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História Celestiais - Begin.


Escrita por: Nah_Hyuuga

Notas do Autor


Espero que gostem, essa fic será longa.

Esse é apenas o começo.

Boa Leitura, vejo você nas notas finais <3

Capítulo 1 - Begin.


Fanfic / Fanfiction Celestiais - Begin.

A Escuridão devastadora, levava-o no que parecia ser uma viagem infinita, sem sentir o chão, sem sentir o ar, sem ao menos conseguir respirar, nenhum barulho, perguntava-se se o estava de olhos abertos, a escuridão tão intensa que se imaginou cego, quando sente-se parando no tempo, tenta se mover, mas seus músculos não reagem da forma que queria, sentia-se no vácuo do espaço, move lentamente sua cabeça, ao seu lado, um grande espelho infinito.

  O reflexo trazia uma mulher, com uma longa cabeleira azulada, olhos negros, pele branca, lábios vermelhos, ela levanta seu braço em direção ao loiro, por dentro sentiu-se apavorado, não pela figura assustadora que estava a ver, mas pelo temor que ela lhe fizesse algo, aproximava sua mão em direção a ele, suas longas unhas começaram a atravessar o espelho, ele à olha tentando dizer algo, como um sussurro, a voz dela chega aos seus ouvidos, lhe fazendo arrepiar.

“Quanto mais cedo conseguir, mais cedo terminaremos.

 Você está encarregado de trazer-me de volta,

A dimensão celestial lhe aguardará eternamente ao novo começo… ”

  Acorda em um susto, respirando ofegante, logo depois recobrando a consciência. Mais uma noite tendo o mesmo pesadelo, e acordando com um pressentimento ruim, de que algo irá acontecer, bem, sua última noite antes de retornar a vila, criando pequenas esperanças que esses pesadelos deixem de lhe incomodar todas as noites.

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   Ao longe avista aquele grande portão do qual já sonhou inúmeras vezes revê-lo novamente, não apenas saudades, mas no passar dos anos em que esteve fora, seus inúmeros sentimentos pela vila onde nascera foram se intensificando, apesar de algumas vezes ter tido pesadelos deveras assustadores da destruição da vila, e do mundo shinobi, dos quais até hoje o deixaram preocupado com algo ainda fora de seu conhecimento, rever aquele portão e sentir aquela mesma brisa que lhe trás tantas lembranças, formou uma pequena lágrima em seus olhos, agora com seus devidos dezesseis anos, retorna ao seu lar para finalmente pôr os ensinamentos do Ero-Sennin em prática.

  - Nostalgia?

  - Sim, parece que alguns dias se passaram, a vila não mudou nada.

  - Talvez a saudade seja tanta que não consiga acreditar que quatro anos se passaram. – Jiraya atravessa o grande portão e nota que não está sendo seguido. – Vamos Naruto! Tsunade vai se surpreender com você.

  Mesmo querendo tanto, o loiro não se mexeu, olhou para o céu e algo como uma visão lhe assusta. Tentou olhar novamente e se surpreendeu ao ver o vasto e gelado universo, algo que julgou ser impossível, o sol do meio dia que ainda brilha, impede a visão do mais escuro e denso local dessa vida.

  Perdido em seus pensamentos, vendo estrelas e se perguntando se é real, soube de imediato que algo estava errado, por mais que a visão talvez seja coisa de sua cabeça, sentiu seu coração bater mais rápido e uma sensação estranha tomar conta de seu corpo, as coisas não estão totalmente como de costume. Naruto mais uma vez é chamado pelo seu sensei.

  - Vamos logo Naruto, te pago um rāmen! – No mesmo segundo o loiro volta sua atenção ao Ero-Sennin, mas nada disse, ainda matutando em sua cabeça a visão mais estranha que teve desde o início de seus pesadelos, até hoje.

  - Mas temos de falar com a Tsunade-baa-chan primeiro, não é?

  O velho sábio responde com um mero “uhum”. Naruto de imediato pensa que seu sensei notara sua mudança repentina de humor a um minuto atrás, para o loiro será melhor se não perguntar, nem mesmo com uma boa dose de rāmen do Ichiraku em seu estomago, ele conseguiria as respostas para suas milhões de perguntas sobre uns certos acontecimentos que andam lhe atormentando.

