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História Catcher - Pais e Pais


Escrita por: toshiharu

Notas do Autor


Chegueeeei, como vocês estão?

Eu não tenho muito o que falar hoje então não vou enrolar aqui, meus queridos!

Boa leitura ♥


(A relação >romântica< entre os dois começa quando eu sentir que tá na hora, tenham paciência gente, só peço isso... Eu não quero perder meu ânimo com Catcher por conta disso, eu espero que me entendam :c)

Capítulo 12 - Pais e Pais


 

 

O barulho ensurdecedor alcançou seus ouvidos, virou-se a tempo de ver o garoto ir de encontro ao chão, sem forças e com olhos assustados. Correu, mas parecia não sair do lugar, algo prendia suas pernas. Quanto mais forçava, mais parecia ser atado àquele mesmo lugar.

E então parou. Não conseguia mais se mover, apenas era capaz de observar aquele corpo caído bem diante de seus olhos, o sangue circundando-o. Ao fundo podia ouvir sirenes, mas ao invés de chegarem, elas pareciam se afastar. Ignoravam.

Gritava por socorro, pedia que o soltasse, implorava para que fossem até lá salvar o garoto. Ninguém o ouvia, todos ao redor apenas o observavam, apontavam para si. Não diziam nada, mas era como se seus olhos gritassem.

“É sua culpa. ”

“Você quem fez isso. ”

“Você o matou. ”

“Assassino. ”

As palavras ecoavam em sua cabeça, batiam contra as paredes ósseas e violentavam seus pensamentos. Sentia suas mãos quentes, quentes demais. Olhou para elas e medo tomou conta de seu corpo. Estavam vermelhas. Molhadas. Quentes. Sangue.

Olhou ao redor, todos continuavam a apontar para si, tudo parecia sufocá-lo, paredes se aproximavam carregando-o para perto do corpo caído. Ao olhar para baixo o garoto sorria, sorria de forma terna, mas trazia dor.

”Não é sua culpa, Sehun... Mas por que eu tive que morrer?”

 

 

 

Levantou-se abruptamente, arfando em quase completo desespero, olhando ao redor e tentando se situar de onde realmente estava. Botou as mãos contra seu peito, sentindo a camiseta de seu pijama incrivelmente molhada. Estava suando em excesso, também sentia seus cabelos colarem contra a sua testa.

Esticou as mãos e ficou encarando-as. Por sorte estavam limpas, nada de sangue. Mas a sensação quente parecia continuar ali.

Sehun sentou-se a beirada da cama, jogando as pernas para fora, sentindo o chão gélido sob seus pés descalços. Jogou os cabelos molhados pelo suor para trás, sentindo o pouco vento do quarto bater contra sua testa. Respirou fundo e buscou se acalmar. Há quanto tempo estava sem ter aquele pesadelo? Há quanto tempo não sentia aquela dor o consumir por dentro?

Será que tinha direito de não a sentir mais?

Olhou para o outro lado do cômodo, Chanyeol e Jongin estavam completamente imersos em seus sonos, nem sequer haviam se mexido. Buscou o celular sob a cômoda próxima a sua cama, o horário na tela revelava que ainda eram cinco da manhã. Pensou em voltar a se deitar e tentar dormir, mas sabia que mesmo se fosse capaz provavelmente voltaria a ter o mesmo pesadelo.

Levantou-se e buscou uma roupa seca e que permitisse que se movimentasse bem. Trocou-se rápida e silenciosamente, deixando o quarto e caminhando a passos vagarosos pelos corredores externos dos quartos. O céu ainda estava escuro e o clima estava agradavelmente fresco.

Se viu caminhando por todo o centro de treinamento até se encontrar no centro do campo A, olhando as cercas, a terra vermelha batida, as marcas em branco no chão, o monte... tudo ali parecia ser um universo completamente diferente. Pouco a pouco notou as primeiras discretas linhas alaranjadas no céu ligeiramente mais claro. Um mosaico natural sendo montado ao vivo, apenas para aquele jovem e aflito telespectador.

Caminhou até uma das máquinas de lançamento cercadas pelas redes, um taco estava ali jogado pelo chão. Se o capitão visse provavelmente teria um surto nervoso. Ligou a máquina e voltou até a posição de rebatedor. A primeira bola veio veloz em sua direção, uns 100km/h para começar, não estava preparado e muito menos tinha bons reflexos em rebatidas.

