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História Certo e Errado. (Larry Stylinson) - Capítulo Cinquenta.


Escrita por: MillaWand e curlystylesx

Capítulo 50 - Capítulo Cinquenta.


Louis P.O.V. 

''Obrigado.'' -Agradeci pela xícara de café que Octávio havia me dado. Nós dois estávamos esperando Florence arrumar o estúdio na sala. Não sei se o que estou sentindo era medo ou alguma outra coisa como arrependimento por ter aceitado, é uma coisa que nunca mais vai sair do meu corpo... 

''Por nada.'' -Ele se sentou no sofá em frente a mim, com um copo de leite em suas mãos.- ''Então, ancioso?''

''Não sabia que você tinha uma tatuagem.'' -Comentei, bebericando o café. 

''A fênix? Ah... Eu tenho ela a muito tempo, acho que desde o Ensino médio. Minha irmã havia acabado de começar seu curso e me usou como cobaia. Na época foi legal, mas doeu.''

''É isso que estou com medo de sentir. Dor...''

''Não se preocupe, minha irmã é sempre bem cuidadosa com esses detalhes. Pode doer sim, mas só no momento que está fazendo.'' -Assenti, colocando a xícara vazia sobre uma de minhas coxas. 

O clima rústico e o cheiro de rosas na casa deixava tudo tão lindinho... Acho que estou acostumado com o clima de cidade grande a meses e esqueci como era ser do interior. Aqui me lembra muito também a casa dos meus pais, não os visito a tanto tempo, não tenho notícias deles. 

''Louis...'' -Ele se levantou rapidamente do sofá e pegou a xícara que eu havia deixado escorregar sem perceber. Talvez estava perdido demais em meus pensamentos e esqueci de segurar a louça.

''Desculpa, estou um pouco distraído.''

''É, eu percebi...'' -Nos entre olhamos por alguns segundos e passos pesados foram ouvidos na escada. Florence desceu usando um avental branco, uma touca e uma máscara, luvas e um óculos protetor. Parecia mais que ela ia mexer em um enxame de abelhas do que fazer uma tatuagem. 

''Vamos? Chegou a sua hora.'' -Assenti, me levantando.- ''Ah ah, você fica Távio.'' -Me virei para ele que estava em pé, parado, talvez ia me seguir mas sua irmã o barrou. 

Subimos as escadas e os passos pesados dela fazia a madeira ranger cada vez mais. Entramos na sala, agora gelada pelo ar do ar condicionado e ela fechou a porta. Sentou em sua cadeira e pediu para que eu colocasse o braço apoiado na cama. 

''Mas antes tire a camisa, meu fofo.'' -Pediu e fiquei meio receoso ao tirar a roupa.- ''Vamos filho, eu não tenho o tempo todo, sou acostumada com pessoas tirando a roupa pra mim...'' -Tirei a jaqueta e deixei sobre a cadeira, retirando a camisa logo em seguida.- ''Agora sente na cadeira e relaxe seu braço o máximo que puder enquanto eu arrumo o álcool.'' -Coloquei o braço na mesa e ela pegou vários lenços, juntando dois ou três e colocando bastante álcool em gel. Depois, veio até mim e passou os lenços gelados, esterilizando onde seria feita a tatuagem.

Ela esterilizou quase meu bíceps todo. 

Depois, voltou para sua mesa e pegou a folha, tirando o que parecia ser um adesivo transparente. Depois colocou sobre meu braço tirando medidas certinhas.

''Que Deus me livre de todas as dores e que meu melhor amigo não me espanque...''

''Quer parar? Tá tirando minha concentração!'' -Pigarreou e calei a boca. Florence pegou o que parecia ser um canetão e começou a traçar o desenho em meu braço, pouco a pouco, sem errar uma linha, tudo com tanta agilidade que fiquei mais tranquilo ao saber que ela era mesmo responsável. 

''Quando for começar me avisa.'' -Florence assentiu, pegando sua pequena máquina QUE CONTINHA UMA ENORME AGULHA. Respirei fundo enquanto ela preparava um outro pano limpo e a tinta pra poder começar.- ''Quanto tempo vai demorar?''

''Umas três horas, mais ou menos.'' 

''O que? Eu não posso demorar muito pra chegar em casa! Já estou até perdendo o turno de meu trabalho! Vou apanhar demais, demais.... Tanto de meu chefe quanto de meu melhor amigo. E pensar que eu deixei de trabalhar pra fazer uma tatuagem!''

''Cale a boca, mas que chato!'' -Bronqueou novamente.- ''Vou começar.'' -Tirou o adesivo deixando só a base fraca do canetão e pegou a agulha, colocando na tampinha e pegando um pouco de tinta.- ''Não se mexa, é sério, relaxa.'' -Fechei os olhos e senti umas pontadas em meu braço. Doía demais, apenas serrei meu pulso forte e a ouvi suspirar.- ''Foram só dez agulhadas.''

