Durante todo o dia, Shun trabalhou com um nó na garganta. Checou o celular e o e-mail mais de uma vez. Ninguém, nenhuma notícia. Talvez fosse ansiedade pela entrevista que daria a mais um jornal. Depois de ter aceito falar para o jornal onde a esposa trabalhava, os convites não paravam de aparecer. Alguns ele recusava, outros acabou aceitando. Em alguns momentos arrependeu-se por ter entrado por aquela porta. A mídia era uma boa ferramenta para comunicar o bem, e divulgar os bons projetos e ideias. Mas esta mesma mídia também era cruel algumas vezes, manipulando as informações e distorcendo as respostas. Assim, Shun aceitava a próxima entrevista para desmentir a anterior. E tudo virou um ciclo vicioso.
O cavaleiro chegou em casa e foi recebido com abraços e beijos pelas filhas. Elas pularam em seu colo e começaram a contar as novidades da escola. A mais nova havia feito um novo amigo e a mais velha havia ganhado um campeonato de ciências. Ele ouvia com paciência, sempre com o semblante amoroso e pacífico. A esposa serviu o jantar, todos lavaram as mãos e comeram juntos à mesa. Depois de colocar as meninas para dormir, Shun apagou as luzes do quarto e foi para a sala. Tirou a gravata, os sapatos, pisou no tapete macio e serviu uma taça de vinho. Yumi se aproximou de camisola.
— O que houve, amor? Não vem se deitar?
— Sim, me dê alguns minutos.
— Aconteceu alguma coisa?
— O Ikki ligou?
— Não.
— Sinto que algo não está bem. Não sei o que é.
Yumi sentiu o coração apertar. A intuição do marido era infalível. Ela se aproximou e sentou no colo dele, abraçando-o.
— Algo com o seu irmão?
— Não tenho certeza. Da última vez que nos falamos ele estava feliz da vida porque começou a namorar a Seika.
— A irmã do Seya?
— Sim.
— Mas eles mal se conhecem.
— Ela foi para Barcelona passar alguns dias. Parece que se deram bem.
— Puxa! Tomara que dê certo. A Seika me pareceu ser uma garota legal.
Shun desabotoou a camisa. Sentia-se sufocado. Bebeu mais um pouco do vinho. Yumi o observava.
— Vá checar as garotas, Yumi. Algo me diz que não é com o Ikki que devemos nos preocupar.
Yumi correu no quarto das filhas, as duas dormiam tranquilas. Voltou para a sala e encontrou o marido curvado sobre os joelhos, respirando fundo.
— Shun, querido! — Ela se ajoelhou, assustada.
— É o cosmo do Shiryu. Está enfraquecendo.
No mesmo instante o telefone tocou e Yumi atendeu, com o coração aos pulos.
Ikki e Seika acordaram com o telefone tocando. Fênix olhou o relógio.
— Alô pra você que está me ligando às seis da manhã — ele disse ao atender ao telefone. — Espero que seja algo importante.
— Irmão, precisamos ir depressa para Tóquio.
— Shun? O que houve?
— O Shiryu está internado. Não sei se vai sobreviver.
— O quê? Está maluco? Que babaquice é essa? Não tem graça, Shun.
Seika abriu os olhos, sonolenta e ouviu Ikki aos berros.
— Ikki?
Fênix estava como uma estátua. Seika tirou o telefone de suas mãos.
— Alô?
— Seika? É o Shun. Espero vocês em Tóquio, o Shiryu está muito doente e precisa de nós.
— Certo, sairemos daqui imediatamente.
Seika desligou o telefone, se vestiu e começou a fazer as malas. Ikki ainda estava de cabeça baixa, sentado na cama.
— Ikki, precisamos nos apressar.
— O cosmo dele... está desaparecendo. — Ikki contorcia o rosto, esforçando-se para não deixar as lágrimas rolarem. — Não acredito! Parece uma brincadeira de mau gosto. O Shiryu será pai em breve. Não posso acreditar que...