A segunda bola veio, se posicionou, apertou a base do taco e rebateu. Dessa vez a bola atingiu a ponta do taco, seguindo uma trajetória ligeiramente desgovernada. Riu um pouco, era de se esperar aqueles resultados, era péssimo em rebatidas. A terceira veio, conseguiu pegar no centro do taco, dessa vez fazendo a trajetória ser um pouco mais curvilínea e distante. Talvez pegasse o jeito.

Perdeu a conta de quanto tempo permaneceu ali rebatendo e rebatendo. Seus braços doíam ligeiramente e o suor já voltava a ensopar sua roupa e os cabelos. O céu já estava tingido por mais alguns fracos raios solares da manhã recém iniciada. Um novo dia.

Mais uma bola foi lançada, se preparou novamente e TINC. O barulho contra o metal indicou a rota perfeita para frente, seguindo, seguindo e seguindo, até se perder de vista.

Home run! – A voz grossa atingiu-lhe os ouvidos, sobressaltando-o.

Virou-se e deu de cara com o treinador parado alguns metros além das redes. Como sempre estava vestido em sua calça jeans elegante e uma blusa social, desabotoada alguns botões e as mangas dobradas, os óculos presentes como sempre, assim como o cabelo impecavelmente arrumado.

– O que faz aqui tão cedo, garoto? – Jordan indagou curioso, esforçando-se para continuar a manter sua postura de treinador e não a do recém descoberto pai que só queria abraçar aquele garoto e não permitir que qualquer mal do mundo o atingisse.

– Treinando. – Sehun respondeu rindo e chacoalhando o taco. Mais uma bola veio em sua direção, por pouco foi capaz de desviar-se. Correu até a máquina, desligando-a e em seguida saindo da área de treino, indo ao encontro do mais velho. – E o senhor?

– Gosto de vir aqui nas primeiras horas do dia. – Jordan respondeu com um sorriso terno. – Venha comigo, garoto, vou te mostrar uma coisa.

E seguiu para o outro lado do campo A, sendo seguido por Sehun. Subiu a elevação de terra que cercava o campo e sentou-se na grama, bateu a mão ao seu lado, indicando para que o receptor fizesse o mesmo. Assim que Sehun sentou-se, olhou para frente e sentiu que jamais havia visto cena tão linda.

Ao longe era possível ver o nascer do sol, escondido atrás de alguns imensos prédios. Os raios despontavam para todos os lados, iluminavam todo o campo, entrando em um contraste maravilhoso com a terra vermelha.

– Isso sim é algo que faz tudo valer a pena. – Sehun comentou maravilhado, apoiando os braços sobre os joelhos.

Jordan ao seu lado o observava em silêncio, analisava todo o perfil do garoto. De fato, ele era muito semelhante a Sunhee, mas os olhos de Sehun realmente eram como os seus. Já tinha escutado sobre ter um olhar intrigante, com um brilho diferenciado e naquele momento parecia compreender o que aquilo significava.

Os olhos de Sehun eram como a imensidão misteriosa do universo. Pareciam sugar, instigar a serem desbravados mesmo que fosse uma experiência assustadora. Porque naqueles olhos Oh Sehun carregava a todas as perguntas que necessitavam de uma resposta, carregava a força de atração mais intensa que qualquer corpo celeste poderia produzir. Os olhos de Oh Sehun escondiam a escuridão sem fim da dúvida e do medo do que a existência mostrará adiante. Os olhos de Oh Sehun carregavam uma pureza inconcebível. E tudo isso porque simplesmente eram os olhos de Oh Sehun.

– Faz tudo valer a pena. – O treinador repetiu, atraindo a atenção do garoto.

– Obrigado por me mostrar. – Sehun agradeceu com um sorriso quase infantil. – Eu precisava disso.

– Por que estava aqui tão cedo, garoto? – Jordan voltou a perguntar.

O receptor suspirou e ficou em silêncio mais alguns minutos antes de responder:

– Um daqueles pesadelos que parecem pisar em você. – Respondeu vagamente. – Que te jogam pra fora da cama, pra fora de órbita. Que te fazem perder o rumo. – Continuou ainda observando o nascer do sol. – Então eu levantei e vim para cá, sem saber ao certo até onde iria. Mas quando eu pisei nesse campo tudo pareceu mais leve, isso é estranho, não é? – Virou-se para o mais velho, rindo de seus próprios pensamentos soltos. – Quando eu estou aqui tudo parece distante, é como se só existisse esse lugar. Aqui se torna todo o universo. Um universo laranja e branco. – Disse enquanto olhava a paisagem a sua frente. Tudo realmente parecia ser um universo laranja e branco. – É como se uma redoma cercasse esse lugar, protegesse de coisas e pensamentos ruins. Então eu fui até ali e fiquei rebatendo, cada bola indo pra longe era como se uma angústia voasse de volta para o fim de todas as coisas, o nada. E eu fiquei mais leve, leve e leve. Já se sentiu assim no campo, treinador? – Perguntou.

