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História Catch Me - Capítulo 36 - Another Promise


Escrita por: UniFlamenjate e PsymonsThy

Notas do Autor


Oi amores, não fiquem bravos pela demora, não foi algo que deu para impedir, infelizmente.

Então Catchers, estamos aqui com um capítulo saído agora do forno para vocês, espero que tenham uma boa leitura e se puderem deixem suas opiniões para sabermos como esta indo nossa história <3


Até as notas finais, boa leitura e tchauzinho.

Capítulo 37 - Capítulo 36 - Another Promise


Fanfic / Fanfiction Catch Me - Capítulo 36 - Another Promise

POV Maya



Há certos momentos na vida em que parece que somos apenas nós mesmos no mundo e nossa grande angústia. Tempo e espaço deixam de existir e a única coisa que se é capaz de sentir é a forte e intensa batida de um coração cheio de medo e aflição, sinto-me como se tudo isso fosse uma pequena parte de um filme em slowmotion e qualquer coisa ao redor se torna horripilante.


Quando vi Justin cercado de chamas quase entrei em pânico, foi uma cena dura de se ver para qualquer um, e para mim que convivo com ele é ainda pior. Mas mesmo que todas as células do meu corpo sentissem a agonia de vê-lo ferido, ainda assim consigo me sentir feliz, pois estava claro que sua atitude havia sido feita para tirar Pattie de dentro daquele hospital. E foi ainda mais emocionante notar que era possível ver a satisfação e o alívio refletidos em seus olhos iluminados pela luz do fogo.


Nada nessa vida vem de graça para nós é que claro que haveriam consequências para todo esse ato heróico, e nenhuma delas demorou a surgir. Porque logo um dos heróis do dia começou a mostrar que havia sido afetado por aquela intensa situação.


— Ei, cara? Você está bem? — Em um segundo o loiro estava comemorando por ter conseguido,  permitindo que fosse visível a sua exaustão.— Justin?


No outro segundo a voz do médico pareceu não ter sido ouvida, pois Justin se limitou a ir de encontro ao solo.


— Ele desmaiou? — pergunto quando consigo falar. Mas sei que não serei respondida porque o médico também parecia estar a beira de ficar no mesmo estado em que Justin se encontra. Estou ficando mais do que preocupada. — Doutor?



Ele parecia distante, pendendo entre a consciência e o desmaio, mas seu olhar paira sobre o meu e finalmente ela parece reconhecer a real calamidade da situação.



— Nós inalamos muita fumaç...— Ele começa a tossir incessantemente e pela expressão que fazia parecia estar doendo muito. — Nós não podemos ficar aqui!



Foi difícil ouvir a voz fraca do médico por de trás de todo esse barulho, a urgência era presente em sua expressão, mas a exaustão estava tão presente que ele não conseguia agir para colocar sua frase em ação.



Ulisses estava começando a tombar quando eu corri até seu lado para o amparar, eu estou muito ferrada.



— Como vamos sair daqui, Pattie não pode ser desligada dos aparelhos e eu tenho certeza que não vai caber no carro.



Vejo que ele já não conseguia se manter de pé sozinho e só o meu apoio não deixava-o cair no solo. Com cuidado flexiono meus joelhos o que permitiu que o mesmo se firmasse em suas mãos para se sentar.



— Nós vamos achar um jeito, só não podemos pedir ajuda, não sei em quem dá para confiar aqui.— Para poder ouvir o que ele dizia eu precisava continuar agachada ao seu lado, pois o barulho de gritos, das chamas, e das sirenes… — Você pensou no mesmo que eu?



Tento acompanhar o mesmo raciocínio que ele, mas nada ainda havia surgido em minha mente, o que me restava era acompanhar o olhar vidrado dele em uma direção certa. Ulisses estava observando alguns pacientes serem colocados em ambulâncias de outros hospitais, um transporte desse seria a nossa salvação.


Olho para o médico meio que boquiaberta, era mesmo essa sua ideia?



— Ulisses… — Sussurro para que só nós ouvissemos, não que nessa situação alguém irá tentar entender a conversa de dois moribundos na sarjeta. — Como vamos conseguir uma ambulância sem pedir ajuda? Vamos ter que invadir e roubar?



Ulisses começa a ter uma nova crise de tosses, se esse cara desmaiar também eu vou acabar tendo um ataque de pânico e sem saber o que fazer. Nós precisamos agir logo, Pattie não pode ficar assim e Justin está muito ferido.



— Eu tenho uma ideia… — O médico limpa sua boca com a costas da mão. — Esse hospital tem uma pequena frota de ambulância na parte de trás da construção, se você conseguir chegar lá vai ser a nossa saída, além de conseguirmos transportar esses dois para um lugar seguro, essas ambulâncias também contam com máscaras de oxigênio que me ajudaria para depois eu poder cuidar dos dois, já que minhas queimaduras são leves.



Abro a boca diversas vezes, mas nada sai, ele quer que eu roube a porra de uma ambulância em um prédio em chamas. Sendo gentil, isso é no mínimo insanidade.