— Ikki, vamos! — Seika jogou a jaqueta em cima dele, despertando-o do choque. — O Shiryu precisa da gente.
Fênix respirou fundo e assentiu, levantando-se.
Em Miami o clima era tenso.
— O que disse? Voltar para Tóquio? Mas mal chegamos aqui!
— Hana, você ouviu o que eu disse? O Shiryu está em coma! Precisamos ir imediatamente.
— O Tatsumi disse que ele não vai resistir. Não há nada que você possa fazer para salvá-lo.
Hyoga balançou a cabeça, sem entender a reação egoísta da namorada.
— O que está tentando me dizer?
— Que não há necessidade de voltar para Tóquio, Hyoga. Sinto muito pelo seu amigo. O câncer é uma doença terrível.
— Hana, não estou te reconhecendo... Quer saber? Fique. Faça como preferir. — Cisne abriu a porta do armário e tirou a mala, colocando-a sobre a cama e enchendo-a com roupas.
— O que está fazendo?
— Minha mala.
— Não pode ir para o Japão e me deixar aqui.
— Você acabou de dizer que não quer ir.
— E você vai sozinho?
— É claro que sim. Shiryu e Shunrei precisam de mim.
— E o que é que você fará lá? Eles vivem na China. Provavelmente o sepultarão na terra natal.
Hyoga arregalou os olhos e sentiu a raiva o tomar. A pele clara ficou vermelha e os olhos doces se tornaram coléricos.
— Cale a boca! Já chega! — Hana levou um susto. Jamais vira o namorado nervoso. — Você passou dos limites Hana. Conheço bem seu egoísmo e seus caprichos, mas isso já foi longe demais. Não abra mais a boca para dizer nada sobre o Shiryu. Ele é meu amigo. É como um irmão. Você nunca vai entender.
Algumas lágrimas escorreram pelo rosto do rapaz.
— Hyoga... me desculpe. Não queria magoar você. Só queria que enxergasse a realidade.
Hyoga jogou mais algumas roupas, documentos, cartões de crédito e algum dinheiro na mala, fechou o zíper e a colocou no chão.
— A realidade é que meu amigo está morrendo e eu estarei lá ao lado dele até o fim.
O rapaz saiu do quarto deixando a namorada para trás. Ela correu ao seu encalço.
— Espere! Hyoga, você está certo, eu vou com você. Me perdoe.
— Não, Hana. Você fica! É melhor ficarmos um tempo sem nos ver.
— O quê? Está terminando comigo?
— Agora estou muito nervoso, e triste... e desesperado. Eu nunca soube lidar bem com o luto. Me deixe respirar um pouco. Depois a gente se fala.
— Não, Hyoga, não saia assim, eu já pedi desculpas.
— Hana, preciso de um tempo. Por favor, me respeite. Aproveite para pensar o que você realmente quer da vida. Talvez eu não seja o homem certo pra você.
Dito isso, ele saiu do apartamento fechando a porta atrás de si. Hana ficou boquiaberta, surpresa e perdida.
Seika bateu na porta do quarto de Freya.
— Seika? O que houve? — Freya estava de cabelos soltos e usava um pijama de flores.
— Recebemos um telefonema, precisamos voltar para o Japão. O Dragão está morrendo.
— Shiryu? Oh, céus! O que houve?
— Está muito doente. Onde está o Christian?
— Christian? Eu não sei, deve estar lá na sala dormindo.
— Ele não dormiu com você? Ouvi vocês dois chegando tarde ontem a noite e parecia que o clima estava quente.
Freya enrubesceu.
— Tomamos um vinho lá na sala, depois eu vim me deitar. Não dormimos juntos.
— Entendo. Bem, ele não está em casa. Arrume sua mala se quiser ir conosco.
— Claro que vou, estarei pronta em alguns minutos.
