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História Cat - Maggie Kyle


Escrita por: Dhampir

Capítulo 6 - Maggie Kyle


Selina Kyle

Aquele homem parado na sala-de-estar segurando rosas vermelhas não parecia o garoto tímido que tinha conhecido, ele tinha razão em dizer que muita coisa havia mudado.

Eu deveria ter mudado em alguns aspectos, me tornei uma ladra renomada e uma mãe. E não era o melhor exemplo para Helena seguir.

— Alfred disse que seria educado trazer flores. — Estendeu em minha direção.

Peguei por educação, senti o aroma doce que elas exalavam, mas tomei cuidado com os espinhos. Lembrei da analogia que Slam havia feito um dia.

“Você é como uma rosa, Selina, é maravilhosa encantadora. Todos pensam que é delicada, mas se não tormarem cuidado se machucam. Tenho dó de quem não perceber seus espinhos. ”

Soltei uma risada e Bruce arqueou uma sobrancelha ele queria entender o motivo e talvez merecesse.

— Obrigada, são lindas, Bruce. — Virei de costas. — Alfred realmente sabe como encantar uma mulher.

Escutei sua risada, ela sempre foi algo raro em Bruce Wayne, talvez fosse diferente quando seus pais estavam vivos.

Helena poderia ter mudado isso?

Coloquei a água no vaso sendo seguida pelas rosas.

— Selina — Aquela voz grossa, não tinha nada do antigo Bruce. —, tudo bem?

— Sim, sim, Bruce. Só estava relembrando do passado. — Aproximou um passo em minha direção. — Por que você quis esse jantar, Bruce? É mais que apenas conversa entre amigos.

Seu rosto ficou tenso, foi uma leve mudança de expressão. Era como se algumas linhas surgissem debaixo de seu olho e ele fechava a mão.

— Pode ser um tiro no escuro, mas preciso perguntar. Existe um passado entre você e Roman Sionis?

Senti um alívio percorrer meu corpo.

Apontei para a cadeira e ele sentou-se, ainda matinha uma posição impecável.

— Tive um passado com Roman. — Coloquei um prato na sua frente e outro para mim. — Não fiz nenhum trabalho para ele, mas imaginar que roubei algo importante dele.

— Diamante?

— Não, eu derrubei seu império. — Soltei um suspiro e comecei a servir a refeição. — Espaguete, aprendi no tempo que estive na Itália. Marcus DiMaggio foi um excelente professor, mas terrível em fazer uma cantada.

— Selina, foque em Roman, por favor.

Ciúmes ou não gostou de ter mudado o assunto? Era difícil dizer, mas ele sentia ciúmes de Slam.

— Quando você foi embora de Gotham eu conheci Slam Bradley e ficamos amigos. — Sentei na frente de Bruce, ele parecia absorver cada detalhe da história. — Roubei algumas coisas e fui embora de Gotham e comecei minha vida complicada. Um dia Slam me ligou e contou a situação do East End, com Roman tinha se tornado dono de tudo.

— Eu sei, estava investigando ele nesse tempo. Slam o prendeu junto com o Crispus. Onde você entra nessa história?

— Voltei para Gotham e passei a ajudar Slam na prisão de Roman. Em derrubar seu negócio. Ele quer vingança e eu sou seu alvo.

Experimentei o espaguete e não estava ruim, Marcus se mostrou um bom professor nesse quesito.

Olhei para o Wayne e deveria estar relembrando todo o caso. Tentando entender o motivo para uma ladra ajudar na prisão de Roman.

— Ajudei pelo simples fato de Roman estar atrapalhando o crescimento de East End, foi onde eu cresci e já tinha muita merda acontecendo por lá. Não precisava de mais uma.

— Agora Roman quer sua cabeça. — Suspirou, ele tentava esconder seus pensamentos. — Eu posso te ajudar, Selina.

— Bruce, estou pronta para enfrentar as consequências. Fiz muita merda na minha vida e sei lidar com elas. — Soltei uma risada sem humor. — Roubei pessoas e elas dificilmente vem atrás de mim. Mas quando faço uma coisa boa isso volta para me assombrar.

— Não pode lidar com Roman sozinha. — Seu tom de voz aumentou.

