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História Catfish (Larry!Texting) - S01e11


Escrita por: JaxTom

Notas do Autor


Oi pessoal!
Primeiramente queria me desculpar pela demora, a vida tá corrida mesmo! <3
Mas aos poucos a gente vai tocando o barco ahahaha...

Pessoal dos comentários: desculpa não responder, não tem dado tempo! Mas eu leio todos!
Eu tinha feito uma notinha aqui com os nomes de vocês, mas pra variar, como sempre acontece, o site saiu do ar bem na hora que eu estava publicando. Acabou que apagou minhas notas e não consegui salvar o nome de todo mundo.
Enfim, fica pra próxima, já estou estressada o suficiente!

Meu coração agradece vocês por todo amor e carinho, por esse apoio incondicional e que motiva a cada dia mais! Vocês são pica! <3
Obrigada mesmo!
Boa leitura!

Capítulo 11 - S01e11


    Dois dias.

    Dois dias que Louis abria sua conversa com Harry e não havia nenhuma resposta.

Louis (02:56 PM):
Harry? Está tudo bem? Cadê você?

Louis (02:58 PM):
Me responda quando puder, por favor.

Louis (03:23 PM):
Só me fala o que está acontecendo, eu não estou entendendo nada!

Louis (03: 46 PM):
Harry, por favor, onde você está?

Louis (03:59 PM):
Por quanto tempo mais você pretende me deixar falando sozinho?

Louis (04:16 PM):
Eu só queria saber o que foi que eu fiz.
Seja honesto comigo.

Louis (04:17 PM):
Você conheceu alguém? Foi isso?

Louis (04:33 PM):
Você está visualizando minhas mensagens!
Por que não me responde?

Louis (06:15 PM):
Tudo bem então.
Não vou mais falar com você.

    E ele realmente não falou. Porém, continuava abrindo a conversa, querendo deletar tudo, mas não tinha coragem. Alguma coisa dentro dele teimava em querer manter aquilo por perto, era muito difícil pra ele se desfazer da rotina.

    Era um misto de sentimentos o que Louis sentia. Todos os dias, a cada momento, ele pensava de formas diferentes. Uma hora queria se convencer de que aquilo não deveria ter tanta importância, e que ele, um homem feito e com uma autoestima decente, não deveria estar tão triste por causa de um estranho. Outra hora, pensava em dar um jeito de entrar no Google e digitar coisas como “Harry engenharia Stanford”, e ir atrás dele mesmo não tendo certeza das coisas. Mas grande parte do tempo, ele era dominado pela forte emoção de sentir-se um verdadeiro idiota por estar correndo tanto atrás de uma pessoa que já tinha demonstrado não querer falar com ele.

    Seguiu sua rotina como pôde, ainda tinha conseguido fazer alguns poucos amigos no trabalho, tentou distrair-se mesmo quando chegava em casa a noite e tinha percebido o tédio em que vivia. Acostumado a trocar mensagens com Harry até ir dormir, era natural que ele sentisse aquele vazio, aquela falta de algo, durante aqueles dois dias sem absolutamente nenhuma notícia.

    Naquela sexta-feira, chegou ao trabalho e não sentia-se energizado por mais que tivesse dormido bem e se alimentado. Entrou em sua sala tentando maquiar alguns sorrisos e ocupar a cabeça com outra coisa, mas sabia que era um tanto perceptível ver uma certa melancolia em seu olhar, mesmo notado por pessoas que não o conheciam bem. Mas especialmente para Liam, aquilo estava cada dia mais óbvio.

    — Ei chefe. — Payne entrou na sala após ver a porta aberta e Louis concentrado no trabalho. — Bom dia.

    — Bom dia, Liam. Agenda do dia? — Louis ajeitou-se na cadeira para dar atenção ao seu estagiário, deixando o computador de lado.

    — É, temos algumas coisas, mas sabe né, sexta-feira as coisas são meio devagar. — Liam respondeu sentando-se tranquilo de frente para Louis.

    — Ainda bem… — Louis disse em num tom de desabafo.

    — Está tudo bem? — Claro que Liam notou, especialmente ao ver Louis cobrir o rosto com as mãos, demonstrando um certo cansaço.

    — Está… Não sei… Mais ou menos. — Ele sorriu um pouco sem graça ao responder.

    — Quer falar sobre isso? — Liam ofereceu, deixando seu iPad de lado, desligando por um momento e assumindo uma clara postura de amigo.

