, ChanYeol... Não fica chateado, eu só estava brincando... – ela falou preocupada novamente. 

— Sabia... – parei de comer e olhei em seus olhos — Que essa é a primeira vez que você se sente culpada por fazer alguma brincadeira comigo? – ela ficou em silêncio — Acho que gosto disso. Você fica mais bonita quando está preocupada – seu rosto ficou vermelho e eu segurei o riso — E quando está com vergonha também. Eu deveria falar mais essas coisas. 

Tá bem, não sei de onde eu tirei tanta coragem pra falar essas coisas. Se eu não tivesse cozinhado, iria suspeitar que alguém colocou algo na comida, porque isso não é possível. 

— Você não deveria falar essas coisas! Eu posso acabar me apaixonando desse jeito – ela amassou um lenço de papel e jogou em mim 

— Não seria má ideia – vi seus olhos arregalarem e senti um frio na barriga... Eu estava indo além do que a minha coragem e cara de pau permitiam, hora de mudar de caminho — Depois de você implicar tanto comigo, se apaixonar justo por mim? Seria a vingança perfeita! 

— Idiota! – ela jogou outro lenço de papel em mim, desta vez rindo bastante. 

Continuamos o jantar falando algumas bobagens, nada importante. Era bom vê-la rindo, o sorriso da Julia é uma das coisas mais lindas que eu já vi, eu poderia fazê-la rir todos os dias pro resto da minha vida e isso me faria o homem mais feliz do mundo. Nunca me imaginei assim, principalmente por ser quem eu sou. Eu sempre evitei gostar de alguém com medo de nunca poder me relacionar... Mas com a Julia, ao mesmo tempo que eu tenho medo de que as coisas deem muito errado, eu também queria tanto que dessem certo que até me permito arriscar... Como estou fazendo agora 

— Obrigada por me distrair um pouco – ela disse brincando com o resto de comida no prato — Acho que eu tava precisando rir um pouco... 

— Eu disse que você estava tensa. Todo mundo estava preocupado com você. 

— É que... nós estamos tão perto dele... – ela mordeu o lábio inferior. 

— Pelo que a Yoora me disse, vocês estão quase na mesma situação que antes. – levantei-me pegando meu prato — Posso levar? – perguntei apontando para o prato dela. 

— Sim, já terminei – me deu seu prato e continuou a falar — Agora é diferente – ela sorria. 

— Diferente como? – perguntei já deixando a louça na pia. 

— Eu o vi. – assim que ouvi aquela frase fiquei nervoso. Ela viu o JongIn? 

— Você... o viu? – virei-me para ela tomando o cuidado para não transparecer meu nervosismo. Não posso deixar que ela saiba que eu o conheço ou isso o colocará em risco. 

— Sim – ela tinha um sorriso bobo no rosto. Foi então que a ficha caiu. Conheço o Kai, sei o que ele faz, sei como as garotas o veem, ou melhor, em que situação. De repente meu nervosismo passou e deu lugar à raiva, que eu também precisava esconder, mas estava tão difícil quanto... se não mais. 

— Como? – a pergunta saiu como se estivesse me rasgando por dentro. Eu não podia agir como se soubesse de tudo, mas estava sendo muito ruim fazer esse papel... O papel do cara que não sabe nada sobre o Casanova e que também não quer nada com a garota. O papel do que não se importa demais com isso. 

— Ontem à noite... ele... apareceu em casa – ela sorriu e abaixou o rosto. Eu quis chorar de raiva, de frustração, de tudo. — Nem sei como aconteceu, sabe? Eu não imaginava que ele viria comigo, mas veio. E ele é tão lindo como nos disseram. Tudo o que disseram estava certo, sobre a forma como ele chega e como vai embora, a aparência, tudo. Mas agora que eu o vi e descobri mais sobre ele... Isso vai ajudar muito. 

Eu não conseguia falar nada, apenas ouvia o que ela dizia. A voz dela parecia ecoar na minha cabeça, cada vez mais distante. Eu não podia acreditar que o JongIn tinha feito aquilo. Não era possível, eu não queria acreditar. Ele sabia, sabia quem era a Julia, sabia que eu gostava dela. Ele foi a primeira pessoa pra quem eu disse aquilo, afinal, somos amigos desde criança. Contei até mesmo antes de contar ao Baek, que é meu melhor amigo. Ele me prometeu que não iria fazer nada com ela, que nunca pegaria... Eu me sentia um idiota, um completo idiota ainda mais por ver nos olhos dela que ela havia gostado. Meu amigo e não eu. 

Eu tava com tanta raiva, tristeza, frustração e mais uma pilha de outras coisas dentro de mim que eu parecia que iria explodir a qualquer segundo. Tudo aquilo preso sem poder por pra fora e saber disso parecia piorar as coisas, porque estava a cada segundo mais difícil de segurar. Não percebi quando aconteceu, em que momento tudo aquilo voltou e saiu de uma vez. Só me dei conta quando ouvi o grito da Julia e olhei ao redor tudo em chamas. O fogo estava se espalhando rápido demais e piorava porque as chamas saiam de mim, alimentando ainda mais o incêndio. 