— Eu disse que era uma ideia, não quer era uma boa ideia! — Sinto uma mão tocar meu ombro. — Essa é a nossa única solução, sei que não é justo eu pedir pra você fazer isso, mas eu não consigo nem ficar de pé e nem preciso falar do Justin...— Meu olhar cai para o corpo dele na calçada, mesmo desmaiado eu podia ver em sua expressão a dor. Ai Deus, eu devo ter algum problema de cabeça.— Além do mais a área das ambulância é aberta, eu não acho que o fogo tenha chegado lá, será menos arriscado.



Fecho os olhos e respiro fundo, justo agora que eu preciso deixar a insegurança de lado meu corpo começa a tremer e suar, nem saí daqui e o medo já toma conta de mim.



— Tu…Tudo bem… — Tateio meu bolso de trás e tiro meu celular de lá para entregar na mão de Ulisses. — Eu vou, mas se eu não voltar em dez minutos me prometa que vai discar o número de emergência e pedir para que ele venha ajudar vocês.— Levanto-me e estico meu corpo, tentando dar um sorriso forçado para transmitir tranquilidade, mas a verdade é que estou completamente tensa. — Me deseje sorte!



Não posso esperar nem mais um segundo, se eu ficar esperando as palavras de apoio eu irei travar e se eu travar as pessoas que eu considero uma família, uma família conturbada, mas ainda sim uma família, podem acabar degradando, ou ainda pior, morrer.


Começo a correr para longe da multidão, se tem uma coisa que eu não posso fazer é chamar atenção e ser detida. Por grande sorte nem mesmo os curiosos de plantão notaram que minha rota era diferente das de qualquer um aqui. O calor que as chamas emanam já causam gotículas de suor em meu rosto, ou talvez isso também seja por conta do medo, mas isso não importa.



Faço uma pequena curva à direita que me levava para um beco deserto que iria dar para a saída das ambulâncias como indicava uma placa na parede. Aqui é tão abafado e se encontra com um calor tão grande que deve ser maior do que o fogo das putas desta cidade, ou não, porque mais que isso é bem difícil.



Como tudo que é bom dura pouco, a facilidade do plano acabou. Acho que o Doutor Ulisses esqueceu de me informar do muro eletrônico que me impede de chegar até o meu destino.



— Puta merda…



Caminho em rápidos passos até a área da portinhola do portão, mas como eu já imaginava só abriria por comando interno. Insisto em colocar minhas mãos na alavanca para que por um acaso um milagre divino aconteça.



Puxo com toda a força que eu tenho em meu corpo, mas não há resultado algum, o meu não se move nenhum centímetro. Ergo meu olhar para cima e noto que essa seria a única maneira.



Apoio minha mão no muro e ergo meu pé direito até que ele alcance a alavanca. Tento pegar impulso com o mesmo para alcançar a parte de cima do muro, mas a ponta do pé escorrega me fazendo cair no chão e me dando um corte da parte interior da panturrilha.



— Merda...— Passo minha mão por cima do corte que por sorte era mais doloroso do que grave. Apoio minhas mãos no chão e me levando, mesmo com as fisgadas no machucado. — Vamos lá, Maya!



Coloco minha perna boa na alavanca e impulsiono com a outra. Enquanto todo peso do meu corpo fica na perna base, consigo alcançar o topo, com ambas as mãos.



“Agora é só pular pro outro lado, Maya.”



Fecho os olhos na tentativa de me concentrar, todo meu corpo pende no ar, sustentado apenas por minhas mão e qualquer deslize ocasionaria em uma queda bem feia. Balanço meu corpo para os lados até que consigo esticar a perna por cima do muro, conseguindo me sentar para passar para o outro lado.



Salto para o chão, pousando quase que de quatro, com pernas e mãos flexionados no chão.



— A parte difícil já passou… — Ergo-me e assim que meus olhos enxergam a real situação um sorriso derrotado surge em meus lábios. — Nunca comemore antes de realizar a tarefa toda.



Já era possível ver as labaredas de fogo escapando pela enorme saída de emergência, eu não faço ideia por quanto tempo esse lugar vai permanecer seguro, mas pela alta temperatura e pela forte fumaça que estão deixando meus olhos marejados, isso aqui vai virar o inferno logo, e eu não quero ser uma alma presa nas chamas.



Havia uma ambulância mais afastada, as outras devem estar fervendo por dentro e isso não será bom para os dois lá fora.



Corro rapidamente para o lado do motorista e abro a porta do transporte. Me sento no banco e o alívio toma conta de mim, no momento esse banco de couro é o lugar mais confortável do mundo.



— Hora de levar alguém pra casa, tomate gigante…— Levo minha mão até a ignição, ao contrário do que eu esperava ao invés de encontrar uma chave pronta para ser rodada, não sinto nada além do buraco vazio. — Mas que droga!



Todos os lugares onde se dá para guardar uma chave foram tateados e olhados por mim, mas não encontrei nada mais que nada.