    — Confesso que estou um pouco constrangido de falar sobre isso. — Tomlinson confessou e sorriu um pouco mais aberto. Olhou Liam e viu um certo olhar compreensivo, não julgador, e pensou que se tinha alguém em quem poderia confiar, era naquele cara simples bem ali na sua frente. — Eu só estou frustrado porque esperava alguma coisa que, no fim, acabou não acontecendo.

— Mas a vida é feita disso, chefe. — Liam sorriu como se não tivesse certeza sobre o que dizer.

— Eu sei, mas nem por isso dói menos. — Louis comentou recostando-se na cadeira e respirando fundo. Sentiu uma vontade imensa de tirar os sapatos.

— Mas eu acho que, se não aconteceu, é porque ainda não deve ter terminado, certo? — O comentário de Liam fez Louis olhar para ele com mais atenção. — Digo, se não aconteceu, é porque ainda não acabou. As coisas só acabam quando acabam.

Louis sorriu de canto e viu, naqueles olhos castanhos um pouco infantis, mas determinados, um homem dono de um otimismo ímpar. Payne parecia ser do tipo de agarrava-se até a uma palha para sobreviver se fosse preciso, era impossível para Louis não se sentir tocado por aquilo.

— Está a fim de ir a uma festa hoje depois do trabalho? — Louis convidou despretensiosamente, mas achou que não poderia deixar passar a oportunidade de dar sua última cartada. Lembrou-se da festa de Spring Break que Harry disse que iria acontecer, e resolveu ouvir seu lado impulsivo: definitivamente ele iria aparecer por lá.

— Festa? É claro! — Liam se animou mais com o convite do que com o programa em si. — Onde?

— Então, pessoal da universidade está em Spring Break, não é? — Tomlinson disse tentando não soar muito interessado, mas viu os olhos de Liam brilharem. — Acho que está rolando algumas festas em Ocean Beach…

— Ah sim, as festas famosas do pessoal de Stanford! — Liam disse abrindo o sorriso. — Não imaginei que fosse o tipo de cara que fosse para essas festas, chefe. — Liam riu um pouco surpreendido.

— Bem, eu sou novo por aqui, quero conhecer de tudo um pouco. — Tomlinson desgastava a desculpa de ser novo em San Francisco sempre que fazia algo incomum ou que normalmente as pessoas não iriam entender.

— Entendi… Mas claro, vamos sim! — Liam respondeu já sentindo até um ânimo para trabalhar melhor aquele dia.

— Combinamos horários depois então. — Louis disse respirando fundo, tendo a certeza de que agora não poderia voltar atrás. Iria procurar Harry de todas as formas até encontrá-lo naquela festa. — Mas agora vamos para as tarefas do dia. — Assumiu novamente a postura profissional e viu Liam tentar fazer o mesmo. Apesar de estar querendo concentrar-se para terminar tudo cedo, sua ansiedade fazia seu estômago revirar.

x.x.x

    Harry levantou-se da cama, vestiu suas roupas com cuidado e já preparava-se para ir embora sem se despedir. Passava das seis horas da tarde, e ele havia passado o dia no pequeno apartamento de Nick Grimshaw, onde os dois tinham passado o dia inteiro praticamente na cama.

    — Ei, onde vai? — Nick acordou do cochilo que ambos tiravam assim que Styles abriu a porta do quarto.

    — Vou pro dormitório, preciso de um banho. — Harry disse num tom cansado, mas com um pequeno sorriso.

    — Pode tomar banho aqui. — Nick disse levantando-se da cama ainda nu, andando até Harry e segurando-o pelas mãos, trazendo-o de volta pra cama. — Eu vou com você. — Ele provocou com um sorriso ao colocar Harry sentado na cama e, em seguida, tentando tirar a roupa dele mais uma vez.

    — Não, tudo bem, eu quero trocar de roupa. — Harry disse impedindo o outro de maneira suave a continuar tirando suas roupas.

    — Não, vamos pra festa. — Nick disse animado, passando a vestir suas próprias roupas também.

    — Não, eu vou pra casa. — Harry passou uma das mãos pelo rosto, prendeu os cabelos rapidamente com um elástico preto que tinha no pulso. — Não acho que seja uma boa ideia ir pra essa festa.

    — Qual é, Harry! Vamos! — Nick insistiu e viu Styles suspirar. — Vamos ver como está, se estiver bom, a gente fica, senão a gente vai embora e você pode ficar enfiado no seu dormitório curtindo essa sua cara de velório. — Ele concluiu e Harry sorriu para si mesmo.

