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História Cavaleiros do Zodíaco - A Saga de Gaya - O Amor Lança Fora Todo o Medo


Escrita por: NinaKurumada

Notas do Autor


Oi galera. A Revolução de Gaya chegou ao fim, mas agora vou escrever o que aconteceu com cada um depois de toda a Saga. O que preferem, que eu continue postando nesta fic mesmo (vai passar de 40 capítulos no total) ou que eu comece a postar uma nova fic tipo assim Parte II? O que acham melhor?

Capítulo 33 - O Amor Lança Fora Todo o Medo


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - A Saga de Gaya - O Amor Lança Fora Todo o Medo

Gaya concentrou seu poder na palma da mão e tomou impulso para golpear Seya. Estava decidida a acabar com ele. Em parte porque ele era admirado pelo grupo e, se tivesse passado para o seu lado, alguns talvez também passassem. Em parte porque queria ferir Atena e, machucando Seya, certamente ela seria afetada.

Porém, quando ela estava pronta para soltar seu poder sobre Seya, sentiu uma pontada aguda no peito e brecou. Seu rosto se contraiu de tal forma que todos os que viram se assustaram.

— Ela não me deixa... — Gaya falou com dificuldade, levando a mão ao coração.

Seya se inquietou. De quem Gaya estava falando?

— O que é isso que estou sentindo? — Gaya estava confusa. Desviou os olhos para o chão e para o lado, atordoada, tentando compreender o que estava acontecendo.

Os ventos cessaram, os relâmpagos adormeceram, os trovões se calaram e o chão se aquietou. A noite se tornou calma e fresca e um aroma suave de terra molhada cercou o ambiente.

Gaya caiu de joelhos e apoiou as mãos no chão. Estava sem forças e o que sentia desequilibrava seu cosmo. O coração estava disparado, a boca ficou seca, as pupilas dilataram-se e um tremor invadiu seu corpo do alto da cabeça à planta dos pés. Ela tentou ficar de pé, mas caiu de novo.

— Droga! O que está acontecendo comigo. O que...— De repente ela encarou Seya e começou a compreender. — Você... Ela não me deixa acabar com você. Ela... o ama.

Gaya arregalou os olhos ao mencionar o amor.

— De quem você está falando? Vamos, diga!

— Então isso é amor... — Com a testa franzida, Gaya tentava ligar o que sentia naquele momento, a todos os discursos eloquentes que Atena e seus cavaleiros faziam em defesa do amor e da justiça. — Eu nunca pensei que fosse assim. Então quer dizer que os humanos podem... amar.

— Vamos, Gaya, de quem está falando? — Seya insistiu.

— Mas... como? Por que ela o ama? Vocês nem se conhecem. Ou será que...— Gaya pareceu descobrir algo importante. Seu semblante ficou com uma expressão de espanto.

Os cavaleiros começaram a despertar e se erguer com dificuldades. Alguns precisaram se apoiar no ombro dos amigos.

— Seya, você está bem? — Hyoga indagou.

— Seya! — Shun sorriu ao ver o amigo ainda de pé.

— Seya! — Foi a vez de Shiryu.

Máscara da Morte não conseguiu ficar de pé. Ficou sentado, recostado a uma pedra, acabado.

Kanon estava morto.

Ikki estava ferido no corpo, e muito mais na alma.

— Fale logo, de quem é que você está falando? — Pégaso ficou nervoso.

— Vocês se conhecem... Há muito não se veem. Ela o procurou a vida toda. Ela estava... sozinha. — Os pensamentos vinham fragmentados, à medida que Gaya via os flashes da alma de outra pessoa. Outra garota... Seika. — São irmãos? É isso. Vocês são irmãos.

Algumas lágrimas escorreram pelos olhos de Gaya, que continuava com a mão no coração, como se a dor fosse insuportável.

— Minha irmã? Seika? Seika! O que você fez com ela? — Seya gritou e correu até Gaya, segurando-a pelos ombros.

Gaya olhou para o rosto de Seya com ternura e pousou a mão em sua face.

— Seya... Você se tornou um cavaleiro. Como cresceu! — Os olhos verdes de Gaya ficaram castanhos, seu cabelo grande e vermelho se tornou curto e marrom, seu corpo de mulher cheio de curvas virou o corpo de uma garota.

— Seika! — Pégaso chorou como uma criança ao ver os traços da irmã surgirem misturados à aparência de Gaya.

— Seya... Eu rezei para ver você de novo, nem que fosse só mais uma vez.

Saori, Hilda, Shun, Hyoga, Shiryu, Mu e Aldebaran também choraram. Sabiam o quanto Seya desejava reencontrar a irmã. E agora, Gaya havia prendido Seika. Se ela morresse, Seya ficaria arrasado.

Os traços de Seika desapareceram e Gaya retornou. Quase desmaiou nos braços de Seya.

— Gaya, o que fez com minha irmã? Por favor, não a machuque. Onde ela está? Devolva-a!

— Céus, como ela o ama. Eu não consigo... como pude viver tanto tempo sem entender o que é o amor? Ela daria a vida por você, Seya. Daria a vida para que você pudesse ficar a salvo.

Seya segurava Gaya nos braços, ajoelhado. Ela parecia estar morrendo. Estava ofegante, com os olhos semicerrados, falando em forma de sussurros.