Em um surto rápido dou dois socos no volante e deito minha cabeça no mesmo, completamente derrotada.



O cheiro de fumaça invade minhas narinas. Olho no retrovisor e quase no mesmo instante uma explosão de chamas e detritos vem para fora e engloba quase todo o resto livre das chamas.



— Estou no paraíso…



Desço da ambulância e corro em direção ao portão, o calor aqui está insuportável e minha pele parece queimar, e felizmente ainda não é literal.



Mesmo com a visão meio embaçada por conta da fumaça não foi uma missão tão difícil encontrar o portão, mas diferente do lado de fora não havia nenhuma alavanca, nem nada, estou presa no inferno.



Todos os dias eu ainda paro para pensar o que fiz de tão ruim para que todas essas merdas aconteçam em minha vida. Em poucos meses eu perdi minha melhor amiga, vim sozinha para um país desconhecido, perdi minha casa e fui morar com um maníaco que me violentou, fui cúmplice de um roubo, vi pessoas sendo ameaçadas e agora eu estou aqui novamente em uma roubada.



Ouço mais uma pequena explosão, mas dessa vez era impossível ver de onde vem. Minha visão não capta nada além de fumaça… e uma caixa na parede, quase ao meu lado.



Levanto um pouco minha blusa para cobrir o nariz, a fumaça entrando no meu pulmão não ajuda em nada. Caminho com cuidado até a caixa.



— Aí… — Tento abrir, mas como consequência sei que vou ganhar uma boa queimadura. Ali dentro havia apenas uma chave com um controle de comando. — Não é hoje que eu vou morrer…



Pressiono o botão e logo o portão começa a se abrir, acho que é sorte os fios ainda não estarem completamente derretidos.



O alívio é quase imediato quando a brisa de ar bate em meu rosto, mas se eu for sem a ambulância há grandes chances de um ou ambos morrerem e se eu não voltar quem pode morrer sou eu.



Cubro ainda mais meu rosto e em instantes já estava correndo para perto da ambulância, com meu corpo envolto em chamas.




[...]




— Eu pensei que tinha sido clara quando disse 10 minutos…



Digo quando já me encontrava ao lado de Ulisses.



— Eu juro que nem reparei no tempo passar, mas eu sabia que você ia voltar. — O médico se levanta do chão, exatamente no mesmo lugar onde estava quando saí. — Me ajuda a levá-los que eu prometo não que perguntar a situação que estava lá!



Uma leve risada escapa dos meus lábios.



— Se você dissesse que ajudaria eles já seria o suficiente.



Ulisses dá um sorriso de canto de rosto enquanto vai até a parte de trás da maca de Pattie.



— Vamos lá, leve-a primeiro e eu vou atrás com o garoto… — Noto que com o pé ele destrava algo próximo à roda. — É só posicionar na entrada e empurrar, as pernas da maca vão se retrair! — Afirmo com a cabeça e sem demora agarro ao pé da maca e sem esforço consigo puxá-la lentamente até a parte traseira da ambulância. — Coloca ela primeiro para que tenha espaço para os dois.



Com cuidado empurro para dentro do transporte, como dito, de acordo com que eu colocava para dentro, as rodas deslizavam, permitindo que fica-se como uma tábua estável.



— E agora?



Pergunto a ele me afastando para não atrapalhar enquanto ele entra dentro da caçamba para colocar Justin no banco onde geralmente vão os acompanhantes.



— Você vai o mais rápido que puder para a casa deles.— O médico se vira de costas e pela movimentação que fazia estava procurando algo. — Eu vou ter que ficar aqui dentro para prevenir outro incidente e também vou precisar ficar um pouco no oxigênio.



Ulisses parece encontrar o que tanto procurava e assim que ele se volta para Justin vejo duas máscaras em sua mão.



— Vai logo, isso daqui vai ajudar no oxigênio, mas precisamos sair desse lugar!



Sem demora fecho a porta da ambulância e saio em disparada para a parte frontal.



Eu sinceramente não estou acreditando que estou a dirigir uma ambulância em alta velocidade, com as luzes, os barulhos e tudo mais, pelas ruas de Los Angeles. Acho que realmente estou em um filme de ação e ainda não fui informada.



Acho que ao contrário de tudo o que aconteceu, um pouco de sorte surgiu em meu caminho. As ruas que levam até a casa estavam quase desertas e os poucos carros que apareciam em minha frente, davam espaço para que eu pudesse passar, vantagens de uma ambulância.



Não estou com um relógio, mas tenho quase a absoluta certeza de que não levei mais que vinte minutos para chegar em frente ao portão e ser barrada.



— Abaixe o vidro…— Um dos seguranças que eu já havia visto estava de pé ao lado do passageiro, apontando para mim uma arma de grande porte nas mãos. — Você tem cinco segundos.



Assim que acho o botão para descer a janela eu o pressiono, vendo-o olhar para mim com uma sobrancelha erguida.



— Por favor, sem perguntas, só abra o portão e me ajude a levar o seu chefe para o quarto. — Ele pareceu ficar estagnado e não se moveu um músculo, será que eu falei russo? — AGORA!



