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História Caso Chara - Família


Escrita por: Eustakiah

Notas do Autor


Oiii
Obrigada pelos comentários no último capítulo!
Agradecimentos especiais a: @SaraSkelleton @NarrAuryas e @Okoyam
Valeu pelos favoritos!

Fico feliz que estejam gostando
Sem mais delongas, o capítulo:

Capítulo 3 - Família


Fanfic / Fanfiction Caso Chara - Família

“O maior segredo que a família exemplar pode conter é de estar colapsando internamente”

 

— Os Dreemurr? — Fox agiu com surpresa. Parou as passadas no momento.

 

 Os Dreemurr eram as pessoas mais importantes de todo o Ebott. Estavam intensamente ligados ao gerenciamento da política local e outras responsabilidades do Estado, além de serem vistos como o exemplo de família perfeita. Sempre estavam fazendo boas ações e muito raramente associados a furdunços e confusões, mas ainda era quase impossível não citá-los numa fofoca qualquer. 

Asgore Dreemurr, o pai da família, um homem de grande porte, alto e loiro, foi por muitos anos o chefe de Estado de Ebott, entretanto há pouco tempo havia publicamente declarado que pretendia acabar com a carreira política em breve e se aposentar. Toriel Dreemurr, a primeira dama, é diretora e professora de uma escola pública da região e vivia participando de projetos beneficentes. Ainda havia os filhos perfeitos dos Dreemurr: Asriel, o mais velho e a cara dos pais, Chara e Frisk, filhos de coração. Por mais célebres que fossem, não era difícil encontrá-los pela cidade, principalmente se procurar numa igreja dia de domingo. Em suma, era uma família de dar inveja. O exemplo, plenos em sua inteireza.

— Tem certeza que são de Chara e Asriel os corpos encontrados? — Fox ficou agitado

Era bastante difícil e triste de acreditar que um sobrenome único como Dreemurr estivesse dentro de uma tragédia como aquela. De fato, quando a notícia se espalhar, a cidade toda entrará em luto.

— Foram as informações que recebi. Por isso que devemos ir pra lá o mais rápido possível. Outros peritos criminais já estão também a caminho para auxiliar. Só nos falta mesmo encontrar a Shyren… — Bob termina murmurando, voltando ao nervos matinais que aquela garota lhe causava.

Aparentemente, Toby não ligava mais que Shyren não estivesse ali e simplesmente ignorou a preocupação de Bob, soltando um "O que mais você soube do ocorrido?". Talvez ele confiava nela e sabia que em breve ela já estaria por perto. De qualquer modo, haveria uma equipe de profissionais bem preparados no local, portanto deveriam primordialmente se importar em chegar lá o mais ligeiramente possível, com ou sem a mulher. Mas ninguém simplesmente chega em um lugar em um estalar de dedos. Não, haveria toda uma viagem, e para aproveitar-se plenamente do tempo, deveriam chegar lá preparados, sabendo pelo menos o básico do ocorrido. 

Afinal, são dois corpos. Não pode ter sido um acidente, não no meio do nada. 

Era assim que Toby pensava. Ele sabia organizar as prioridades, que atualmente eram o caso, não a Shyren. Assim, ele precisava saber mais. Por isso o ignorante "O que mais você soube do ocorrido?".

— Aaaaassim… — Fez um prolongamento na palavra, signo de quem está tentando justificar algo mas que sabe que não tem justificativa. — Ainda não muita coisa, considerando que aconteceu na madrugada de ontem pra hoje. Tudo o que sabemos foi o que testemunhas contaram hoje de manhã — respondeu Bob.

— É compreensível. — suspirou Fox. Foi uma quebra de expectativa na verdade, sua cabeça, naquela fração de segundo, já estava a mil pensando em como juntar as peças, mas acabou que não havia nenhuma peça a ser montada ainda. Foi uma rápida decepção —  De qualquer jeito, precisamos chegar logo. — falou, dirigindo-se ao carro.


 

*-*-*

 

Nove horas da manhã. O telefone começa a tocar enlouquecidamente. A mulher, que deveria ter algo entre seus 45 anos devido a alguns cabelos grisalhos, preferiu ignorar. Ela roda o corpo na cama, virando-o para o lado oposto e envolvendo o braço por cima do companheiro que ainda hibernava. Ou ela achava ele estava.

