— Eu tenho minhas condições..
— E quais seriam suas condições? — perguntou se sentando novamente e apoiando a mão no queixo.
— Simples, a garota não vai mais ficar naquela casa. — pensei mais um pouco. — E eu irei escolher a garota.
— Condições aceitas. — Estendeu a mão para que eu apertasse, então realizei tal ato.
— Já posso buscar a garota? — Perguntei o olhando enquanto caminhava para fora da sala.
— Quando quiser. — Mexeu os ombros me olhando.
— Já tenho a escolhida em mente. — Sorri fraco de canto.
— E quem seria a sortuda? — Me olhou com um tom de malicia no olhar.
— Alexia Lewis. — Ele sorriu satisfeito, indicando que eu havia feito uma boa escolha.
Saí da casa de Gonzalez, acompanhado pelo mesmo até a casa cinza, onde se encontrava Alexia.
Adentrei o lugar, querendo sair dali o mais rápido possível, me dirigi até o quarto de Alexia, enquanto Gonzalez esperava do lado de fora e a chamei que dormia encolhida.
— Lewis. — me abaixei e sussurei, mas a mesma não acordou, então a cutuquei.
— Jack? — disse com os olhos semicerrados.
— Vem, você vai sair daqui. — Me levantei e a Alexia fez o mesmo.
— Como assim? — mesmo estando escuro, podia ver seus olhos arregalados.
— Eu te explico depois. — a puxei para fora do quarto, a segurando pelo braço com um pouco de força, não podia demonstrar que estava a ajudando.
Alexia saiu da casa com a expressão confusa e sonolenta, e ficou assustada quando viu Gonzalez, que lhe deu um sorriso, particulamente, macabro.
— Boa sorte, Gilinsky — Gonzalez falou e se despediu passando por nós, indo pela direção contrária.
— O que vão fazer comigo dessa vez? — Alexia perguntou assim que perdemos o velho de vista.
— Eu vou te explicar. — caminhamos mais um pouco, até chegarmos a "minha" casa, e dessa vez, Nate não estava jogado no sofá.
— O que é aqui? — a loira perguntou olhando o local.
— "Minha" casa que divido com os outros. — disse fazendo aspas com os dedos, fechei a porta e Alexia me encarou. — Agora posso te explicar. Bom, meio que agora você pertence a mim.
— O quê?! — exclamou perplexa. — Você me comprou para..
— Não, eu não te comprei.. e também você não é minha submissa. Quando vai entender que quero te ajudar? — arqueei a sombracelha e ela encarou a palma de suas mãos.
— Já disse que não consigo confiar. — Murmurou baixo.
— Não vou te machucar ou algo do tipo, quero te ajudar. — sorri fraco. — Acho que tenho que arrumar as coisas para você aqui, e conversar com os garotos.
— Quantos garotos? — se aproximou e andei até a cozinha, ela veio atrás.
— 3, os mesmos de quando te achamos. — falei procurando algo que ela podesse comer, acabei achando somente algumas sardinhas enlatadas.
— Hm.. — murmurou e observou meus movimentos.
— Vou te mostrar algumas coisas daqui agora.
Alexia Lewis POV
Observei Jack por alguns segundos, o mesmo se aproximou e passou por mim, me chamando para subir as escadas, onde ele já estava.
Ali estava meio silencioso e arrumado, estranho por ser uma casa de garotos.
— Só temos 4 quartos aqui. — o moreno suspirou, ouvi uma das portas do corredor ser aberta, e de lá saiu um loiro de cara amassada. Ele não era muito alto, e seus olhos tinham um tom de azul.
— O que aconteceu, bro? — Perguntou se referindo a mim com a voz rouca de quem acaba de acordar.
Gilinsky começou a dar uma breve explicação sobre de eu estar ali e eu apenas observei.
— Então, olá nova moradora. — o loirinho disse me olhando.
— Hm, olá. — falei baixo e o olhei com um sorriso fraco.
— Sou o Jack. — falou e eu o encarei confusa, dois Jacks. — Jack Johnson, me chame apenas de Johnson então.
— Ok. — ri fraco e ele riu da mesma forma.
— Ela precisa de um quarto. — Gilinsky falou chamando a atenção do loirinho.
— Só temos 4. Só se ela dormir com..
— Ela vai dormir no quarto do Sam. — interrompeu o amigo e o olhei com a sombracelha arqueada, Johnson o olhou do mesmo modo.
— Com ele? — o mesmo perguntou confuso.
— Sammy vai dormir na sala agora. — deu de ombros e me olhou. — Vem, vou te mostrar o quarto.
Acenei para Johnson e segui Gilinsky até o quarto do Sammy, que eu nem fazia ideia de quem era.
— O quarto do Sammy é uma bagunça, mas é só tirar toda essa tralha dele. — o moreno falou abrindo a porta e entrando no quarto, era um tanto bagunçado mesmo, com algumas peças de roupas espalhadas, cama desarrumada e o piso de madeira com algumas marcas de sapato.
— Ele não vai se incomodar? — perguntei entrando no quarto também.
— Se ele se incomodar eu dou um jeito. — piscou e eu assenti ignorando a piscada.
— Eu posso arrumar aqui? Só pra.. dar um jeito. — pedi e ele olhou o quarto.
— O quarto é seu agora. — sorriu e se encostou na porta. — Os outros chegam mais tarde, acho que hoje vai ter uma janta "digna". Vou deixar você sozinha, qualquer coisa é só chamar. — assenti com a cabeça e Jack saiu, fechando a porta.
Suspirei sentando na cama bagunçada, tirei minhas botas desgastadas e as colocando de canto.
Olhei o ambiente, tentando saber por onde começar a arrumar.
— Vamos lá. — murmurei para mim mesma e fui tirando algumas camisas do chão. Achei algumas boxers espalhadas e tampei meu nariz, as jogando para dentro do balde de roupas sujas.
Depois de arrumar tudo, pedi a Gilinsky uma toalha e alguma roupa para que eu pudesse tomar banho. Ele me entregou uma toalha e foi procurar uma roupa.
Entrei no banheiro do quarto e me despi, tirando meus trapos e ligando o chuveiro, que saiu uma àgua fria, mas suportável.
Me arrepiei quando minha pele quente teve contato com a àgua fria, suspirei e relaxei debaixo do chuveiro.
Logo terminei meu banho e me enrolei na toalha, saí do banheiro, olhei pelo meio fio da porta para ver se havia alguém ali, saí quando tive certeza e encontrei um conjunto moletom mais um sutiã e calcinha que Jack deveria ter conseguido arranjar.
Me sequei e me vesti, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo mal feito, ouvi a porta ser destrancada e direcionei meu olhar a mesma.
— O- O que você está fazendo aqui?!
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