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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - Capítulo Final


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 31 - Capítulo Final


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - Capítulo Final

Saori saiu do escritório e acompanhou seu visitante até a porta, Hermes, mensageiro dos deuses. Logo atrás deles estavam Mú e Seya. Hermes segurou a mão de Saori e a beijou no dorso.

— Nossa reunião não poderia ter sido mais produtiva, Atena. Tenho certeza de que agora finalmente teremos um longo tempo de paz na Terra.

— Fico feliz por essa notícia.

— Sim, Atena, todos nós estamos felizes. Por isso eu quis vir pessoalmente conversar com você. Agora que os deuses rebeldes foram derrotados, não teremos mais com o que nos preocupar. A Terra ficará em suas mãos, pois você foi a única deusa desta geração que provou ter sabedoria e um coração realmente justo. Lamento que fique sobrecarregada, mas fico contente que tenha aceitado essa grande responsabilidade. Ambos concordamos que é a melhor solução, não é mesmo?

— Sim, Hermes, eu e meus cavaleiros faremos tudo para que a Terra siga o curso da vida, sem que as forças divinas interfiram de forma negativa.

— Ótimo. Estarei a seu dispor sempre que precisar.

— Obrigada.

— Adeus, Atena.

— Adeus.

Hermes saiu da mansão e Saori fechou a porta. Virou-se e viu os olhos de Mú e Seya arregalados, fixos nela.

— Bem, a reunião foi melhor do que pensávamos.

— Sim, Atena, com certeza. Eu jurava que ele tinha vinho para trazer uma punição por termos interferido na missão de Forseti. E também pela cura do Shiryu. — Mú respirou aliviado.

— Ainda bem que tudo se resolveu — disse Seya. — Agora podemos viver nossas vidas e teremos tempo para sermos felizes. Vamos, meu amor, você precisa descansar agora.

Seya e Saori saíram abraçados. Mú acenou com a cabeça e foi para a biblioteca. Encontrou Seika sentada em uma poltrona, chorando com um livro nas mãos.

— Seika, está tudo bem?

Ao vê-lo, a garota enxugou as lágrimas depressa e fechou o livro.

— Sim, é um livro muito bonito.

— O que está lendo?

— “O Velho e o Mar”.

— Hemingway. Sim, é bonito mesmo.

Mú sentou em outra poltrona e respirou fundo.

— Se importa se eu me sentar aqui um pouco? — ele indagou. 

— Não, claro que não. Você parece cansado.

— Um pouco. Mas estou feliz com o desfecho de tudo. Pelo menos agora Atena está fora de perigo.

— Seya também estava muito tenso. Fico feliz que tudo tenha se resolvido.

Mú reparou que Seya falava sobre felicidade, mas que seu semblante dizia o contrário.

— Você está bem mesmo, Seika?

— Sim, Mú. Não se preocupe.

— Ainda não teve notícias do Ikki?

Ela abaixou os olhos. 

— Não. Ele não me ligou. Eu também não liguei. Se Ikki se afastou é porque precisa ficar sozinho. Vou respeitá-lo.

— Os últimos dias foram muito difíceis para todo mundo. Logo o Ikki voltará para te buscar.

— Mú... Sabe, eu posso parecer boba, mas não sou o tipo de mulher que aceita tudo.

Áries se remexeu na cadeira e raspou a garganta.

— Eu não... nunca pensei que você fosse boba. Me desculpe, não foi isso que eu quis dizer.

— Eu sei, Mú. Só estou dizendo... O que quero dizer é que se o Ikki pensa que eu ficarei aqui esperando ele resolver aparecer, está muito enganado. Dane-se se isso for orgulho, eu não me importo. Não quero ao meu lado um homem que tem dúvidas sobre o que sente.

Mú ficou vermelho, desconfortável com aquela conversa. Seika percebeu o quão indelicada estava sendo.

— Ah, Mú, me perdoe. Você não é a pessoa certa para eu desabafar. Acho que esse livro me deixou abalada. — Ela se levantou, constrangida. — Vou deixar você descansar. Já terminei de ler.

— Seika, tudo bem, não fique angustiada.

— Eu... não deveria ter falado essas coisas pra você, eu estava sufocada, por favor me desculpe.

Seika se atrapalhava com as palavras e queria sair logo daquela biblioteca para parar de pagar mico diante de um homem tão sábio e sereno quanto Mú. Ela se afastava, quando sentiu o Cavaleiro de Áries segurar seu pulso com delicadeza. Ela o olhou, surpresa.

— Seika, por favor, fique. Não há porquê ficar constrangida. Você não falou nada de mais. Respire fundo e sente-se aqui, continue sua leitura. Vamos falar sobre livros. Gosta de poesia?

Ela sorriu e sentou na beirada da poltrona.

— Um pouco, não conheço muitas.

— Sabe o que é um Haikai? — Ele se levantou e pegou o livro na estante. Sentou novamente, abriu numa página qualquer.

— Não.

— São pequenos poemas. Parecem ser simples, mas a verdade é que as coisas simples às vezes são as mais profundas. Permita-me ler alguns para você:

 

hototogisu

ima wa haikaishi

 naki yo kana

 

“Vozes das aves.

Nessas horas,

um poeta não tem mais mundo”.

 

nozarashi o

kokoro ni kaze no

shimu mi kana

 

“No pensamento

Um esqueleto abandonado

Arrepios ao vento”.

 

Seika sorria sem perceber e Mú continuava a recitar em japonês:

 

“Já é primavera

Uma colina sem nome

Sob a névoa da manhã”

 

“Dias que se alongam

Cada vez mais distantes

Os tempos de outrora!”

 

E as palavras de Mú ecoavam pela mansão. Os tempos de outrora ficavam para trás. Cheios de esperança, Atena e seus cavaleiros começavam, a partir daquele dia, uma nova jornada. O futuro se descortinava à frente, reservando aos jovens desafios diferentes, amores profundos e imensa saudade. A vida os desafiaria agora não mais como cavaleiros, mas como humanos. 


Notas Finais


Amigos queridos, obrigada por me acompanharem até aqui. Mais uma fic finalizada. Espero que tenham gostado. Partirei agora para os spin-offs como prometi. Obrigada por terem me recebido tão bem por aqui. Viver um pouquinho nesse universo paralelo do Spirit é mesmo muito bom. Abraços!


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