''ISSO TÁ FURANDO EM MIM!''

''Você é muito dramático!'' -Passou o pano em cima, já tirando a pouca tinta de meu braço e furando em cima novamente.

''VOCÊ TÁ FURANDO EM CIMA, JÁ FUROU AÍ!'' 

''Mas é assim que faz Louis, não é fácil. Mais uma vez que você reclamar eu vou deixar assim, vai ficar horrível.'' -Assenti, deitando a cabeça em cima de meu outro braço. 

*****

Já fazia quase uma hora que nós estávamos ali e nada dessa menina terminar essa tatuagem. Do jeito que ela passa o pano em cima disso... O tanto de sangue que já saiu daqui... Só Deus sabe o quando eu estou chorando. A única diferença é que Octávio agora está sentado na cadeira, rindo da minha cara. Que desespero. 

''Louis, para quieto! Que ódio!'' -Pela vigésima vez fui bronqueado, e voltei a deitar a cabeça na cama. Fura, fura, dói. Ouvi o barulho da pequena máquina sendo desligada e suspirei.- ''Vamos parar por um momento, estou cansadinha. Vicenzi, vai buscar água pra nós dois.'' -Ele assentiu e se levantou da cadeira, saindo do quarto. Florence pegou um outro pano limpo e um pouco de álcool em gel, passando levemente em cima do que já estava tatuado. Nem me dei o serviço de reclamar de dor, já que nem meu braço mais eu sentia. 

''Tá doendo demais...'' -Murmurei.

''Depois eu vou dar uma pomadinha pra você passar, fica tranquilo, a dor passa rápido.'' -Assenti, olhando meu braço todo sujo de tinta.

''Vai demorar muito pra acabar?'' 

''Não, só mais duas horas.'' -Távio abriu a porta segurando uma jarra e dois copos. Colocou em cima da mesa de Florence, que encheu um dos copos e me deu. Foi como se minha garganta fosse um aspirador, a água desceu sem freio e precisei tossir pra não afogar.

''Nossa, devagar.'' -Ele se jogou na cadeira, suspirando.- ''E aí, como está sendo o resultado?''

''Dolorido.'' -Respondi rapidamente, vendo ela puxar sua máscara.

''Tá ficando melhor do que eu imaginava que ficaria. Nossa, está ficando muito lindo...''

''E dolorido.'' -Falei mais uma vez, devolvendo o copo a ela. Analisei meu braço por uns segundos, estou sentindo uma puta agonia de como está ficando.- ''Não tem como deixar assim mesmo?'' 

''A gente só fez a cabeça do bicho, Louis, sossega.'' 

''Foi uma péssima ideia fazer essa tatuagem.'' 

''A gente não pode voltar atrás.'' -Ela disse e colocou sua máscara, colocando um pouco de álcool nas luvas.- ''Agora vou voltar a fazer.... Se comporta.'' 

 ''Tente se destrair com alguma coisa, Louis, ajuda bastante.'' -Távio agora comia os doces que compramos na noite anterior. O encarei por alguns segundos, como se eu quisesse demonstrar um pouco de sarcasmo. Ele se levantou e puxou a cadeira bem ao meu lado, se sentando em seguida, como se quisesse me ajudar.- ''Cuidado, Louis.'' -Octávio avisou no momento que puxei um pouco meu braço, fazendo Florence quase errar. Senti sua mão na minha cabeça ao percebe que já lacrimejei. 

Depois de tanta dor, meu rosto estava vermelho e agitado. Não quis conversar com mais ninguém. Em frente a mim, havia um grande espelho quase colado no teto, para que Florence tivesse um reflexo mais complexo do que fazia. Eu me evitava olhar pra ele e ver a situação de como estava ficando. 


Mais tarde, quase duas horas depois, Florence já estava fazendo os acabamentos. Pela vilésima vez suspirei, meu braço estava dormente e pensei que acabaria perdendo os movimentos dele. 

''Só mais um pouco...'' -Ela terminou de dar as últimas batidas com a agulha e depois pegou outro lenço limpo e tirou a tinta. Passou um tipo de líquido que fez arder depois e enrolou com papel filme. 

''Tá pronta?'' -Perguntei, levantando minha cabeça que parecia tão pesada. 

''Sim.'' -Florence começou a mexer na gaveta e tirou um tubo de pomada.- ''Você vai passar isso duas vezes por dia após o banho, e nada de comer coisas gordurosas. Evite também tomar café.''

''O que isso tem a ver?'' -Comentei, me levantando da cadeira. 

''Só evite se não quiser que isso aí inflame.'' -Assenti, observando o estrago. 

''Mas ficou muito lindo.'' -Octávio disse.- ''E nem enrole, eu acho que um de seus clientes chegou.'' 

''Ah, pode avisar que só vou preparar o estúdio?'' 