   Tsunade

   Faz alguns dias que tiro meu horário de almoço para ir em lugares desconhecidos, semana passada inventei de ir conhecer o famoso Ichiraku rāmen, até que é bom, os seis pratos que comi confirmaram isso. Hoje finalmente acordei com coragem o suficiente para ir na antiga casa onde morei quando criança, fechada por tantos anos, entrar lá foi como voltar no tempo, várias lembranças que achei que tivesse sumido de minha mente, retornaram como um furação do nada.

  Os moveis da sala cobertos por lençóis brancos com uma grande camada de pó em cima delas, as cadeiras da sala de jantar todas arrumadas em volta da grande mesa, abro todas as janelas para ventilar a antiga casa tradicional. Subo as escadas e deslizo a primeira porta, um quarto grande com apenas uma cama pequena com um cobertor azul escuro, uma escrivaninha com dois porta-retratos em cima, após abrir a janela, pego um porta-retrato e tiro a camada de poeira que cobre a imagem, e me surpreende a foto de duas crianças, eu e meu irmão. Pego o outro e tiro a poeira, uma lágrima escorre ao ver na fotografia, eu, meu irmão e meu avô, Hashirama. Sei que anos se passaram, mas essa pequena visita a minha antiga casa está fazendo eu me sentir uma adolescente.

  Depois de um pequeno surto emocional, e de ter aberto quase todos os cômodos, chego ao final do corredor, me deparo com uma porta, pequena, mas tenho certeza que no período em que morávamos naquela casa, ela não existia, mais afastada também, ao tentar abrir, me deparo com a porta trancada, algo que julguei estranho. Observando mais a porta noto que perto da fechadura há um símbolo do clã Senju e um outro símbolo ao lado, mas não reconheci qual. Resolvo então procurar a chave para abrir essa porta. Desço até o escritório de meu avô, tirando a salinha trancada, era o único lugar da casa que ainda não tinha entrado, deslizo a porta devagar, é como se eu sentisse que alguém estava trabalhando lá dentro.

  Caminho de vagar (após abrir a janela) a grande mesa de madeira escura, em cima estava um porta-retrato com uma foto minha com meu avô e minha avó Mito em frente ao prédio do Hokage. Deixo de emoções e dou atenção a minha curiosidade em saber o que há por trás daquela porta. Procuro em todas as gavetas e nada, procuro nas estantes e nada, até que sento na cadeira derrotada, solto um suspiro pesado, tiro uma mecha do meu cabelo de minha face e pego o porta-retrato.

  - Eu, uma velha, encarregada de uma vila inteira, aqui sentada atrás de uma misera chave. – Com desprezo e cansaço jogo o objeto na mesa e escuto um barulho estranho. Curiosa, peguei o objeto de novo e na parte de trás pude ver um pedaço de tampa falsa, arranquei o papel que cobria e ali estava uma chave, no mesmo segundo julguei ser a chave da pequena porta no andar de cima, ansiosa e tomada pela curiosidade, subi as escadas correndo, logo deu-me um déjà-vu, como se estivesse subindo correndo assim para acordar meu avô na manha de natal.

  Chego a porta e com um fio de esperança, encaixo a chave que entrou sem nenhuma dificuldade, giro a maçaneta, cheia de expectativas que logo foram esvaídas pela pequena biblioteca empoeirada, ainda curiosa adentro a sala, não era tão grande, tinha apenas uma pequena janela iluminando uma pequena parte de uma grande estante escura, cada um dos pergaminhos e livros são muito diferentes de tudo que já vi.

 Olho a hora no pequeno relógio na parede e já esta na hora de voltar ao trabalho, mas deixo a curiosidade tomar conta de mim quando vejo uns pergaminhos com escritas diferentes, bom... mais diferentes do que os que já estavam ali, pego os pergaminhos para estuda-los mais tarde.

 

 Quando chego em minha sala desanima ver toda a mesa recheada de papéis para olhar, assinar e carimbar, só espero que hoje meu dia não seja um completo tédio. Sento em minha cadeira e olho o calendário, hoje fazem exatos 4 anos que Jiraya e Naruto partiram em uma viagem para o treinamento, espero que voltem logo.

  Como uma prece atendida por Kami, minha porta se abre e vejo uma grande cabeleira branca aparecer, parece até com uma miragem no deserto, e atrás dele, um homem loiro muito bonito, por um segundo vejo Minato, com certeza ele ficou a cara do pai.

