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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - De Volta pra Casa


Escrita por: NinaKurumada

Notas do Autor


Oi gente, resolvi encerrar a primeira fic da Saga de Gaya e iniciar essa aqui como parte 2 para não ficar muito grande. Assim tenho mais liberdade para escrever sem preocupar com a quantidade de capítulos. Se vocês gostaram da Saga de Gaya, vão amar essa aqui. Principalmente quem gosta de romance que é minha especialidade.
Obrigada a todos que estão me acompanhando. Amo seus comentários. Abraço, Nina!

Capítulo 1 - De Volta pra Casa


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - De Volta pra Casa

Saori convocou uma equipe médica que atendeu aos cavaleiros na mansão. Todos tinham escoriações e hematomas pelo corpo e alguns tinham ferimentos mais graves, que exigiriam exames mais detalhados e o uso de anti-inflamatórios. Contudo, de uma maneira geral, o parecer do médico-chefe era que ninguém corria risco de vida, mesmo Máscara da Morte, ao qual foi exigido repouso absoluto por uma semana.

Nos primeiros dias, a maior parte dos cavaleiros ficou reclusa nos quartos. Estavam cansados e introspectivos e precisavam de um tempo sozinhos para reestabelecer o equilíbrio

Aiolos, Milo e Camus foram visitar Marin, Shina e June, respectivamente e utilizaram o jatinho a pedido de Saori. Ela queria que eles voltassem logo e, se as amazonas estivessem bem, trouxessem-nas junto.

Os noticiários mostravam a todo o tempo as consequências das catástrofes e o saldo de mortos. Alguns jornalistas atribuíam tudo às mudanças climáticas, outros falavam sobre o apocalipse. Os estudiosos mais entendidos atribuíam o que ocorrera a mais um inimigo que tentou dominar o mundo e reuniam provas de que foram os Cavaleiros de Atena que novamente salvaram o planeta.

Saori solicitou que ninguém desse entrevistas e, por isso, pediu que, por algumas semanas, os cavaleiros e suas famílias permanecessem na mansão. Além disso, ela não queria que ninguém fosse embora sem antes estar completamente curado.

Shaka e Hilda ficaram no mesmo quarto. Lyfia e Aiolia ficaram em quartos conjugados, dormindo em camas diferentes.

Shaka e Freya trocaram algumas palavras afáveis, mas ele estava sério e meditava a maior parte do dia na capela.

Freya acabou se aproximando de Máscara da Morte, que estava acamado e precisava de cuidados. Mesmo com as enfermeiras de plantão, ela se ofereceu para ajudar. Ele deveria estar mal mesmo, pois estava sério e contido. Diferente daquele homem debochado e ousado que Freya havia conhecido antes da batalha.

— Máscara da Morte, não fique assim. Você vai ficar bom logo. Mas, para isso, precisa se alimentar.

— Agora não quero. Estou com dor de estômago.

— Por isso mesmo, está tomando muitos remédios e se não se alimentar, os medicamentos vão afetar seu estômago.

Ele suspirou e desistiu de fazer uma careta no meio do caminho.

— Tudo bem. — Ele tentou se levantar, mas sentiu uma dor aguda no abdômen que o fez se curvar.

A enfermeira colocou mais travesseiros atrás de suas costas, para que ele erguesse um pouco o tronco para comer. Freya pegou o prato de sopa e deu a ele. O rapaz colocou a colher de lado e bebeu a sopa inclinando o prato. Ao ver a cara de espanto da moça, ele se deteve.

— O que foi?

— Nada.

— Meus dedos doem, não consigo segurar a colher.

— Posso ajuda-lo?

O cavaleiro fez um bico de impaciência e entregou o prato a ela. Freya pegou a colher e começou a dar a sopa para ele.

— Estou me sentindo uma criança.

— Não seja teimoso. Você não é um bárbaro para comer de forma rude. Precisa aprender a ter paciência.

— Paciência? Bah! E pra quê?