''Claro Flore, vou aproveitar e levar o Louis comigo pra fazendinha.'' -Fiquei meio confuso e vesti minhas roupas com cuidado, e depois me despedi de Florence, saindo do quarto. 

Nós dois descemos as escadas e Octávio avisou a garota que ali esperava. Depois de ela subir para o estúdio, Távio se despediu de seu pai e finalmente saímos da casa dele. 

''Pra onde você vai me levar?'' -Ele abriu a porta do carro e entrei, o esperando. 

''É uma surpresa, vai saber apenas quando chegarmos lá. Seu braço está doendo?'' 

''Bastante, mas acho que me acostumo.'' 

''Ok, então vamos, temos muito a ver na nossa terceira parte do passeio.'' -Colocou seu cinto, sorrindo a mim. 

 

Estávamos passando com o carro por estradas do interior, a paisagem era fértil e verde, vibrante, mesmo na manha congelante. Era o território dos cavalos, muitos treinados e estábulos com algumas das melhores terras pra alimentar suas crias, fossem cavalos de corrida ou de exposição, parecia ser um negócio muito sério naquela área... Octávio não estava tomando cuidado na estrada, ele não parava antes de virar em curvas fechadas, pegava à esquerda e à direita sem pistas que eram iguaizinhas a última volta que tínhamos feito. Olhei para ele, para ver se parecia tão nervoso quanto eu. Ele estava me olhando, limpou a garganta e desviou o olhar, olhando pela janela em seguida. 

''Eu estou feliz que esteja aqui comigo...'' -Disse, diminuindo a velocidade e me sentei ereto, ansioso para ter uma visão ampla de tudo. Paramos em frente a uma grande porteira, no fim da estrada. Ela dava acesso à toda área de um Haras, estábulos e companhia. Octávio desceu do carro e depois abriu a porteira, voltando em seguida.

''O que você está fazendo?'' -Perguntei, tirando meu cinto. 

''Estou visitando minha antiga casa. Seja bem vindo.'' -Disse, entrando novamente no carro e batendo a porta.

''Você está brincando...''

''Tudo isso é do meu pai, de qualquer maneira, quando ele morrer...'' -Ele parou e engoliu em seco, dando partida.- ''Isso tudo será meu e de minha irmã.'' -Olhei pela janela o grande mato que agora estava na altura das janelas, mas aos poucos foi ficando mais baixo até que não passava de grama. Ele estacionou o carro de qualquer jeito em baixo de uma grande árvore e fechou as janelas.- ''Vem.'' -Abriu a porta e saiu. Meio confuso, fiz o mesmo, o acompanhando.- ''Espero que goste de fazendas.'' 

''Eu praticamente vivi em uma.'' -Comentei, o acompanhando pelo pequeno campo que tinha até uma pequena casa.- ''Uau...'' -Alguns cavalos viviam soltos, correndo e comendo a grama fresca e molhada, havia muitas galinhas, patos, porcos em um chiqueiro depois de uma cerca e vacas mais pro fundo da fazenda.- ''Você cresceu aqui?''

''Cresci em um colégio interno. Passei todas as férias aqui.'' 

''Deve ter sido incrível e emocionante para um menino, muito lugares para explorar... Olhe aquela ruína.'' 

''Eu não tinha permissão pra brincar lá. E era solitário. Nossos vizinhos moravam a uma distância considerável.'' -Ele deve ter ouvido o tom de 'pobre menino rico' em sua voz, porque se calou em seguida.- ''Aquela é a velha casa onde fabricavam carvão. Sempre pensei que a reformariam e eu poderia morar lá.'' 

''Então você sempre quis morar aqui?'' -Eu estava caminhando com as mãos para trás, ouvindo com cautela cada palavr que Távio dizia. 

''Em outro tempo.'' -Ele desviou o olhar de mim, olhando para o grande casarão que havia no Haras. Paramos diante dos degraus largos que levavam a enorme porta da frente. A porta se abriu e uma mulher com rosto simpático nos deu as boas vindas assim que nos viu. Octávio acenou pra ela e pegou em minha mão, subindo a escada e quase me arrastando.- ''Helena, as suas ordens.'' -Ele segurou a mão da mulher e a beijou delicadamente.- ''Esse é meu amigo, o Louis.'' -Apontou para mim e acenei delicadamente.- ''Louis, essa é a Helena, minha segunda mãe.'' 

''É um prazer, garotinho.'' -Sorri de leve e os observei se abraçarem.- ''O que te traz aqui, meu filho?''

''Eu vim passar na casa do meu pai e achei que era melhor vir visitar a senhora.'' -Ela aparentava ter em torno de seus cinquenta anos, cabelos longos e loiros e um pouco mais baixa que eu. 

''Ele melhorou? Fiquei sabendo que teve mais um de seus surtos e ficou mal.''