O homem finalmente pareceu se dar conta do que estava acontecendo e deu a ordem de abrir o portão para alguém que se encontrava na guarita.



— Apenas um homem para ajudar é suficiente, senhorita?



— Eu acho que é melhor chamar mais dois pra ter mais segurança na hora de levar a maca…



Acelero para dentro da propriedade sem esperar mais alguma resposta, acho que fui clara o suficiente para que ele entendesse.



Paro na frente da casa com a ambulância em lateral. Mal saio de dentro do automóvel e logo vejo Marta sair de dentro da casa com os três homens se aproximando.



— Marta, depois eu te explico tudo, mas por favor, indique aos homens um quarto onde possam colocar a dona Pattie… — A pequena senhora abriu a boca, mas sei que ela quer resposta e no momento não há tempo para isso. — Agora não Marta, por favor faça o que eu pedi e também coloque a caixa completa de primeiros socorros no quarto do Justin!



Vejo que a mesma entende a gravidade da situação e me deixa fazer o que preciso fazer.



Caminho até a parte traseira da ambulância, e abro as portas da caçamba, vendo no mesmo instante Ulisses descer da mesma.



— Olha, eu verifiquei todos os aparelhos da Pattie e está tudo em ordem…



O mesmo com cuidado puxa a maca até que a mesma se encontrasse do lado de fora.



— Dois de vocês.— Digo olhando para os grandes seguranças que estavam ali. — Levem-na com muito cuidado para o quarto que a Dona Marta indicar para vocês.



Eles afirmam juntos e com cada um de um lado na maca, começam a andar para dentro da casa, me permitindo voltar à atenção para o médico.



— Eu já mediquei o garoto e ele está bem, a única coisa que não pude fazer é cuidar das queimaduras, mas isso não é um grande problema, ele vai ficar bem. — Ulisses chama o segurança e o mesmo entra com ele dentro da ambulância, saindo rapidamente com Justin. — É melhor levá-lo para o quarto dele, ele vai poder descansar melhor.



— Sim senhor…



O guarda passa por mim, levando Justin consigo. Meu coração já bate mais aliviado, os dois ficaram bem.



— Terra chamando… — Balanço a cabeça e fito Ulisses, eu não ouvi uma coisa se quer que ele disse.— Eu estou falando com você!



— Desculpe eu me distraí, algum problema?



— Não é bem um problema. — O médico coça sua nuca.— Eu só disse que preciso levar a ambulância de volta antes que alguém perceba e tenhamos problemas, vocês ficaram bem?



Afirmo para ele e quase que imediatamente o mesmo vai até a condução do automóvel.



— Você está bem para dirigir?



— Eu estou novinho em folha, senhorita…



E com essa deixa o motor da ambulância começa a trabalhar e logo ela inicia sua rotação, levando o médico embora.



Me viro para a casa e começo a caminhar para dentro.



— Lar doce lar!



Fecho a porta assim que adentro a mansão, acho que finalmente os problemas maiores acabaram.



— O senhor Bieber e a senhora Pattie já estão nos quartos, é necessário mais alguma coisa?



— Não, é só isso, obrigada!



Os três seguranças passam por mim e eu me jogo exausta no sofá.



— Já não bastasse as ordens do Bieber, agora obedecemos as vadias dele também?



Me afundo no sofá enquanto os três saem porta a fora, se fosse um outro dia eu teria levantado e ido gritar com eles, mas eu estou tão cansada que não tenho ânimo nem vontade para nada, mas infelizmente meu trabalho hoje ainda não acabou.



Coloco minhas mão no joelho e com um pequeno esforço me coloco de pé. Meus pés lentamente começam a caminhar em direção à escada, mas um barulho me faz parar.



“Toc…Toc...Toc”



Inspiro profundamente para tentar levar ar fresco ao meu pulmão e não surtar de vez, parece que tudo hoje está dando errado, o que será agora, os guardas machistas ou Ulisses?



Vou até a porta e quando eu abro a mesma meus olhos se arregalam momentaneamente por ver dois policiais parados em minha frente.



— Os seguranças já nos informaram que essa é a casa de Justin Bieber, ele se encontra? — Engulo em seco, mas eu pensei que eles não deixavam rastros. — Nós soubemos que a mãe dele era uma das pacientes do hospital que pegou fogo e temos uma patrulha averiguando os familiares dos pacientes que não foram encontrados.



Quase deixo um grande sorriso se formar em meu rosto, ainda bem que é só isso e eles não vieram prender ninguém, ou eu pelo menos acho que não.



— Desculpe, mas o senhor Bieber não está, quer deixar recado?



— Senhorita… — Vejo que o policial mais velho me olhava de cima à baixo. — Você esteve no local do incêndio?



Olho para baixo e vejo partes do meu corpo enegrecidas de cinzas e minha roupa rasgada.



— Não senhor, eu estava ajudando a doméstica da casa arrumar o jardim e acabei me sujando!



