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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - O Grande Dia


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 7 - O Grande Dia


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - O Grande Dia

O grande dia finalmente chegou e com ele centenas de presentes de todas as partes do mundo. Amigos, admiradores, funcionários, colaboradores, familiares, sócios, fãs... Pessoas de todos os continentes que amavam Saori e Seya e torciam pelo seu amor haviam mandado presentes e cartões felicitando o casal e desejando uma vida longa, próspera e feliz. Quando Seya saiu de seu quarto e passou pelo grande salão de Athena, mal conseguia andar por entre os embrulhos e caixas espalhados pelo chão. Mesmo o templo sendo gigantesco, não havia mais espaço para tantos presentes. E os embrulhos não paravam de chegar.

— Caramba, isso tudo é pra Saori? — Seya indagou enquanto tentava dar o nó na gravata.

— Pra vocês dois, Seya. A propósito, você está um gato com esse terno.

— Shina! Não me deixe mais tímido do que já estou. Quando penso que terei de entrar naquele salão com toda aquela gente olhando pra mim, meu estômago chega a revirar.

— Não seja patético, Seya. Ninguém ali vai pra ver você. É a noiva a estrela da festa. — Shina tomou a gravata das mãos de Seya e fez o nó, ajustando-a. — Pronto. Você está perfeito.

— Eu estou nervoso, Shina. Onde estão Marin e Seika quando eu mais preciso delas?

— Bem, da última vez que as vi, estavam arrumando o cabelo e se maquiando junto com Juno, Hilda, Lyfia e Freya.

— E por que está fazendo essa careta? Não estão ficando bonitas?

— Claro que estão, seu tonto. Nunca as vi tão bonitas e elegantes. Mas eu não tenho paciência para ficar num lugar cheio de mulheres falando alto e fofocando. Além disso, sei cuidar do meu cabelo eu mesma. E com essa máscara, não preciso de maquiagem alguma.

Seya se olhou no espelho e passou a mão nos cabelos.

— Eu também não ligo pra essas bobagens. Mas quero estar bonito pra Saori. Ela está se arrumando desde cedo. Tenho certeza de que vai estar muito bonita.

— Você está lindo. Agora pare de atrapalhar o cabelo, senão vai ficar todo descabelado parecendo que veio direto da despedida de solteiro.

Seya arregalou os olhos e falou mais alto do que gostaria:

— Como você ficou sabendo sobre isso?

— Ora, o Miro me conta tudo.

— Não minta. O Miro nem estava lá! Não teve nada de mais... Só bebemos e conversamos fiado.

— Então por que tanta preocupação? Aconteceu alguma coisa que você não quer que a Saori saiba?

Seya ficou com as bochechas vermelhas e fez uma cara engraçada.

-- Pare de expecular sua enxerida!

— Relaxa, Seya. Foi só uma festinha. — Shina esfregou a mão nos cabelos do rapaz, bagunçando-os. — Espero que tenha se divertido bastante, pois, a partir de hoje, você será um homem casado.

— Shina! Meu cabelo! Eu custei para domá-los. Droga!

A moça deu uma gargalhada, enquanto Seya tentava concertar o visual diante do espelho.

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No dia anterior...

— O que? Despedida de solteiro? Que história é essa?

— Calma, Hana. Não é o que você está pensando. Só vamos sair com o Seya pra beber um pouco e comemorar com ele.

— E quem é que vai nessa comemoração?

— A princípio eu, o Ikki, o Shun e o Shiryu. E o Seya, claro. Alguns cavaleiros de ouro ficaram de passar lá, mas não confirmaram. Quem marcou tudo foi o Ikki.

Hana cruzou os braços e ficou emburrada em um canto.

— Hana, por que está chateada? Não confia em mim? — Hyoga ficou sério. Parecia estar ofendido.

Hana percebeu que estava fazendo uma cena desnecessária e descruzou os braços.

— Claro que confio, Hyoga. Mas e se seus amigos estiverem planejando alguma brincadeira de mau gosto? O que vai fazer se por exemplo aparecer alguma dançarina?

Hyoga arregalou os olhos:

— Dançarina?

— Nas despedidas de solteiro dos filmes sempre tem dançarinas.

