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História Castle of Glass - Quarto


Escrita por: miamimi

Notas do Autor


OIEEEEEE GENTE LINDAAAAAA

OBRIGADA PELOS FAVORITOS, AMU VCS GALERA UHUUUUUUU

Cheguei mais cedo dessa vez não é? É pq eu tava cheia de inspiração pra esse cap e.e

Espero que gostem! Fiz com muito amor ~sqn :v huehuehuhueheu

Boa leitura!

Capítulo 4 - Quarto


Fanfic / Fanfiction Castle of Glass - Quarto

“Errado! Mais uma vez!”

Despertando, ouviu uma voz ecoar por sua cabeça. Lucy abriu uma fecha dos olhos e viu algo no chão similar a uma rocha, brilhante pela água.

“Quantas vezes vou ter que repetir a mesma coisa tantas vezes?!”

A imagem desfocou e focou novamente repetidas vezes, fazendo-a se sentir tonta e enjoada. Pôs as mãos na cabeça e apertou os olhos com força, a fim de dispersar a tontura.

“Está qualificada. Levem-na junto com as outras três.”

Apoiou-se com a mão esquerda e tentou levantar, mas aquela superfície estava escorregadia de mais, por isso, acabou escorregando ao colocar todo o seu peso no braço e bateu com a cabeça no chão.

— Argh! — resmungou, sentindo sua cabeça latejar.

Se levantou com mais cuidado novamente. Olhou ao redor e identificou logo de cara que estava em um tipo de cela.

— Pelo visto já acordou... — ouviu a voz de Natsu ecoar entre aquelas três paredes.

— N-Natsu? Onde você está? — olhou diversas vezes para os lados.

— Aqui — ela ouviu o barulho metálico à sua esquerda batendo contra a parede.

Semicerrou os olhos e viu uma mão, coerentemente uma costa também, passar por uma pequena “porta”, que se Lucy sentasse, devia bater pelo menos um pouco acima de seu cotovelo, mas que continha três barras de ferro em uma distancia espaçosa, que não permitiam que ela passasse por ali.

Olhou para frente e viu grades enferrujadas, e ao fundo um corredor e mais outro que sobrava para a direita, mais uma parede de pedras, assim como toda a sua cela.

Lucy levantou imediatamente e pulou dois passos apressados até lá, mas foi impedida de completar o terceiro ao sentir ser puxada violentamente, logo caindo no chão frio novamente.

— Hã? — Ela olhou desnorteada para trás e viu uma pulseira metálica em volta de seu pulso.

Estava acorrentada a parede.

— Não... — seus olhos começaram as arder, flashs de sua infância passaram rapidamente em sua mente — Não! Não! — a loira começou a repetir a mesma palavra em sua voz desesperada ao mesmo tempo em que tentava se soltar inutilmente e sem parar, usando a força para tentar se livrar daquela algema.

— Oe, relaxa — o príncipe tentava acalma-la, notando que talvez ela estivesse tendo um ataque de pânico ou simplesmente surtando — Para de surtar...

— V-você não entende! — ela gritou, sentindo um bolo em sua garganta — V-você não vê? — levantou suas trêmulas — Eu estou acorrentada! Eu estou... — as lágrimas salgadas escorreram por seu rosto, as gotas solitárias se juntando às pequenas poças entre os relevos das pedras — Presa...

— Ei pare! Está sangrando! — o rosado estava com a cabeça deitada no chão para que conseguisse ver o estado de Heartfilia.

De repente ela parou com os gritos. O príncipe a ouviu soluçar.

— Você é mais frágil do que pensei — soltou uma risada, voltando a sentar-se.

Ela parou o choro por um segundo, apenas para respondê-lo:

— E você é mais inconveniente do que pensei — retrucou ríspida.

O príncipe arregalou os olhos surpreso. Tudo bem, no palácio ela era chata e, em parte, autoritária, mas nunca havia lhe dirigida a palavra daquela maneira. Ela era educada, essa era uma qualidade que reconhecia nela.

Sorriu de canto.

— Hoo, você tá bem m--

Urusai! Urusai! Urasai!¹ — ela fez uma sequência de gritos histéricos.

Natsu ficou com uma poker face, mesmo que ela não pudesse ver. Na situação atual da loira ela nem ao menos ligaria para isso.