O mais jovem anotava tudo atentamente em uma prancheta, mas hora ou outra eu podia ver seu olhar pairando sobre mim.



— Pattie Mallete não foi encontrada, mas testemunhas disseram vê-la saindo de dentro do hospital, tem alguma informação?



Então eles sabem que ela está viva, então eu não sei por qual motivo estariam aqui.



— A Pattie está segura, um dos médicos do hospital auxiliou a transferência dela, então não precisam se preocupar, obrigada pela visita. — Dou um breve sorriso e um tchauzinho e lentamente começo a fechar a porta, até o momento que sou impedida por um pé que trava a mesma. — Pensei que já havíamos acabado, tem mais algo que queira perguntar ou dizer?



O mais velho se inclina pra frente e pra trás diversas vezes e cruza seus braços na frente do peito.



— Aquele incêndio não foi do nada, ele foi um incêndio criminoso...— Não sei porque, mas essa notícia não me deixou tão surpresa. — As chamas ainda não foram controladas, mas os bombeiros conseguiram recuperar um corpo próximo à saída com um detonador nas mãos…



— Então já acharam o culpado.



— Sim e não! — Dessa vez o mais novo se pronunciou. O mesmo estica a mão para me cumprimentar e eu retribuo o gesto. — Eu sou o detetive Cooper, da divisão de gangues… — Apenas essa frase faz meu corpo gelar. — Eu estou na investigação porque no corpo do incendiário foi encontrada uma tatuagem de serpente, e esse símbolo é uma marca registrada da gangue do senhor Malcom Carmine que atualmente é um fugitivo procurado… — Esse cara só pode estar querendo matar a Pattie. — Só queríamos averiguar a segurança de todos que tinham parentes naquele lugar, mas pelo número de homens trabalhando aqui vocês não teram problemas, boa noite senhorita!



Ambos os policiais se viram e começam a caminhar pra longe, me deixando sozinha com a minha própria consciência.



Deslizo pela parede enquanto a enxurrada de pensamentos tomam conta da minha mente, como um ser humano consegue fazer tamanha crueldade, não havia só um paciente, mas dezenas, esse homem colocou várias vidas em risco só por conta de uma vingança estúpida.



Lágrimas começam a escorrer por meus olhos enquanto minhas mãos tateavam meus bolsos em busca do celular. Assim que acho teclo o primeiro número de emergência com as mãos completamente trêmulas.



— Atende, vai…



Já estava quase indo para caixa postal quando uma voz rouca de sono atende.



— Alô?!



— Matt?



Digo com a voz baixa por conta das lágrimas.



— Maya...— Ele pareceu finalmente ter despertado. — O que aconteceu… O QUE O BIEBER FEZ?



— Matthew ele não fez nada, mas fizeram algo com ele e com a Pattie… — Pigarreio para que minha voz fosse audível através do choro. — Eu preciso de você, não quero ficar aqui sozinha!




[...]




— Fica calma amor… — Sinto os braços de Matthew me rodeando. — Ele não vai chegar perto de você!



Afundo minha cabeça na curva do pescoço dele, eu acho que nos braços desse homem é um dos únicos lugares em que eu me sinto segura.



Sinto o moreno me virar de costas para ele e assim que fito a cama e a pessoa em cima dela um sorriso aliviado surge em meus lábios.



— Ora, ora. O Fire Boy acordou.



POV Justin


As chamas continuam queimando o meu corpo enquanto minha mente viaja por lugares muito distantes de onde estou. Na verdade, eu não sei o que é tudo isso que está me cercando. E se meus olhos estão fechados, por que tudo aqui está tão iluminado?


Essas formas quentes, elas poderiam ser luzes de natal piscando sobre a minha cabeça, mas se tratam apenas de tons vivos de laranja e vermelho. Por isso estou quase entrando em desespero, eu não estou no "nada" costumeiro em que alguém desmaiado costuma ficar. Porque consigo sentir as coisas, mesmo que elas não sejam reais. E o pior, eu ainda consigo pensar. Mas o que será? O que será que está acontecendo lá fora?


Não consigo ouvir muito bem as vozes que estão vindo das pessoas ao meu redor. Mas as coisas não estão totalmente mudas dentro da minha cabeça. Só que é como se estivesse ouvindo um rádio em um volume baixo demais, por isso os meus ouvidos não estão captando as falas de nenhum deles. E talvez seja algo importante, mesmo que não pareçam valher muita coisa nesse instante.


Me pergunto quanto tempo mais ficarei no escuro, eu odeio ficar desatualizado assim e principalmente quando é tudo relacionado a mim.


Pelo menos sei que se hoje fosse o meu ultimo dia na terra morreria feliz, pois meu ultimo ato teria sido algo realmente bom. Mas é claro que todas as minhas maldades ainda estão em maior número. Aliás, elas sempre estarão.


