O lustre pendurado no teto do meu quarto reluz o brilho da lâmpada que me ofusca a visão.
Deitada na cama, de barriga para cima, me encontro desolada em mais uma noite solitária. Com os braços abertos como o Redentor, me pergunto até quando irei suportar tudo isso e suplico por uma salvação. Algo ou alguém que me ajude ou me liberte deste fardo sem fim que é viver.
Eu nem sempre fui assim. Nem sempre tive essa face abatida e essa alma nefasta. Já fui uma adolescente comum que ocupava seus dias fazendo planos e imaginando momentos que nunca iriam acontecer. Pois quando se é jovem a nossa vontade de viver e resquícios da inocência de uma infância nos faz sonhadores.
Entre rotinas monótonas e obrigações, nossa mente nos leva à um mundo paralelo. Criamos um mundo utópico e construímos castelos com príncipes, princesas e finais felizes. Sempre achamos que no fim tudo dará certo, mas a verdade é que nada do que criamos acontece e isso nos frusta. Crescer é como levar um soco na boca do estômago e a realidade nos acerta em cheio. Apenas os ditos corajosos se levantam da queda, mas ao meu ver os corajosos de verdade são aqueles que abrem mão de tudo o que os prende e se libertam deste mundo. E neste momento eu penso que talvez eu possa ser uma corajosa como eles.
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