''Florence faz o possível pra que ele fique bem.'' -Continuei parado no mesmo lugar, balançando meu corpo levemente.- ''O estábulo está aberto?'' 

''Sim, por que?'' 

''Nada não, só vou checar os cavalos.'' -Ele disse, já se afastando dela. 

''Ok, toma cuidado!'' -Ela disse enquanto Octávio e eu descíamos a escada larga. Pisamos na grama novamente, mas dessa vez tomamos o rumo por trás da casa, onde era bem maior, equipava dois hipódromos e um estábulo com muitos cavalos. Octávio empurrou uma pequena porteira e esperou que eu passasse por ela.

''Onde vamos?'' 

''Conhecer meus filhos.'' -No começo não entendi muito bem, mas depois me toquei que estava falando de três cavalos que ficavam ali. Era um mais lindo que o outro, um preto com manchas brancas, um bege e um marrom. Bem escovados e pareciam muito tratados.- ''Esse é Fluffy, a égua.'' -Ele passou a mão na Égua (não cavalo) manchada.- ''Aquele ali é Jutsu e o outro Pietro.''

''Pietro?''

''Minha irmã que deu o nome, eu queria que fosse trovão mas... Né?'' -Sorriu, acariciando o Jutsu.- ''Ei, você quer cavalgar?'' 

''Ahn... Não, obrigado.'' 

''Qual é Louis? É divertido! Você nunca montou na vida?'' -Começei a rir, me lembrando de outras coisas.

''Em cavalos não.'' -Ainda bem que não entendeu meu recado e continuou acariciando o animal. 

''Vamos, vai ser divertido. Eu deixo você ir com a Fluffy, ela é a mais calma de todos. É tudo seguro, temos sela, equipamentos de segurança e outras coisas, quer?'' -Suspirei, atendendo o pedido. 

''Desde que não prejudique mais meu braço...''

''Não vai, prometo.'' -Começei a seguí-lo para outro lugar no fundo do estábulo. Era um lugarzinho mais reservado onde ele guardava as coisas para proteção.- ''Vai vestindo isso.'' -Deu um tipo de capacete pra mim e coloquei, tendo a ajuda dele pra ajustá-lo. Depois me deu umas luvas, joelheiras e alguma coisa que ia em meu peito, não sei o que exatamente era. 

Depois de pegar a sela pesada e colocar na égua, andamos para um dos hidrópomos dali, o que não tinha nenhum obstáculo. Era amplo e grande, para iniciantes. 

''Agora você precisa subir nela.''

''Era essa parte que eu estava temendo.'' -Falei. 

''Não se preocupa, eu vou te ajudar. Só precisa colocar o pé aqui e ter impulso com o corpo, jogar a perna por cima e pronto.'' -Coloquei o pé no lugar indicado e ele segurou minha mão, me ajudando com o impulso. Rapidamente joguei a perna por cima e pensei que ia cair do outro lado, mas Távio me segurou.- ''Não tanta força.'' 

''Me tira daaaaquiii!'' -Pedi, vendo a altura que era daqui de cima. 

''Segura essa corda e vai, eu vou te guiar.'' -Me deu a corda e ficou na frente da égua, a guiando devagar. 

''Octávio, eu vou cair.'' -Falei, segurando firme na corda conforme meu corpo balançava. Não é nada fácil como mostram em campeonato de hipismo na TV. 

''Se você ver sua cara de assustado... É a melhor coisa que alguém pode ver.'' -Começou a rir e parou de guiar ela, deixando andar sem rumo.

''ONDE VOCÊ VAI? VOLTA AQUI! OCTÁVIO!'' 

''Segura forte e não solta, não precisa ter medo, ela não vai te derrubar.'' -Segurei forte na corda. Conforme ela foi andando mais devagar fui pegando confiança, soltando a corda aos poucos e a batendo um pouquinho para que corresse.- ''Não bate tanto a corda, ela vai ficar brava!'' -Não entendi direito o que ele disse por causa da velocidade moderada que estávamos.- ''Louis! Pare de bater a corda!'' -A égua começou a correr bastante e começei a perder o controle. Não sei o que aconteceu depois, só sei que ouvi o Octávio gritando e lama por todo o lado.  Eu acho que caí. 

Olhei para o céu e suspirei, sentindo uma grande dor na lombar. 

''Eu acho que caí...'' -Murmurei, fechando meus olhos. 

''Louis, você tá bem?'' -Octávio se ajoelhou ao meu lado e colocou a mão sobre minha barriga, me ajudando a sentar depois. 

''Eu to cheio de lama...'' -Tentei limpar minha camiseta suja, mas não adiantou. 

''Eu falei pra você parar de bater a corda! Por que não me obedeceu? Que ódio!'' -Ele parecia bem bravo comigo. 

''Não precisa se preocupar, foi só um tombinho de nada.''