[…]



Uma luz fraca invade o meu campo de visão assim que abro os meus olhos. Devido a isso demoro alguns segundos esfregando os mesmos antes de perceber que estou em meu quarto. Poderia facilmente pensar que tudo aquilo foi sonho, mas as marcas em minha pele e a dor em meu corpo me lembram que foi extremamente real.


— Ora, ora. O Fire Boy acordou.


— É uma pena Deus ter me castigado com essa visão ao despertar. — Olho para Matthew e reviro os olhos quando noto que seus braços estavam em torno da cintura de Maya.


— O que você deveria fazer era agradecer por não ter perdido a visão. — Matthew se afasta da morena por alguns centimetros e me encara. — Já conseguiu pensar nisso, Bieber?


Simplesmente ignoro a pergunta dele ao me levantar da cama, eu nunca pensei que esse simples ato poderia ser assim tão doloroso. Quando olho para o meu braço percebo que a minha carne ainda parece ter tostado em uma churrasqueira gigante.


— E os curativos?


— Estava prestes a providenciá-los mas...


— Mas esse cara fez o favor de te atrapalhar com um beijo. Não é mesmo?


— Não foi bem isso que..


— Que seja. — Olho nos olhos da garota e com cuidado acabo me sentando na cama outra vez. — Você pode fazer o que veio fazer nesse exato momento.


Maya respira fundo antes de pegar um Kit médico e uma pequena bolsa vermelha que estavam sobre a minha cômoda. Sei que nenhuma dessas coisas estava aqui antes, mas também estou ciente de que a morena é quem deve ter providenciado.


— Por que tem que ser você a pessoa que cuida dele?


Matthew segura no braço de Maya com força, assim a impedindo de se aproximar de mim.


— Você conhece o Justin, ele não vai querer qualquer um tocando nele dessa forma.


Não consigo evitar, eu acabo exibindo um sorriso de canto.


— Ela tem toda razão.


Em poucos segundos a morena está observando os meus ferimentos. Imagino que seja para ter noção do que deve ser feito.


— Como está a minha mãe?


Maya para o que estava fazendo por um instante e olha em meus olhos. Dá para ver um pouco de alegria impresso em cada aspecto de seu olhar.


— Ela está estável, Justin.


As mãos dela voltam a trabalhar assim que um sorriso é formado em meu rosto como resposta. E acho incrivel o fato da mesma conseguir me tocar sem me causar dor alguma, essa garota com certeza seria uma ótima enfermeira se quisesse.


— Então você certamente cuidou muito bem dela — digo olhando fixamente para ela, mesmo sabendo que seus olhos estão focados em meus ferimentos.


— Sem duvidas! Porque essa foi uma das promessas mais importantes que já fiz, eu prometi cuidar de sua mãe e sempre farei de tudo para manter a minha palavra.


— É... Mas você não faz nada disso só por causa da promessa que fez à ela.


— Ah, nisso você tem razão. — Maya abre um pequeno sorriso, mas continua concentrada em sua tarefa. — Eu faço por amor.


— Queria saber agir assim...
— Sussurrando para mim mesmo, eu fecho os meus olhos e acabo respirando fundo.


— Hã? — Maya me encara por um mizero segundo.


— Nada... Só acho estranho.
— Dou de ombros, eu acredito que nunca irei repetir aquela frase em voz alta.


— O que é estranho?


— O seu amor pela minha mãe.
— Não era bem sobre isso que estava querendo falar agora, mas esse é o único assunto importante que combina com o que se passava pela minha cabeça. — Digo isso por...


— Por ter sido algo tão rapido?


— Exatamente.


— Olha, eu também não entendo muito bem esse tipo de coisa. Mas acontece que algumas pessoas conseguem entrar em nossos corações de forma inesperada. Às vezes é pela mágia da atração e em outras é simplesmente por a pessoa ser admirável. Sua mãe é esse tipo de ser humano, ela é uma mulher incrível. Me inspiro nela desde o dia em que a conheci. Porque Pattie não tem medo de ser gentil sem receber algo em troca. Eu a admiro também porque ela é forte e luta por aqueles que ama. Nunca a vi desistir de algo, assim como agora nesse exato momento ela está batalhando para continuar viva. Mas enfim, eu concordo com você. Todo esse amor surgiu rápido demais, mas com certeza ele tem seu valor e um grande merito.


— Bom, eu sei que nunca te disse isso antes mas sinto que devo lhe dizer agora, obrigado.


— T-tudo bem... — As mãos da morena param de entrar em contato com a minha pele ferida, elas param de se mover.
— E... Bom, eu terminei.


— Finalmente!


Havia me esquecido de que Matthew estava aqui, por isso sua comemoração acaba me dando um grande choque de realidade. Esse cara deve ter ouvido boa parte da minha conversa pessoal com a morena, que droga!


— Você não saiu daqui, não é?


— Ah... Está querendo saber se ouvi os sussurros de vocês?


— Sim. — Encaro Matthew enquanto movimento os meus braços com cuidado.


— Então relaxa, pois não ouvi nem a metade dos segredinhos que você deve ter contado para a minha namorada.


— Escuta aqui Matthe...