— Só quero sua ajuda para proteger alguém. — Minhas palavras tinham que conter cautela, uma escolha errada e ele iria descobrir tudo. — Tem pessoas que não tem culpa de nada. Holly e Helena são duas garotas que eu cuido. Se algo acontecer comigo preciso que cuide delas, Bruce, só confio em você para isso.

— E o Slam?

— Poderia pedir para Hera ou Harley, mas estou pedindo para você. — Ele olhou para o prato na sua frente. — Você me deve isso, Bruce Wayne, me deve quando me deixou sozinha em Gotham.

Aquele silêncio constrangedor entre nós, ele relembrava o modo que tinha me deixado.

Um golpe baixo apelar para isso, mas precisava que alguém protegesse as duas e tudo que iria deixar para elas.

— Posso fazer isso. — Respondeu finalmente, tirando um peso de minhas costas. — Holly eu já conheci. Helena foi aquela que atendeu a porta?

— Sim, Helena Bertinelli. — O sobrenome falso que tinha escolhido. — Ela é uma boa garota, a conheço desde pequena.

Conheço melhor que qualquer pessoa.

— Devia comer, não é bom fazer a vigilância de Gotham de barriga vazia.

Ele sorriu e experimentou uma garfada.

— Aprendeu a cozinhar, mas iria ficar melhor com um vinho.

— Como o Batman faria sua vigilância bêbado? — Ele esboçou um sorriso. — Sem álcool para o vigilante número um de Gotham.

A conversa continuou e focou no atual momento de nossas vidas, mas ele ainda pensava em Roman me ter como seu alvo. Ele não precisava falar, mas seu olhar exalava preocupação.

Quantas pessoas eram capazes de ver através de Bruce Wayne? Quantas viam através do Batman?

Ele via através de mim e talvez sempre viu, o problema é que ele tinha medo e pode ainda ter. Bruce Wayne nunca foi o melhor para lidar com seu sentimento.

Helena entrou na cozinha, seus olhos percorreram por mim e Bruce, não pareceu se importar.

— Vou ficar no meu quarto.

— Tudo bem? — Questionei.

Helena respirou fundo e me olhou tristemente.

— Thomas.

Deixou a cozinha no mesmo silêncio que havia entrado.

Queria que ela ficasse longe de Thomas, ele nunca foi um bom exemplo e tinha a diferença de idade.

— Thomas Blake? — Bruce perguntou.

— Essa é uma longa história e presumo que não tenha tempo de ouvir.

— Não, infelizmente não. — Passou a mão pelo seu cabelo. — Tenho uma reunião e não posso faltar.

Cláudio Volpe

Claudio Volpe apagou o charuto e olhou para a porta da igreja.

Fez o sinal da cruz, nunca foi um homem religioso, mas não imaginava sendo obrigado a ter que matar um padre ou alguma freira.

Pegou sua pistola de pregos e desceu do carro.

O portão estava fechado e poucas pessoas conseguiam passar por ele de noite, por sua única opção era saltar o muro.

Jogou a corda do outro e esperou para ter certeza que ela não ia se soltar, puxou três vezes e quando se sentiu confiante começou a curta escalada. O muro deveria ter três metros, mas não tinha nenhuma árvore ao redor, o que dificultava quem não vinha preparado.

Olhou para o chão e saltou.

Tinha a grande porta, a maioria tentava passar por ela, mas depois daquela porta havia outra e dificilmente conseguiriam passar dela. A igreja era um lugar com peças valiosas, por isso toda aquela segurança.

Deu a volta indo em direção onde as folhas estavam grandes e passavam a impressão de um lugar abandonado, talvez realmente estivesse abandonado.

Seguiu aquele caminho até ir em frente a uma porta, segurou a maçaneta e girou.

Aberta.

Um sorriso aparecer no rosto de Claudio, ele sabia que seria fácil.

Desceu aquele lance de escada e se deu conta que tinha ido para o deposito. Não tinha iluminação e procurou algum pequeno sinal de luz que poderia significar a saída daquele lugar.

Um pequeno faixo de luz foi sua esperança e caminhou até ele, chutou algumas caixas e esperou que ninguém tivesse escutado.