    — Está tão óbvio assim? — Harry disse um pouco constrangido.

    — Está. E eu nem estou querendo saber o porquê. — Nick terminava de vestir-se rapidamente e puxou Harry por uma das mãos para fora do quarto. — Tenho a impressão de que é complicado demais o que se passa com você.

    Harry não respondeu, apenas suspirou e seguiu o outro, sentindo um pouco sem opções naquele momento — o que na verdade significava que ele não tinha opção alguma. Resolveu ir para a tal festa e quem sabe esquecer um pouco a confusão que havia se metido recentemente com Louis. Ele não estava bravo, mas estava frustrado consigo mesmo e, nos últimos dois dias, sentindo-se extremamente culpado por estar fazendo aquilo com Louis: sabia que o moreno bonito de olhos azuis provavelmente estava triste e sem entender absolutamente nada.

    O deixava em pânico praticamente pensar no quanto aquele assunto inacabado iria incomodá-lo, mas não via soluções. Apenas pensou que ir naquela praia seria uma ótima desculpa para beber e esquecer um pouco de todo aquele problema, que não envolvia apenas Louis, mas também seus conflitos pessoais diante das escolhas que havia feito nas últimas semanas.

x.x.x

    — E então eu recebi a carta do banco, dizendo que eu tinha sido aceito. — Liam segurava um copo de cerveja já quente e bem ruim em uma das mãos enquanto conversava com um rapaz que se aproximou dele e Louis. Uma vez que Louis não deu a menor atenção ao homem, Liam tomou conta da conversa.

    — Nossa, que legal! — O homem respondeu abrindo um sorriso bonito. — E você gosta de trabalhar lá?

    — Cara, eu não gostava muito no começo, as pessoas me tratavam um pouco como escravo. — Liam brincou rindo e o rapaz o acompanhou. — Mas depois que o Louis chegou, as coisas melhoraram. Ele é um chefe incrível. — Payne concluiu dando dois tapinhas no ombro de Louis, que permanecia calado e não prestando atenção em nada.

    — É importante se dar bem com o chefe num ambiente de trabalho. — O rapaz comentou e então Louis passou a prestar atenção na conversa.

    — Liam é um cara incrível, tem um grande futuro. — Louis comentou com um sorriso simpático, vendo que Liam estava feliz em ouvir aquilo e notou que ele parecia se divertir muito naquele local, ao contrário dele, que estava há duas horas procurando Harry e não havia visto ninguém nem sequer parecido com ele por perto.

    — Eu vou buscar mais cerveja. — O rapaz disse e, em seguida, se afastou de Louis e Liam para fazer o que tinha dito.

    Liam viu seu chefe suspirar um pouco frustrado, olhando ao redor com um pouco de desesperança na olhar, mas resolveu não comentar muito, Louis estava calado e olhando seu celular constantemente, não aprecia estar se divertindo.

    — Está tudo bem? — Payne se rendeu à pergunta.

    — Sim, está. — Tomlinson maquiou um sorriso de canto e, novamente, guardando o celular no bolso depois de digitar algumas coisas. — Só acho que estou velho demais para esses lugares. — Ele concluiu rindo.

    — Não está não! — Liam argumentou sorrindo, mas falando sério. — Se quiser ir, podemos sem nenhum problema.

    — Claro que não, Liam, claro que não. — Louis respondeu rapidamente e ajeitando a postura. Sentia-se um pouco idiota por estar numa festa na praia, passado da meia-noite e ainda estar vestindo um terno de trabalho. — Você pode ficar, está se divertindo, mas talvez seja mesmo uma boa ideia que eu vá embora.

    — Tem certeza? Sabe que não me importo de ir com você… — Liam disse sério, percebendo que estava um pouco bêbado, mas no fundo não queria mesmo ir.

    — Não, não tem motivos pra isso. — Louis sorriu e o puxou para um abraço rápido. — Estou feliz que viemos, deveríamos fazer isso mais vezes.

    — Com certeza. — Liam disse vendo de longe o mesmo rapaz com quem conversava voltar com outro amigo.

    — Cuide-se, certo? — Louis disse quase num tom de irmão mais velho. — Pegue um táxi para ir pra casa, não dirija se tiver bebido muito.

    — Pode deixar. Tem certeza que não quer ficar? — Liam insistiu um pouco mesmo sabendo que, pela cara de Louis, definitivamente a resposta era “tenho certeza”.