Parecia mil vezes mais insuportável que no palácio, interrompendo suas falas e dizendo coisas incoerentes.

— Sua...

— Ora, ora, vejo que já começaram a diversão por aqui.

Lucy estremeceu e, em uma atitude quase bipolar, encolheu-se rapidamente no canto da cela, o mais perto possível de Natsu, e parecia querer atravessar a parede de tão acanhada que estava.

— Pelo visto, ter trazido o seu amiguinho ali foi uma boa ideia — passou a mãos pelo queixo, fingindo estar pensativo — Ou talvez devo matá-lo? — perguntou, rindo sadicamente.

O coração de Lucy quase parou e as palavras pareceram sumir no ar.

— Hey, fale logo o que quer! — esbravejou Natsu, visivelmente irritado.

De algum modo, a atitude daquele homem já estava o tirando do sério, logo não deveria sentir mais nada, já que reconhecia o próprio como o homem que lhe sequestrou e nocauteou.

Mas ele apenas ignorou e agiu como se Natsu nem estivesse ali.

— Oh, vai ficar com medo agora, princesa? — riu com escárnio, percebendo o silêncio da mesma — Nostálgico, não? — ele fitou-a com desdém — Essa situação...

A loira arregalou os olhos, percebendo logo do que se tratava.

— Co... Como você sabe?! — sua voz saiu completamente esganiçada.

O homem, provavelmente seu sequestrador, pensou, apenas riu do desespero da garota, ignorando-a ao seguir para a direita e desaparecer pela escuridão. Queria provocá-los e deixar a princesa intimidada, coisa adquirida com sucesso.

Foi quando deixou de ouvir os passos do homem que a ficha dela caiu. Sentiu seu rosto úmido e começou a chorar novamente, puxou as pernas dobradas para perto de si e afundou o rosto no meio dos joelhos. Soluçava bastante e não conseguia parar de tremer.

Natsu suspirou, pensando se deveria ou não ajudar. 

Na verdade, seu subconsciente gritava dizendo que aquela não era hora para essas coisas. Apenas Lucy e ele estavam ali. Querendo ou não ficariam mais seguros e vivos se ficassem juntos. 

Passou a mão direita por entre as barras e pegou, da loira, a esquerda.

— Fica calma. Vai ficar tudo bem...

A surpresa de Heartfilia por aquele gesto era notável, tão quanto o tom dócil que ele nunca havia usado antes, pelo menos não com ela. A loira abaixou a cabeça lentamente.

— Desculpe — ela sussurrou, pedindo sinceramente o seu perdão, dentes batendo um no outro, agora era a vez do rosado ficar surpreso — Esse som deve ser irritante — a corrente a que estrava presa chacoalhava de tão trêmula e vibrante que estava sua mão — E-eu estou tentando parar, eu juro — sua voz foi embargando mais uma vez — Mas não consigo parar de tremer.

Lucy se encontrava tão indefesa naquele momento, desarmada e sem recursos para recusar qualquer ajuda. Completamente diferente da pessoa firme e decidida que mostrava ser no palácio.

Natsu pensou que talvez, só talvez, devesse começar a procurar entendê-la, afinal, tinha a impressão de que passaria, um bom tempo, só ele e ela.

Sozinhos.

 

~*~

— Fazem quantas horas desde que aquele cara apareceu? — perguntou Natsu, bocejando.

As mãos continuavam dadas, não haviam soltado desde que se encostaram pela primeira vez.

— Não sei. Não tenho noção de tempo aqui dentro — ela respondeu baixinho.

De fato, aquele lugar não recebia nenhuma luz do sol, tampouco possuía um relógio.

— Devem ter passado umas três horas... — bocejou também, seguindo o ato do príncipe — Por mim ele poderia ficar mais três sem aparecer — fez uma cara de desgosto, embora no fundo estivesse curiosa.

— Mas talvez ele nos dê respostas — o rosado arqueou a sobrancelha, estranhando, ou nem tanto, o comportamento da mesma — Imaginei que você gostaria de uma explicação...

— Não sabemos o que ele pode fazer conosco quando aparecer de novo — retrucou.

— Então você prefere ficar aqui apodrecendo?! — o rosado elevou um pouco o tom de voz, levemente irritado — Falando assim nem parece que você quer sair.

Ela continuou em silêncio, como se realmente estivesse cogitando esta ideia.