Chegou até a porta e tentou abrir, mas essa estava trancada e sabia que era o momento para ser agressivo.

Chutou a porta e viu o corredor que se seguia para dos dois lados.

Apontou a pistola na direção de uma freira.

— Que tal ser minha guia? — Perguntou aproximando e pegando a foto no bolso. — Onde eu posso encontrar essa coisa fofa?

A freira olhou para a foto e continuou em silêncio.

Claudio respirou fundo, queria estar fumando seu charuto naquele momento.

— Que Deus me perdoe, mas vou perguntar mais uma vez. Onde eu encontro Maggie Kyle?

— Ela não está aqui! — A freira gritou.

Volpe soltou uma risada, ele sabia que a velha estava mentindo.

— Que tal um acordo? Me leva até a Maggie e me ajude sair desse lugar e eu deixo todo mundo aqui vivo. — Colocou a pistola na cabeça da mulher e ouviu ela rezar baixinho. — Ninguém precisa se machucar hoje, eu só quero a garota. Não vou machuca-la.

— Maggie não está aqui!

Claudio respirou fundo, mudou a mira para o ombro da mulher e atirou.

O grito dela ecoou pelo corredor e sabia que logo alguém iria aparecer.

— Me leve até Maggie!

— N-não.

Choramingou, é o mercenário sabia que dificilmente iria conseguir tirar algo da mulher.

— Se não liga para sua dor, como é em relação a vida dos outros? — Apontou para o Padre. — É melhor ficar parado ou vocês dois morrem.

— Leve o que quiser, por favor, mas não machuque ninguém.

— Eu quero Maggie Kyle!

— Ela está cuidando dos doentes. — O homem olhava apenas para a freira. — Te levo lá, mas deixe ela ir.

— Apenas quando eu tiver Maggie e longe desse lugar. Vamos, me leve até a Kyle.

Cláudio seguia os passos do padre, mas em nenhum momento tirava a pistola da cabeça da freira. Mesmo sendo um padre não queria cometer nenhum vacilo, sua confiança poderia acabar com tudo.

Entraram em uma porta e ele sentiu o cheiro de álcool, sangue e remédio.

Seus olhos caíram sobre a delicada mulher ajudando um velho.

— Hey! Maggie Kyle! Você vem comigo!

A garota olhou assustada para ele, olhou para o padre e esperou algum tipo de reação.

— Vem comigo ou ela morre!

Os passos de Maggie eram lentos, esperava que alguém falasse que aquilo era algum tipo de brincadeira.

Volpe empurrou a freira para longe e puxou o padre pela gola.

— Você vai andando na frente e sem nenhuma graça ou ele morre. Entendeu? — Ela balançou a cabeça positivamente. — Você vai abrir a porta e depois o portão para mim. Ninguém tente bancar o herói.

Começou a andar com o padre, um caminho mais longo até sair na frente do altar.

Olhou para a cruz pregada no meio.

O padre mexeu com as chaves, escolheu uma e foi na frente da grande porta.

Volpe prestou atenção em cada detalhe, sem tirar os olhos do padre e da Maggie, não poderia cometer erros.

O padre empurrou a porta revelando outra alguns metros adiante e foi até ela abrindo-a.

— Vamos! — Empurrou Maggie.

Começaram a andar para fora e ele sentiu a brisa fria de Gotham tocar a parte onde a máscara não protegia.

O padre caminhou lentamente até o portão, procurou a última chave com cautela.

Olhou por cima do ombro e sentiu uma tensão percorrer seu corpo.

Empurrou o grande portão de aço.

— Não precisa machucar ninguém. — O padre falou.

Olhou Volpe passar junto com Maggie e deu um grande suspiro.

O padre jogou todo seu peso diante do mercenário e gritou para Maggie correr.

Volpe lutou com o homem por um tempo e conseguiu atirar alguns pregos nele.

Empurrou o homem para homem e se levantou procurando a garota.

Viu um homem se aproximar com uma arma na mão, olhou para o padre no chão que se agonizava em dor.

Correu em direção de seu carro e viu que não estavam interessado nele, mas no padre.

Ligou o carro o acelerou pela noite de Gotham.



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