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História CasteloBruxo e o Martelo das Feiticeiras - Prólogo


Escrita por: sugarunicorn

Capítulo 1 - Prólogo


16 de Novembro de 2009

Caturense, Morro do Chapéu.

Há uma fortaleza feita de mármore, escondida na Chapada Diamantina, no centro do estado da Bahia. Construída no século V pelo povo indígena Cantaruré com o intuito de aprisionar os Anamanes- animal do mundo bruxo que devora as pessoas que se aproximam, seu hábitat é grutas. Com o tempo os cantarurenses começaram a dar os índios pataxós- seus inimigos - como comida. Porém o lugar de abate foi desativado após a fuga desses animais mortais, que resultou na dizimação de mais de mil índios. 

No século XVII, a fortaleza foi restaurada pelo Congresso Mágico do Brasil e passou a ser a prisão para os bruxos que inflingissem as leis. Foi considerada uma das cadeias mais seguras do mundo, segundo o Comitê de Segurança Internacional. Nenhum bruxo tinha escapado de suas grossas paredes de mármore. Porém algo estava prestes a mudar na cela de número 9128. 

Quatro guardas, com varinhas em posse, faziam a segurança daquela cela especial, pois nela havia um dos mais sanguinário bruxos da atualidade, Renato Sales. Condenado à prisão perpetua por atear fogo em um orfanato, e matar o Ministro da Defesa. Um quinto guarda virava rapidamente a esquina do corredor mal iluminado, trazia em suas mãos uma bandeja.

-Jantar! - exclamou ao colocar a bandeja pela abertura da cela.

-Bem que poderíamos dar um fim nesse imbecil, já está ficando entediante torturá-lo.

-Ninguém iria nem notar! - disse o segundo guarda. Seus uniformes eram pretos, e tinham o símbolo de uma caveira azul. 

-O monitor iria informar ao Presidente, e nós seríamos presos pela violação das diretrizes prisionais! - falou o terceiro.

-Só no Brasil que bandido tem mais direito que nós, bruxos de bens. Fiquei sabendo que nos Estados Unidos, o Congresso aplica pena de morte em caso de assassinato. - disse o primeiro.

-Imagina esse criminoso lá! - o quarto guarda disse com ar de deboche.

Todos riram, menos o quinto guarda que apenas observava o corredor. Desde que a tortura virou diária na cela 9128, era comum que Renato tossisse até sangrar. Ouviram um grito terrível que poderia cortar a alma após um pedido de socorro. A tosse aumentava, fazendo Renato se contorcer. Enquanto do outro lado, os quatro guardas riam como se estivessem assistindo um show de comédia.

-Petrificus Totalus!

Com um único som os quatros caíram petrificados, as feições deles estampavam dúvida. A chave foi facilmente encontrada no bolso das vestes negras e colocada dentro da fechadura mágica que grunhiu e abriu a porta verde-esmeralda. No corredor um homem velho, magro e franzino corria em direção a cela aberta.

-Está na hora, minha senhora?

-Entre e faça o que combinamos, Mendonça!

Mendonça se ajoelhou ao lado do assassino e com esforço, o levantou. Passo a passo, Renato caminhou em direção a porta, sua pele estava marcada por cortes profundos, os olhos estavam inchados e roxos, o braço esquerdo apresentava uma fratura. Sua aparência não era a mesma de antes de ser preso, agora tinha o cabelo raspado e seu rosto tinha aspecto esquelético. Então a pele de Mendonça começou a borbulhar como água na chaleira, e a se modificar até ser uma copia fiel a Renato. Então a porta foi novamente trancada, agora com um falso Renato que  sorria alegremente entre a abertura.

-Minha varinha, minha varinha! - Renato disse ainda tonto por causa das tosses. Com a varinha de cor ameixa na mão teve um acesso de raiva, e apontou para os corpos imóveis no chão. -E agora? E agora quem é que se deu mal, seus porcos? Avada keda...

-Filho, não faça isso! -interrompeu o quinto guarda. -Vai estragar tudo.

-Não me chame de filho, Anastácia! - falou Renato, suas roupas eram como a de qualquer prisioneiro, cinza e a parte de cima lembrava uma camisa de força. -E esse disfarce é horrível!

Anastácia Sales havia tomado a poção polissuco, mas o efeito estava no final, sua voz já estava ficando fina e rouca. Retirou de suas vestes um frasco transparente com um líquido verde e com um gole, derramou na boca. Apontando a varinha para os homens, ainda petrificados no chão, disse:

-Obliviate!



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