''TOMBINHO? Você poderia ter se machucado gravemente! Não era pra ficar batendo muito a corda! Eu disse que ela iria se irritar.'' 

''A ideia foi sua! Não bote a culpa em mim.'' -Ele suspirou, abaixando seu olhar. 

''Olha isso...'' -Mostrou meu joelho onde a calça havia rasgado e estava todo ralado.- ''Toma mais cuidado da próxima vez.'' 

''Não vai ter próxima.'' -Falei, o encarando. 

''Ok, acho melhor a gente cuidar desse seu joelho machucado. Vem, Helena vai te ajudar.'' -Ele estendeu a mão e me ajudou a levantar. 
              *****

 

Nós finalmente tínhamos pegado a estrada para voltar pra nossa cidade. Eram mais de três horas da tarde e eu estava tremendo de medo de voltar pra casa. Meu celular tinha acabado a bateria desde ontem e Octávio não quis emprestar o seu. Estávamos no final, e eu não gosto de fins, ele não gostava de separações e despedidas e não gostava de ir embora. Era o olhar dele que me intrigava, parecia sempre tão perdido por todos os cantos, e quando me olhava, era por poucos segundos e depois disfarçava. 

''Desculpa por ter sido tão rude com você, mas eu fiquei preocupado, pensei que tinha se machucado gravemente.'' -Ele me olhava pelo retrovisor e sorri de leve, dando de ombros.

''Não me machuquei, eu acho...''

''Em menos de vinte horas você conheceu toda minha família, fez uma tatuagem super dolorida, caiu do cavalo e machucou o joelho. Tem dia melhor que esse?'' 

''Esqueceu da parte de ser sequestrado e saber de quase toda a sua vida.'' -Nós dois rimos, ficando em silêncio depois. A grande placa avisando que chegamos à nossa cidade estava cada vez mais perto e abri a janela do carro, deixando o vento forte bagunçar todo meu cabelo. 

Finalmente, depois de longos vinte minutos, Octávio estacionou o carro em frente a meu apartamento. 

''Aqui é o ponto final.'' -Disse ele, batendo uma palminha.

''A gente vai se ver novamente?'' -Perguntei, o fazendo rir.

''Mas é claro, é só você me ligar e estarei disposto a te sequestrar novamente... E quem sabe acaba rolando uma tatuagem nova.'' -Começei a rir.

''Mas é sério, ela está boa?'' 

''É uma das melhores que eu já vi.'' -Assenti, já querendo me despedir.

''Eu preciso ir embora agora.'' 

''Ok.'' -Ele assentiu, destrancando as portas do carro. Tirei o cinto e dei um sorriso leve, abrindo a porta.

''Qualquer outro dia.''

''Eu vou esperar uma ligação sua. A próxima tatuagem que você vai fazer será uma xícara de café!'' 

''E um dente de leão.'' -Saí do carro, finalmente acenando para ele. 


Encontrei Niall na cozinha, devorando um sanduíche de frango. Eu já estava temendo o passeio em um espaço confinado; velocidade; e agora, estava temendo meu melhor amigo. Fiquei em silêncio parado na porta, o vendo de costas para mim, escorado na pia, mas acho que me viu pelo reflexo da janela e rapidamente parou o que fazia e virou desesperadamente de frente para mim. 

''Louis...'' -Deu passos largos até mim e puxou minha camiseta, me dando um abraço desajeitado.- ''Eu já estava fazendo quase um atestado de óbito seu!'' 

''Tá tudo bem Niall...'' -Ele começou a puxar minha orelha com certa força.- ''PARA, TÁ DOENDO!'' -Reclamei e ele puxou com mais força ainda, irritado. 

''Onde que você estava com a cabeça? Meu Deus Louis, eu vou te encher de porrada!'' -Além de puxar minha orelha, começou a dar tapas em meu braço 'machucado' pela tatuagem. 

''VOCÊ TÁ MALUCO?'' -O empurrei e coloquei a mão sobre o braço, reclamando de dor. 

''Eu maluco? Você que some por quase um dia e eu que sou o maluco? Vou te matar Tomlinson, te matar!'' 

''Já disse que estou bem!'' -Ele tapou seu rosto com as mãos, suspirando pesadamente.

''O que é que eu vou fazer com você?'' -Cruzei meus braços, já enjoado de tanto drama. 

''Eu não sei nem o que está acontecendo.'' 

''COMO NÃO? A CULPA É SUA! EU TE LIGUEI, MAS QUE DROGA!'' -Começou a me estapear novamente, me deixando com raiva. 

''PARA!'' -Segurei os pulsos dele, o impossibilitando de me bater.-  ''Para Niall, está tudo bem comigo, não se preocupe, shhh...'' -Ele foi parando de se debater aos poucos e depois parou, tirando minhas mãos de si. 

''Eu fiquei a madrugada todo acordado, preocupado, te ligando. Você não me deu nenhuma notícia, eu pensei que tinha acontecido alguma coisa.'' 