— O que acham de irmos todos ver como a Dona Pattie está?


— Por mim...


Matthew logo se põe a abrir a porta do quarto mas antes que a morena chegue até onde ele está, eu acabo dizendo:


— Hey... Maya!


— Hum? — Ela se vira para trás com sutileza, os seus olhos grudam em mim.


— Não pude deixar de notar que você tem um corte e alguns outros ferimentos em seu corpo. Então, não é melhor você dar uma olhada nos seus machucados antes de qualquer coisa?


— Ah, é só um arranhão!


Maya olha para sua própria perna por um instante e depois volta a olhar para mim.


— Um arranhão? — Sorrio de canto enquanto cruzo os meus braços na frente do meu corpo.
— Você só pode estar brincando comigo.


— Tá bom, doutor. — Maya faz uma careta para mim. — Eu vou falar sobre isso com um dos muitos médicos que em breve estarão por aqui.


— Médicos? Não foi você mesma quem acabou de me chamar de doutor?


— Engraçadinho — diz ela antes de revirar seus pequenos olhos. — Vamos logo!


Permito a saída do casalsinho e os sigo em seguida. Meus membros ainda doem quando me movo, mas o que é mais importante agora é ver como a minha mãe está. Nem sei qual seria a reação dela se estivesse acordada quando nos encontrarmos, ela já passou por tanta coisa nos ultimos tempos. Queria que a vida se tornasse mais fácil para ela de agora em diante, nem que fosse apenas por um curto periodo de tempo.


— Alguém comentou alguma coisa sobre o incêndio com um de vocês? — pergunto de repente, quando estamos quase na metade do trajeto.


— É melhor falarmos sobre esse acidente depois...


— Mas, por quê?


— Apenas confie no que ela está dizendo, Bieber.


— Certo. — Provavelmente nenhum deles sabe o que pode ter ocorrido, mas tenho minhas duvidas em relação a essa quase tragedia.


Maya se colocou na frente e foi nos guiando até o quarto da minha mãe, quando nós entramos me senti feliz e triste ao mesmo tempo. Porque é ruim ter que vê-la ligada à todos esses aparelhos, mas é bom saber que ela está sã e salva.


— Quer ficar sozinho com ela?
— pergunta a morena.


— Não, não. — Movo a minha cabeça em negação. Por alguma razão, diferente das outras vezes em que a visitei, eu prefiro estar acompanhado por alguém agora. — Vocês dois podem ficar aqui. Aliás...


— Eu já sei. — Maya suspira mas acaba sorrindo. — Vou cuidar dos meu machucados.



[…]



Estou sendo obrigado a passar alguns minutos sozinho com o Matthew. Bom, eu poderia muito bem passar por aquela porta e ir atrás de Maya para me certificar de que ela ficaria bem. Mas antes de nos deixar a morena havia recebido uma ligação, ao que parece Ulisses estava à caminho da mansão e todos estamos cientes de que um profissional da area médica faz curativos melhores do que mafiosos que tem a facilidade de causá-los.


— O silêncio poderia continuar pairando no ar até Maya voltar à esse quarto, mas preciso saber o que aconteceu naquele hospital. Ou seja, eu quero que você me diga o que sabe.


Matthew se encosta na parede ao cruzar seus braços e olha para baixo por alguns segundos antes de direcionar seus olhos aos meus.


— Te garanto que não sou eu quem tem as informações.


— Claro... Maya é quem sabe. — Apoio minhas mãos no mármore da janela e fito o céu pelo espaço aberto. — Por que foi que ela não disse nada pra você?


— Porque queria contar tudo para os dois — diz ela quando entra no ambiente em que estamos acompanhada de Ulisses.


Continuo na mesma posição em que me encontrava e me limito a olhar para onde ambos estão parados agora.


— Pode dizer, amor.


Matthew também permanece em sua posição quando diz sua frase melosa. Senti vontade de vomitar quando o ouvi, mas estou ciente de que precisarei me acostumar com esse tipo de coisa se não quiser surtar a qualquer momento.


— Bom, eu recebi a visita de dois policiais antes da sua chegada, Matt. — A morena olha para Ulisses que assente para ela de uma maneira discreta. — Um deles me informou que eles encontraram um corpo ao lado de um detonador e nesse corpo eles encontraram também uma tatuagem importante. Por isso os oficiais acreditam que o incêndio pode não ter sido um acidente, porque a tatuagem era uma marca conhecida, essa serpente é o simbolo da gangue de Malcom Carmine.


— Você está dizendo que...


— Sim, esse porco tentou matar a sua mãe.


Aquela sensação do fogo queimando a minha pele voltou mas dessa vez é algo mais interno. Estou fervendo por dentro como se eu fosse o fruto da chama que entrou em contato comigo. Mas isso é apenas a raiva que aquele filho da puta consegue despertar em mim. Se antes já o queria preso ou morto, eu agora desejo torturá-lo eternamente com as minhas própria mãos.


— Por favor, conte à eles o restante, Maya.