— Não é como se aqui fosse pior que o palácio — respondeu depois de um tempo.

— Como é que é? — exclamou surpreso e ao mesmo tempo incrédulo, virando o rosto para a direita, como se realmente pudesse vê-la através da parede.

A Lucy? Aquela Lucy estava falando aquilo?

— Isso mesmo. É como se eu nem tivesse saído de lá... — fechou os olhos, imaginando-se em seu quarto, enquanto escrevia algum discurso, sentindo o cheiro da refeição que as criadas traziam pelo corredor.

— De qualquer forma... — bagunçou os cabelos — Essa situação é meio desesperadora.

— Fomos sequestrados. Nada mais normal que isso — bocejou novamente, coçando os olhos.

— Você tá muito calma — falou, estranhando a tranquilidade que levava a situação, quer dizer, exceto quando descobriu sobre as correntes — E isso não é normal. — completou.

A garota suspirou tristemente, deslizando pela parede.

— Acredite: é sim.

Ambos ficaram em silêncio.

Natsu não fazia a menor ideia do que a última frase proferida queria dizer.

— Acho que perdi uma das minhas lentes de contato — murmurou a loira, procurando quebrar o gelo que ela própria havia formado.

Engoliu a seco, ao perceber que o garoto não havia respondido.

— O que você tá fazendo? — Natsu perguntou com tédio ao ver ela brincar com os dedos de sua mão, atitude um tanto íntima para a relação deles.

— Me mantendo distraída já que você não dá conta — resmungou ríspida.

"Bipolaridade do caramba", pensou o rosado incrédulo, embora esse pensamento só lhe viesse à mente por não poder ver o rosto totalmente ruborizado da princesa, que no momento agradeceu por um parede separá-los.

— Que tal eu ser a sua distração? — uma terceira voz se fez presente no ambiente.

Lucy rapidamente se encolheu novamente e apertou com força a mão do rosado.

— Quem é?! — vociferou assustada, encarando o desconhecido parado entre as duas celas.

Não era o mesmo homem de cedo.

— Bem... — ele soltou um risada sarcástica — Não seria nada inteligente revelar o meu nome a você então me chame apenas de Zancrow, pode-se dizer que sou o "chefe" deste sequestro— o loiro de grandes olhos vermelhos parecia estar se divertindo com a situação — Apenas vim conferir se ainda estavam vivos... — um sorriso sádico surgiu por seus lábios — Afinal, estão 3 dias sem água.

A afirmação do loiro fez com que os dois prisioneiros arregalassem os olhos, surpresos.

Havia se passado tanto tempo assim?!

— Então, é o seguinte — Zancrow bateu uma palma ao falar — Vocês receberão água em torno de 2 em 2 dias e comida de 4 em 4 dias — Lucy engoliu a seco ao perceber a forma em que ele falava aquilo tão normalmente como se fizesse parte de seu cotidiano informar isso — Nem ao menos tentem fugir ou avisar a alguém que estão presos, estamos em um lugar não mapeado da União de Fiore. Nós retiramos o chip GPS  que o governo havia inserido no pulso de vocês. Sendo assim, não há motivos para esperar por um resgate...

— Pare de falar asneiras e tire logo a gente daqui! — Natsu esbravejou, completamente nervoso.

Tinha um pavio curto e não pensava nas consequências quando explodia.

— Opa, abaixa essa bola, somos nós que ditamos as regras por aqui, se é que não percebeu você não está em condições de exigir nada.

O rosado imediatamente fechou a boca, ainda com a fúria escapando peos olhos, mas frustrado consigo mesmo por aceitar o fato, reprimindo os lábios e aceitando a derrota.

— Ótimo, bem melhor. Caso tentem alguma gracinha, não iremos pegar leve — concluiu lançando-lhes um olhar cortante — Isso é tudo. Meu parceiro Zirconis será o carcereiro de vocês — o homem de antes, que mais parecia uma muralha, apareceu por detrás do loiro — Até o próximo mês. — despediu-se dando um sorriso debochado e seguindo pelo corredor — Ah! Antes que eu me esqueça... — estacou no lugar, virando-se e direcionando seu olhar especialmente para Lucy — Se tentarem suicídio... — alargou ainda mais o sorriso — Além de uma punição ao colega de cela, temos vários espiões infiltrados no castelo — a loira arregalou os olhos. Zancrow ficou satisfeito ao ver que obteve sucesso em atingir seu ponto fraco — Quem sabe alguém de dentro não sofra as consequências — riu ao sugerir, virando novamente e dobrando o próximo corredor à direita.