– Já... nunca havia pensado dessa forma, mas já tive essa sensação muitas vezes. Quando me sentia perdido parecia que na verdade todos os caminhos só quisessem convergir e me levar até o campo. – Jordan respondeu.

– É bem isso! – Sehun concordou rindo. – É curioso... aqui, mesmo quando estou só, não me sinto sozinho. Eu sinto que estou sempre acompanhado, sempre com alguém. – Comentou enquanto começava a balançar-se discretamente. – Não é algo ruim você ficar sozinho, as vezes é bom... ficar sozinho não tem problema, mas sentir-se sozinho, isso tem. Porque quando você se sente sozinho você se afunda, afunda e não consegue encontrar formas de voltar.

– Você se sente sozinho, Sehun?

– Antes de chegar aqui... Sim. – Respondeu simplesmente. – Mas então eu recebi a chance de vir até esse lugar... E descobri que mesmo quando estou sozinho, na realidade estou acompanhado. Esse campo me mostrou muitas coisas, treinador, não só o quão incrível o baseball pode ser, o quanto um esporte pode mudar a sua vida, mas o quanto ter pessoas incríveis consigo pode fazer a diferença. Então... não. Eu não me sinto mais sozinho, porque acho que pela primeira vez na minha vida eu encontrei uma família. – Completou sorrindo envergonhado, baixando a cabeça e bagunçando os cabelos.

Jordan ficou observando o garoto, sentindo cada parte dentro de si ser esmigalhada e em seguida ser reconstituída pela doçura das palavras do receptor.

– O senhor tem filhos, treinador? – A pergunta veio repentinamente, sobressaltando o homem que buscou disfarçar a surpresa. Sehun o encarava com curiosidade, querendo saber mais sobre aquele homem que estava ao seu lado e que também o guiava.

– Tenho... – Jordan respondeu, a voz saindo mais fraca que o planejado. – Tenho um garoto.

– Como ele é? – Sehun indagou, os olhos e todas as suas ações inundadas na mais completa curiosidade.

O treinador umedeceu os lábios e soltou sua respiração nervosa, olhou para o horizonte. O sol já estava quase tomando o céu.

– Um bom garoto. – Disse com um sorriso terno. – Um garoto realmente muito bom. Mesmo que tudo esteja caindo ao redor dele, mesmo que pareça não ter mais solução os problemas e as angústias que o tomam, ele ainda sorri. Um sorriso que carrega tanta sinceridade que me faz ficar abismado. Ele é um garoto incrível, ele consegue ver que ainda há coisas boas no mundo, mesmo que todas as ruins tenham acontecido consigo, ele é incrivelmente inocente. Inocente é a palavra que talvez mais se encaixe nele. Inocentemente bom. É... Ele é um garoto muito incrível e eu me sinto tão, tão sortudo por ser pai dele.

Jordan baixou o rosto e buscou secar rapidamente uma lágrima que havia escapado com discrição. Sehun ainda o observava e sorria gentilmente. O garotou também voltou a olhar para o céu.

– Ele realmente deve ser um garoto bom. – Comentou. – Ele é bem sortudo por ter um pai como o senhor, treinador. Dá para ver que ele é muito importante pra você.

– Ele é sim.

– Aah... Eu sinto inveja. – Sehun declarou com a voz carregada em um suspiro. – Eu não conheço meu pai. Não sei quem ele é, onde está ou o que faz, minha mãe nunca me disse nada.

Jordan cerrou os punhos, sentia vontade de dizer naquele momento toda a verdade, mas também sentia medo.

– Mas sabe... – Sehun continuou: – Eu quero conhecê-lo um dia. Não me importa se ele largou minha mãe e não se interessou pela minha existência, ou se ele nunca soube de mim, se ele tem outra família. Eu só queria poder vê-lo uma única vez e dizer: Oi, eu sou seu filho e você é meu pai. E agradecer, eu acho. Agradecer a ele e a minha mãe por eu ter nascido nesse mundo, mesmo que seja esse mundo torto. Porque foi nesse mundo bem horrível que eu consegui encontrar esse outro aqui. – E apontou para o campo, querendo simbolizar todo o Miyusawa.