— Para que as pessoas consigam gostar de você.

Ao ouvir Freya dizer aquilo, ele se calou. Tomou a sopa com a ajuda dela. Observava os movimentos graciosos da moça e sentia o perfume de seus cabelos. Era uma garota. Ele precisava reprimir os pensamentos pervertidos.  

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Seya não saiu de perto da irmã nem por um instante. A não ser quando ela precisava de privacidade. Os médicos disseram que ela estava ótima. Gaya não havia a ferido. Entre caminhadas pelo jardim, almoços e jantares, Seya era só sorrisos, falava o tempo inteiro, contando tudo o que tinha se passado com ele desde que ele e Seika foram separados. Saori os acompanhava em alguns momentos, mas em outros deixou os irmãos a sós. Ela sentia falta de Seya e queria que ele tirasse um tempo só pra ela, mas compreendia o entusiasmo do noivo em reencontrar a irmã.

Era tarde da noite quando Seya bateu na porta do quarto da noiva. Enrolada em um robe, a garota abriu a porta.

— Posso entrar?

— Claro. — Ela abriu passagem.

Seya entrou e Saori trancou a porta.

— Só agora me toquei que esses dias todos só fiquei com minha irmã o tempo inteiro. Me desculpe.

— Tudo bem, Seya, vocês tinham muito que conversar mesmo.

— Vem cá — ele chamou e Saori se aproximou. Se abraçaram e se beijaram com ternura. — Estou com saudades.

— Eu também — disse ela.

Sentaram-se na varanda, abraçados em uma poltrona, vendo o céu estrelado. Conversaram sobre o casamento, sobre arranjar um emprego para Seika e sobre onde ela moraria depois que Seya e Saori se casassem.

— Tem certeza de que não haverá problema dela morar conosco?

— Claro que não, Seya. Ela é sua família. Portanto, é minha família também.

Seya beijou a testa da noiva e sorriu:

— Você é a melhor mulher do mundo, sabia? Vou te fazer feliz, eu prometo.

— Você já faz.

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Hana estava deitada de lado na cama, pensando. Hyoga saiu do banho de bermuda, enxugando os cabelos. Deitou ao lado dela e sussurrou.

— Você está bem?

— Até quando teremos de ficar aqui?

— Só até semana que vem de acordo com Saori.

— Quero voltar para nossa casa. Não aguento mais.

O loiro ficou em silêncio. Entendia a namorada, mas não poderia contrariar as ordens de Atena.

— Tenha só mais um pouco de paciência, Hana. Logo voltaremos pra nossa rotina.

— Estou tentando, Hyoga. Realmente estou tentando.

— Eu não posso...

Hana se virou e acariciou seus cabelos loiros.

— Eu sei, querido. Não quero pressionar você. Mas entenda, quero volta para meus estudos, meu trabalho, nossa casa, nossas coisas. Nossa vidinha comum. Quero meu Hyoga de volta.

Hyoga segurou a mão da namorada.

— Eu estou aqui.

— Não, você não está. Sua cabeça parece estar nas nuvens.

— Tem razão, estou preocupado com Ikki e com Shiryu. O médico disse que estão bem, mas o Ikki parece bem deprimido e o Shiryu ainda tem hemorragias internas. Ele se recusou a operar. Disse que prefere o tratamento mais longo. Mas vi o nariz dele sangrando hoje.

— O médico agendou novos exames, não agendou?

— Sim, para todos nós.

— Então relaxa, Hyoga. Com uma equipe médica como a que Saori contratou, é impossível alguém não se curar. Já o Ikki, bom, ele não quis conversar com a psicóloga, não foi?

— Não, ele se recusou. Disse que não precisa dessas bobagens.

— Então não há nada que você possa fazer. Com o tempo ele volta ao normal.

Hyoga suspirou, tentando se consolar com as palavras de Hana.

— É por isso que quero ir embora. Você fica absorvendo o problema de todo mundo. Daqui a pouco quem está deprimido é você.

