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História (catástrofes.) - Jeon Jeongguk.


Escrita por: jeonq

Notas do Autor


verdade em hipérbole e referências de twenty one pilots
escrevi ontem, mas coube bem hoje, deve ser intuição

Capítulo 1 - Jeon Jeongguk.


 

Eu sei que já não nos falamos tem um tempo. Não esperava menos do que isso, eu era péssimo para você. Na realidade, ainda sou; porque eu sei que você ainda não parou de pensar sobre mim por alguns minutos do seu dia que fosse e que ainda usa de banhos longos para poder chorar tudo o que você guarda durante um dia inteiro pensando. A única que não te fazia pensar nas coisas ruins era sendo distraído e entretido pela ruindade em pessoa.

Eu sei que você me procurou outra vez, pela quinta vez, você mandou uma mensagem de texto no meu número de celular, mas eu não retornei nenhuma das suas perguntas. Eu não quero que você esteja perto de mim outra vez, porque eu sou um mar de lâminas que cortam a sua pele e te fazem sangrar, como eu costumo fazer todas as noites sentadas no chão do banheiro de algum estabelecimento, sujando os azulejos brancos com o sangue dos meus pulsos apenas pela sensação de estar arruinando o dia de alguém.

Eu sou o pior dos desastres, o pior dos demônios. Em todos esses anos ao seu lado eu estive te alimentando de mentiras em troca dos seus favores e dos seus carinhos, porque ninguém no mundo poderia me amar como você fez. Ninguém, apesar de tudo, deitaria na cama ao meu lado e acariciaria meu cabelo. Você era a única parte boa em mim, era o oposto, era um anjo, e mesmo assim eu tinha a coragem de vendar seus olhos com falsas ilusões e alimentar sua necessidade se sentir amado por alguém.

E eu te ligava de madrugada na rua alegando quão ruim havia sido a noite e dizendo que logo estaria em casa de novo, quando na verdade, logo em seguida eu desligava o celular e acabava-me no openbar de qualquer boate, perdendo completamente a noção que um dia eu deveria ter tido, trocando minhas horas contigo por bocas com gosto de álcool e algumas mãos pervertidas por baixo da minha blusa, tocando minha pele da forma que só você deveria.

Eu passava seu perfume favorito dizendo que era um agrado, mas era apenas para disfarçar o cheiro forte dos vários maços de cigarro que eu fumava em uma única noite. Aquele cheiro te fazia bater no meu peito e me empurrar enquanto chorava e gritava que eu era um vagabundo, mas eu preferia omitir a realmente deixar meu prazer de lado.

Aliás, prazer era outra coisa que eu costumei sentir sem você. Diversas foram as vezes que eu trazia meninos e meninas para meu próprio apartamento ia pra cama com todos eles, cuidava deles como eu deveria cuidar de você, mostrava o que apenas você deveria ver de mim e gemia o que só você deveria escutar saindo da minha boca. E não era bom porque todas aquelas pessoas me faziam chegar num orgasmo mais intenso que o outro, mas porque eu tinha a leveza de que você nunca sonharia em me ver fazer isso, você me ligava no dia seguinte me chamando pelos apelidos mais carinhosos, realmente feliz com nosso relacionamento funcionando outra vez, sem sequer um dia desconfiar que eu fosse de qualquer um, menos seu. Eu era muito pra todo mundo, diferente do tudo que você era para mim.

Agora restou apenas eu e esse esqueleto que me reveste por dentro, que sustenta a carne podre do meu corpo nesse quarto escuro onde eu não sou nada além de um viciado com uma caneta na mão, sob efeito de álcool (para variar), escrevendo coisas que você nunca soube e talvez nunca nem saiba, porque eu pretendo amassar esse papel antes que você esteja perto de saber que, além de tudo, eu te escondi que estou de partida.

Porque apesar dos meus vícios mortíferos e inconsequentes a cada dia que fosse, nada me matava mais rápido que a minha própria cabeça. E a única cura pra essa minha doença terminal eu deixei partir a quase um mês.

Eu não me arrependo sequer me orgulho, eu apenas me conformo. Eu mereço cada uma das catástrofes da minha vida, mas você eu sei que não merecia a única e mais devastadora delas: eu. Que era uma mentira, que chora sozinho o veneo e que leva o próprio nome e o coração talhado com o seu para o inferno,

 Jeon Jeongguk.


Notas Finais


até algum dia

ou não.
(vou excluir em breve)


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