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História Celestial - Recordações de Inverno


Escrita por: Hachiko_

Notas do Autor


Olá! Primeiramente eu acho importante esclarecer que essa é a minha PRIMEIRA fanfic da vida, portanto, relevem os possíveis erros.

E eu só estou tento esse surto de coragem em postá-la porque esse foi um pedido de presente especial para a minha melhor amiga; aquela quem surta e chora por Taekook junto comigo todos os dias. Feliz aniversário, Lolla!

Eu também queria agradecer a Isabela por ser tão gentil e se disponibilizar a fazer a capa dessa oneshot.

E por último e não menos importante: preparem os lencinhos.

Capítulo 1 - Recordações de Inverno


Fanfic / Fanfiction Celestial - Recordações de Inverno

Jeongguk deixou o palco desolado.

Nunca pensou que poderia desmanchar e derrubar suas máscaras com tanta transparência em frente à milhões de pessoas, não daquela forma. Mas naquele momento, não fora capaz de segurar as lágrimas que despencaram do seu rosto quando seu hyung começou o enunciado com a voz rouca e embargada.

Naquele dia Taehyung decidiu revelar para os fãs os motivos de sua mudança de humor e porque ele já não sorria mais com tanto brilho.

Foi com um impulso momentâneo de coragem, que o cantor esclareceu para todas as armys que a vida dele nunca mais seria a mesma desde que sua querida avó morrera.

Sua pessoa favorita no mundo partiu, deixando somente nas memórias a vida que foi construída com a mulher que ele considerava tão preciosa, e que por esse motivo, ele não poderia mais seguir escondendo aquela dor dos fãs.

Naquele momento, enquanto Jeongguk escutava a mensagem de Taehyung com a cabeça abaixada, ele literalmente sentiu com ele e por ele. O garoto compartilhou do seu sofrimento como se fosse o dele próprio. Pegou cada pedaço quebrado dentro de Taehyung, em um dos momentos mais dolorosos de toda sua vida, e chorou na mesma intensidade que ele, como duas almas conectadas que compartilham com ímpeto cada sentimento neles vivenciados.

As lágrimas que desciam da face do mais novo e pingavam no chão eram visíveis para todos, no entanto, ele não podia controlá-las. Não quando a pessoa mais importante de toda a sua vida sofria e ele não podia fazer nada para ajudar. Tomaria toda a angústia de Taehyung para si próprio se pudesse, jamais deixaria que ele derrubasse uma lágrima novamente, jamais permitiria que aquele sorriso peculiar e contagiante que tanto amava fosse apagado do seu rosto. Mas naquele momento, ele não tinha esse poder, então apenas lhe restava sentir.

Segurou na parede do corredor escuro enquanto tentava regular a própria respiração. Sentia que suas pernas cederiam a qualquer momento.

Não conseguia apagar da mente a imagem do colega totalmente frágil e vulnerável no palco. Conhecia o rapaz bem o suficiente para saber que ele não era de demonstrar fraqueza em frente as pessoas. Ele escondia suas aflições e seus problemas, nunca chorava em público, estava sempre protegido com uma enorme armadura que ocultava seus verdadeiros sentimentos.

Taehyung gostava de passar a imagem de alguém forte, alguém que estava sempre alegre, por isso, vê-lo tão debilitado, expondo suas angustias em frente a uma multidão, significava que ele não aguentava mais lidar com aquilo sozinho.

Lembrou-se das palavras de minutos atrás:

“Ela era alguém com quem eu podia conversar sobre as minhas dificuldades, lamentações e sobre o que eu queria comer...”

E não pode deixar de pensar com pesar nas vezes em que Taehyung recorreu a mulher para pedir conselhos sobre seus conflitos, que incluíam Jeongguk. Ela era a única pessoa na família dele que sabia sobre o romance dos dois, e que os apoiava com todo amor que seu grande coração materno possuía.

Estaria sempre fresco na memória do Jeon a enorme cara surpresa do Kim, quando, ao levar o adolescente de fios negros para passar um final de semana na casa da avó em Daegu, a senhora perguntou ao neto na porta de seu antigo quarto:

– Tae, o seu namorado vai dormir com você no seu quarto? Posso arrumar a cama de vocês? – Ela soltou as palavras com toda a naturalidade do mundo.

