História Caution — Hiatus - Prólogo

09:20pm — Brookline, Massachusetts — Estados Unidos.

Selena Gomez narrando. 

Hoje, sem sombra de dúvidas, será o melhor dia de todos. Finalmente encontrarei Justin, o rapaz qual eu venho conversando virtualmente há alguns meses. Ele é um cara tão amoroso e sensível. Eu realmente estou louca para conhecê-lo.

Meu celular apitou e, rapidamente, corri para atendê-lo. Era uma mensagem. 

Olá, Selena. Já está pronta? Pois dentro de uma hora eu já estarei no lugar onde nós marcamos. Era Justin. 

Eu estou quase terminando de me arrumar! Logo estarei lá. Beijos. Respondi e guardei meu celular novamente. 

Corri para o espelho para que pudesse terminar de arrumar meu cabelo. Decidi não contar sobre o encontro para minha mãe, pois ela diria que é perigoso eu me encontrar com alguém que nunca vi, o que causaria uma grande balbúrdia. 

Nós decidimos nos encontrar em um lugar público, num bar onde Justin disse que era bem frequentado. Peguei minha bolsa e me preparei para sair. 

10:10pm — Brookline,  Massachusetts  — Estados Unidos. 

Selena gomez narrando. 

O taxista já havia me deixado no lugar marcado. A rua estava vazia e escura, o que me fez estranhar. Justin falou que aqui estaria bastante movimentado. Dei de ombros e continuei à caminhar em direção ao bar, enquanto via o endereço pela tela do celular. 

Bar do Phill 

Era isso que estava escrito. Tanto no letreiro, como na tela do celular. 

Cautelosamente, eu entrei, observando as luzes verdes que piscavam no topo do bar. Eu nunca vira a um lugar assim. O bar não estava tão cheio, apenas tinha alguns homens jogando sinuca. Seria fácil encontrá-lo. Justin me enviou várias fotos suas, para que eu o encontrasse. 

Caminhei até o fundo do bar, indo em direção ao banheiro, quando escutei meu nome ser chamado, fazendo-me virar rapidamente. 

— Selena? 

É ele. 

— Justin! — praticamente gritei, enquanto eu o abraçava. 

Ele retribuiu abraço sem hesitar, apertando-mr fortemente. Ele tinha um cheiro tão bom. Eu estava tendo um ataque de loucura. 

— Você é mais bonita ainda pessoalmente. — analisou todo o meu rosto, fazendo-me rir fraco. 

— Obrigada! 

— Vem, vamos sair daqui. — segurou em minha mão, puxando-me para que eu o seguisse. 

— Espera! Eu pensei que ficaríamos aqui. — falei, confusa. 

— Sim. Mas aqui era só pra ter um ponto de encontro mesmo. — falou pausadamente no início.

 Eu estranhei. 

— Pra onde irá me levar? — questionei, assim que paramos em frente ao seu carro. 

— Ah, para um parque aqui perto. — respondeu, dando de ombros e entrando no carro. 

Esperei que ele se tocasse abrisse a porta pra mim entrar, mas isso não aconteceu. Ele era diferente. Tanto virtualmente como pessoalmente. Eu queria enchê-lo de perguntas, porém permaneci quieta, já que ele não dirigia palavra a mim. 

Passamos por um parque, e eu estranhei por ele não ter parado. 

— O parque não é esse? — perguntei, mas ele permaneceu calado. — Justin, por que você não parou? — sem respostas novamente. — Justin! 

— Cala a boca! — alterou-se um pouco, mas não me intimidou. 

— Justin, aonde estamos indo? — perguntei ao vê-lo parar em frente à uma casa, bem grande por sinal. 

— Chegamos. — sorriu. 

Ele desceu do carro e, em seguida, abriu a porta para que eu descesse também. Justin pegou em minha mão, levando-me em direção à casa. Eu fui sem hesitar. Ele realmente está estranho hoje. Eu passei meses conversando com ele. Ele não era assim. 

Ao entrarmos na casa, estava tudo escuro, o que me fez apertar a mão do Justin fortemente. 

— Justin, o que estamos fazendo aqui? — sussurrei bem baixinho. 

— Você verá. 

Subimos a escada, indo até o último cômodo da casa, o sótão. As luzes estavam acesas, mas quando ele fechou a porta, tudo se denegriu. 

Justin caminhou até mim com um lindo sorriso no rosto. Contudo, mesmo assim, fiquei com medo e dei passos para trás. Ele foi mais rápido e parou em minha frente, sentando-me numa cadeira. Virou-se de costas e pegou algo. Quando se girou novamente, percebi que era uma corda. Ele não me amarraria, não é? Mas foi exatamente o que ele fez: me amarrou. 

— Justin, o que você está fazendo? 

— Seus pais nunca lhe alertaram para não confiar em estranhos? — perguntou. 

Tão logo, senti uma ardência enorme em meu rosto. 

Ele me dera um soco.