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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - A mais estranha batalha


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 26 - A mais estranha batalha


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - A mais estranha batalha

Saori abriu os olhos devagar. Precisou de alguns segundos para se lembrar de onde estava e o que havia acontecido. Viu o marido sentado em uma cadeira bem ao seu lado, segurando sua mão. Ele estava adormecido, com a cabeça recostada no colchão e um semblante preocupado. Saori esticou o braço e acariciou os cabelos dele. Seya abriu os olhos e se ergueu depressa.

— Meu amor, você está bem?

— Estou. Por que dormiu desse jeito, tão desconfortável?

— Fiquei vigiando você a noite toda, conferindo se estava respirando, se seu coração estava batendo. Você me deu um susto. Não devia ter deixado Gaya usar você.

Saori colocou a ponta dos dedos sob os lábios do rapaz e sorriu.

— O importante é que todos estão bem. Chega de lutas. Um longo tempo de paz acaba de começar, eu sinto isso.

Seya beijou a palma da mão de Saori e ela o puxou para junto de si, beijando-o nos lábios. Deitaram-se juntos, abraçados um ao outro, e ficaram ali quietos por um longo tempo.

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Hilda abriu os olhos e viu Saga, sem camisa, sentado na beirada da cama, de costas pra ela, com os antebraços apoiado nas coxas, abatido. Usando uma camisola de seda prateada, ela se ergueu e, de joelhos, aproximou-se do namorado, abraçando-o por trás.

— Saga, o que houve? Você chegou, tomou um banho e caiu na cama, sem me contar nada. E agora está assim, chateado.

— Kanon é um idiota, mas vê-lo sofrer daquele jeito me abalou mais do que eu esperava.

— O que aconteceu com ele?

— A mulher dele morreu. Nunca o vi chorar daquele jeito. Acho que a amava de verdade.

— Está falando de quem?

— Gaya. Eles estavam juntos em Las Vegas.

Hilda compreendeu e decidiu não encher o namorado de perguntas. Saga se virou e a olhou nos olhos, tocando sua pele alva e macia.

— Não posso nem sonhar em te perder. Hoje percebo que nunca fui feliz até te conhecer, Hilda.

— Saga...

— Case-se comigo. Vou com você para Asgard, para qualquer lugar que quiser. Prometo cuidar de você e te ajudar a cuidar de seu país.

Os olhos da garota brilharam e um sorriso leve surgiu em seus lábios.

— Tem certeza de que é isso que quer? Você está emotivo, pense melhor sobre o que está me propondo.

— O que foi? Você não quer?

— É claro que eu quero, Saga. Ser sua esposa é o meu sonho. Mas não quero que faça nada que possa se arrepender depois.

— Como posso me arrepender de dividir o resto da vida com a mulher que amo? Quando vi Kanon daquele jeito... era como se eu estivesse sentindo na pele a mesma dor que ele sentiu. Eu te amo, Hilda, preciso ficar com você.

O sorriso de Hilda se expandiu e ela abraçou o namorado, beijando-o.

— Eu aceito, Saga. Aceito me casar com você.

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Seika acordou bem cedo e estranhou não ver Ikki ao seu lado. Era madrugada quando ela ouviu os carros chegando, mas Tatsumi a impediu de sair do quarto, dizendo que eram ordens de Atena que todos ficassem em seus aposentos até o sol nascer. Seika esperou que Ikki entrasse no quarto, mas acabou adormecendo. Agora, pela manhã, tinha certeza de que o namorado não havia dormido ali. Ela tirou os pijamas e colocou um vestido, enrolou-se em um casaco e desceu as escadas, procurando o rapaz por toda mansão. Encontrou Shun de malas prontas na cozinha, preparando um café e Shiryu e Shunrei na sala, prontos para seguirem para a China. Estavam aguardando o Mestre Ancião se juntar a eles.

— Bom dia.

— Bom dia, Seika — responderam Shunrei e Shiryu. 

Ela entrou na cozinha e se aproximou de Shun. O rapaz estava sério, olhando as horas no relógio de pulso.

— Shun?

Ele levou um susto e se engasgou com o café.

— Seika, você me assustou. — Ele deu uma risada enquanto tossia. — Quer uma xícara de café? Acabei de fazer.

— Sim, obrigada. — Ela sentou à mesa e recebeu das mãos de Shun uma xícara de café quentinho. Andrômeda sentou de frente pra ela e partiu um pedaço do bolo que estava em cima da mesa.

— Shun, onde está o Ikki?

O rapaz baixou os olhos e fez silêncio. Seika arregalou os olhos e começou a tremer.

— Shun, o que aconteceu com ele?

Andrômeda percebeu que a moça estava entendendo tudo errado e segurou sua mão depressa.

— Calma, o Ikki está bem, não se preocupe.

— Onde ele está?