E Jeongguk jurou que o coração de Taehyung pararia de bater ali mesmo, na casa da avó dele em Daegu, e ele teria que explicar para o resto do grupo - e do mundo - o motivo do seu inesperado e trágico infarto.

– Ora, Tae! Não faça essa cara! Não achou que poderia esconder isso justo de mim, certo? Vocês são mais óbvios do que pensam. – Concluiu em meio a gargalhadas, enquanto se retirava do cômodo, deixando um Taehyung embasbacado para trás.

Aquele foi, certamente, um final de semana agradável, onde puderam compartilhar ótimos momentos juntos em família, e ainda por cima podiam se empanturrar com a ótima comida da avó de Taehyung, que tinha sabor de lar. Somente naqueles dois dias, perdeu as contas de quantas vezes ouviu a voz da doce senhora repetindo incansavelmente que os dois deveriam comer bastante para se manterem sempre fortes e saudáveis! E também porque gostava de vê-los bem gordinhos. Os jovens, é claro, não hesitaram em obedecer a mais velha, ao mesmo tempo em que lhe segredavam alguns detalhes do início daquele romance conturbado. Ela, por sua vez, escutava os dois jovens com brilho nos olhos.

Jeongguk encostou a testa na parede do corredor escuro e sorriu triste ao recordar daqueles dias felizes.

Agora Taehyung não tinha o apoio de mais ninguém da família naquela loucura da qual enfrentavam.

O pilar mais importante, aquele que fortalecia seus dias e lhe dava ânimo para superar todas as barreiras que encontrava no caminho, não existia mais.

Agora tudo estava diferente.

Haviam dias que o acastanhado o evitava e se mantinha distante. Jeongguk respeitou seu momento de luto, por isso não invadiu o espaço do garoto que se mostrava relutante. E por mais que quisesse abraça-lo e nunca mais deixá-lo escorregar dos seus braços, não o forçou a nada.

Entendia que ele precisava de um tempo, e assim o deu. Mas agora ele não podia mais deixar aquela situação se estender, ele precisava cuidar do seu hyung, para só então, tentar cicatrizar suas feridas.

– Jeongguk você está bem? – Sentiu quando a mão do mais velho, Jin, encostou em seu ombro e obrigou-lhe a encará-lo. Passou a manga da blusa larga em seus olhos e tentou se recompor antes de responder o amigo que demonstrava preocupação.

– Estou sim. Onde está Taehyung? – Perguntou sem cerimônias. O mais velho suspirou e lhe direcionou um olhar compreensivo.

– Ele está na van junto com os outros. Nós estávamos te esperando, vamos? – Jin segurou na mão do garoto e o levou consigo, enquanto tentava lhe transmitir algum conforto.



Já faziam alguns dias desde que Taehyung fizera sua revelação no show, mas pouca coisa havia mudado. Agora, porém, se comunicavam mais, especialmente nas refeições em grupo, onde todos relaxavam e aproveitam a companhia uns dos outros. Vez ou outra assistiam alguns animes e filmes juntos. O Jeon sempre fazia questão de lhe preparar um balde grande de pipoca, acompanhado de seu refrigerante favorito.

 Faria o que estivesse ao seu alcance para ver um sorriso mínimo no rosto do seu hyung preferido.


Jeongguk andava em direção ao próprio quarto, enquanto divagava sobre o que poderia fazer para animar Taehyung naquele dia de folga. Talvez o chamasse para sair (e mesmo que a probabilidade fosse ouvir uma resposta negativa) buscaria outra alternativa; poderia pedir japchae, a comida favorita dele, depois poderia fazer companhia ao garoto jogando alguma coisa que ele mesmo escolhesse.

Foi em meio as divagações que ele ouviu um fungado vindo da porta à frente, que estava entreaberta. Colocou a cabeça dentro do cômodo e viu o garoto de cabelos castanhos, que considerava tão bonito aos seus olhos, segurando um álbum em meio a um choro silencioso.

Jeongguk se aproximou da cena e pode ver por cima dos ombros, fotos de infância, onde Taehyung sorria na companhia da avó. Sentiu o coração apertar quando viu ele passar os dedos longos pela imagem, que lhe traziam tantas lembranças. As lágrimas que escorriam do seu rosto molhavam o papel.

Ajoelhou-se em frente ao garoto que estava sentado na própria cama, e com muito cuidado, retirou o álbum das mãos dele. Fechou o objeto que carregava um significado sentimental enorme com delicadeza, e só naquela hora, ele pareceu notar a presença de Jeongguk, encarando-lhe com surpresa.