Zirconis olhou o casal mais uma vez, antes de entrar numa sala do mesmo corredor em que Zancrow passou.

O som da porta batendo trouxe Lucy de volta à realidade.

Eles realmente tinham pensado em tudo.

— Você estava pensando em suicídio?! — ele gritou, sentindo sua raiva vazar pelos poros.

Recebeu o silêncio em resposta e tomou isso como um "sim".

Sentiu uma veia saltar em sua testa.

— Você por acaso é idiota?! — sentia seu sangue ferver e os nervos aflorarem — Se matar não vai resolver os nossos problemas — ele apertava com tanta força seu pulso que, a qualquer momento, Lucy pensava que iria quebrá-lo.

— Como se você se importasse com isso — sussurrou, indignada pela atitude do garoto.

O aperto em seu pulso apenas se intensificou. Iria ficar marcado.

— Não fale como se me conhecesse, garota — rosnou, cuspindo palavras convictas de si.

Ela soltou um gemido de dor ao perceber que não estava conseguindo largar seu braço.

Natsu olhou para onde estava apertando e largou-a imediatamente ao ver a vermelhidão que havia ficado ao redor. Suspirou.

— Desculpe — pediu com a voz cansada — Eu não queria te machucar.

— Tudo bem... 

E novamente outro silêncio insuportável se instalou entre eles, não tinha o que falar, mas não permaneceu assim por muito tempo, pois a loira quebrou a quietude ao fazer a pergunta que estava entalada na garganta de ambos:

— O que será de nós? — sua voz assimilava-se  a um disco quebrado, o choro proeminente anunciava sua chegada.

Em poucos segundos se encontrou em seu pior estado deplorável. Chorava incontrolavelmente, colocando sua mão sobre a do rosado, que chegar a doer de tão forte que a loira apertava.

"Você definitivamente é um babaca, Natsu Dragneel", o rosado pensou, fitando a marca roxa que havia ficado ao redor do pulso da garota, sentindo-se completamente culpado, com os berros de Lucy ao fundo.

Mesmo depois de a ter machucado, ela insistiu em segurar sua mão. A atitude da loira o tocava, talvez por não receber muitas demonstrações de carinho ao logo de sua vida, mas talvez por uma pontada de esperança o instigar a descobrir se a mesma Lucy, que conhecera anos atrás, ainda existisse por trás da imagem prepotente que a própria criou ao confundir sua delicadeza com fraqueza.

Balançou a cabeça, dispersando pensamentos.

Estava sendo otimista demais.

Jogou a cabeça para o lado e deixou que ela batesse na parede.

— Você tem chorado muito, Lucy — Natsu sussurrou, pela primeira vez chamando a garota pelo nome, sentindo-se tão frágil quanto a própria.

Ela assentiu positivamente, ainda com lágrimas rolando pelo rosto.

— Sim — soluçou, enquanto voltava a se entregar completamente ao choro, sentindo todo o seu medo lhe possuir.

E de fato, ela era um disco quebrado.

 


Notas Finais


EAEEEEEEEE Como será que o Natsu e a Lucynda vão sair dessa? Estão curiosos? E o Natsu? O que acharam ele? Acharam ele meio grosso ou que houve uma melhora de personalidade?

VCS VIRAM? O NATSU JÁ CONHECIA A LUCYNDA DESDE PEQUENA! E por que será que a Lucy ficou tão desesperada ao ver que estava acorrentada? E o passado dela? Os pequenos flashbacks de alguem falando no começo do capitulo?

Deixei varios fragmentos sobre isso desde o capitulo passado, já dá pra forma uma teoria aí ¬u¬ hehehehehhehehe e.e
EU MANJO DOS MISTERIO VEI HUHUAHUAHUAHUA ¬u¬

Urusai¹: "Cala a boca", "faça silencio", "feche a boca" e outras traduções parecidas. (imaginem tipo a Shana de Shakugan no Shana nessa hora e.e)

Até o próximo e nos vemos nos comentários (ou não) :3
Leitores fantasmas apareçam! HUAHUA'

Beizus de amooooouuurrr <33


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