Ouviram a porta da sala bater e Máscara entrar assobiando. As duas foram até ele e o viram depositar algumas sacolas em cima da mesa. De dentro ele tirou suco, bolo, pães e uma infinidade de comida para preparar o desjejum.
— Oh, olá meninas, caíram da cama? Vou preparar o café pra gente. Acordei de bom humor. — Ele reparou no semblante triste das duas e ficou confuso. — Ei, não se preocupem, eu não vou cozinhar. Comprei tudo na padaria aqui perto.
— Christian, recebemos um telefonema do Shun. Precisamos voltar para a mansão.
— O que foi que aconteceu? Aquela lambisgóia da Gaya voltou?
— Não, não é nada disso. É o Shiryu. Está em coma.
— Em coma? Mas por quê?
— Parece que ele estava tratando de um câncer há alguns meses, mas a coisa complicou.
— Caramba! Eu não sabia.
— Ninguém sabia... eu acho. Ele manteve em segredo.
Máscara da Morte caiu sentado na cadeira e suspirou.
— As más notícias não nos deixam viver em paz.
As duas baixaram os olhos, estavam tristes também.
Ikki apareceu com uma mochila nas costas.
— Ainda estão de pijama, meninas? Vamos logo com isso! E você, vai ficar aí com essa cara de tacho?
— Ei, Fênix, tenha calma, ainda estou tentando assimilar a informação.
— Não temos tempo pra isso. Se não pegarmos o próximo voo, só no fim da noite e eu não vou esperar por vocês.
Ele colocou a mochila no sofá e procurou algo na gaveta.
— Cadê a merda do meu passaporte!
— Calma, Ikki, te ajudo a procurar. — Seika se aproximou.
Máscara e Freya se entreolharam com pesar. Havia agora algo mais importante do que o amor que surgia entre eles.
Aos poucos, todos foram chegando na mansão. A sala estava repleta de bagagens e a entrada abarrotada de táxis. O destino final era o hospital onde Shiryu estava no CTI.
Shun viajou sem a família e foi o primeiro a chegar. Shunrei e Dohko estavam na sala de espera, com o semblante triste e cansado.
— Shun! — Shunrei correu até o rapaz e o abraçou. — Obrigada por vir.
— Andrômeda! — Dohko apertou a mão do rapaz.
Shun abraçou Shunrei e não pode deixar de reparar na barriga avantajada da moça.
— Quais são as últimas notícias?
— Não nos deixaram entrar para vê-lo. Estamos esperando há horas por uma notícia. — Dohko estava impaciente, o que era algo inédito. Nessa hora Shun começou a ter medo e sua esperança se desvaneceu.
Logo, Hyoga, Ikki, Saori e Seya se juntaram a eles. Os demais ficaram na mansão a pedido de Atena. Não seria correto abarrotar o hospital de pessoas.
Saori tinha acesso à administração e prometeu conseguir alguma informação.
— Fique aqui, Seya, vou ver o que consigo descobrir.
Shunrei estava sentada, com as mãos unidas em oração constante. Algumas vezes tocava o ventre e suspirava.
Ikki estava na janela, olhando para o nada. Shun ficou todo o tempo ao lado de Shunrei. Seya trouxe café, água e sanduíches frios para todos. Dohko estava sério em um canto, como se meditasse.
Hyoga estava de pé, recostado na parede, pensando em Shiryu, em Shunrei, no bebê que ela esperava... e em Hana. Sua alma estava profundamente triste.
Na verdade, todos estavam tristes, mas cultivavam a esperança de que o amigo venceria aquela doença, mesmo que parecesse algo impossível.
Saori voltou com o médico coordenador da equipe. Seu semblante não escondia que a tragédia seria inevitável. Assim que Shunrei colocou os olhos nos dois, levantou-se desesperada e ouviu as palavras do médico com as mãos no coração.