Não gostava de ser pego desprevenido daquele jeito, no entanto, não pode evitar que mais lágrimas escorressem ao olhar nas orbes escuras daquele que lhe encarava com tamanha compaixão. Ele sabia, que desde o princípio, Jeongguk estava sofrendo consigo. Sabia também, que não se tratava de mera questão de empatia, era algo ainda maior que isso: compartilhavam os mesmos sentimentos porque estavam conectados.

– Jeongguk... – Não precisou dizer mais nada, porque em seguida ele o abraçou.

Taehyung envolveu os braços ao redor dos ombros dele e escondeu o rosto na curvatura do seu pescoço. Deixou que as lágrimas esvaíssem de seu corpo em meio aos soluços, enquanto era embalado pelos braços protetores daquele que tanto gostava. Não estava mais com medo de mostrar tudo o que sentia ali, porque estava plenamente confortável naquele abraço regado a carinho e compreensão.

O Jeon permitiu que o Kim chorasse no calor do seu colo e acariciou os cabelos castanhos até que não houvessem mais lágrimas para ele derramar.

E quando percebeu que o garoto havia se acalmado completamente, decidiu que já era hora de se manifestar.

– Tae, levanta. – Taehyung o encarou sem entender. – Nós vamos sair e dessa vez eu não vou aceitar um “não” como resposta.

– Mas...

– Sem "mas". Se arrume e coloque um casaco bem quente.

Jeongguk se retirou do quarto rapidamente, sem permitir que Taehyung tivesse tempo de lhe responder. Estava decidido a melhorar o dia do outro, e ele conseguiria. Ele era o Golden Maknae, afinal.

Alguns minutos depois, Jeongguk saiu do quarto vestindo uma jaqueta preta e touca da mesma cor.

Encontrou o mais velho na sala com um bico nos lábios e um moletom de colegial bem grande e quente, como ele havia pedido. 

Pegou o cachecol e a touca de tom avermelhado, que ele carregava nas mãos, e vestiu Taehyung com ambas as peças. Estavam em janeiro, o mês mais frio do ano, e ele precisava cuidar do seu hyung de todas as formas que pudesse.

– Pronto, agora está perfeito! – Finalizou segurando a pontinha do nariz do mais velho entre seus dedos, que esboçou um - quase - sorriso mínimo adorável.



– Isso é serio, Jeongguk? Pensei que você fosse mais criativo. – Disse debochado, encarando a porta de entrada da casa de banhos que não ficava há muitas quadras de distância do dormitório deles.

– Isso não é problema, Tae – desdenhou – eu posso te levar para jantar em algum restaurante caro, onde eles servem pratos com lesmas no meio, depois nós podemos dar um passeio no meu helicóptero particular, enquanto apreciamos a vista de Seoul tomando um vinho tinto da safra de 1897 ouvindo Tchaikovsky. – Respondeu com a voz tranquila, como se aquilo fosse algo absolutamente comum no seu cotidiano. Recebeu uma alta gargalha como resposta.

– Acho que a sauna já está bom. – Disse Taehyung e Jeongguk lhe devolveu o sorriso. Mas no instante seguinte, sua expressão voltou a ficar séria.

– Eu falo sério quando digo que faria o que você quisesse, Tae. Mesmo que seja andar de helicóptero a essa hora. Desde que isso te faça feliz, eu dou um jeito. – Mirou o outro com intensidade.

Taehyung parou de sorrir e devolveu o olhar para ele, desviando em seguida. Suspirou antes de finalizar a conversa.

– Vamos entrar de uma vez.



– Uau! Isso foi revigorante, Jeongguk! Tinha tanto tempo que eu não vinha até a sauna. Eu me sinto tão relaxado! Eu só queria minha cama agora... Ei, vamos assistir One Piece quando chegarmos no dormitório? A gente pode até pedir frango frito! Me deu uma fome. – Gesticulava com as mãos desdenhando círculos na barriga enquanto falava. Era incrível como o humor dele poderia variar tanto em apenas um dia.

Jeongguk sentia-se feliz ao vê-lo animado.