— Ei, calma. Eu não estou deprimido. Você me conhece, sabe que tenho esse jeito meio calado. Estou calejado, Hana. Não me abalo por qualquer coisa.

— Aquela mulher parece ter mexido com todos vocês.

Hyoga arregalou os olhos, espantado.

— Está com ciúmes?

— Claro que sim. Ela era perfeita e todos nessa casa só falam dela o tempo inteiro. Estou cansada!

Hana se virou de costas, emburrada. Hyoga a abraçou por trás e beijou sua nuca.

— Eu só tenho olhos pra você, meu amor. Sabe que eu te amo.

— Eu não sei de mais nada. Há quase duas semanas você não me diz.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo — a cada declaração, ele a beijava e a tocava em uma parte do corpo, fazendo-a se arrepiar.

Hana ficou de frente para o namorado e eles se beijaram de forma sensual. Hyoga puxou a camisola dela e ela desceu a bermuda dele. Se abraçaram nus e fizeram amor, com as luzes acesas.

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— Shun, as meninas precisam voltar para a escola. Já perderam muitas semanas de aula. Não fará bem a elas.

— Eu sei, mais alguns dias e vamos para casa. Vou conversar com a Saori. Acredito que ela não irá se opor. Amanhã ela fará a coletiva de imprensa. Os repórteres irão sair do nosso pé.

 — Tomara. Não quero que a imagem das meninas seja mostrada na TV. Elas são muito pequenas ainda.

— Claro, Yumi, vamos preservá-las de tudo isso.

Eles conversavam à luz do abajur, enquanto as meninas dormiam nas camas de solteiro ao lado. Yumi se aconchegou nos braços do marido e deitou em seu peito.

— Por que está tão angustiado, meu bem?

— Você me conhece, não é? Não consigo disfarçar nada de você.

— Se abra comigo, meu amor.

— Não quero te dar mais preocupação.

— Shun, quero saber o que se passa com você, por favor.

— É o Ikki, ele estava pronto para ir embora hoje. O peguei saindo do quarto com a mochila nas costas. Consegui convencê-lo a ficar mais alguns dias. Ele é teimoso, não quis ir à consulta com a psicóloga. Disse que quer volta para a Espanha e para a academia onde trabalha. Mas eu acho que ele ainda não está pronto para ficar sozinho. Não sei exatamente o que houve entre ele e Gaya, só sei que ele está muito abalado. O Saga disse que o Kanon está assim também. Sério, silencioso, pensativo, preferindo ficar sozinho.

— Shun, vamos refletir juntos. Se eles realmente se apaixonaram por Gaya, é normal que estejam sofrendo com a partida dela. Com o tempo eles vão ficar bem.

— Sim, Yumi, rezo por isso. Meu irmão custou a superar a perda de Esmeralda. Essa vai ser a segunda vez que uma garota que ele ama morre, e ainda por cima nos braços dele.

— Puxa, Shun, não tinha me dado conta disso. Que barra!

— Por é. Mas o Ikki é forte. Ele vai conseguir sair dessa.

— Vai sim, meu amor. Seu irmão é duro na queda.

Shun abraçou a esposa e acariciou seus cabelos. Ele apagou a luz e adormeceram assim, juntinhos.

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Shunrei acordou com um barulho. A luz do banheiro estava acesa e Shiryu não estava na cama. Ela se levantou e caminhou na ponta dos pés. Viu o marido limpar o nariz com água e algodão.

— Seu nariz está sangrando de novo?

Ele se assustou e se apressou em estancar o sangue. Segurou o algodão nas narinas e pressionou.

— Fique tranquila, Shunrei. É normal acontecer isso depois de uma luta intensa. Fui atingindo com muita força no tórax e no abdômen, mas o médico disse que eu poderia me cuidar em casa, se lembra?

— Lembro. Mas ele disse que faria novos exames em alguns dias para ver se a hemorragia parou.