— Pegou as coisas dele e foi para o aeroporto. Nesse momento está em um voo para a Espanha.

— Ele voltou sem mim?

— Disse que precisava de um tempo a sós. Me pediu para dizer a você que espere por ele, em alguns dias virá buscá-la.

— Por que ele me deixou pra trás? O que houve? Por que ele precisa ficar sozinho por alguns dias?

— Eu não sei, Seika... A batalha dessa vez foi muito estranha. Talvez a mais esquisita que já enfrentamos. Estamos todos meio atordoados. Não se preocupe, quando o Ikki voltar, vocês conversam e tudo vai se resolver.

— Você também vai embora?

— Sim, daqui a meia hora eu e a família de Shiryu vamos para o aeroporto. Eles vão pra China e eu voltarei pra minha casa em Nagoia. Não vejo a hora de rever minha esposa e minhas filhas.  

Seika baixou os olhos e apertou os lábios, segurando a xícara de café com as duas mãos.

— Seika... — Shun segurou a mão da cunhada. — Dê um tempo ao Ikki. Meu irmão não é do tipo que sabe demonstrar os sentimentos. Ele gosta de ser durão e senhor de si. Sei que ele gosta de você. Tente não ficar pensando coisas ruins. Quando ele voltar, aí vocês conversam e esclarecem tudo.

— Vou tentar, Shun. Vai ser difícil aguentar todos esses dias sem vê-lo. Preferia que ele tivesse tido coragem de contar que ainda está apaixonado por Gaya e que por isso não quer mais ficar comigo.

— Gaya está morta.

— O quê?

— Ela lutou com Forseti e o venceu. Mas acabou perdendo a vida na batalha.

A moça engoliu em seco, consternada. Começava a compreender os sentimentos de Ikki.

— Então quer dizer que o Ikki perdeu alguém que amava de novo? Foi tão difícil ele superar a partida de Gaya daquela vez. Agora isso...

— Não posso dizer o que o Ikki está sentindo. Ele não me contou nada. Mas acredito que, de alguma forma, ficou abalado com tudo o que aconteceu na noite passada. E acredito que ele não queria magoar você. Por isso foi para a Espanha respirar fundo e meditar um pouco.

— Entendo... Obrigada por me contar tudo isso.

— Gosto de você, cunhadinha. Não fique com essa carinha triste. Logo o Ikki estará de volta.

Shun e Seika terminaram o café e se despediram. Dohko desceu as escadas carregando uma pequena mala.

— Tudo pronto?

— Sim, mestre — respondeu o Dragão. 

— Onde está o resto da turma?

— Devem estar dormindo — disse Shun. 

— Puxa vida, ninguém veio se despedir da gente? — Dohko fez beicinho, curtindo com a cara dos amigos. 

— Eu vim — disse Seika abraçando Dohko, Shiryu e Shunrei.

— Mande notícias, Shunrei. Quero visitar vocês quando o bebê nascer.

— Claro, Seika, obrigada pela amizade.

Shiryu colocou o braço nos ombros da esposa, pegou a mala e saiu da mansão, seguido por Dohko e Shun.

Seika acenou para eles até que o carro se afastou.

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June e Camus terminaram de se vestir e arrumar as malas.

— Camus, por que está tão sério?

— Estou preocupado com Shaka. Ele foi ferido brutalmente.

— Mas você disse que o Aiolia conseguiu remover a lança e estancar o sangue com o cosmo de Leão.

— É verdade, mas mesmo assim, continuo preocupado. Vamos terminar logo isso aqui e passar no hospital para vê-lo, de lá a gente vai pro aeroporto e pega o primeiro avião de volta pra Miami. Claro, se o Shaka estiver se recuperando bem.

— Camus, querido... — Ela o abraçou e beijou seu rosto. — Fizemos tudo o que podíamos. Atena não nos deixou lutar, não havia como você tentar vencer Forseti.

— Eu sei, mas a sensação de impotência está me matando. Tantos Cavaleiros para no fim Atena lutar sozinha.

— Ela não estava sozinha, querido, estávamos lá. Tire isso da cabeça. Você ouviu o que ela disse ontem à noite? Disse que entramos agora em um longo tempo de paz e que era uma ordem que fôssemos embora viver nossas vidas. Vamos fazer isso, Camus, vamos ser felizes.  

— Você está certa, June. Tentarei relaxar. Mas vou logo avisando, vai ser difícil me ver com aquela roupa ridícula de torcedor de basquete de novo. Não sei como deixei você comprar aquilo pra mim.

— Sabe sim... você me ama e está aprendendo a se divertir. — Ela sorriu e o beijou nos lábios, dependurando em seu pescoço. — Alguns dias em Miami e você volta a ser um torcedor do Miami Heats fanático.

— Sou fanático por você, linda. — Ele a abraçou, beijando-a com paixão.