''Na verdade aconteceu sim... Digamos que eu... Saí da cidade.''

''Você o que?'' -Ele pareceu tão incrédulo que até tirou seu óculos. 

''Não foi culpa minha, foi culpa do Octávio. Ele ficou insistindo nisso e ia ser bem chato rejeitar.'' -Suspirei. 

''Tá bom... Eu espero que esteja tudo bem mesmo. Mas eu ainda vou pegar bem pesado contigo daqui pra frente, você me ouviu?'' -Niall deu dois tapas em mim, bravo. 

''Quase tudo bem...'' -Murmurei. Eu queria mostrar a tatuagem a ele, mas estava com medo agora. Pior que seria péssima ideia, já que agora está meio alterado e bravo comigo. 

''Quase? O que aconteceu? Ala, eu sabia que nada ia ficar bem, sabia que tinha alguma coisa errada.'' 

''Calma, não é uma coisa pra você ficar mais bravo do que está... Pode ficar tranquilo, é uma coisinha besta, nós vamos nos acostumar...'' 

''Vamos? O que você quer dizer?'' -Suspirei fundo e tirei a jaqueta encardida de lama, puxando a manga da camisa com cuidado. O papel filme enrolado não deixava a tatuagem aparecer direito, então o tirei, vendo como agora estava mais bonita. Niall colocou seu óculos e analisou aquilo por alguns segundos, sem nenhuma expressão.

''Então?... O que você achou?'' 

''Acho que vou para meu quarto...'' -Comentou, dando uns passos pra sair da cozinha.

''Ei, me diz o que você achou da minha tatuagem.'' 

''Eu achei legal, bonita...''

''É sério?'' -Perguntei, me enchendo de esperanças. 

''É claro... QUE NÃO! VOCÊ SAI DE CASA SEM DAR EXPLICAÇÕES, SOME, SAI DA CIDADE, FAZ UMA TATUAGEM...'' 

''Minha nossa Niall, você está bem?'' 

''Quero ficar sozinho.'' -Ele disse, saindo da cozinha com passos rápidos e virando para a esquerda, que levava ao quarto. As pernas dele eram mais longas que as minhas e tive que dar uma corridinha para alcançá-lo, alguns passos apressados, e depois, mais uma corridinha. Entre um leve pânico por ele ter saído com raiva e o fato de eu ter corrido, já fiquei sem ar. 

''Você sabe que isso não é motivo pra ficar bravo comigo.'' -Falei, segurando seu braço e o fazendo parar. 

''Agora não, tudo bem?'' -Eu o acompanhei, não queria dizer nada para irritá-lo. Permaneci ao seu lado, silencioso, mas presente. Não que ele não fosse poder fazer nada só porque eu estava ali. Ele era mais forte que eu, como meu ombro latejante demonstrava, um soco dele me derrubaria nesse estado que está. Ainda sim insisti, não deixando Niall fechar a porta do quarto na minha cara. 

''Niall, me ouve...'' 

''LOUIS!'' -Ele gritou na minha cara.- ''SAI DAQUI!'' -Ele havia parado de tentar fechar a porta e me pegou de surpresa. Gritou tão alto que ecoou pelo quarto, reverbou minha cabeça, machucou meus ouvidos, fez meu coração doer no peito. O brilho de raiva em seus olhos, suas mãos em punhos, ameaçadoras sem intenção, fizeram com que eu prendesse a respiração. Senti-me como uma criança que levara um berro de um adulto, aquela sensação surpresa, vulnerável, constrangida.  E senti-me sozinho, de repente muito sozinho. Niall se virou pra dentro do quarto e bateu a porta com tanta força que arrepiei por inteiro. E eu desmontei, curvei-me, as mãos no meu peito como se quisesse medir meus batimentos cardíacos, em busca de ar, tentando entender o porque de tanto nervosismo. E pela primeira vez, não tentei dialogar pelo lado de fora do quarto ou pedir desculpas, só deixei as coisas como estão. 

 

Senti um tipo estranho de calma ao me sentar no pequeno apoio da ponte e observar o lago. As margens do lago haviam quase congelado por causa do tempo e os patos voavam baixo, bicavam a água gelada e depois saiam voando para o céu, como se fosse frio demais para eles, sua fome não valia a pena. Funguei de novo, entediado, desistindo de limpar meu rosto das leves gotas de chuva que caíam. Era um tipo estranho de sentimento, esperar, sentir-se impotente para interromper uma atitude na qual eu me sentia o único responsável por tudo o que aconteceu, se eu não tivesse aceitado sair com Octávio, se eu não tivesse levantado daquela cama, se eu não tivesse tido aquele sonho... Minhas palavras eram tudo o que eu tinha, meus pensamentos eram tudo que eu tinha, mas ele não iria querer me ouvir. 