    — Divirta-se e obrigado por ter vindo comigo. — Louis disse andando de costas alguns passos enquanto despedia-se de seu estagiário e amigo, gentilmente acenou para os outros garotos que apareceram por ali cercando Liam. Resolveu que não tinha motivos para continuar ali e ser cem por cento ignorado. Tudo tinha limite.

    Louis andou pela areia um pouco fofa perto da orla, já no fim da praia, tinha as mãos nos bolsos e questionava a si mesmo pelas decisões tomadas. Perdeu a conta de quantas mensagens enviou a Harry, quantos áudios e várias mensagens na caixa-postal também, dizendo onde estava e como se sentia. Abriu seu coração e decidiu que realmente não havia mais alternativas, por mais que seu coração doesse e ficasse ligeiramente inconformado em ter que lidar com aquele sentimento — que esperava ser momentâneo — de nunca saber como algo teria sido. Mas não dependia só dele, e a sua parte, ele havia feito.

    Entrou no carro e dirigiu pra casa, pensativo e ouvindo o rádio que, para ajudar, ainda tocava uma seleção de músicas românticas dos anos 90.

x.x.x

    Harry estava deitado na areia, completamente bêbado e sem a menor condição de sequer conseguir ir pra casa. Esperava consciente pelo momento em que conseguiria colocar todo aquele álcool pra fora pois sabia que aquele seria o único jeito de de fato melhorar. Estava do lado oposto da praia, numa festa mais calma e mais íntima, com alguns amigos mais íntimos e selecionados e, de acordo com ele, com bebidas muito melhores do que cerveja barata. Niall tinha chamado algumas pessoas para estar ali e era um dos responsáveis pelas bebidas mais caras — segundo ele, os estudantes de Direito gostavam muito de aparecer e demonstrar uma certa exclusividade.

    — Ei… — Um dos colegas do loiro se aproximou dele junto com mais três rapazes que Horan não conhecia. — Trouxe uns amigos se não tiver problema.

    — Claro, tudo bem. — Niall respondeu vendo de longe de quem se tratava e, no momento em que colocou os olhos em um deles, já queria saber imediatamente quem era. — Quem é aquele de camisa branca?

    — Aquele? — Seu amigo virou-se para olhar na direção em que o loiro olhava, verificando a pessoa de quem ele perguntava. — Ah sim! É um cara que conhecemos no centro, ele se chama Liam eu acho, mas não tenho certeza.

    — Ele é gay? — Niall não escondeu seu interesse.

    — Acho que sim, porque ele estava de papo com Adam, não sei se está rolando algo… — O amigo respondeu mas Niall não pareceu se importar muito. Cravou os olhos em Liam e, sem demora, Payne percebeu que havia alguém ali olhando pra ele.

    — Passa esse uísque pra cá. — Niall disse tirando a garrafa das mãos do amigo e servindo um copo limpo.

    Sem tirar os olhos de Liam, ele andou a uma distância significativa até onde ele estava — pois tinha acabado de chegar e parecia um pouco perdido, mesmo estando acompanhado pelo garoto mencionado pelo amigo de Niall —, ele sorriu quando chegou mais perto dele e o viu um pouco tímido, mas receptivo.

    — Como vai, Liam? — Niall cumprimentou e viu o sorriso do outro se abrir de uma maneira extremamente encantadora. Ele estendeu o copo na direção de Payne, que aceitou. — Niall Horan.

    — Muito prazer. — Liam comentou percebendo que Niall já sabia quem ele era, aquilo realmente o deixou um pouco interessado e curioso. — Como sabe meu nome?

    — Foi a primeira coisa que perguntei ao meu amigo quando te vi chegando. — Niall, com seu infalível olhar sedutor, deixou claro no seu tom de voz sua completa fascinação por aquele estranho. — Está sozinho ou com alguém?

    — Estou sozinho. — Como quem tinha um pouco de pressa em deixar aquilo claro, Liam respondeu rapidamente.

    — Bom, não está mais. — Niall disse com um sorriso de canto e Liam sentiu suas bochechas um pouco quentes, bebendo um gole do uísque com uma certa elegância, mesmo que fosse um copo de papel. Aproveitou o movimento da ação para esconder um pouco o rosto, estava ligeiramente envergonhado, não estava habituado a investidas tão claras e tão óbvias como aquela.