— Eu estou bem, Shunrei. Venha, vamos voltar pra cama.

Shiryu jogou o algodão fora, lavou as mãos e apagou a luz do banheiro. Segurou a mão da esposa e a levou pra cama. Deitaram-se juntos. Shunrei colocou mais um travesseiro embaixo da cabeça dele.

— Levante a cabeça um pouco mais.

Ele obedeceu. Shurei alisou os cabelos compridos e sedosos do marido. O que ela mais gostava em Shiryu era o cheiro bom que ele tinha, sua pele, seus cabelos, seu hálito. Ele estava sempre cheiroso e limpo. Ela gostava de abraça-lo e ouvir seu coração bater. Gostava de enterrar seu rosto nos cabelos dele, e beijá-lo no pescoço, no rosto, na ponta do nariz, na boca.

— Como está o bebê? — Ele passou a mão sobre o ventre de Shunrei.

— Está crescendo. O médico disse que logo poderemos saber se é menino ou menina.

— Estou ansioso para escolhermos um nome. Não vejo a hora de carregar o bebê no colo.

 — Você vai ser o melhor pai do mundo, meu amor.

— E você, a melhor mãe.

Eles se beijaram, mas Shunrei achou melhor o marido não fazer estripulias. Precisava de repouso para evitar mais sangramentos.

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Ikki rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir. Levantou-se, vestiu uma camiseta e desceu descalço para a cozinha. Bebeu um copo de água. Insatisfeito, abriu o freezer e pegou uma lata de cerveja. Caminhou até o jardim lateral e se sentou num banco. Abriu a latinha e bebeu alguns goles. O céu estava lindo, negro, todo pontilhado de estrelas.

— Gaya, o que será que houve com você? Será que foi punida? Espero que esteja bem.

Ele bebeu mais alguns goles e ouviu passos. Olhou para o lado e viu Seika.

— Me desculpe, Ikki, eu não sabia que você estava aqui. Não queria te incomodar.

Ela virou as costas para ir embora.

— Também não consegue dormir? — ele perguntou.

— Não. Aconteceram tantas coisas nessas últimas semanas. E minha memória ainda está falhando. Não sei direito responder a todas as perguntas que o Seya faz...— Ela deu um suspiro.

— Quer uma cerveja?

— Eu... não. Posso me sentar?

— Pode. — Ikki deu espaço para Seika se sentar ao seu lado.

Ficaram alguns instantes em silêncio, olhando para o céu.

— Você estava consciente o tempo todo quando Gaya estava usando sua energia para se materializar?

— Não. Só quando ela ficava fraca. Aí eu conseguia ver o que ela via e saber o que ela estava sentindo ou pensando.

— Seika... Sei que não foi uma experiência agradável, mas...

— O que?

— Deixa pra lá. Não quero te amolar com minhas loucuras.

— Pode dizer, Ikki. Tenho maturidade. Não sou uma criança.

— Ela sentia algo por mim?

Seika olhou nos olhos de Ikki e apertou os lábios.

— Não sei dizer o nome do que ela sentia. Era algum tipo de afeição. Como se ela o quisesse por perto. Mas ela sabia que você jamais trairia Atena.

— E o Kanon? Ela sentia algo por ele?

— Ikki...

— Vamos, Seika, eu tenho maturidade pra isso, não sou uma criança.

A garota sorriu ao ver suas palavras sendo usadas contra si.

— Sim, Ikki, ela também sentia algo por Kanon. Ficou muito decepcionada quando ele a abandonou.

Ikki bebeu o restante da cerveja e amassou a lata, jogando em um canto.

— Não fique triste, Ikki. Você é um homem bom, logo encontrará uma mulher que o ame e cuide de você.

— Bom? Por que diz que eu sou bom? Mal me conhece. Eu não sou bom, não mesmo.

— Eu o conheço mais do que você pensa. Sua alma estava ligada à de Gaya e ela podia saber tudo o que você sentia ou pensava. Vi sua vida inteira passar diante dos meus olhos, como um filme.