Repentinamente o receptor sentiu um toque leve em sua cabeça. O treinador bagunçava com delicadeza alguns fios ainda molhados, olhando-o com um carinho que Sehun sentiu atingir-lhe em alguma parte muito funda de sua essência.

As vezes o treinador parecia muito consigo. Sehun gostava dos olhos do treinador, sentia-se acolhido. Era como se pudesse se ver verdadeiramente refletido ali.

– Você é um ótimo garoto. – Jordan disse com a voz ligeiramente tremida.

 

 

 

 

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Junmyeon sentiu o celular vibrar em seu bolso. O professor ainda explicava os tópicos finais da matéria, faltavam poucos minutos para o fim da última aula naquela manhã.

Logo o barulho alto e longo soou, sendo seguido por uma considerável movimentação na sala de aula e os últimos conselhos do professor. O capitão pegou o celular no bolso, checando rapidamente a mensagem.

 

Mãe:

Seu pai foi até seu colégio falar com você, recebemos uma ligação de seu professor nos comunicando a sua escolha.

 

O garoto apenas suspirou e bloqueou a tela, voltando a guardar o aparelho em seu bolso. Baixou a cabeça sobre a mesa e escondeu o rosto com os braços, não achava que teria que enfrentar aquela conversa tão cedo. Não se sentia preparado para argumentar contra seu pai, um homem teimoso e ganancioso.

Repentinamente sentiu um toque contra sua cabeça, leve, e um perfume conhecido preenchendo todas as partes de seu corpo.

– Jongdae...

Continuou com a cabeça abaixada, sabia que o amigo estava com a testa contra seus cabelos. Jongdae gostava de fazer aquilo, dizia que assim era possível sentir o cheiro de Junmyeon, o perfume discreto e único de seu shampoo.

– Seu pai? – O vice capitão indagou, levantando-se e puxando a cadeira da carteira a frente, sentando-se e apoiando o queixo a mesa de Junmyeon.

O capitão se ergueu finalmente, ficando bem de frente para o outro garoto. O sorrisinho que o fazia parecer um gato estava ali.

– Como você sempre sabe das coisas? – Junmyeon indagou rindo soprado. – Você por acaso é um stalker?

– Pode se considerar dessa forma talvez.  – Jongdae respondeu rindo. – Os últimos dias você tem estado mais distante, isso sempre acontece quando seu pai está envolvido.

– Ele veio conversar comigo hoje. – O capitão disse, afastando-se e olhando pela janela da sala de aula.

– Seja lá o que ele queira, eu estou sempre do seu lado, Junmyeon.

– Eu sei. – Junmyeon balançou a cabeça, um sorriso terno em seus lábios finos. – Você sempre está. Obrigado. – Completou, virando-se para o amigo e deixando que um sorriso maior se desenhasse.

– Eu sinceramente não consigo lutar contra quando vejo esse sorriso. – Jongdae revelou, apoiando a cabeça em uma das mãos e observando ao capitão como se ele fosse uma obra de arte.

– Idiota. – Junmyeon disse em meio a um riso nervoso e envergonhado.

– Você sabia que é o único que me deixa assim, Kim Junmyeon?

– Jongdae...

– Eu te amo.

– JONGDAE!

– Ah me deixa pelo menos falar isso de vez em quando, quem sabe assim eu consiga te fazer me amar de volta. – Jongdae protestou em meio ao riso.

– Você sabe que eu–

– Como seu melhor amigo... assim pra mim já tá bom Junmyeon. – Jongdae disse enquanto se levantava e espreguiçava. – Eu só quero ter você ao meu lado, da forma que você escolher, seja ela qual for. – E esticou a mão para o amigo.

O capitão suspirou e sorriu ligeiramente desconfortável, aceitando a mão do garoto e também se levantando.

– Seja como for a sua conversa com seu pai, não se esqueça de que você é você. – Jongdae disse baixinho. – E é por isso que eu vou sempre te amar de todas as formas possíveis. Não desista dos seus desejos e sonhos.

– Se por acaso eu não for firme o suficiente... Mais uma vez, por favor, me ouça chorar ou gritar. – Junmyeon respondeu rindo.

– Sempre.