— Você está vendo muitos filmes. Vamos sair para beber e rir um pouco, tenho certeza de que nenhum de nós faria nada para desrespeitar a Saori nem colocar o Seya em uma situação desagradável. Não somos esse tipo de homem, Hana.

Hyoga baixou os olhos e foi pra varanda. Apoiou os antebraços no parapeito e olhou as estrelas. O céu estava bonito. Ele suspirou e engoliu em seco. Às vezes Hana era muito difícil de lidar. Era ciumenta e mimada. Na maior parte do tempo, isso não incomodava Hyoga. Ele a amava e gostava de cuidar e proteger a namorada. Mas em alguns momentos, Hana dizia ou fazia coisas que o magoavam. Era como se, mesmo depois de tanto tempo juntos, ela não o conhecesse de verdade.

Cisne sentiu o corpo de Hana tocar suas costas e os braços da moça se entrelaçaram em seu abdômen.

— Me desculpe. Não queria ser grossa.

— Tudo bem, Hana. Eu não faço questão de ir hoje à noite. Não quero ir me divertir enquanto você fica aqui desconfiada e colocando minhocas na cabeça.

O coração de Hana ficou apertado. Era raro Hyoga falar com ela de um jeito mais rude. Ele era sempre doce e gentil. Mesmo quando discutiam, ele dificilmente alterava o tom de voz e o jeito de ser.

— Hyoga, pode ir. Eu não vou ficar desconfiada. Fiquei com ciúmes, me desculpe. Tem razão, você não é o tipo de homem que mereça acusações. Me perdoe.

— Sabe, Hana... — Ele hesitou.

— Fala.

— Deixa pra lá. Eu vou tomar um banho e me deitar.

 — Hyoga, não faz assim. Eu já pedi desculpas. O que ia me dizer? Por favor, não esconda seus sentimentos de mim.

Ele se virou, olhando nos olhos dela.

— Você é a pessoa mais importante pra mim. Eu morreria por você se fosse preciso. Mas...

Nessa hora o coração de Hana deu um salto. O que viria depois do “mas”?

Hyoga desviou os olhos por alguns instantes, como se temesse dizer o que queria.

— Mas... — Hana o incentivou.

— Mas não sei se consigo passar o resto da vida ao lado de alguém que duvida de mim.

— Eu não duvido! — Hana o abraçou apertado e derramou algumas lágrimas. — Confio em você. Por favor, meu bem, esqueça isso. Você sabe que sou uma boba e que sempre faço besteira. Não nos conhecemos ontem. Sabe que sou louca por você e que sinto ciúmes. Isso não é normal. Sentir ciúmes... Você não sente ciúmes de mim?

Hyoga deu um sorriso singelo e a abraçou também.

— Sim, eu sinto ciúmes. Mas sei que você jamais seria infiel. Por isso não reclamo quando sai com suas amigas e colegas de faculdade. Quero que você se divirta e seja feliz.

Hana o apertou ainda mais, abraçando-o de uma forma desesperada.

— Hyoga, meu amor, eu... Quero fazer você feliz. Não fique triste comigo. Me perdoe. Por favor.

— Tudo bem, não precisa chorar. Eu perdoo você. Vamos esquecer essa discussão boba. Vem, vamos aproveitar esse quarto de hotel imenso. Podemos pedir o jantar e assistir a um filme, o que acha?

— Não! Vá se arrumar pra encontrar seus amigos. Eles estão esperando por você.

Hana sabia que Hyoga era um cara decidido, tanto para fazer escolhas quanto para desistir delas. Ele era um sujeito caseiro. Estudava e trabalhava o dia todo e quase nunca saía para um happy hour. Talvez a ideia da despedida de solteiro o tivesse entusiasmado porque há muito não encontrava os amigos todos reunidos para bater papo e rir um pouco. Contudo, provavelmente sair naquela noite não era algo tão importante assim. Ele preferia ficar com Hana e evitar brigas.

A moça segurou as mãos do namorado e disse com um sorriso.

— Hyoga, eu confio em você. Não ficarei chateada por você sair hoje com o Seya e os outros. Eu prometo.

— Tem certeza?

— Absoluta. Foi só uma bobeira minha.

Ele deu um sorriso.