Após o desconforto inicial - em que Taehyung não parecia estar completamente seguro dentro de uma sala pequena e cheia de vapor, apenas de roupão e com o corpo pingando - o clima suavizou com uma conversa agradável sobre animes e mangás. Taehyung revelava com empolgação alguns spoilers do mangá One Piece que ainda não estavam no anime. E no final, ele até mesmo permitiu que os pés de Jeongguk deslizassem até os seus, num carinho gostoso. Ambos apreciando o contato.

Taehyung parou de falar e girou o corpo para encarar o garoto que estava com as mãos nos bolsos da jaqueta preta, caminhando atrás de si.

– Por que não viemos aqui antes? Eu acho que precisava disso. – Falou com falsa indignação.

– É que você não parecia querer a minha companhia.

– Certo. – Taehyung se virou e voltou a andar, encolhendo-se no próprio casaco. Estava frio e voltariam a pé para o dormitório que não ficava longe.

Foi retirado a força dos seus pensamentos quando sentiu um violento impacto, bem atrás da cabeça, e que quase lhe fez cair de cara naquele chão coberto de neve. Olhou para trás perplexo, encontrando um Jeongguk com a expressão de uma verdadeira criança que acabou de cometer a maior das traquinagens.

– Você não fez isso, sua criança insolente!

– Desculpa Tae, desculpa mesmo... É que eu acho que vou fazer de novo. – Soltou as palavras com um tom claro de falsa culpa.

 Taehyung desviou rapidamente o olhar para as mãos dele, percebendo que ele segurava mais uma bola de neve, pronto para atacar.

– Droga! – Tentou desviar a tempo mas já era tarde demais. Foi atingido em cheio bem no meio da cara. – Você me paga, Jeon! – E assim ele não demorou para ir fazer sua própria bola de neve. Jeongguk se arrependeria por ousar provocá-lo daquela forma! Correu atrás do dongsaeng mal educado e que não tinha um pingo de respeito pelos seus hyungs com empenho. Estava decidido a vencer aquela batalha.

Ledo engano. Mesmo que corresse com o máximo de agilidade que conseguia, escondendo-se atrás de toda proteção que aparecia em seu caminho, mesmo que fizesse tantas bolas de neve a ponto de machucar as palmas das mãos, ainda assim, era mais atingido do que conseguia atingir.

E naquela hora ele se encontrava encurralado, assistido o Jeon andar em sua direção, segurando o verdadeiro Monte Everest com as duas mãos. Taehyung sentia algo muito próximo de medo. Na verdade, ele estava apavorado.

– Jeongguk olha o tamanho disso... Tenha piedade do seu hyung. Eu prometo fazer o que você quiser. Por favor, larga isso – implorou com o tom de voz mais choroso que conseguiu fazer. Por fim, sabendo que não iria conseguir amolecer o coração do maknae que jamais aceitava perder uma batalha, Taehyung fez a única coisa digna que lhe restava: ajoelhou-se na neve e esperou sua sentença de morte com os olhos fechados.

 Seria uma morte rápida e indolor, ele pensou. Quando menos esperasse já teria acabado.

Portanto, se surpreendeu ao sentir os lábios quentes do outro em sua bochecha direita. Abriu os olhos e encarou as orbes ônix que o miravam com devoção. As mãos geladas faziam um carinho singelo na outra face.

– Eu nunca te machucaria, Tae. Na verdade, eu espero sempre fazer o contrário. – Taehyung parou as mãos de Jeongguk e desviou o olhar. Não seria capaz de mantê-lo.

– Nós temos que ir. Já devem estar sentindo nossa falta. – Sentenciou, levantando-se rapidamente. Ele só queria ir embora. Mas Jeongguk impediu que ele se afastasse, segurando-lhe pelo pulso.

– Não, Tae. Não fuja, nós precisamos conversar. Vai ficar me evitando até quando? Por favor, não me exclua da sua vida dessa forma. Eu não vou suportar...

– Não vai suportar, Jeon? – Taehyung, por fim, esbravejou. – O que você não vai suportar? Quem não suporta alguma coisa sou eu! Você não tem ideia do quanto é difícil ter que lidar com tudo sozinho! Toda essa pressão e loucura que a gente vive...  Está tudo uma droga e a única pessoa que me compreendia não está mais aqui para me apoiar! Eu não posso mais, Jeongguk. Me desculpe, eu apenas não posso. – Abaixou a cabeça enquanto sentia que as lágrimas viriam mais uma vez naquele dia.