 

Quando Camus e June entraram no quarto de hospital, viram o amigo Shaka deitado na cama, monitorado por muitos aparelhos e um enorme curativo no peito. Seus cabelos loiros estavam espalhados no travesseiro, fazendo contraste com o lençol extremamente branco. No quarto também estavam Aiolia e Lyfia, além de Milo e Shina. Os dois casais conversavam baixinho para não acordar o amigo recém-operado. Saudaram Camus e June e os seis ficaram sentados no sofá, contando os planos para o futuro. Camus e June contaram que estavam seguindo para Miami. Milo e Shina ainda não sabiam onde fixariam residência, mas haviam gostado muito do litoral mexicano e pretendiam passar uma temporada lá. Aiolia e Freya retornariam para Asgard e prometeram enviar o convite de casamento aos amigos.  

— Shaka abriu os olhos — disse Lyfia.

Todos se levantaram e cercaram a cama.

— Shaka, como se sente?

O loiro respirou fundo com dificuldade.

— Acho que ainda vou demorar alguns dias para me recuperar, mas não corro risco de vida — ele respondeu com convicção. — Meus sentidos me dizem que teremos um longo tempo sem inimigos para batalhar. Isso é muito bom.

— Sim, é isso mesmo! Atena falou a mesma coisa ontem. — Milo abraçou Shina e sorriu.

— O médico disse que a cirurgia foi um sucesso — Aiolia falou, animado para que Shaka se recuperasse depressa. 

— Você me salvou, amigo. Achei mesmo que era o meu fim — Shaka levou a mão ao peito.

— Sempre estamos salvando uns aos outros. Não ouse agradecer — Aiolia falou. — Já sabe para onde vai quando sair do hospital?

— Ficarei com Atena por um tempo, até descobrir qual é o meu destino. Depois de me encontrar com a morte tantas vezes, o futuro para mim ainda é uma incógnita — Shaka respondeu. 

— Precisa aprender a viver como um homem comum, Shaka. Não tema. As coisas simples e ordinárias também podem ser belas e importantes.

— Imagino que sim...

— Bem, vamos nessa. Temos de ir para o aeroporto — disse Camus.

— Também estamos de partida — disse Milo sorrindo para Shina. 

—  Nós vamos nos encontrar com Hilda e Saga na mansão e reservar um voo esta noite para Asgard — contou Aiolia, dando um beijo no rosto de Lyfia.

— Sejam felizes, meus amigos. Vocês cumpriram sua missão com honra e coragem. Agora podem viver de verdade — Shaka despediu os amigos.

 

Nos dias seguintes, Mú, Aldebaran e Afrodite retornaram para o Santuário em Atenas, para ajudar na administração do lugar. Máscara da Morte e Freya viajaram para o Rio de Janeiro. Shura, Shaka e Seika ficaram na mansão. Aiolos e Marin partiram para viver em Roma.

Hyoga voltou para Miami após quase um mês na Mansão Kido ajudando Saori e Seya a organizarem as questões financeiras de cada cavaleiro. Atena queria deixá-los bem e providos de um salário vitalício, bem como fornecer total assistência da Fundação Kido para tudo o que precisassem.

O voo foi longo, mas Hyoga não conseguiu dormir em momento algum. Pensava em Hana, em como seria o retorno pra casa e o que seria de seu relacionamento depois de tudo. Lembrou-se da briga, das bobagens que Hana disse sobre Shiryu. Em seu coração, Hyoga sabia que a amava, mas sua mente insistia em dizer que os dois eram pessoas incompatíveis.

Cansado e desmotivado, Cisne pegou um táxi pra casa. Procurou pelas chaves na mala e não as encontrou.

— Devo ter deixado as chaves em Tóquio, só pode ser isso. Não as encontro em parte alguma!

Estava com sono e queria muito tomar um banho e se deitar. Tocou a companhia, mesmo sendo muito tarde. Aguardou alguns minutos e ninguém abriu a porta. Pensou em tocar de novo e bater na porta do apartamento, mas não queria acordar os vizinhos. Pegou a mala e decidiu ir para um hotel passar o resto da noite. No dia seguinte procuraria por Hana para conversarem. Quando apertou o botão pra chamar o elevador, ouviu o barulho de fechadura. Virou o rosto para o lado e viu Hana, com a porta aberta, olhando-o com espanto. Os olhares de ambos se cruzaram. A porta do elevador se abriu diante de Hyoga e Hana deu um passo à frente, de pijamas. Hyoga caminhou até ela e a encarou, sem dizer nada. Hana pegou a mala das mãos dele e entrou no apartamento. Tudo que restava à Hyoga era segui-la. E a porta se fechou assim que ele entrou. 


Notas Finais


Galera, faltam poucos capítulos para terminar essa saga. Farei spin offs como vcs deram as dicas. Por quem começo? Qual spin off vocês querem saber primeiro? Beijinhos. Obrigada por lerem e comentarem.


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