— Eu acho que vou então... Faz tempo que não os encontro. Sinto saudades. Eles são a minha família. OS irmãos que eu nunca tive.

— Eu sei.

— Obrigada, querida. Não voltarei tarde.

Eles se abraçaram, deram um selinho e Hyoga foi para o banheiro, tomar uma chuveirada e se arrumar.

Quando ele chegou ao local combinado, Ikki e Shun já estavam lá. Era um bar interessante, com mesas de sinuca, decoração rústica e som ambiente com música dos anos 80.

Assim que ele sentou à mesa e apertou a mão de Ikki e Shun, viu Seya e Shiryu entrarem e acenou pra eles. Os cinco se juntaram ao redor de uma mesa redonda. Ikki pediu cervejas à garçonete e disse aos amigos:

— Essa rodada é por minha conta.

— Não devemos beber muito essa noite. Principalmente você, Seya. Amanhã não pode amanhecer com ressaca. Precisa estar bem. Será um dia longo e agitado.

— Falou a voz da experiência! — Ironizou Ikki. — Corta essa, Shun. Hoje é o último dia que o Seya tem pra encher a cara até passar mal. Nunca mais poderá fazer isso, Seya, ouviu isso? A partir de amanhã pra você é game over!

Ikki dava uma gargalhada quando Shiryu o interrompeu.

— Não dê ouvidos a esse paspalho, Seya. Não há nada melhor do que dormir e acordar todos os dias ao lado da mulher que ama. Casamento não é uma prisão. É uma dádiva.

— Nossa, calma aí, cabeludo! Eu estava brincando.

— Gente, gente! Vamos parar de falar de amanhã, tudo bem? — Seya balançou as mãos no ar, ansioso. — Eu já estou nervoso o suficiente. Nem sei se conseguirei dormir. Vamos falar sobre outra coisa.

Todos concordaram com um aceno positivo de cabeça e começaram a beber e conversar trivialidades. Após algum tempo rindo e fazendo piadas com a cara um do outro, Hyoga percebeu que a batata frita já estava no fim e Shiryu mal havia comigo.

— Shiryu, você está bem? Não comeu nada a noite toda.

— E esse copo cheio? — Ikki reparou. — Eu já estou na quinta cerveja e você mal bebeu a primeira. O que há com você, Dragão? Não me diga que está de dieta. Não parece ter engordado. Você ainda faz exercícios diários, não?

Os olhares se voltaram para Shiryu, mas o rapaz julgou que aquele não era o momento certo para contar aos amigos o que estava acontecendo. Seya iria se casar e estavam todos felizes e cheios de expectativas. Revelar a eles que estava doente e que seu estado era grave seria como um balde de água fria.

— Bem, na verdade eu nunca gostei muito de cerveja. E sim, eu estou de dieta. Tenho evitado frituras e qualquer alimento muito gorduroso. A Shunrei está grávida e precisa comer coisas saudáveis, então eu estou comendo o mesmo que ela.

— Mas a Shunrei não está aqui. Você pode comer algumas porcarias sem culpa — disse Seya.

— Pessoal, não se preocupe. Vim aqui para rever vocês e matar a saudade. Eu jantei antes de sair.

— “Matar a saudade”? Que papo mais gay, Shiryu. Hahaha!

Seya e os outros reviraram os olhos.

— Ikki e suas piadinhas de mau gosto — reclamou Shun.

Ainda ficaram mais um pouco ali, cada um tinha uma série de novidades para contar e provavelmente depois do casamento ficariam mais um tempão sem se ver.

Foi Hyoga o primeiro a se levantar.

— Galera, eu vou nessa. Prometi à Hana que não ia voltar tarde.

— Eu também preciso ir. Yumi ficou sozinha com as meninas no hotel e a Sakura estava com dor de garganta. Espero que ela não piore até amanhã.

— Preciso ir também. O Shun está certo. Amanhã será um dia longo. Preciso de uma boa noite de sono. — Seya pegou as chaves do carro e deixou um dinheiro em cima da mesa. — Alguém aí precisa de carona?

— Meu hotel fica no caminho do santuário, pode me deixar lá? — Hyoga pediu.

Seya assentiu.

— Também vou com você, noivinho. Assim economizo no táxi — disse Ikki abrindo a carteira e colocando algumas notas sobre a mesa.