    A autoconfiança de Niall realmente chamou sua atenção, ele achava excitante realmente encontrar pessoas que iam direto ao ponto, pois parecia ser coisa raras nesses tempos. Payne logo emendou uma conversa com aquele loiro bonito e ignorou completamente o restante da festa.

x.x.x

    Os raios do sol acordaram Harry em plena areia da praia. Ele não lembrava de absolutamente nada e, por alguns segundos, nem sabia direito onde estava e como havia vindo parar ali. Muitos copos de bebida à sua volta e algumas pessoas limpando e organizando a bagunça comum de final de festa. Sua cabeça latejou quando ele ouviu os primeiros barulhos de buzinas de carro e pensou que aquele definitivamente tinha sido o pior porre de sua vida.

    Ao tirar o celular do bolso para verificar que horas eram, sentiu seu estômago revirar ainda mais. Haviam pelo menos dez mensagens de Louis, onde algumas eram áudio, e pareciam ser longas. Uma notificação a mais chamou sua atenção ao ver que haviam quatro chamadas não atendidas e duas mensagens na caixa-postal.

Louis (10:03 PM):
Sei que pode parecer loucura, mas eu estou à caminho de Ocean Beach, para a festa de Spring Break.

Louis (11:45 PM):
Você não está falando comigo e eu jurei para mim mesmo que não te mandaria mensagens. Mas eu só sinto que preciso fazer isso, e eu realmente preciso te ver, Harry. Estou desejando muito que você tenha essa mesma vontade.

Louis (12:06 AM):
Bom, vejo que você sequer está visualizando minhas mensagens, mas já que estou aqui, preciso tentar de alguma forma. Estou na praia, tem muita gente aqui, mas eu realmente quero te encontrar. Por favor, só me dê cinco minutos do seu tempo…

Louis (12:40 AM):
Certo. Eu sinceramente não sei mais o que te dizer.

    Harry não teve nem coragem de reler, apenas sentiu uma tristeza tão profunda que era quase uma dor física. Ele sentou-se na areia e como se quisesse se torturar ainda mais, ele ligou para sua caixa-postal e ouviu as mensagens que sabia terem sido deixadas por Louis.

“Você tem duas mensagens novas”.

“Ei… Bom, eu não queria realmente estar fazendo isso, acho um pouco patético demais.. Pra não dizer muito na verdade. Mas eu queria deixar claro Harry que, independente de qualquer coisa, eu quero me desculpar se fiz ou falei algo que te magoou… Acredite, não foi minha intenção. Se eu não fiz, se você simplesmente mudou de ideia em relação a nós… Bem, não sei nem como me referir a essa situação envolvendo eu e você, tudo me parece um pouco ridículo demais, ao mesmo tempo que… Olha, eu nem sei mais o que estou falando. Resumindo: quero apenas que fique bem e que saiba que eu ainda vou demorar um pouco para superar tudo isso, talvez não tenha sido nada pra você, mas pra mim significou muito.”

“Fim da primeira mensagem. Aperte 1 para armazenar ou 2 para apagar”.

    Sem saber direito como proceder, Harry apertou o número 1.

“Mensagem de voz armazenada”.
“Você tem uma mensagem nova”.

“Enfim… Eu acho que realmente não há mais nada para eu fazer por aqui. Harry, mesmo essa situação sendo muito diferente de tudo que eu já vivi com alguém, não vejo motivos para continuarmos com qualquer contato. Eu acho que deixei muito claro de várias formas meu interesse por você e, de verdade, não é sua culpa se não é recíproco. Espero que você tenha aproveitado a festa melhor do que eu e… Bem, seja feliz, Harry. Tchau.”

“Fim da mensagem. Aperte 1 para armazenar ou 2 para apagar”.

“Mensagem de voz armazenada”.
“Você não tem novas mensagens”.

    Por mais que o ambiente estivesse um tanto barulhento e comumente urbano apesar das ondas também terem uma participação significativa na atmosfera, Harry não ouvia nada. Estava paralisado olhando para o oceano, com dor de cabeça, dor nos olhos, areia por todo seu corpo. Definitivamente sua situação demonstrava claramente o que significava estar “no fundo do poço” emocionalmente falando. Estava com um das piores ressacas de toda sua vida, sozinho, brindado pelo bonito pôr-do-sol e o cheiro de maresia, mas a única coisa na qual conseguia se concentrar era na voz de Louis, triste, decepcionada e claramente frustrada, educadamente dando “adeus” a ele da melhor forma que conseguiu.

    Harry percebeu a visão turva e piscou os olhos verdes cansados, deixando rolar o líquido salgado que desenhava sua face, molhava seus cílios e os cantos de sua boca, permitindo que ele sentisse o misto pesado de sentimentos que nem aquele choro seria capaz de levar consigo.



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