— O tratamento que o Shiryu estava fazendo era o mais moderno que temos conhecimento e já curamos muitos pacientes assim. Ele estava respondendo bem à quimioterapia, embora estivesse fraco e sentindo forte mal estar. Ainda não sabemos o motivo do desmaio. Provavelmente o corpo ficou fraco demais e sem imunidade.
— Ontem ele amanheceu ótimo. De repente, ouvi um barulho e quando corri para o quarto ele estava caído. Eu não entendo. — Shunrei tentava ser forte. Shun segurou sua mão.
— Ele chegou aqui em coma. Ainda não conseguimos reverter o quadro. Contudo...
Houve uma pausa e todos encararam o médico com olhos aflitos. Exceto Saori, que baixou a cabeça e começou a chorar.
— Mesmo que ele acorde consciente, não há mais nada que possamos fazer. Descobrimos outros tumores espalhados pelo corpo. Tumores que não apareceram nos exames anteriores. Uma operação seria em vão.
— Está dizendo que ele vai morrer? — Ikki ficou furioso.
— Eu sinto muito. — O médico apertou os lábios.
— Sente muito? — Hyoga avançou no médico e segurou-o pela gola do jaleco. — Volte lá e faça o seu trabalho. Estamos no melhor hospital do Japão. O Shiryu não pode morrer, está ouvindo?
Ikki e Dohko seguraram o rapaz.
— Hyoga, acalme-se!
O médico, assustado, ajeitou a roupa e ajeitou os óculos.
— Entendo o que estão sentindo. Toda a equipe está abalada. É um rapaz jovem e forte...
— Ora, cale a boca! Isso não está ajudando! — Seya rosnou, caminhando pra cima do médico. — O Hyoga está certo, volte lá e faça o seu trabalho.
Shun soltou a mão de Shunrei e segurou Pégaso.
— Doutor, sinto muito, é melhor o senhor se retirar. Obrigada pelos seus serviços. Sei que fizeram tudo que podiam. — Saori estava cabalada, mas mantinha a calma.
O médico assentiu e deixou-os.
Shunrei apertou as mãos na boca.
— Não pode ser... — ela sussurrou.
Todos sentiram ao mesmo tempo o cosmo de Shiryu se apagar gradativamente. Arregalaram os olhos e ficaram quase sem respiração.
— Não pode ser... — Ikki deu um soco na máquina de refrigerantes.
— Shun cobriu o rosto com as mãos e chorou em silêncio.
— Não! — Hyoga gritou e entrou pelo corredor do hospital, procurando pelo quarto do amigo.
Dohko ficou de pé, com a cabeça baixa, sentindo o coração ser dilacerado.
Seya olhou para Shunrei e para a barriga da moça. O que seria dela e do bebê?
Shunrei olhou a sua volta, sentiu-se tonta. Saori a amparou, segurando seus ombros.
— Shunrei, estaremos sempre ao seu lado. Seu filho não ficará desamparado.
Shunrei olhou para Saori com olhos de súplica.
— Atena...
Saori deu um sorriso triste.
Shunrei então caiu de joelhos aos pés dela e chorou copiosamente, gritando desesperada:
— Atena, salve-o. Por favor, eu imploro! Salve-o. Eu sei que pode.
Todos olharam para Saori, inclusive Dohko.
— Atena, você pode salvá-lo, eu suplico. Salve o meu marido.
— Shunrei... eu não... posso.
O cosmo de Shiryu era apenas um fio.
— Não! Shiryu, por favor, não me deixe sozinha. Seu filho precisa de você! — Shunrei gritava como louca. Os seguranças retiraram as demais pessoas do local, reservando-o aos amigos e familiares do Cavaleiro de Dragão.
Dohko, Seya, Shun e Ikki formaram um círculo em volta de Saori, com Shunrei aos seus pés.