Escutei passos atrás de mim e meu coração bateu forte. Eram duas crianças encharcadas, cada uma segurava um pequeno guarda chuva, menino e menina, fixados em mim. Os olhei por uns segundos, segurando a barra de segurança fortemente. Os olhares eram lentos, não havia nada de pânico neles, nada nem mesmo ameaçador. Eles pararam atrás de mim e, depois, se entre olharam. 

''Você vai pular?'' -A menina disse e sorri involuntariamente, olhando para o lago congelado por segundos.

''Eu estava pensando nisso a minutos atrás.'' -Os dois se entre olharam novamente e pareceram preocupados. 

''Mas você vai?'' 

''Não garota, eu não vou.''

''Então por que está aí em cima, sem nenhuma proteção? E se por causa da chuva as barras ficarem escorredias e você escorregar?'' 

''Ah...'' -Tentei bolar uma resposta justa mas não consegui dizer nada.- ''Eu já vou sair daqui.'' 

''Por que você está aí?'' -Foi a vez do garoto perguntar. Fiquei de frente para o lago congelante a dez metros abaixo de mim. 

''Eu vim aqui pra ficar sozinho e pensar um pouco.''

''Nós estamos atrapalhando?'' -A garota disse e neguei com a cabeça, passando as pernas para o lado de dentro da ponte e descendo, ficando em terra firme. 

''Não, eu já estava indo para casa.'' -Comentei, sorrindo leve. 

''Se a gente não tivesse chegado, você teria pulado?'' 

''Não menina... Eu não pularia.'' -Começei a andar pela longa ponte e olhei para trás, vendo que os dois me seguiam.- ''Vocês vão me seguir até onde?''

''Não sabemos pra onde estamos indo, chegamos aqui em Doncaster ontem à noite.'' -Revirei meus olhos, colocando a mão no joelho e o observando os dois. 

''Ok, quem são vocês dois?''

''Eu sou Doris e ele é Ernest.'' -Assenti, observando como os dois eram bem parecidos. 

''Ok, prazer conhecer vocês, mas agora eu preciso ir para casa.'' -Dei as costas a eles e suspirei ao ouvir o passos de suas botas de borrachas nas poças de água.- ''Ok, o que querem comigo? Podem parar de me seguir, estou ficando com medo... Vem cá, cade a mãe de vocês?'' 

''Está arrumando o novo apartamento, nos mudamos pra cá, eu, Ernest, meu pai, minha mãe, minha irmã Lottie...'' 

''Sua irmã quem?'' -Perguntei novamente, talvez eu tenha escutado errado.

''Charlotte, Lottie...'' -Mordi minha bochecha, desconfiado.

''Como chama sua mãe?'' 

''Jay.'' -Arregalei meus olhos rapidamente e os dois pareceram se assustar com meu ato, tanto que deram um passo para trás.

''Doris... Você pode me levar até sua casa nova?'' -Ela segurou a mão do irmão e deram mais passos para trás.

''Desculpa, não vai dar, a gente precisa ir agora...''

''NÃO, Por favor...'' -Os dois me deram as costas e saíram praticamente correndo. Suspirei, voltando a andar. 

Eu queria conversar com alguém sem ter que brigar, uma conversa tranquila, alguém que me entendesse. 

''Louis? O que você está fazendo aqui?'' -E como um sinal de Deus, Josh surgiu no final da ponte. Estava com uma capa de chuva e um grande guarda chuva, segurava sua maleta de trabalho e o que parecia ser uma sacola de compras. 

''Oi...'' -Murmurei, parando em sua frente. 

''Você está encharcado! Vai ficar gripado, venha aqui...'' -Dividiu o guarda chuva comigo, passando o braço por meu pescoço para que cabesssemos os dois no mesmo espaço.- ''Meu Deus, você realmente vai ficar gripado. Por que está aqui na chuva?'' 

''Eu não sei, queria sair um pouco da minha casa, só isso.'' 

''O que é isso em seu braço?'' -Olhou minha nova filha assustado.- ''Quando que você fez isso?'' 

''Hoje. Não me pergunte o porquê, nem eu sei.'' 

''Vamos pra minha casa, eu vou cuidar de você, não posso te deixar aqui, assim.'' 

''Não, obrigado, eu tenho que voltar pra minha casa.'' -Agradeci e tentei me soltar dele, mas não deixou. 

''Vamos, não te dou escolhas.'' -Já sem opções assenti, começando a andar com ele. 

Estava muito frio, meus braços tremiam e estávamos quase terminando de andar pela ponte quando um caminhão passou e jogou água em nós. Xinguei um monte de nomes e Josh começou a rir de meu desespero. Não era ele que estava passando tanto frio como eu. 

''Então, por que você não foi trabalhar hoje? Eu tive que arcar com minhas tarefas e as suas! Passei a manhã inteira ouvindo reclamação de Harry preocupado, correndo pra lá e pra cá perguntando por você.'' -Engoli em seco, abaixando minha cabeça.