 - Tsunade espero que os cabelos brancos já estejam aí, ou você andou pintando enquanto estive fora? – Ele solta uma gargalhada enquanto Naruto sai de trás de seu mestre.

 - Tsunade-Baa-Chan, quanto tempo. – Diz ele sorrindo, tentando parecer animado, mas algo esta errado com ele e está bem visível, talvez agora não seja a hora de perguntar.

 - Já disse que meu cabelo sempre será natural! – Não poderia deixar de já começar xingando meu velho amigo, agora senti no peito quanta saudade eu estava sentindo. – Naruto! Por Kami como você está crescido, você está.... – Não consigo, algo me diz que ele não está para brincadeiras hoje.

 - Parecido com Minato, sim eu acho isso também. – Jiraya continua. – Já contei à ele a história do Yondaime Hokage.

 - Fico feliz em saber que me achou parecido com ele Baa-chan! E a senhora não está nem um pouco velha.

 - Senhora? – Ameaço.

 - Hai, hai por educação.

  Conversamos sobre como foi o treinamento, até que Naruto decide sair, dizendo que não via a hora de chegar a sua casa.

 Naruto

  Não imaginava que estava com tanta saudade da vila como eu pensei que estivesse, na verdade estou com saudade do Ichiraku, e meus amigos.

 - NARUTOOOOOO!!! – Uma voz familiar me chama no horizonte, quando eu viro um corpo se joga em cima de mim.

 - AAAAAA QUE SAUDADE EU NÃO ACREDITO É VOCEEÊ!! – Sinto o nostálgico cheiro de cerejeira, sim, é a Sakura, um pouco mais alta do que costumava ser, mas continua leve como uma pluma.

 - SAKURA-CHAN, TÁ ME SUFOCAN..

 - AH! Desculpe, por kami eu não sabia que tinha voltado, TENHO QUE AVISAR O PESSOAL! JANTA NA CASA DE CHURRASCO AS 20H NÃO ESQUECE!!! – Gritou ela já correndo feliz pela vila, provavelmente indo convidar a todos.

  Chego em casa, coloco a mão na maçaneta da porta, várias memórias retornam na minha mente, como um filminho caseiro maluco, um sorriso se abre em minha face sem eu ao menos notar, finalmente estou em casa, depois de longos anos. Tomo um banho e deito, dou um cochilo até acordar um pouco antes das oito da noite, olho pela janela e lá está, aquele lindo pôr do sol, o laranja e o rosa se chocam nas nuvens de uma forma calma, e acompanho os últimos raios de sol de um lado do horizonte, saio na sacada para apreciar o lado azul escuro do contrário ao sol, aquele azul intenso no final do horizonte, me lembram uma única pessoa, que eu nunca imaginei que fosse sentir tanta falta, ela, a moça da cabeleira azulada, Hinata.

  Hinata

 Estava sentada descansando após umas horas de luta com o Neji, ele, agora bebendo chá ao meu lado, distante, como sempre, faz alguns dias que voltou de missão com a Ten-chan, desde o acontecido, ele anda estranho, mas segundo ele mesmo, não tão estranho, pois eu estou mais.

 Não é de hoje que algumas coisas andam acontecendo, tenho tido pesadelos todas as noites, Hiashi está fora da vila com a Hanabi, na mansão apenas eu e o Neji, ele tem ido me acordar diariamente, dizendo que eu grito a noite inteira, mas o pior disso tudo é que eu não consigo lembrar deles quando eu acordo, é como se no instante em que eu abrisse os olhos, eles sumissem, fossem guardados em um canto obscuro da minha mente, mas durante o dia, alguns trechos aparecem na minha mente, normalmente quando estou treinando.

  Meus pensamentos são interrompidos por uma cabeleira rosa vindo em nossa direção, acompanhada por Sai, Kiba, Sasuke, Ino, Shikamaru e Temari, Lee e Tenten mais atrás, com certa dificuldade em correr.

  - HINATAAAA, NEJIII, VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR! – Enquanto corria, gritava ansiosa, Ino ao lado, chegam à nós esbaforidos, eu rio devido a ansiedade deles.

 - O que houve? – Entre risos e contagiada com a animação dos meus amigos.

