História Cat - O Reencontro

A Festa

A grande festa anual de Carmine Falcone contava com todos os nomes importantes de Gotham e pela primeira vez contava com o meu.

O nome de Falcone sempre foi importante, meu padrasto sempre falava como Falcone perdoava suas dívidas de jogos e como era um homem justo.

Com seis anos meu padrasto morreu e minha mãe... Minha mãe não tinha condições mentais para cuidar de mim e de minha irmã.

Minha irmã foi para um orfanato de freiras e eu fui para as ruas, onde um ano mais tarde conheci meu mentor Del Halperm.

Ele me ensinou tudo o que sabia e meu a lição mais valiosa no dia em que morreu.

“Nunca deixe eles verem você chora. Nunca deixem eles verem o quanto está machucada. Nunca! ”

As pessoas conversavam, mas eu apenas me contentava com uma taça de champanhe.

A maioria daquelas pessoas eram criminosas ou faziam negócios com criminosos, isso a deixavam no mesmo patamar.

– Desculpe-me, senhorita, já não nos vimos antes? – Escutei uma voz masculina e me virei para observar o dono – Selina?

– Quem diria o famoso Bruce Wayne.

– Não acreditei que a veria novamente, você sumiu de Gotham.

– Eu? Foi você que saiu de Gotham para conhecer o mundo ou outra coisa.

Ele parecia me olhar da mesma forma de alguns anos atrás.

– O que faz aqui na festa de Carmine Falcone?

– Não sei, foi uma surpresa receber o convite para a festa. Mas a pergunta é o que o milionário Bruce Wayne está fazendo na festa de um mafioso?

– Ele quer provar que um dos seus projetos é para salvar Gotham e não destruir, então é mais por negócios.

– Ainda tentando salvar Gotham. – Deu um sorriso tímido – Senti sua falta.

– Senti a sua também.

– Fiquei com medo de você morrer antes de revê-lo. – Sua expressão ficou dura, ele tentava assimilar as coisas – Eu sei o seu segredo, morcego. Acha que não iria ligar os pontos? Estava ao seu lado quando criança.

Me puxou para um canto mais afastado, não tentou me enganar.

Talvez ele soubesse que seria em vão ou não queria mentir para mim, isso importava?

– Contou para alguém? – Perguntou.

– Seu segredo está a salvo, Bruce. Mas esse não o melhor lugar para conversar sobre isso.

– Vamos para minha casa.

– Agora não, tenho uma festa para curtir e todo tempo para conversa. Eu prometo que te procuro, Bruce.

Comecei a me afastar dele e às vezes lançando um olhar sobre meus ombros para ver se ele me seguia.

Não era apenas seu segredo, existia os meus que havia escondido.

Antes de uma conversa clara com Bruce teria que pensar sobre o que ele precisava saber e quando ele precisava descobrir. Não iria jogar uma bomba em suas mãos, ainda não.