A Julia estava no chão, entre a cozinha e a sala, e parecia desacordada. Tentei me aproximar para tirá-la dali, mas meus braços estavam em chamas, a cadeira que eu segurei para tirar do caminho pegou fogo. Eu não poderia tocar nela ou a machucaria. Estava desesperado, não sabia o que fazer, comecei a chama-la para ver se ela acordava e saía de dentro da casa enquanto ainda havia tempo, mas ela não acordava por nada e aquilo estava me deixando ainda mais nervoso e preocupado. O fogo estava muito perto do botijão de gás, era questão de tempo até aquilo explodir 

Eu já estava quase chorando quando vi a Yoora na sala, já chegando perto da Julia. Ela olhou pra mim e eu vi o quanto ela estava assustada. Definitivamente não havia nada o que dizer, tudo o que eu havia lutado pra esconder durante todos esses anos, estava ali, na cara da minha irmã e sendo um problema muito maior do que eu poderia imaginar, ou melhor, era exatamente o que eu imaginava e temia... e dessa vez era real. Ela apoiou a Julia no ombro e saiu de casa. Olhei bem ela se afastando e a única coisa que pensei é que aquela seria a última vez que a verei... Se eu sair vivo daqui, não terei coragem de olhar na cara da Yoora, não depois disso. 

Olhei outra vez ao redor e vi todo aquele fogo, meu fogo, queimando tudo o que pertence à minha irmã, tudo o que ela conseguiu durante anos, indo embora por minha culpa. Eu quase matei a mulher por quem eu sou apaixonado, pus em risco a vida da minha irmã, que entrou em casa no meio de um incêndio pra me ajudar e à Julia e poderia não ter saído à tempo. Talvez o melhor pra mim seja acabar com isso de uma vez. Aonde quer que eu vá, eu serei um perigo pra quem estiver por perto.  

Eu pensei que poderia viver uma vida normal, tive esperança que sim... Mas tudo isso me fez enxergar que não. É melhor que os problemas acabem por aqui, e que eu vá junto com os estragos que eu causei. Eu já estava pronto para ser abraçado pelas minhas chamas, quando ouvi um barulho familiar. Abri meus olhos e o vi ali, bem na minha frente. 

— ChanYeol, o que você está fazendo aqui dentro ainda? Vamos sair logo! – ele gritava preocupado. Mas isso não me comovia, eu só sentia raiva. 

— Vai embora daqui, Kai – cuspi o nome que agora me dava nojo. 

— O que há com você? Você não me chama de Kai, o que está acontecendo? 

— Vai embora de uma vez! – disse mais alto, e como a minha raiva, as chamas saíram mais fortes dos meus braços. 

— ChanYeol, me fala o que você tem? – ele insistia ainda preocupado e olhando ao redor. Ouvimos alguns estalos e parte da casa começava a ceder. 

— Você me prometeu. VOCÊ PROMETEU – gritei — PROMETEU QUE NÃO TOCARIA NELA. POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? 

— FIZ O QUE? VOCÊ ESTÁ LOUCO, CHANYEOL? – ele gritou em resposta. 

— A JULIA – assim que seu nome saiu, comecei a chorar de desgosto — Você prometeu que não tocaria nela... Você prometeu e o que fez? Me traiu. 

— Eu não fiz isso, ChanYeol! – ele parecia perplexo — Não sei quem te disse isso, mas é mentira, Eu definitivamente não fiz isso. 

— FOI ELA QUEM ME DISSE! – gritei outra vez — NÃO FOI NINGUÉM QUE- – não terminei de falar, o teto desabou e uma viga caiu em cima de mim. Ainda cheguei a pular para o lado, mas a minha perna ficou presa. 

— ChanYeol! – JongIn gritou e se abaixou ao meu lado — Eu vou te tirar daqui. 

— Me deixa aqui, eu quero morrer de uma vez pra ver se isso acaba... 

— Cala a boca! – ele me deu um cascudo forte na cabeça, o que me pegou de surpresa — Eu vou te tirar daqui, depois a gente resolve essa história. Eu vou tentar levantar a viga e você puxa a perna, tá ouvindo? 

Levei alguns segundos pra concordar com ele e só fiz isso porque eu sabia que ele não sairia dali sem mim. Eu poderia estar com raiva dele, mas não iria querer que ele morresse ali comigo e por minha causa. Ele então procurou na viga uma parte um pouco mais alta onde pudesse apoiar o ombro e começou a fazer força. Quase não movia nada, era muito pesado e a minha perna estava quase toda embaixo da viga. Ouvimos um barulho semelhante a um apito, imediatamente olhamos em direção ao botijão de gás, que estava quase um vermelho vivo. Só tive tempo de olhar o JongIn uma última vez antes de fechar os olhos. 