E então o aperto de mãos foi desfeito. Junmyeon pegou suas coisas e saiu apressado da sala de aula e seguiu até o centro de treinamento, sabia que seu pai estaria o esperando na sala do treinador.

Jongdae ficou para trás, sentado sobre a mesa e olhando para a porta, um sorrisinho mínimo em seus lábios.

– Devia disfarçar pelo menos. – Chanyeol se aproximou rindo.

– Eu tento. – O vice capitão respondeu coçando a nuca sem graça. – Sabe Chanyeol... Ele gosta de mim.

– Ele gosta. – Chanyeol concordou em um riso divertido. – É só ter paciência, senhor vice capitão.

– Ah eu tenho! – Jongdae deu alguns tapas nos ombros do maior. – Por Kim Junmyeon eu tenho toda a paciência do mundo, meu grandão.

 

 

 

Junmyeon bateu a porta uma vez e ouviu a voz do treinador permitindo sua entrada. Abriu vagarosamente e se deparou com seu pai sentado no sofá, enquanto o treinador estava de pé e braços cruzados.

– Vou deixar vocês dois a sós. – Disse com sua voz grave, passando pelo capitão e apertando gentilmente o ombro do garoto.

O moreno entrou a passos lentos na sala, deu uma última olhada para a porta recém-fechada e respirou fundo. Aproximou-se de seu pai, fez uma rápida reverência e se sentou na poltrona a frente do homem.

Nenhum dos dois falou por longos minutos. O homem continuava a prestar atenção em seu celular, parecia terminar de resolver alguns problemas. Depois de muito digitar e deslizar o dedo sobre a tela, o homem bloqueou o aparelho e deixou-o descansando em seu colo. Pegou uma folha de papel e jogou para Junmyeon, que desajeitadamente pegou no ar.

– O que isso quer dizer? – O homem indagou secamente.

– Isso é minha ficha de escolha de universidade. – Respondeu baixo.

– Eu não sou burro. – O retruco veio ríspido como era de se esperar. – O que quer dizer essa escolha?

– Bem... É o que eu gostaria de fazer. – Triplicou, sentindo um bolo se formar em seu estômago.

– Você está de palhaçada comigo, Junmyeon? Acha mesmo que invisto em você para que escolha isso? Professor? Parece que não foi uma boa escolha você vir para esse colégio, esperava que você me mostrasse melhores resultados, mas parece que você só está brincando de jogar baseball!

– Eu não brinco de jogar baseball! – Junmyeon retrucou um décimo mais alto. – Por que você tem que tratar tudo que eu faço como imaturidade? Investir? Eu sou o quê pra você? Uma das suas ações idiotas que você bota dinheiro e espera bons rendimentos? Eu sou a droga do seu filho, inferno! – Completou em um tom quase esganiçado, quase arfando.

O homem permaneceu sério, encarando ao filho como se estivesse presenciando a birra de uma criança que deseja um doce. Ele apenas se levantou e olhou de cima para Junmyeon.

– Você vai tomar conta dos negócios da família, tem até o final da semana para entregar isso novamente ao seu orientador. – Disse por fim, virando-se e saindo da sala.

Deixou para trás Junmyeon, ainda segurando a folha em suas mãos, amassando-as tamanha a força que aplicava. Queria gritar, jogar tudo para o alto e sumir daquele lugar.

Estava cansado de sempre que sentia encontrar seu verdadeiro caminho, a placa de STOP que era seu pai surgir e obrigá-lo a pegar o atalho que o guiava para a floresta de espinhos que eram suas incertezas e a sensação de falta de autonomia.

Junmyeon só queria seguir livre.

Junmyeon naquele momento pensou o quanto seria incível fugir com Jongdae. 

 

 


Notas Finais


Na vida é assim pessoal, existem pais e pais né?!

Essa questão do Junmyeon no próximo capítulo eu vou explicar ela melhor, e que belo cuzão é esse pai dele hein...
Nosso Sehun, um anjo, não tem como definir ele de outra forma UM ANJO DEMAIS EU AMO MEU FILHO :c

Esse capítulo foi digamos que uma transição? A partir do próximo acho que as coisas passam a caminhar pra uma ocasião especial para o time do Miyusawa hoho.

Espero que tenham gostado e que não tenham se entediado keakeak, eu corrigi muito por cima por isso peço desculpas pelos prováveis erros. Enfim, espero que tenham aproveitado!

Obrigada por estarem acompanhando e até a próxima, meus amados ♥


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