— O que foi agora? — fala o homem com uma voz meio abafada e preguiçosa.

— Eu não sei… — Boceja a mulher — Tem tocado a manhã todinha. Deve ser um de seus colegas vindo falar de trabalho.

— Acha que esqueceram que estou de folga? — o sujeito vira o corpo de modo que terminasse cara-a-cara com a sua esposa. Acariciou-lhe o rosto delicadamente

— Exatamente. — sorriu, num gesto suave e sem muito esforço, com olhos semicerrados.

O minuto doce do casal logo foi seguido por um de silêncio, o telefone parara de tocar. O quarto ainda estava gelado da madrugada, aquela frieza que impede qualquer um de se levantar, botar os pés no chão ou sequer mover qualquer músculo. As cortinas de cor mármore impediam quase toda luz nascente, viabilizando que penetrassem no quarto apenas pelas pequenas brechinhas. A cama king-size ocupava bastante espaço, mas ainda sobrava o suficiente para caber uma escrivaninha, uma estante, um sofá e uma televisão, e vários quadros na parede, e um guarda roupa, e uma cômoda, e um baú, e bastante espaço útil inutilizado. Era um quarto de luxo, padronizado em tons suaves de brancos e amarelos, porém que, com a privação de luz, obtiam um efeito óptico de branco-azulado. 

Nada além do pacífico silêncio ecoava pelos ouvidos do casal abraçado e envolvido sob os longos lençóis da cama. Poderiam muito bem voltar a dormir e somente abrir os olhos amanhã, ou daqui a dois dias, ou semana que vem. Isso se não contassem com as outras responsabilidades da rotina adulta. É, pelo jeito apenas mais cinco minutinhos deitados e depois a vida tinha que continuar. Nisso, o telefone volta a tocar. A mulher suspira, desfaz o abraço e se põe a sentar.

— Deixa que eu atendo, pode voltar a dormir — o homem também se senta, mas colocando os pés sobre o chão. Faz uma rápida espreguiçada, alongando os braços para cima e para o lado e em seguida estralando o pescoço.

— Você me conhece e sabe que depois de sentada eu não consigo mais voltar a dormir. — A esposa dá um sorriso sarcástico — Bem, eu vou chamar os meninos para me ajudarem com o café — fala, levantando-se da cama com seu corpo semi nu, prendendo seus curtos cabelos em um coque mal feito. Sem demora, ela pega seu roupão de seda roxa e o veste, amarrando-o com apenas um nó ao mesmo tempo que calçava umas pantufas rosa. 

Nesse meio tempo, Asgore se levanta também, caminha vagaroso até às janelas, onde abre as cortinas rapidamente, fazendo suas pupilas contraírem na mesma velocidade. O céu era mais azul naquela vizinhança, e o sol mais amarelo. 

O telefone volta a tocar, com aquele repetitivo barulho ensurdecedor e irritante. Toriel, que passava logo ao lado do objeto, aproveitou para pôr um fim nessa tortura. Atendeu o telefone. 

— Alô? Sim sim, é ela mesma. — falou, num tom cansado. Coçava os olhos com a mão livre, visando despertar um pouco — O quê? — sentiu um frio no estômago — Não, não… isso não é possível… eles… eles estão dormindo nos seus quartos…

Toriel apressa seus passos ecoando pelo corredor, até chegar ao quarto dos seus filhos. Estava frio, escuro e sem ninguém. A janela no meio do quarto encontrava-se aberta, fazendo com que as finas cortinas balançassem com o vento leve que soprava casa a dentro.

— Meninos? — chamou.

De repente, a filha mais nova se aproxima por trás. Baixa, de cabelos finos, escuros e curtos e olhos puxados, cutuca o ombro da mãe e começa a gesticular.

 

"Mamãe, cadê meus irmãos?"

 

 


Notas Finais


//Curiosidade//
*Frisk é surda-muda na fic
*Esse capítulo foi escrito lá em meados de 2018, e eu só estou postando agora

É isso
Obrigada por lerem até aqui, semana que vem tem capítulo novo!


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