Hyoga correu, seguindo o cosmo de Shiryu e finalmente encontrou o local onde ele estava. O amigo estava deitado em uma cama de alumínio, branco como cera, os cabelos curtos e molhados de suor. Estava entubado e cheio de fios conectados ao corpo. Respirava com a ajuda de aparelhos e a tela que mostrava os batimentos cardíacos emitia sons agudos intermitentes cada vez mais espaçados.
— Shiryu, seja forte. Queime seu cosmo. — Cisne segurou a mão calejada e fria do Dragão.
Os bips se espaçaram mais. Hyoga debruçou-se sobre o peito do amigo e começou a chorar.
— Shiryu, não faça isso com a gente. — O som agudo se tornou contínuo e a linha que marcava a frequência cardíaca ficou reta.— Não, não morra! Você não pode morrer assim. Shiryu!
Hyoga bateu no peito do amigo e na tela da tv, num ato de completo desespero. A equipe médica entrou com um desfibrilador e tentou reanimar o rapaz. Não houve resposta. Hyoga caiu de joelhos, aos prantos.
O cosmo de Shiryu sumiu. Shunrei chorava copiosamente aos pés de Saori. O médico entrou na sala de cabeça baixa, apertou os lábios e balançou a cabeça em negativa. Todos olharam para ele e, em seguida, para Saori.
— Atena... eu amo o meu marido. Não posso viver sem ele. Não agora. Meu filho precisa de um pai. Por favor, por favor...
Seya se ajoelhou ao lado de Shunrei.
— Eu imploro, Atena, salve o Shiryu — disse Pégaso com o rosto no chão.
— Seya, você melhor do que ninguém sabe que eu não posso.
— Vai viver com mais esse remorço, Saori? Você pode. Enfrentaremos as consequências juntos.
Dohko, com o rosto molhado e os olhos vermelhos, ajoelhou-se também.
— Atena, salve o meu filho. O Shiryu não pode nos deixar assim, eu imploro.
Ikki fez da mesma forma. Shun permaneceu de pé, sério, olhando para Saori. Sabia que o fardo de Atena naquele momento era muito pesado.
— Sinto muito, eu não posso. — Saori se afastou e se aproximou da janela. O dia estava ensolarado e uma revoada de pássaros cruzou o céu. As lágrimas desciam sem cessar.
Os cavaleiros se ergueram e sentaram no sofá, cabisbaixos. Shun ajoelhou-se para amparar Shunrei, mas ela não quis se levantar.
Saori olhou para a moça e voltou a olhar para os céus.
A equipe médica desligou os aparelhos e uma enfermeira cobriu o corpo com o lençol branco. Hyoga se aproximou e a repeliu.
— Deixe-o!
— O senhor não pode ficar aqui.
— Ora, saiam daqui. Saiam todos!
A equipe saiu do local, deixando Hyoga a sós com Shiryu. O rosto do Dragão tinha olheiras profundas e estava pálido. Seus lábios estavam ressecados e desbotados. Hyoga colocou a mão sobre o peito imóvel dele. O coração não estava batendo.
Parou de chorar e enxugou o rosto. Aquele era o dia mais triste de sua vida. Puxou uma cadeira e sentou ao lado da cama, segurando a mão do amigo.
— Shiryu, o que será de nós sem você?
Saori viu as árvores farfalharem com o vento tranquilo daquela manhã, um passarinho pousou em um galho carregando um graveto no bico. A garota se lembrou de Seya, de todo o tempo que ele permaneceu doente, de quão amargurado ele se tornou. Lembrou-se do dia de seu casamento, de cada dia perfeito da lua de mel. Como era bom ter Seya em seus braços. Já falavam sobre filhos. Tentou imaginar a dor que sentiria se o marido morresse. Só o pensamento já lhe causou falta de ar. Tudo estava em silêncio. Só se ouvia o choro abafado de Shunrei, prostrada no chão, grávida e em desespero.
O cosmo de Shiryu estava extinto. A morte do Dragão era a maior tragédia de todos os tempos.
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