Ikki estreitou os olhos e encarou Seika.

— Isso não é nada bom. Já fiz muita bobagem na vida. O Seya não vai gostar de saber que você me viu em momentos íntimos.

Seika corou e cruzou os braços, retraindo-se. Ikki percebeu a gafe.

— Me desculpe, eu não queria constrangê-la. Sou um burro mesmo. Só falo asneira.

— Acho melhor eu ir para dentro. Está frio aqui.

Ela se levantou. Ikki se levantou e parou em sua frente.

— Seika, mil perdões, é sério. Falei sem pensar.

— Tudo bem, Ikki, não sou uma moça ingênua. Já sou mulher e tenho alguma experiência. Vamos esquecer isso, ok? Eu também fui longe demais dizendo tudo o que eu sei. Espero que consiga curar seu coração partido. Sei o quanto sofreu quando perdeu sua primeira namorada. Imagino o que deve ter sentido quando Gaya se foi.

Ikki travou os dentes e ficou sério.

— Parece que estou amaldiçoado. Como se eu não tivesse o direito de ser amado.

— Não diga isso. No caso de Esmeralda, foi uma tragédia. No caso de Gaya, foi uma escolha errada. Isso não quer dizer que você seja amaldiçoado. São feridas, que irão cicatrizar. Todo mundo tem cicatrizes no coração.

— Você tem?

— Sim, eu tenho. Algumas.  

Ikki balançou a cabeça.

— Puxa, acho que essa latinha me deixou bêbado. Me desculpe pelas perguntas pessoais. Não quero ser indiscreto. Você é a irmã do Seya. Acho que é melhor eu me deitar antes que eu fale mais alguma bobagem. Com licença.

Ikki se retirou e subiu para o quarto. Jogou-se na cama, desanimado. Apoiou o antebraço na testa, sem conseguir fechar os olhos.

Um vento soprou em sua janela, fazendo a cortina balançar. Ikki olhou em direção à janela, avaliando se deveria fechá-la ou dormir com ela aberta. De repente, a silhueta de uma mulher se formou, iluminada pelas estrelas e pela Lua.

— Gaya! — Ele deu um pulo da cama e se aproximou.

A garota não tinha um corpo concreto, apenas um espírito. Ela estava com o rosto abatido e com olheiras.

— Você... está bem?

— Vou sobreviver. Meu cosmo foi bloqueado por tempo indeterminado e nomearam outra guardiã em meu lugar. Estou isolada em uma dimensão onde os rebeldes cumprem uma penitência.

— Eles deixaram você vir até aqui?

— Sim, com uma condição, que eu me despedisse para sempre.

Ikki sentiu um nó na garganta.

— Nunca mais nos veremos, não é?

— Nunca mais. Fui banida, Ikki. Vão me mandar para outro planeta, onde não tem vida. Ficarei lá por toda a eternidade. Mas, está tudo bem, pelo menos me deixaram viver. Eu mereço o castigo. Fui longe demais com meus planos.

— Eu... não consigo parar de pensar em você.

— Posso te ajudar. Nossas almas estão interligadas. Posso desfazer isso. Assim irá me esquecer.

— Esquecerei tudo?

— Não. Só do que sente por mim.

Ikki balançou a cabeça e deu um passo para trás.

— Não. Deixa assim. Com o tempo isso passa. Não quero me esquecer de nada. Não mexa na minha cabeça. Prefiro sentir sua falta o resto da vida do que esquecer o que você significa pra mim. As memórias são importantes para sermos quem somos.

— Tudo bem, Ikki. Você é quem sabe. Me prometa que vai ficar bem, ok?

— Eu vou ficar. Eu sempre fico.

— Adeus, Ikki.

— Adeus, Gaya.

A garota desapareceu. Ikki caminhou até a janela e respirou fundo algumas vezes, derramando lágrimas. 



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