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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - Família


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 4 - Família


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - Família

Há uma semana Shun, Yumi e as crianças haviam retornado pra casa. Sakura e Aiko ficaram felizes com o retorno. Amavam ir à escola, gostavam das professoras, estavam com saudades dos coleguinhas e do seu quarto cheio de brinquedos. Rapidamente elas se readaptaram a tudo, cheias de sorrisos e histórias pra contar. Chegavam da escola no fim da tarde alegres, contando o que tinham aprendido, mostrando os trabalhinhos feitos e os livros que a professora havia emprestado para os pais lerem com elas. Esse papel era do Shun que adorava deitar na cama com as filhas aninhadas uma de cada lado. Ele folheava o livro mostrando as gravuras, lendo a história de maneira teatral, fazendo as vozes dos personagens e os efeitos sonoros e onomatopeias. Era preciso ler dois ou três livrinhos até que as meninas fossem vencidas pelo sono. Shun então colocava cada uma em sua cama, cobria-as com o lençol, beijava a testa de cada uma e apagava a luz, recostando a porta.

— Boa noite meninas — ele sussurrava saindo de mansinho sem fazer barulho. 

Shun escovou os dentes e se deitou ao lado de Yumi, que estava sentada na cama, recostada na cabeceira, lendo uma revista à luz do abajur.

— Elas dormiram?

— Sim, depois de três histórias cheias de aventuras. — Ele deu um sorriso. — Como foi no trabalho hoje?

Yumi suspirou.

— Mais ou menos. Por causa das minhas faltas, outra pessoa assumiu as reportagens que eu estava fazendo. E meu chefe ficou aborrecido por eu não aceitar escrever sobre o que vi durante a batalha contra Gaya. Eu tentei explicar dizendo que Atena tinha dito tudo que podia ser dito na coletiva de imprensa e que nós não tínhamos permissão para complementar informações. Mas ele queria conseguir alguma notícia exclusiva, sabe? E achou que, por ter uma funcionária casada com um cavaleiro de Atena pudesse ter uma vantagem. Ele me colocou de molho por alguns dias, mandou eu cobrir uma feira de arte qualquer.

Shun sabia que Yumi amava o trabalho e sonhava em ser uma repórter de prestígio. Mas a garota sabia manter a ética e não usava de qualquer artifício para subir na carreira. Admirava a esposa por isso. Outra pessoa talvez tivesse cedido e contado tudo ao chefe, desobedecendo as ordens de Atena. Se Yumi tivesse feito isso, com certeza teria recebido uma promoção.

— Eu posso conceder uma entrevista ao seu chefe, se ele quiser. Claro, não poderei responder a todas as perguntas que ele fizer, mas de toda forma seria uma entrevista exclusiva.

Os olhos de Yumi brilharam, mas logo ela se conteve.

— Você não tem de fazer isso. Se Atena não vai gostar, é melhor deixar pra lá.

— Saori nos pediu para não revelar os detalhes da batalha, assuntos muito complexos para as pessoas entenderem. Informações que possam comprometer a segurança dos cavaleiros e da Fundação. A ressurreição dos Cavaleiros de Ouro, por exemplo, seria um escândalo. Tornaria a vida de Saga e dos outros um tormento. Não teriam paz para ir e vir e virariam celebridades. Mas eu posso falar do meu trabalho, da minha história. Assuntos que já abordo nas minhas palestras. E posso acrescentar um pouco de informações sobre a última batalha. É até bom que enfatizo a questão dos danos à natureza e a importância de preservar o meio ambiente. É isso... acabei de ter essa ideia. Por que não sugere ao seu chefe uma série de matérias sobre a devastação da natureza, partindo do ponto que a própria natureza tentou se voltar contra a humanidade através de Gaya...

Yumi sorriu e sua criatividade começou a borbulhar.

— Será que ele vai gostar da ideia?

— Shun, amor, você é um gênio! — Ela deu um beijo estalado nos lábios dele, radiante.

— Então você conversa com ele amanhã e se ele quiser a entrevista, você marca. Estou disponível a próxima semana, não tenho palestras nem viagens marcadas.

Yumi começou a falar de ideias sobre os temas que poderiam ser abordados, como escreveria as manchetes, onde poderiam coletar material e fotografias, pessoas que poderiam entrevistar... Shun ouvia com atenção, satisfeito por poder alegrar a esposa e ajudá-la a crescer no trabalho.

— Estou falando demais, não é?

— Claro que não, Yumi, eu amo ouvir você.

— É melhor a gente dormir. Não esqueça de que amanhã é o seu dia de levar as meninas pra escola.

— Eu sei, Sakura falou nisso a noite inteira. Por que será que elas ficam tão empolgadas quando eu as levo ou as busco na escola?

— Por que você é o herói delas, Shun, e elas amam mostrar para os amiguinhos quem é o pai delas. Com esses cabelos verdes então, você chama a atenção e as crianças ficam fascinadas. Muitos coleguinhas delas têm figurinhas e bonecos do Cavaleiro de Andrômeda. Você é famoso, mesmo tentando negar isso.

Shun sorriu e balançou a cabeça.

— Lutar sempre envolve violência. Não é bom ser admirado por praticar a violência. Se eu pudesse, jamais teria ferido nenhum dos meus oponentes.

— As pessoas não te admiram pela violência, Shun, elas te admiram pela bondade, pela justiça, porque você luta pelo bem e pelo amor. Elas admiram suas virtudes. Não seja modesto.

Shun ficou constrangido e passou a mão no rosto e nos cabelos. Yumi deu um beijo no rosto dele e disse:

— Você fica uma graça quando está sem graça, sabia?

Shun sorriu para ela e a beijou. O beijo foi apaixonado e lento. Yumi interrompeu-o, se levantou da cama e trancou a porta do quarto.

— Espere um pouco — ela disse, pegando algo na gaveta e se trancando no banheiro.

Saiu de lá instantes depois, usando uma camisola preta toda de renda que valorizava sua cintura e seu busto. Shun ficou admirado.

— É nova?

— Sim, comprei no dia que fomos ao shopping, era uma surpresa para o nosso aniversário de casamento no mês que vem, mas não aguento esperar.

Yumi subiu na cama e deitou por cima do marido, tirando sua camisa e beijando-o no pescoço e no tórax. Amava o corpo bem torneado do marido. Ele era forte na medida certa, nem muito magro nem muito musculoso. Shun deslizou as mãos pela camisola rendada.

— Eu amei a surpresa. Você é tão linda!

— Eu te amo, Shun.

— Eu também te amo, meu bem. 



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