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História Certo e Errado (Larry Stylinson) (2K17)(cancelado). - Capítulo Cinco.


Escrita por: MillaWand

Capítulo 5 - Capítulo Cinco.


Louis. 

''Não senhor, eu não uso drogas... Que estereótipo mais antiético, não? Posso ter vindo da Jamaica, porém tive uma boa educação...'' Aquilo havia me irritado bastante, não queria comentar mais nada, mas seria mau de minha parte. 

''Me desculpe por isso, foi chato de minha parte. Só pensei que...'' 

Foi mais que chato.

Foi idiota. 

''Nem todos que moram na Jamaica usam drogas. E saí de lá muito cedo, não tive tempo de experimentar drogas ilícitas.'' 

 ''Então... Está preparado para a nova vida e o novo trabalho?'' Era como se Harry quisesse cortar aquele assunto desagradável.

Idiota. 

''Acho que eu não deveria estar puxando assunto com o senhor.'' Murmurei, os olhos fixos na janela ao meu lado. 

''Tudo bem, se não quiser conversar, podemos ir calados meia hora até o destino.''

''Eu não queria que isso acontecesse, mas quem sou eu para conversar assim, sem nenhum assunto com o senhor?''

''Louis, senhor está no céu, sou apenas mais um que comanda uma empresa vagabunda.'' Ele me fez mesmo engolir essas palavras? 

Esse louco realmente chamou a empresa dele de 'uma perda de tempo' indiretamente?

''Eu não sou melhor do que ninguém para ser tratado como um Deus.''

''Mas minha obrigação, acima de tudo, é te tratar com respeito, pois o sen-... Você é meu chefe.'' 

''Não quero que fique me privando das coisas apenas porque sou seu 'chefe'. Ah, me sinto tão sozinho...'' Não sabia do que ele estava falando, apenas calei a boca e não falei mais nada durante todo o trajeto. 

Assim que o motorista estacionou, olhei através da janela o grande prédio e fiquei fascinado. Nem mesmo o sol era capaz de iluminar o chão em frente ao prédio de tão alto que era. 

Ia abrindo a porta para sair, mas Harry já estava do outro lado, com um guarda-chuva nas mãos. 

''Vem, não quer se molhar no seu primeiro dia no emprego, não é? A chuva está meio forte.''

''Você não precisa me tratar com essa mordomia toda.'' 

''Só estou tentando ser gentil.'' Nós andamos lado a lado, embaixo do guarda-chuva, até a porta central. ''Espere, não entre. Nós vamos juntos.''

''É sério?'' Me deixe em paz! Marcus, eu te mato! ''Se não for incômodo.''

''Nenhum. Vou te mostrar cada lugarzinho desse lugar.'' Assenti, derrotado. ''Bom, vamos começar pela recepção.'' 

Mais poltronas de couro espalhadas por todo o canto. Balcões de mármore ou madeiras espalhados por todos os lugares; um bebedouro por metro quadrado; quadros por todas as paredes. Parece mais uma galeria de arte do que uma editoria. 

''Bom, aqui é onde você poderá consultar sobre como as vendas das revistar estão indo. Pode pedir um saldo, Mary sempre tem as melhores notícias de vendas, mas ela chega pelas nove. Depois poderá conhecê-la. Vem comigo.'' Andamos até um elevador próximo e entramos. Harry apertou o botão do segundo andar e esperamos atencioso. 

Ele olhava no relógio, impaciente, me causando um tanto de ódio. 

''Você tem um compromisso, não tem? Nem deveria estar aqui.'' Fui rápido em dizer. 

''Não tem problema, é só uma reunião boba, não tem problema eu faltar.''

''Tem sim, não quero que tenha problemas por minha conta. Vá nessa reunião, eu peço ajuda para outra pessoa me mostrar o local.''

''Você tem certeza, Louis? Eu só queria... Passar mais tempo contigo, mas já que insiste... Mas deixe isso de lado, vou procurar uma boa pessoa que possa te mostrar tudo isso, uma que conheça esse lugar da cabeça aos pés!''

''Certo, senhor Harry, eu espero poder conhecer bem meu local de trabalho.'' Agora sim fui bem forçado. 

Isso, sai do elevador, me deixa um pouco em paz. O telefone em meu bolso tocou. 

''Alô?''

''Louis!''

Ah não. Me livrei de algo ruim para entrar em um duas vezes pior. 

''Oi, Marcus, estou no trabalho. É bem divertido aqui...'' 

''Eu  sabia! Desculpe, ligo mais tarde... Ou você me retorna?''

''Retorno sim, não se preocupe, até, então...''

Até nunca. 

~*~ 

Saí do táxi no meio da chuva. Caminhei lentamente até a porta da casa, o telefone estava tocando loucamente em meu bolso, apenas atendi quando já estava dentro da sala, em segurança. 

''Oi, Marcus...'' 

''Se você estava louco para receber uma ligação dele, o azar é seu, caiu do cavalo.''

''Ah, Ashellen, é você, que saudade.''

''Seu forçado. De qualquer maneira, estou com Mark aqui na linha, como me pediu, trouxe ele aqui justamente para falar com você.''

Sentei-me no sofá, em silêncio, o telefone sobre o ouvido. 

''Eu posso passar para ele?''

''Pode.'' Na verdade, não sabia nem o que dizer, o que comentar, seria no maior improviso. Houve um chiado na linha, e depois um longo silêncio. 

''Oi, Louis.'' Suspirei, apenas deixando o silêncio entre nós ainda mais longo. 

''Mark...'' 

''Sinto sua falta.'' 

''Também sinto a sua.'' 

''Eu fiz uma música para você, mas não vou cantar porque não sei a melodia.'' Sorri.  ''Então, é mais ou menos assim...'' 

Enquanto ele recitava, ouvi tudo calado, as lágrimas escorrendo no silêncio, uns sorrisos surgiam em meu rosto involuntariamente, sentia falta de Londres mais do que nunca. 

''E você tem os olhos mais lindos que já vi na face da Terra, Louis.''

''Obrigado, você também tem olhos lindos, e um coração tão puro...''

''Acho que preciso desligar agora, nós conversamos outro dia. Estou louco para ver sua revista, não me decepcione.''

''Prometo que não irei te decepcionar. Fica bem, ok? Sinto sua falta.'' Ele desligou o telefone e deitei no sofá, abraçado ao travesseiro. 

~*~

Novo dia. Apenas ouvi a buzina do motorista e tranquei a porta, junto de minhas coisas. Hoje tudo iria começar para valer. 

Abri a porta do carro e entrei. 

''Bom dia, senhor motorista e...''

''Bom dia, Louis.'' Olhei para meu lado, ele estava vazio. Então vi que Harry me observava, no banco do motorista, sorrindo. 

''Você... O que está fazendo aí na frente?''

''Nah, Jarry teve problemas, então resolvi ser seu motorista particular hoje. Isso em sua mão é um cigarro? Você disse que não usava drogas.''

Vai começar. 

Tudo outra vez.

 



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