''Ele estava preocupado comigo?'' 

''Estava sim. Não parava de gritar, hoje ele  estava insuportável.''

''Desculpa, eu não passei a manhã na cidade hoje. Passei na cidade ao lado, não lembro o nome. Não vai acontecer mais, à partir de amanhã vou trabalhar direito.'' 

''Okay, então eu vou confiar em você.'' -Assenti, continuando a andar. 


Ele sentou-se perto de mim. Levantei uma mão para impedi-lo de se aproximar mais. Mordi o lábio para conter um novo surto de espirros e, sentindo que não conseguiria, desviei o rosto para o outro lado.  Josh pigarreou, mas ficou quieto por mais um tempo. Analisei a xícara de chá quente em minhas mãos e o cobertor quente envolvido em mim, tudo parecia perfeito a não ser o chá derramado no chão quando espirrei pela milésima vez.

''Não tem problema. Você costuma chorar sempre que está gripado?''

''Não é por isso que estou chorando.'' -Falei. 

''Ah, desculpe.'' -Pediu, e mesmo depois de ter levado tanto tenpo pra dizê-lo, ainda pareceu repentino. Não respondi, não sei porque ele me pediu desculpas de repente.- ''Aonde você foi?'' 

''Quando?''

''Te achei na ponte.'' 

''Fui esfriar a cabeça. Assustei muitos patinhos.'' -Ele soltou uma risada.

''Conseguiu esfriar a cabeça? Odiei te ver chorar.'' -Ele estendeu a mão e enxugou uma lágrima perdida em minha bochecha. Fechei os olhos e sem querer outra caiu.- ''Ei...'' -Falou, deslizando pelo sofá e colocando os braços nas bordas do sofá. Decidi não falar nada, apenas tomei o chá. Josh beijou o topo de minha cabeça e sorri um pouco.- ''Tudo bem?'' 

''Sim.'' -Ele olhou pra mim. 

''Louis, não minta, por favor. Não você. O resto do mundo pode mentir, mas você não.''

''Não estou mentindo.'' -Afastei-me dele.- ''Eu não mentiria pra você. Só estou um pouco chateado.'' 

''Não estou falando disso.'' 

''Do que está falando?'' 

''O que você estava fazendo naquela ponte?'' -Engoli em seco mais um vez, o observando.

''Ah... Eu havia saído pra pensar um pouco.'' 

''Talvez pular da ponte seria uma boa opção.'' -Josh imitou minha voz e me lembrei de umas coisas que disse a uns dias atrás. 

''Eu não acredito que você... Assimilou que eu pularia da ponte. Onde você anda com a cabeça ultimamente?'' 

''Não se faça de desentendido. Ninguém vai a uma ponte para 'pensar' depois de ter o óbvio pensamento de se jogar de uma.''

''Olha Josh, eu sou feliz demais pra isso.'' -Reclamei, colocando a xícara sobre a mesa de centro a minha frente.- ''Eu acho melhor eu ir indo pra casa, já está ficando tarde.''

''Não vai, fica, por favor. Desculpa, eu não quis ser ignorante com você. Só estou preocupado.'' 

''Não tem com o que se preocupar.'' -Ele franziu as sobrancelhas.

''Posso dizer uma coisinha?'' -Assenti, ficando ereto no sofá.- ''Você some por um dia e volta todo diferente...''

''Diferente como? Eu ainda sou o mesmo Louis de sempre.'' 

''Não, você não é o Louis que eu conheci a quatro anos atrás...''

''O tempo passa, as pessoas mudam...''

''As pessoas nunca mudam. Somos nós que não nos conhecemos direito.'' 

''É, você tem razão.'' -Suspirei, me aconchegando no cobertor quentinho. 

''Você acha que há alguma pessoa que não perceba que há algo de errado? Sério, pensa a respeito. Você acha mesmo que ninguém nota? Que ninguém se importa?'' 

''Por que você não tenta psicologia? Seria uma boa área pra cursar. Tens jeito pra isso.'' 

''Fico feliz por achar isso.'' -Ele murmurou e desviou o olhar. Em geral, quanto mais você continua insistindo na mesma direção sem resultado, mais ficava provado que estou fazendo a coisa errada. Eu passara três dias tentando pensar em como poderia fugir de meu chefe (que agora eu provavelmente odiava), mas a solução ainda não era boa. 

Eu não vou mais ficar batendo na mesma tecla sabendo que um dia ela quebrará. 

''Josh...'' -O analisei por alguns segundos, vendo sua expressão curiosa. 

''Pois não?'' -Me aproximei devagar dele e coloquei uma de minhas mãos em seu rosto. Ele me olhou confuso mas depois entendeu o recado, aproximando seu rosto do meu. 

Nossos lábios se colaram rapidamente, me fazendo sorrir contra sua boca. 



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