— Não acho que seja uma boa ideia dizer todas aquelas coisas para esses dois.


— Não queira esconder nada de mim — digo encarando a mesma. — Tudo o que envolve a minha mãe é do meu total interesse.


— Ah... É que bem...


— Você deve ter notado que alguns dos meus ajudantes também se envolveram nisso.


— Eles fizeram o que?!


Saio de perto da janela enquanto caminho na direção de Ulisses. E talvez por medo Maya se coloca entre nós.


— Bom, a menor parte deles aceitou trancar sua mãe dentro daquele quarto, eu fiquei sabendo disso apenas quando cheguei do lado de fora. Não sabia de nada até você entrar naquele hospital.


— Onde estão essas pessoas agora? — pergunto em um tom mais alto do que o necessário.


— Fique calmo, Justin. — Maya segura a minha destra e olha fixo em meus olhos. — Prometo que juntos acharemos todos os culpados. E quando pusermos as mãos neles, a justiça será feita.


— Isso é mesmo uma promessa?


— Sim. E você sabe que não quebro promessas.



POV Maya


Quando recebi Ulisses ele estava com uma aparência bem melhor. Mas sua cara de insatisfação era a mesma, pois o médico ainda se sentia mal por causa de seus amigos e auxiliares. Só fiquei sabendo disso porque enquanto cuidava dos meus ferimentos Ulisses me contou sobre sua parte em toda essa história do acidente. E nunca pensei que aquela mulher que via Pattie como um peso morto pudésse estar assim tão envolvida.


O médico me informou que aquela enfermeira foi quem trancou Pattie em seu quarto antes de toda a confusão ser formada. E nem mesmo dá para se decidir entre a raiva e a gratidão, pois foi justamente por estar trancada é que Pattie se manteve quase que fora de perigo. Essa atitude que era para ser cruel acabou fazendo toda a missão dela ir por água abaixo.


Ulisses me disse que ficou sabendo de tudo no momento em que estava saindo do terreno do hospital. Porque todos os médicos que aceitaram fazer parte do plano estavam discutindo entre si em uma area isolada. Cada um deles estava expondo sua parte no ato desumano do qual participaram, eles queriam saber qual deles receberia mais pelo feito. E ali parado em seu canto, o doutor ouviu cada passo que foi executado por eles à mando de Malcom.


Assim que eu terminei de ouvir cada parte do ocorrido me senti péssima. Porque conheço o Justin e sabia o que ele iria querer fazer quando descobrissse que aquela mulher abusada fez coisa bem pior do que aquela cena de desrespeito. É claro que, qualquer um que conviva com o loiro saberia dizer que matá-los seria a sua primeira decisão. Por isso senti medo de contar tudo o que descobri para os dois. Queria poder evitar um novo banho de sangue a todo custo. E para evitar que o estresse se tornasse maior dentro daquela sala, eu acabei fazendo uma promessa à ele. Então depois daquele pequeno dialogo, por um bom tempo tentei fazer Justin ficar um pouco mais tranquilo. No final acabei o convencendo a repousar, ele certamente ainda deve estar dormindo em seu quarto agora.


— É, parece que você e o Bieber estão bem proximos agora.


Que merda, de olhos fechados consigo relembrar da cena que combinaria com a frase de Matthew. Isso porque o loiro estava insistindo para que eu me deitasse com ele até que o mesmo pegasse no sono, mas recusei em todas as vezes que ele me pediu. Porque não é seguro para mim deitar ao lado dele e também não é certo.


— Maya?


— Me desculpe, eu estava...


— Pensando no quanto o pobre Justin vai precisar de você e de seu apoio depois de vivenciar isso tudo. Que bonito da sua parte, não é mesmo?


— Tá. Por que você está falando desse jeito comigo?


— Não é obvio? Desde que cheguei aqui o assunto tem sido aquele idiota. Tentei não me incomodar com isso porque talvez ele precise de atenção, mas infelizmente a verdade é essa Maya, eu não gosto de ver você assim tão perto dele.


— Você sabia que fica muito fofo com ciumes? — Me aproximo dele e entrelaço meus braços em volta de seu pescoço.


— Eu não estou com ciúmes...


— Ah, não? Então eu posso ir ver como o Justin está?


— Engraçadinha.


Sorrio enquanto me coloco na ponta dos pés e depois o beijo delicadamente. É claro que Matthew não demora para retribuir e quando dou por mim estamos nos beijando como aqueles atores que interpretam vampiros com muito ardor e perfeição. Uma coisa que é diferente é a velocidade, pois nosso beijo não é algo tão corrido mas não deixa de parecer uma pequena cena cinematografica.


— O que acha de sairmos dessa casa, amor?


— Bom, eu não acho que seja uma má ideia.

Notas Finais


Ashushus. Jesus amado.
Ficou calor aqui, né?

Bom, eu acho que esse capítulo trouxe varios tipos de emoções. Né nom? Socorrinho.

Enfim. Espero que tenham gostado.
Estávamos com saudades de vocês, cerejas.
Ashus. :') Sz.


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