– Olha pra mim, olha nos meus olhos. – Segurou com as duas mãos o rosto do outro, obrigando-lhe a fitá-lo. Se encararam por alguns segundos com intensidade. Jeongguk tentava transmitir toda a segurança que conseguia, preparando-se para o que diria a seguir: – você não está sozinho e nunca esteve. Você tem a mim ao seu lado, você ainda tem os seus pais, a sua família e todos os membros do grupo. Todos nós te amamos incondicionalmente e vamos te apoiar sempre. Droga, Tae, eu te amo tanto! – Jeongguk contemplou o rosto do mais velho, quando este fechou os olhos e estremeceu com o peso daquelas palavras. – E eu sei que você também me ama – continuou – porque eu sinto o que você sente, lembra? Então me deixe continuar fazendo parte da sua vida, me deixe cuidar de você do mesmo jeito que eu cuidei quando você adoeceu no Japão. Aquele dia eu te disse que sempre estaria ao seu lado, te protegendo da mesma forma que você sempre fez comigo. Você sempre cuidou tão bem de mim, Tae... Você sempre me apoiou, sempre me defendeu e me ensinou tanto. Você sempre esteve ao meu lado nos momentos bons e ruins, mesmo quando eu não passava de um garotinho tímido e esquisito, ainda assim você estava lá. Sabe por quê? Porque é isso o que nós fazemos. Nós protegemos e cuidamos um do outro, porque nos amamos e não suportamos ver que estamos sofrendo sozinhos.

Jeongguk encostou sua testa na de Taehyung, passando-lhe tranquilidade, assim que sentiu que ele começou a soluçar. Passou a mão no rosto daquele que tanto amava, enxugando cada lágrima, que não deveriam surgir naquela rosto nunca mais. 

– Tae por favor, me permita enxugar suas lágrimas, ser o seu ombro amigo, o seu namorado. Aquele que vai estar com você em todos os momentos. E eu não estou te dizendo que de repente tudo vai se tornar simples e fácil. Eu estou te dizendo que é muito mais difícil quando não estamos juntos, porque a minha alma depende da sua e a sua alma depende da minha.

Jeongguk sentiu quando Taehyung segurou em sua nuca, acariciando os fios de cabelo que as mãos firmes tocavam. A respiração dele era desregular, Jeongguk pode sentir, com prazer, o hálito fresco que atingia seu rosto. O acastanhado tocou a ponta do seu nariz ao do moreno, fazendo um pequeno carinho ali, como um gatinho manhoso. Taehyung, então, começou a deslizar a ponta do nariz por todo o rosto do outro, acariciando e cheirando. Ele estava sentindo Jeongguk enquanto tentava expressar todos aqueles sentimentos sólidos dentro dele com aquele afeto puro, sincero. E era tão bom sentir Taehyung, que ele não resistiu em inclinar ainda mais o rosto, entreabrindo os lábios.

Naquele momento, nada mais importava. Era apenas os dois, no meio da neve, e aquele envolvimento que beirava o celestial.

Não mais suportando a ausência de contato com os lábios do outro, Jeongguk atacou a boca de Taehyung num beijo carregado de paixão. E o Kim não tardou em aprofundar o beijo, buscando a língua do Jeon enquanto tentava confirmar todas as palavras que foram ditas naquele gesto.

Jeongguk apertou o garoto que tinha os braços ao redor dos seus ombros e evolveu-o, como se estivesse segurando o bem mais precioso do mundo. Taehyung era o seu mundo.

Beijaram-se com avidez e ardor, transmitindo todo o amor e toda a saudade que sentiam daquele contato, do qual definitivamente não poderiam viver sem.

Se separaram quando sentiram a neve tocando em suas peles. Olharam-se cúmplices, com brilho nos olhos e um sorriso verdadeiro.

– Jeon Jeongguk eu te amo e preciso dos seus cuidados da mesma forma que preciso de japchae para sobreviver – sorriu sincero – me desculpe por achar que eu poderia seguir sem você. A partir de agora, vamos compartilhar todos os momentos das nossas vidas juntos.


E naquela noite, depois de muito tempo, Taehyung não chorou no silêncio do seu quarto até pegar no sono. O rapaz dormiu seguro e protegido no mais confortável dos abraços daquele com quem partilhava sua alma.


Notas Finais


E aí, gostaram? Críticas construtivas são bem vindas.


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