— Eu aluguei um carro, podem ir. — Shun levantou a mão e, com um gesto, pediu a conta à garçonete. — Estamos no mesmo hotel, não estamos, Shiryu? Quer carona?

— Sim, pode ser.

— Então até amanhã. Nos vemos no santuário. — Seya acenou para os que ficavam e todos se despediram.

Dentro do carro, enquanto olhava para o retrovisor e dava seta para mudar de pista, Seya comentou com Ikki e Hyoga:

— O Shiryu estava estranho hoje. Será que está tudo bem com a Shunrei e o bebê?

— Estanho como? Ele sempre foi meio caladão, não?

— Não, Ikki. Hoje ele estava mais sério do que o normal. Arrisco dizer que ele estava triste.

— Vai ver brigou com a mulher. Ela deve ter ficado com ciúme dele vir. As mulheres acham que despedidas de solteiro sempre têm streapers e pegação.

Hyoga ouvia Seya e Ikki conversarem. Lembrou-se de Hana e da discussão de mais cedo.

— Espero que esteja tudo bem. O Shiryu está bem feliz com a chegada do filho. Ele já passou por muitos problemas. Se algo acontecesse à família dele seria uma tremenda sacanagem.

— Credo, Seya! Vira essa boca pra lá. — Ikki fez uma careta e abaixou o banco, fechando os olhos. — O Shiryu está bem, ok? Para de falar bobagens na minha cabeça. Vou tirar um cochilo, quando chegarmos na porta do hotel você me avisa.

Seya voltou sua atenção para o trânsito. Hyoga abriu mais um pouco a janela e olhou as luzes da cidade, enquanto o vento balançava seus cabelos.

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Shun e Shiryu entraram no carro e colocaram o cinto de segurança. Shun digitou o endereço no GPS e deu partida no carro. O caminho era um pouco longo e o tempo todo Shiryu foi em silêncio, com o olhar perdido e desanimado.

— Shiryu, o que você tem? Está tudo bem com a Shunrei e o bebê?

O Dragão levantou a cabeça e os olhos.

— Sim, Shunrei está ótima. E o bebê está crescendo. Tudo correndo bem.

— Por que está com essa cara?

— Que cara?

— Meu amigo, converse comigo. Sei que há algo preocupando você. É o Seya? Tem a ver com o casamento dele? Ele amadureceu muito, não acha? Penso que será um bom marido. E ele ama a Saori. Serão felizes.

— Não é nada disso.

Shun percebeu que o rosto de Shiryu se contraiu e seus olhos ficaram marejados. Andrômeda deu seta e estacionou o carro.

— Pode falar comigo, Shiryu, sou seu amigo. Posso ajudar você?

— Acho que não pode, Shun. A não ser com orações.

Shun pressentiu que a notícia seria ruim, mas não podia imaginar que seria péssima.

— Eu estou doente. Estou com câncer. Se o tratamento não der certo, não terei muito tempo de vida.

Andrômeda arregalou os olhos e apertou o volante.

— O que... Tem certeza? Quando soube disso?

— Desde o fim da batalha contra Gaya venho passando por uma bateria de exames. Já fiz duas sessões de quimioterapia. Logo terei de operar. O médico disse que a cirurgia tem tudo pra dar certo. O único problema é que o tumor é grande demais. Pode ser que não consigam remover tudo. Aí a quimioterapia e a radioterapia terão de dar conta do resto. Não há como prever um resultado.

A essa altura, Shun já estava chorando. Nunca foi o tipo de homem que escondia as emoções.

— Me desculpe. Eu deveria estar dando força pra você. — Andrômeda enxugou os olhos. — Precisamos acreditar que vai dar certo, meu amigo. Não deixe a dúvida amargar seu coração. Se não tiver fé no tratamento, irá se sabotar, entendeu?

— Eu estou tentando, Shun. Se fosse só eu, se eu não tivesse uma esposa e um filho... bem, não seria algo tão horrível. Pessoas adoecem o tempo todo. Mesmo sendo um Cavaleiro de Atena, não estou imune a nada. Eu não tenho medo da morte. Já vimos a morte de perto muitas vezes, não foi?

Shun concordou.