 - NARUTO..... – Nem a deixo terminar de falar levanto às pressas ansiosa.

 - O que tem ele??? FALA SAKURA! NARUTO VOLTOU?? – Todos me olharam sorrindo.

 - SIM! – Minha animação é tanta que dou um pulinho, eles começam a rir.

 - Calma Hina, mas então, o que vocês acham de jantar com a gente e com ele, as 20h? – Ino continua. – Aí se você quiser nos deixamos vocês a sós.........o que acha? – Sua cara maliciosa me deixa corada, sento para fingir que me acalmei, mas as meninas continuam a me olhar com a cara de sempre. Eu e Neji concordamos com a cabeça.

- Falta ainda para as oito horas, tudo bem se nos arrumarmos aqui? – Pergunta a rosada.

- Claro, vamos subir. – Estávamos saindo e Kiba fala.

- E a gente??

- Fiquem aí com o Neji-kun, nós não vamos demorar. Subimos.

 Tomei banho enquanto Sakura e as meninas estavam se maquiando, e conversando. Não posso esconder que estou com um certo medo, e se ele não lembra de mim? E se ele estiver mudado tanto que talvez esteja com alguma garota??

  Uma sensação única me invade, medo, porque estou com medo? Algo como um fleche de memória vem em um clarão na cabeça, minha visão muda enxergo apenas um lugar escuro, me apoio à pia, fazendo um pote de vidro cair no chão e quebrar, viro e na minha frente ao invez de ser minha pia, apenas um espelho e consigo ver meus olhos negros, me recupero em um suspiro, batidas na porta despertam meus ouvidos.

 - Hinata? – Temari fala do outro lado da porta. – Ta tudo bem aí? – Única saída: mentir.

 - Ta sim, derrubei um potinho no chão. – Ouço elas rindo.

 - Desastrada!

Narrador

  Enquanto as meninas se arrumaram, os meninos permaneceram fora da mansão, conversando:

 - Nossa, faz realmente muito tempo que ele foi embora, será que continua o mesmo baka de antes?

 - Eu não sei, mas aliás cadê o Akamaru? – Pergunta o Nara.

 - Em casa, ele tá meio estranho nos últimos dias, fica acordado a madrugada inteira, sai no jardim e fica sentado olhando pro nada, atento, esses dias eu flagrei ele saindo correndo as três da manhã, segui ele por um tempo, ele parou aqui, no jardim de vocês. – Disse olhando para o Hyuuga, todos o encaram. Ele cruza os braços e deu um suspiro, como se tivesse se livrando de algo.

 - Hinata anda tendo uns pesadelos, começa a gritar e suar durante a madrugada, não é como se ela estivesse dormindo, é como se ela estivesse em transe, presa num Genjutsu, semana passada eu tive que ir acordá-la todos os dias, e quando acorda, é como se nada tivesse acontecido, mas ela fica estranha o dia inteiro.

 - Ela já comentou algo sobre isso? – Pergunta Sasuke.

 - Não, mas quando estamos treinando, ela para do nada, fica imóvel, e de repente volta, como se nada tivesse acontecido novamente.

 - Credo, será que ela tá ficando louca? – Diz Kiba rindo.

 - Não acho que seja loucura, deve ser algo com o Byakugan dela.

 - Como assim? – Pergunta o Uchiha.

 - Assunto do Clã. – Diz Neji, logo levantando e indo levar os chás na cozinha.

 - Porque esse clã é cheio de segredos, nem o clã Uchiha tem tanto mimimi. – Kiba diz irritado, odeia quando o Hyuuga fala dessa maneira. Sasuke revira os olhos.

Tempo se passou e todos já se encontravam na churrascaria, faltava apenas um, Naruto, atrasado como sempre.

Naruto

 Ao chegar na churrascaria procuro pela mesa, a qual não foi difícil encontrar, avisto Kiba gritando com Shino novamente, dou risada só de olhar, chego perto da mesa, todos me olham sorrindo. Meus olhos vão direto à ela, por um minuto só ela existe, suas bochechas levemente rosadas, desviando seu olhar, parece estar morrendo de vergonha, mas ela está diferente, bom... todos estão. Volto a cumprimentar todo mundo, me sento, em frente à ela, que mal me olha, euforia, é isso o que estou sentindo. .

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....


Notas Finais


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Até o próximo <3 <3 <3


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