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História Certo e Errado. (Larry Stylinson) - Capítulo Cinquenta e Um (Explicito).


Escrita por: MillaWand e curlystylesx

Notas do Autor


L- Louis

Capítulo 51 - Capítulo Cinquenta e Um (Explicito).


Louis P.O.V.

Que horas eram? Seis horas. Eu já devia ter acordado, mas estava exausto. Na noite anterior, passei duas horas dando voltas pela casa pensando no que havia acontecido entre eu e Josh, mas nem adiantou pensar muito. Saí da cama e cambaleei pelo quarto, tropeçando em uma caixa de biscoitos que ficou no chão ontem. O quarto está tão bagunçado que não sei como Niall ainda não colocou fogo em tudo. Além das paredes todas marcadas com giz de cera expressando meu ódio, também havia farelos de salgadinhos em todo canto. Revirei minhas coisas procurando a caixa de sapatos onde eu havia escondido várias barras de chocolate, mas não as encontrei. Abri a porta do quarto e saí no corredor na ponta dos pés para não chamar a atenção de ninguém e ver se eu havia deixado os chocolates na geladeira. Mas quando eu coloquei os pés na cozinha, Niall estava segurando a caixa e muito bravo comigo, como sempre.

''Eu posso explicar...''

''Senta e toma seu café, não quero explicações.'' -Ele abriu a lata do lixo e jogou minha caixa de sapatos cheia de chocolate. Suspirei, me sentando entediado na mesa.- ''E depois direto pro banho, me entendeu?''

''Você vai falar comigo dessa maneira pro resto da vida?''

''Anda logo ou você irá se atrasar, está chovendo hoje.'' -Olhei pela janela e realmente caía uma chuva forte lá fora. Fiquei ainda mais entediado e comecei a comer o mingau que Niall havia me preparado. O mingau até estava bom, mas ele já fez melhores. Talvez esteja com raiva de mim, por isso fez com mal gosto, mas eu agradeço mesmo assim, ainda está uma delícia... Entre partes.

Depois do café (quase café), tomei um banho rápido e troquei de roupa, arrumei meus cabelos e escolhi qual sapato usaria hoje. Por mim eu colocaria botas de borracha, mas né... Saí do quarto e peguei o guarda chuva que ficava no pequeno armário da sala. Olhei no relógio e eram exatamente seis e quarenta. Eu teria tempo suficiente para chegar na empresa sem estar encharcado. Abri a porta do apartamento e antes de sair desejei um tchau a Niall, e como nesses últimos dias ele não me respondeu, hoje foi igual.

A rua estava cheia de poças e tive que tomar muito cuidado para não molhar a barra de minha calça. Os carros que passavam esbanjavam água por todo o lado, também tinha esse detalhe, mas graças ao bom Deus nada aconteceu comigo. Eu estava sequinho nesse caminho até a empresa.

Havia uns lugares no saguão onde você poderia pendurar seus guarda-chuvas e deixá-los ali por quanto tempo quisesse. Pendurei o meu e arregacei a manga de minhas camisas, com calor. Andei pelo chão escorregadio por causa da água que ali também estava e me direcionei para o balcão de Normani.

''Bom dia.'' -A cumprimentei, que fez o mesmo.- ''Que chuvona, não?''

''Então Louis, você viu? Não sei como não conseguiu se molhar tanto igual a maioria dos outros funcionários.''

''Paciência.'' -Batuquei um pouco no balcão.- ''Qual é meu dever hoje?'' -Ela rapidamente pegou um lote de folhas e me entregou.

''Curto prazo, trinta horas.'' -Suspirei, assentindo.- ''Mas deixe que Josh pegue quando ele chegar, o Sr. Styles está o esperando na sala dele, agora.''

''O que foi que eu fiz?''

''Acho que foi por causa de ontem que você não deu as caras.''

''Ah, faz sentido. Eu vou ir lá... Ver o que ele quer comigo.''

''Boa sorte.'' -Ela me desejou e assenti, andando pelo saguão até o elevador mais próximo.

 

Autor

Lá estava ele, parado em frente a grande porta. Mexeu em seus bolsos procurando o cartão e não encontrou. Achou que esqueceu em cima da cama, não podia ser. Deu algumas batidinhas e a voz de Harry soou baixo de dentro da sala, dizendo que podia entrar.

''Esqueci meu cartão... '' -Louis disse quase em um sussurro e segundos depois ouviu o barulho de passos pesados se aproximando da porta. Assim que ela se abriu, o garoto entrou rapidamente e a deixou encostada, caso quisesse sair.

''Senta. '' -Harry exigiu e ele puxou uma cadeira, se sentando confortavelmente nela.

''O Senhor queria falar comigo... Não é?'' -Harry estava fixamente encarando Louis, tanto que o menino pigarreou algumas vezes, querendo chamar sua atenção.

"De novo, aprontando mais uma vez?"

''Você mal sabe o que aconteceu, primeiro pergunte as coisas, juro que sou vítima. '' -Louis ergueu suas mãos para o alto e Harry mexeu em seus cabelos, suspirando.

"Você sabe que já não é a primeira vez que você me aparece aqui por essas suas irresponsabilidades, eu não sei mais o que fazer contigo. '' -Harry olhava para o garoto, incrédulo.

''Eu posso explicar tudo, juro. '' -Pediu com um pouco de calma, orando para que Harry pudesse ouvi-lo.

''Então conte, por que você não apareceu no trabalho e nem se justificou?''

''Foi um problema de última hora, eu prometo pro senhor que nunca mais vai acontecer.''