— Mas quando penso em deixar a Shunrei sozinha esperando um filho meu... — Shiryu apertou os olhos e sentiu um nó na garganta. Não conseguiu terminar a frase. Ao contrário de Shun, ele preferia se conter, guardar as lágrimas.

Shun apertou o ombro do amigo.

— Mais alguém sabe disso?

— A Shunrei e o Mestre Ancião. Não diga nada aos outros. Amanhã será um grande dia para o Seya e a Saori. Não quero estragar o clima com uma notícia ruim como essa.

— Eu não direi nada, não se preocupe.

— Vamos, dirige. Nossas famílias estão nos esperando.

Shun apertou os lábios, acelerou o carro e voltou para a pista, dirigindo até o hotel

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Nunca houve nem haverá noiva mais linda e radiante do que Saori Kido.

Quando ela entrou no templo e a harpa começou a soar, todos ficaram de pé, boquiabertos, capturados pela beleza da moça. Saori caminhou de braços dados com Tatsumi, percorrendo um longo tapete vermelho. Sorria para os convidados, parecendo tranquila, mas por dentro estava nervosa, sentia as pernas tremerem a apertava o braço de Tatsumi, com medo de tropeçar.

Seya sentiu o coração na boca. Ele já sabia que Saori era uma mulher linda, mas naquela noite ela estava deslumbrante. A cada passo dela em sua direção significava uma batida mais forte no coração do Cavaleiro de Pégaso. Tatsumi apertou a mão do rapaz, deu um beijo na cabeça da noiva e se afastou, dando lugar a Seya.

— Você está linda — sussurrou o noivo.

— Você também. Parece que estou sonhando.

— Sim, meu amor. Isso tudo é um sonho. E vamos sonhá-lo juntos para sempre.

Saori apertou o braço do noivo e juntos se aproximaram do altar.

O templo estava cheio e muitos convidados choravam emocionados.

— Que é isso, Hilda? Isso não é um enterro. Pra que chorar desse jeito? — Saga não compreendia o porque de a namorada enxugar as lágrimas que não paravam de cair.

— Não seja insensível, Saga. Você não entende? Estamos presenciando um milagre. Até alguns meses Seya estava incapaz e deprimido e, logo em seguida, Gaya quase matou todo mundo. Tudo sempre conspirou contra esse casamento. É maravilhoso.

— Espero que não chore assim no nosso casamento. Eu detesto ver mulheres chorando.

Hilda arregalou os olhos e se esqueceu dos noivos, sua atenção ficou em Saga.

— Eu disse alguma besteira?

— Quando foi que me pediu em casamento? Não foi você quem falou que isso era uma bobagem? Que o que importava era o nosso amor?

— Sim, mas quero ver você entrar de noiva toda linda só pra mim. Será um momento especial.

Hilda abraçou o namorado e sorriu, beijando-lhe o rosto.

— Não sabia que você era romântico.

— Só quando eu quero — disse Saga.

Depois de jurarem seu amor e trocarem alianças, Seya e Saori enfim se beijaram e todos ficaram de pé e aplaudiram o casal. Saíram de mãos dadas debaixo de uma chuva de arroz. Do lado de fora do templo, uma festa de arromba aguardava os convidados.

Os Cavaleiros de Ouro, os Cavaleiros de Bronze, suas mulheres e famílias sentaram todos juntos a uma mesa gigante, comiam e bebiam com fartura, brindando aos noivos, celebrando a vida como pessoas normais.

Seya e Saori receberam os cumprimentos, brindaram com champanhe, dançaram a valsa, cortaram o bolo e depois desapareceram à francesa.

A festa durou a madrugada toda, com muita música, comida, doces e bebidas. Enquanto isso, na suíte nupcial, Seya e Saori finalmente estavam nos braços um do outro, amando-se, beijando-se, fazendo amor e inúmeras promessas ao pé do ouvido.

 

Eram quase três da manhã quando Saori adormeceu recostada ao peito do marido. Seya a abraçava e acariciava seus cabelos enquanto ouvia ao longe o barulho da festa, as músicas, as risadas, as vozes... Sim, aquele tinha sido um dia longo e agitado. O melhor dia de sua vida.

Ele beijou os lábios da esposa e a apertou contra si. Fechou os olhos e adormeceu. 



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