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História Castaway - Quase perto


Escrita por: xSummer

Notas do Autor


Quase no final
Próximo capítulo mais que decisivo !
Beijos

Capítulo 11 - Quase perto


 A lança passou pela água límpida, atravessando o peixe de modo certeiro.

- Está ficando bom. – Hood disse sorrindo.

- Você é um bom professor. – o loiro respondeu enquanto deixava o animal no cesto que já tinha uma boa quantidade de pescado.

O moreno ficou em silêncio e o outro pode perceber ele soltar um longo suspiro. As perdas recentes ainda o deixava abalado. Além de enterrar a mãe, vivia com a angústia de não saber onde estaria Mali, e quais as condições que a garota se encontrava. Não bastasse isso, tinha de encarar o pai todos os dias, o olhar desesperançado e o semblante inexpressivo do homem lhe cortava o coração.

Calum sentiu a mão de Ashton afagar seu ombro e um mínimo sorriso brotou em seus lábios. Com uma voz doce ele soprou em seus ouvidos que estaria ali e que tudo ficaria bem, mas Hood infelizmente não podia ter certeza daquelas coisas. Até quando Ashton estaria ali ? Era certo que quando ele estivesse, as coisas poderiam ficar melhores, mas e quando ele não estivesse mais ? Será que realmente haveria esperanças de ter uma vida feliz novamente ?

Eram perguntas que persistiam em sua cabeça o tempo todo. Perguntas que o deixavam desesperado, angustiado, triste e com pensamentos que até ele tinha medo.

A água ainda corria no pequeno rio onde o casal se encontrava bem ao meio. Os peixes já se aproximavam novamente dos pés dos dois devido ao tempo que estes permaneciam imóveis. Num mínimo movimento, Ashton puxou o moreno para um abraço. Vê-lo naquele estado lhe incomodava muito. Tinha um carinho enorme por Hood, e queria ter ideia do que fazer para que o outro ficasse bem. Já não se importava em ficar na ilha para o resto de sua vida. Não se importava com as coisas que deixou para trás, com o conforto de um sofá macio ou de um banho quente. Não se importava em passar o resto dos seus dias pescando e colhendo frutas, comendo tudo que fosse natural. Já não lembrava do gosto dos doces e porcarias de fast-food e não se importava com nada daquilo. Só queria estar ao lado de Calum e apoiá-lo sempre que precisasse.

(...)

Em outro ponto da ilha, o grupo liderado por Josh avançava pela mata fechada. Ele seguia na frente identificando sinais deixado pelos moradores do vilarejo. Ainda se lembrava de onde estava a tribo da última vez em que esteve ali, mas certamente já haviam mudado de lugar.

Os olhos e Michael procuravam por detalhes em meio as folhagens e vegetação. Atento ao mínimo movimento que pudesse representar alguma ameaça. Vez ou outra, o olhar encontrava Luke e o coração batia um pouco mais forte. Foi assim desde a primeira vez que o viu e ele pode jurar que será assim até o último dia. Hemmings nunca será indiferente para ele. O loiro sempre despertará um arrepio quando tocar nele. Ainda que não seja o mesmo Luke, ele o ama da mesma forma.

Deixou um beijo rápido no rosto do maior e entrelaçou os dedos enquanto continuavam a caminhar.

Alguns metros á frente, encontraram algumas casas abandonadas. Josh pediu que procurassem qualquer pista, e o grupo se dividiu pelo local. A fogueira parecia ter sido apagada recentemente, indicando que alguém esteve ali não fazia muito tempo.

- Josh, venha ver ! – um dos homens gritou.

O homem foi ao seu encontro, e assim que entrou em uma das casas pode ver uma palavra inscrita na parede com tinta vermelha.

- O que isso significa ? – Mike perguntou.

- É um nome de um lugar. Creio que eles tenham ido para lá, então vamos ao seu encontro.

Hemmings ainda ficou no cômodo, olhando os cantos a procura de algo que pudesse ser de Ashton. Michael se aproximou, puxando-o pela mão para que seguissem Josh mas o loiro permaneceu firme. Ele passou um braço ao redor do namorado e o prendeu contra a parede. Iniciou um beijo que como já sabia, foi correspondido.

A mão de Clifford pousou na nuca do maior, puxando os fios. Luke apertava o corpo contra o outro cada vez mais. Estavam excitados o suficiente para fazer qualquer coisa ali mesmo, mas não podiam. Precisavam ir com o resto do grupo ou se perderiam novamente.

- Te amo. – o loiro disse afastando-se minimamente do namorado.

- Eu te amo Luke. – o ruivo sorriu torto como sempre fazia.

- Se algo acontecer comigo, eu quero que você saiba que eu me arrependo de não ter sido bom o suficiente, e me arrependo de ter aprendido a ser o que você merece só gora. Eu quero que você saiba...- Mike o interrompeu, puxando novamente para um outro beijo.

- Luke, eu sempre amei você, e não importa nada do que aconteceu nem o que vai acontecer, não vai mudar o que eu sinto, nunca vai mudar Luke. Você é meu e eu sou seu, nosso amor é maior que tudo, nós vamos pegar o Ash e sair daqui, e eu vou casar com você. E é só com isso que você tem que se preocupar.

- Vocês vem ? – um dos rapazes perguntou ainda do lado de fora da casa.

Clifford estendeu a mão e Luke a segurou, caminhando juntos até o lado de fora.

(...)

Ashton deixou o cesto nas mãos de Calum e se agachou para rastejar até o interior a gruta. A entrada tinha um acesso difícil o que dava mais proteção ao grupo contra visitantes indesejados.

Assim que passou, puxou o cesto e logo o corpo de Calum também se projetava gruta adentro. A luz do dia passava por pequenas frestas, deixando ainda mais bonita a cor água, que por sua vez iluminava as estalactites dando-lhes uma coloração turquesa.

Emily cuidava do pequeno bebê enquanto a mãe dele passava o tempo fazendo roupinhas para o filho. David observava tudo em um canto afastado, a cabeça encostada em uma parede, e o olhar perdido entre o presente e o passado.

- Trouxemos comida. – Ashton falou simpático, e sua voz ecoou pelo lugar.

- Que bom querido. – Emily respondeu com a voz tremula e doce que sempre usava.

- Daqui a pouco vamos preparar. – Hanna surgiu caminhando, acompanhada de um dos garotos do vilarejo.

- Precisamos conversar Calum. – David disse sem desviar o olhar.

- Claro, pai. – disse incerto.

O homem levantou-se devagar e aproximou-se do filho. Passou por ele seguindo até a entrada da gruta por onde saiu. O moreno acompanhou ainda sem entender, e Irwin apenas observou aflito segurando-se para não correr atrás do outro e estar por perto seja lá o que ele fosse ouvir.

Do lado de fora um silencio incomodo se estendia. Quando Calum finalmente perguntou o que o pai gostaria de lhe falar, o homem respondeu friamente.

- Quando você iria me contar ?

- Contar sobre o que ? – perguntou ainda mais confuso.

- Contar que você é... – parou respirando fundo. – Contar o que faz com aquele cara. – disse encarando os olhos do filho que engoliu em seco.


Notas Finais




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