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História Caso Chara - O Início


Escrita por: Eustakiah

Capítulo 2 - O Início


Fanfic / Fanfiction Caso Chara - O Início

“A comodidade da mesmice que nos acomoda mutuamente nos incentiva ao choque da divergência”


Ameno, monótono, calmo e úmido: Típicas características de um dia qualquer em Waterfalls, distrito de Ebott. O sol mal nasceu quando Toby Fox já se arrumara para o trabalho. O rosto cansado, só uma rajada d'água deveria resolver. Barba mal feita, não se preocupa muito em fazer, apesar do estereótipo de preguiça, os traços desleixados de sua face refletiam bem sua personalidade conflituosa: seriedade de um homem da lei e o cômico de um homem que ama o que faz. Uma xícara de café? Duas, só por precaução. Torradas rápidas que combinam com o estilo de vida express de um cidadão urbano, apesar que sua cidade nem chega aos pés do movimento que é em Hotland — a cidade de luz. Segue para o trabalho, subindo no carro e logo abotoando o cinto de segurança. 

Viagem tranquila, como se espera de um dia qualquer em Waterfalls. Com 30 minutos de estrada e pouco trânsito, chega no trabalho. Debaixo de uma árvore velha, mas não ameaçada de queda, estaciona na vaga de sempre, próxima a saída dos fundos da delegacia. Sim, isso mesmo. Toby Fox trabalhava na Delegacia de Polícia Central dos Quatro Estados de Ebott, a maior e mais famosa de todas, e ainda sim denunciada de corrupção. Como tenente detetive, Toby Fox foi foco dos holofotes quando resolveu o caso de Flowey MacLurry, famoso assassino em série — um psicopata que de manhã trabalhava como apresentador de TV infantil e, quando a noite caía, fazia gritos ecoarem na cidade. Desde então, como estratégia política, todo caso relacionado a celebridades, entidades de grande repercussão político-social-economica, é direcionado para Fox. Ele não reclama de sua fama, mas é mais do tipo de pessoa que afirma que “só estava fazendo seu trabalho” (muito embora, de fato, seu sorriso ficava maior quando era reconhecido).

Após remover a chave da ignição, Toby olha mais uma vez para o espelho contido no parasol do carro. Deu uma ajeitadinha nos cabelos. Estava bonitão, como esper—


TOC TOC TOC 


Toby se assusta, alguém bateu no vidro da porta. E lá estava ela. De aparência esquisita, mas sorriso gentil. Cabelo curto com pontas despesas, com vestígios de uma tintura verde escura, quase preta — um tanto rebelde para uma policial. Segurava uma bandeja lotada de copos de isopor.

— Bom dia, Sr Fox! — a moça saúda.

— Ah! — Toby suspira, abrindo a porta do carro, descendo do dito. — Bom dia, Shyren.

— Dormiu bem? 

— Assim, “bem” eu não diria. Mas e você? Não me parece estar cansada. E mesmo assim tá segurando uma bandeja com 6 copos de café. 

— Ah! — a mulher se desajeita — e-esses não são pra mim! E-e-eu passei na cafeteria antes de vir pra cá, então decidi trazer ummm… uns cafezinhos para meus colegas de trabalho sabe? E…

— Shyren.

— Sim?

— Nós temos uma máquina de café lá dentro.

— Ah! Sim, eu sei, mas é que…

— Você deveria parar com toda essa atuação. Não faz bem pra você — Toby pega um dos copos de Shyren — Nem todo mundo precisa gostar de você.

— EI! Eu não estou atuando… Eu... gosto de fazer coisas gentis. E esse copo não é pra você — A mulher apoia a bandeja em uma das mãos, escorando em seu corpo, enquanto pega de volta a bebida. Fox revira os olhos. Shyren sai andando.

— De qualquer modo, você deveria se preocupar mais com você do que… esquece. Quer ajuda com essa bandeja? — Fox procura alcançar a moça.

— Um, não valeu. Eu vou deixar isso lá no departamento C. O senhor pode ir sem mim, Bob já deve ter chegado e vocês podem ir adiantando alguma coisa. — Ela prossegue com seu caminho, deixando Fox para trás e antes que ele pudesse falar alguma coisa, é interrompido pela mulher — Continuem com um bom trabalho! — uma frase motivadora, mas que no contexto ficou mal localizada, com um ar de ironia. Tobby preferiu não se preocupar, seguindo o para o seu próprio departamento.


Entra na delegacia. Bem, aparenta ser um dia como todo outro. Como era cedo, ainda se encontrava meio vazia, assim alguns funcionários estavam tendo conversas descontraídas e tomando seu café da manhã lá mesmo. A atmosfera era bem alegre até. Por conta da luz natural que começava a entrar, não havia necessidade de manter as lâmpadas acesas. Era o tipo de iluminação suave que permite se observar os grãos de poeira dispersos no ar. Após uns “bom dia” aqui e ali e algumas conversas fáticas acolá, Toby Fox chega ao seu destino, a sala escura do seu departamento.

Abrindo a porta, vai de encontro a uma pessoa que saira às pressas. 


— Perdão, senhor!

Toby fox reconheceu a silhueta, e logo sua face ao fitar. Um homem magro, de cabelos pretos partidos no meio. Tinha cara de ser bem mais novo do que realmente era, apesar de sua postura altamente responsável e matura. Só podia ser ele, então não hesitou ao chamar:

— Bob? 

O Jovem desacelera seus passos, olha para trás na direção da voz. 

— Sr. Fox? Ainda bem que o encontrei! — O jovem parece aliviado, porém, ainda há preocupação no seu olhar — Nós temos que ir à fronteira entre Ebott e Surface. Urgentemente. Onde está Shyren?

— O que houve? — Ambos começam a andar, seguindo o caminho que Toby acabou de traçar, vulgo, para a saída.

— Uma ocorrência. Dois corpos foram encontrados nessa região. Um a quase 300 metros um do outro, um em terra firme o outro encalhado na margem do rio. — Bob para, pega do bolso seu celular. Liga para Shyren, pessoa a qual parece não se dar bem por conflitos de personalidade, ele responsável de objetivos já especificados e ela avoada fazendo várias coisas e não terminando nada direito. É irônico saber, no entanto, que ele decorou o número dela — Contudo, o que mais choca nesse caso são os relatos das testemunhas. Quer dizer, ao menos me deixou pasmo.

— O que elas disseram? 


— Os corpos foram identificados como os filhos da família Dreemurr.



*-*-*-*













Notas Finais


Fatos curiosos: 


1. Eu não queria envolver tanto o detetive na história inicialmente, ou seja, ele seria um personagem onisciente sem nome.


2. Quando percebi que seria impossível não envolvê-lo na história, decidi transformá-lo num personagem do universo de Undertale. Pensei inicialmente em Sans, mas ele já teria papel na fic. Então, em último caso, como uma brincadeira, dei o nome do criador do jogo (Toby Fox) para o personagem.



É isso.

Muito obrigada e flw


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