Senti meu corpo inteiro ser repuxado, como se cada célula do meu corpo tivesse resolvido seguir numa direção diferente ao mesmo tempo... Não sei como explicar isso direito a não ser que dói, não é uma dor insuportável, mas incomoda, faz o coração acelerar e dá uma vontade de vomitar, mas só a vontade, porque o vômito não vem. É horrível! Relaxei um pouco ao ver que estávamos nos fundos de casa. JongIn havia nos tirado de lá de dentro, ele salvou a minha vida. Nós dois tossíamos por causa da fumaça e tentávamos trazer ar puro para nossos pulmões. Minha perna estava doendo demais e eu estava com medo de olhar como ela estava. Senti a mão de JongIn segurar meu ombro, então olhei para ele. 

— Eu nunca te trairia, ChanYeol – ele olhava em meus olhos — Você é meu amigo e sabe disso. Eu prometi a você e mesmo que não tivesse prometido, eu nunca faria isso com você. 

— Mas ela me disse que o Casanova esteve com ela ontem à noite – falei olhando-o friamente. 

— Impossível. Eu não tenho feito isso há muito tempo... Eu... Tenho alguém agora. 

— Alguém? – perguntei confuso.  

— Sim, tenho alguém, uma garota... Eu estou namorando – ele sorriu bobo. 

— Se não foi você, então quem foi? – cruzei meus braços. 

— Não sei... – ele parou e fez silencio por um segundo antes de levar sua mão à testa — JunHo. 

— O tutor? – perguntei. 

— Sim... Só pode ter sido ele. 

— Mas como... 

— Vou falar com ele para tirar essa duvida. 

— JongIn... – pigarrei — Me desculpe por ter te acusado. Eu não sabia o que pensar... 

— Tudo bem, esquece isso... 

— Não... não posso esquecer – o interrompi e segurei seus ombros — Fale com a Toola... Eu quero terminar o treinamento... não posso mais pôr em risco a vida de ninguém. Diga a ela que eu estou pronto. – JongIn desviou o olhar para algo atrás de mim, virei meu rosto para a mesma direção que ele olhava e dali Rebecca apareceu 

— Rebecca, o que você está fazendo aqui? – JongIn perguntou antes de mim... Ele a conhece? 

— Eu vi a explosão... E fiquei com medo. – ela olhava preocupada para ele 

— Vão embora daqui, vocês dois. – JongIn olhou para ela e para mim — Você consegue ir andando, ChanYeol?  

— Consigo... Vai logo! – falei ao me dar conta que mais alguém poderia vir até nós, mas antes, precisava certificar-me de que ele lembraria de falar com a Toola — Espera, JongIn... Não esquece aquilo que eu te falei...  

— Tá – Kai falou antes de sumir.   

  


Notas Finais


Entomm... Eu ia colocar mais uma coisa nesse capítulo, não ia ser só POV do ChanYeol... Mas como atingiu a média de palavras dessa fanfic, decidi parar até pra me ajudar a escrever o próximo (porque eu não tenho ideia de como voltar a escrever. Mentira), vou usar o que tirei daqui pra começar o próximo hehe

Falando sério, antes de entrar em hiatus, os capítulos até o 30 já estavam prontos ou quase prontos. A fic está indo pra reta final e a previsão é de que acabe no 30... Pode ser antes ou depois disso, mas vai ser bem perto, então se preparem. Não se preocupem por eu ter demorado a voltar, não vou me perder na fanfic de jeito nenhum, essa aqui sempre esteve nos eixos e foi planejada de um jeito que não tem como eu me perder, podem ter certeza que muitas surpresas os aguardam daqui até o final.

Não vou garantir data de postagem porque, como ainda vou terminar alguns capítulos (e escrever o próximo inteiro) não tenho previsão, até porque estou sem PC e escrevi esse capítulo em um notebook emprestado, mas como eu sou muito esperta, eu tenho todas as minhas fanfics, projetos iniciados e capítulos pela metade salvos nas nuvens, por isso, não importa onde eu estiver vou poder escrever, e como recuperei o gás... A fic vai sair. E esse ano ainda, promessa!

Lembrando que tem um jornal falando sobre a lenda do Kai, o que são os teleporters, os "não-humanos", o que é a nothcon e todas as duvidas que vocês possam ter sobre os termos utilizados na fanfic. Tem muita coisa legal lá, recomendo darem uma lida, eu fiz com carinho pra vocês ^-^ vejam aqui >> http://socialspir.it/4592690

Beijão à todos, se quiserem me xingar ou perguntar algo ou dizer que sentiram saudades (sei lá, vai que) fiquem à vontade para comentar, estarei à sua disposição. Bye e até logo :)


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