— Vocês estavam certos desde o início. Eu não sou digna de julgar a humanidade. Deixei a iniquidade entrar em meu coração, passei a me considerar superior. É errado os homens matarem a natureza. De igual modo, é errado eu matar os homens. Kanon... Pobre Kanon. Onde ele está? Tragam-no aqui.

Saga carregou o corpo do irmão e o colocou ao lado de Gaya. Ela se esforçou e, com a ajuda de Seya, colocou a mão no rosto de Kanon. O cosmo de Kanon deixou o corpo de Gaya e retornou ao corpo do cavaleiro. Dragão Marinho abriu os olhos, olhou nos olhos de Saga e indagou:

— O que houve? — Saga segurou firme a mão de Kanon e o ajudou a ficar de pé. — Gaya?!

Ele se ajoelhou diante de Gaya ao ver o estado em que ela se encontrava.

— Oh, Kanon, me perdoe. Você é um bom homem. Eu o usei.

— Gaya, você vai ficar boa. Podemos proteger a natureza da forma correta, juntos!

Gaya apertou os olhos e mais uma lágrima escorreu.

— Já não sou mais digna de ser a guardiã da natureza. Deixei a sede de poder me corromper. O castigo dos deuses me aguarda, Kanon. Levantarão outra para ocupar meu lugar.

Kanon engoliu em seco. Saga colocou a mão em seu ombro e ele se juntou ao irmão, afastando-se.    

— Seika... onde ela está? — Seya estava desesperado.

— Shaka... — O Cavaleiro de Virgem se aproximou ao ouvir Gaya chamar seu nome. — Traga-a de volta. Ela está no coração da Terra.

Dito isso, Gaya fez surgir na palma da mão uma esfera prateada, que começou pequena e foi crescendo.

Shaka usou seu cosmo para alimentar a bola de energia. Uma fenda na terra se abriu e um fiapo de luz emergiu. A bola de luz prateada ficou acima da fenda e uma garota surgiu, deitada em posição fetal, nua.

— Seika! — Seya gritou, ainda amparando Gaya em seus braços.

Ikki ajoelhou-se ao seu lado e tocou o ombro do amigo.

— Vá, Seya, deixe-a comigo. Vá até sua irmã.

Sorrindo em meio a lágrimas, Seya colcou Gaya nos braços de Ikki e correu até Seika. A bola de energia se dissipou a a garota ficou encolhida, no chão, de olhos fechados. Saga tirou a capa e entregou a Seya, que cobriu a irmã com carinho.

— Seika... por favor, acorde!

A menina abriu os olhos devagar. Quando viu Seya, deu um largo sorriso e o abraçou com força.

— Estou sonhando?

— Não, Seika, sou eu.

— Você me encontrou. Me encontrou!

Os irmãos ficaram abraçados, chorando em silêncio. Não havia palavras para descrever aquele momento. O silêncio e as lágrimas diziam tudo o que precisava ser dito.

Gaya gemeu de dor e Ikki a abraçou.

— Fique firme. Você vai ficar bem.

— Ikki! Eu não devia ter partido o seu coração. Espero que não se feche para o amor como eu me fechei. Não deixe que seu coração se torne um coração de pedra. Obrigada por me amar, Ikki.

Ela tocou seu rosto, com os olhos úmidos. Ikki não conseguiu se conter e a beijou nos lábios, apertando-a contra o seu corpo. Era a segunda mulher que morria em seus braços.  

Fios prateados de energia saíram de Gaya e tocaram cada armadura que estava no chão, sem vida. Cada peça ganhou cor e voltou a brilhar. Numa explosão de cosmo, as armaduras reviveram, e, cada uma, retornou para o seu dono. Quando terminou de beijar Gaya, Ikki vestia sua armadura completa.

Os olhos verdes de Gaya encararam Ikki pela última vez e então se fecharam. Uma lágrima derradeira escorreu pela face da moça. Ouviu-se nos céus um grande ruído e um feixe de luz veio do alto e tocou Gaya. O corpo materializado da garota se dissipou em partículas de poeira cósmica, prateada e brilhante. A poeira subiu até aos céus e desapareceu.

Agora eram somente Atena, Seika, Hilda e os cavaleiros. Ao redor havia a floresta cheia de vida, com grilos, corujas e o farfalhar das árvores. A brisa era suave e o céu ficou estrelado.

Ikki cobriu o rosto com as mãos e chorou amargamente.

— Irmão! — Shun se apoiou em um dos joelhos e pousou a mão no ombro de Fênix.

Seya ajudou Seyka a ficar de pé e a se enrolar na capa, cobrindo o corpo nu.

— Acabou. Vencemos! — disse Shiryu.

— Sim, meus amigos. Vamos para casa. — Atena sorriu e respirou fundo, aliviada.

Todos se aproximaram formando um círculo. Cada um lidava com seus próprios pensamentos e emoções. Aquela batalha havia marcado a vida deles de diferentes maneiras. Precisariam de um tempo para elaborar tudo e transformar a experiência em aprendizado.

Mu e Shaka uniram seus poderes para teletransportá-los para a mansão Kido.

Os olhares de Saori e Seya se encontraram e eles sorriram um para o outro. A vida dali pra frente seria melhor. Com certeza, seria melhor.


Notas Finais


Oi Galera. A parte 1 chegou ao fim. Vou continuar essa história na parte 2 em outra fic para essa daqui não ficar gigante. Quem gostou dessa vai amar a próxima. Obrigada a todos que me acompanham. Amo seus comentários. Continuem comigo! Saint Seya será o melhor anime ever!


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