No gigantesco salão onde agora se encontravam não se podia nem enxergar o teto, de tão alto que era. Não haviam mais escadarias. Apenas quatro portas: a da qual eles vieram, e mais três. Todos os grandes salões daquele andar eram iguais.
Acabaram escolhendo uma porta à direita e foram caminhando silenciosamente, dentro do possível, pelos cômodos do castelo.
Assim que entraram no próximo, um pedaço fino de barbante cai no nariz do Eric, fazendo-o espirrar. E depois mais outro espirro.
Todos ouvem então um som forte de alguém grande que parecia ter acabado de acordar.
Logo acima da cabeça do Eric, atrás do resto do grupo, havia algum gigante deitado numa rede bem no alto.
Era um ciclope de duas cabeças e um chifre em cada. As duas cabeças abrem os olhos, e uma diz pra outra:
— Olha, temos visita, dentuço!
— São muito magrinhos, narigudo... Será que servem pra fazer carne moída?
O horrendo ciclope pega um aparelho de ferro do tamanho de uma caixa d'água, mas com uma manivela e uma entrada em cima e uma saida embaixo, como se fosse um cone.
Narigudo diz:
— Sabem o que é isso, garotinhos?
Dentuço responde:
— Isso é uma máquina de fazer carne moída, e vamos fazer bolinho de carne de vocês...
As crianças gritam desesperadas e saem correndo feito loucos, e o ciclope que é muito mais rápido vai atrás com as línguas de fora, faminto.
Como não adiantava fugir, tiveram que lutar uma batalha perdida, mas conseguiam ganhar tempo, ora com um golpe de tacape no dedão do pé, ora ofuscando a visão com flexas, ora com acrobacias estonteantes da Diana e ilusionismos da Sheila, ou com a famosa isca barulhenta chamada Eric... Mas as crianças estavam ficando cansadas, e o ciclope mais faminto e furioso.
Eric já em pânico:
— Alguém faça alguma coisa, não quero virar bolinho de bacalhau, ainda sou muito jovem!
— Parem de fugir, carne moída! - dizia ora dentuço, ora narigudo. - vamos fritar vocês com sal.
— Presto, você não tem alguma coisa que possa tirar do chapéu? - pede Hank, sem muitas opções promissoras em mente.
— Arg! Vou tentar - grita Presto ofegante.
— Paparazzi, vinagre, cumpadre, faça-nos correr feito uma ferrari!
Surge de repente uma linda e vermelha ferrari bem chique, modelo clássico, e Eric logo senta no carona e diz:
— Vamos, dirija, Presto!
— Mas eu não tenho carteira... - diz Presto, sem saber o que fazer com as mãos.
— Boa, Presto! - diz Hank, voltando pro banco do motorista - Senta aí, pessoal!
Todos logo pulam no carro em pânico, mas o veículo corre super rápido, com o ronco do motor, e o ciclope atrás, girando a manivela do moedir de carne e pedindo sempre pra eles pararem de fugir.
Eles chegam ao último salão do andar, que no fundo tem um enorme elevador medieval com algumas manivelas e pesos para subir e descer.
Diana joga seu bastão em movimento circular num efeito de boomerangue, que faz cair uma cortina gigante no rosto da monstruosa criatura quando este entra no ultimo salão onde eles se encontram, e pega seu bastão que volta sozinho.
Todos descem do carro e Hank engata a primeira e salta do carro, que vai na direção do monstro. Todos entram depressa no elevador, e Bob dá um golpe na manivela, que os faz subir.
O ciclope com o rosto tampado pisa na ferrari e cai no fosso sem fundo do elevador, e as crianças se salvam.
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