"Você sabe que não pode mais cometer nenhum tipo de atrocidade dessa maneira, não é?" -Harry escrevia algumas coisas em sua agenda, ele já estava acostumado com seu pequeno ali em sua sala, mal sabia que o menino em sua frente estava preparando alguma coisa, e Louis não conseguia se controlar lembrando dos toques de Harry em seu corpo. Ele então viu seu chefe anotando alguma coisa na agenda e rapidamente se curvou sobre a mesa, segurando o pulso dele, que o olhou confuso.

''Você não vai me dar trabalho em dobro né? '' -Harry suspirou, se soltando.- ''Por favor, eu faço qualquer coisa que o senhor quiser, mas não me dá uma advertência.'' -Sorriu de lado, voltando a se sentar.

"Se você não quisesse receber essas advertências você cumprisse suas obrigações, mas parece que nada adianta, trabalho em dobro também não resolve nada, você é um caso perdido garoto. '' -Harry falava olhando fixamente para Louis, que parecia não se importar muito com o que dizia.

Então em um impulso Louis se levantou da cadeira, ficando em frente à mesa de Harry. Deu a volta através da mesa e foi cantarolando, até parar bem perto da cadeira do seu chefe, que permaneceu imóvel. Curvou seu corpo pra frente, colocou sua boca no ouvido dele e carinhosamente sussurrou:

''Eu sou um caso perdido que se resolve com surra. '' -As palavras de Louis fizeram com que Harry se arrepiasse por inteiro, mas não fez nada, ele sempre gostou das provocações de Louis, e dessa vez, queria jogar um pouco.

''Sim, você merece umas boas surras. ''

 ''E essas surras não seriam aplicadas por ninguém mais, ninguém menos que o senhor.. '' -Louis levou sua boca mais perto da orelha de Harry e a mordeu, vendo que o mesmo agora estava com seus punhos cerrados. Então deslizou sua língua devagar pela parte sensível do pescoço dele, que gemeu baixo.

"Eu não costumo bater nos meus funcionários, mas você, eu abro uma exceção, você tem se comportado muito mal ultimamente, baby. '' -Se deixava levar pelos movimentos de Louis, por mais que ele soubesse que era errado, os dois queriam aquilo, a muito tempo, e os dois sabiam como se provocar. Então como Louis não era bobo ou coisa nenhuma, puxou a cadeira de Harry para si, ficando frente a frente com ele. Encarou o perfeito rosto de seu chefe e ousou a beijar aqueles lábios carnudos, pelo menos por alguns segundos. Harry segurou a cintura de Louis e se levantou da cadeira, o empurrando contra a mesa e pressionando seu corpo carinhosamente no de L, que gemeu entre o beijo.

Harry ouviu alguns leves toques na porta, o que o fez parar rapidamente o que estava fazendo para olhar, a porta estava aberta, sorte que não a abriram. Foi até a porta para saber do que se tratava, era apenas Normani para falar de alguns papéis, Harry não prestava atenção em nada, apenas mandou ela embora, fechou a porta e trancou, tendo certeza de que ninguém os atrapalharia de novo, e quando se virou novamente, viu que Louis estava sentado em sua mesa, balançando suas perninhas curtas, com um sorriso safado nos lábios.

Louis então resolveu provocar. Levou as mãos até a barra de seu uniforme e puxou a camisa devagar pra cima, até a altura de seu peito e olhou para Harry inocentemente, que já estava ficando excitado demais com as provocações dele.

‘’O que é isso em seu braço? ‘’ –Harry se referiu a tatuagem, mas Louis nem deu bola para a pergunta, ele só queria que seu chefe o pegasse de jeito.

''Hmm, eu nunca gostei desse uniforme da empresa... '' -Jogou a camisa no chão e desceu da mesa, disposto a tirar sua calça.

"Não, não. '' -Harry o agarrou pela cintura, o pressionando contra a madeira fria da mesa.- ''Eu tiro pra você, querido." -Falou no ouvido de Louis e colocou as mãos na barra de sua calça, desfilando ali por alguns segundos, até tirá-las totalmente. Louis agarrou os cabelos de Harry quando sentiu sua boca quente sugar a pele sensível de seu pescoço, deixando umas marcas ali. Harry foi mais ousado e puxou a cueca do garoto pra baixo, mas apenas de um lado. Ajoelhou-se e começou a beijar aquela região, ouvindo os gemidos que Louis soltava rapidamente.

Eles já tinham perdido totalmente sua sanidade, Louis estava apertado, e chegava a doer, puxava e enrolava o dedo nos cabelos longos e cacheados de Harry, enquanto ele continuava deixando beijos e chupões em sua cintura e suas coxas, até poder tomas coragem e tirar o resto do pano de seu corpo. L não sabia o que fazer, não sabia que suas provocações iam chegar a um ponto tão longe, mas estava adorando ter a boca de Harry percorrer suas curvas mais uma vez, ainda mais agora, se apertando ao redor de seu pau. L começou a gemer no nome de Harry que o encarava nos olhos, as grandes mãos agarrando suas coxas e deixando arranhões, as bochechas vermelhas de seu chefe e o sorriso em seus lábios quando parou de chupá-lo, masturbando um pouco.

Harry levantou-se e colocou L sentado na mesa mais uma vez, tirou sua blusa quente e seu cinto, e Louis só observava tudo, olhando cada detalhe do corpo de Harry enquanto mordia os lábios, seu chefe fez força contra seu corpo, o fazendo deitar em cima de toda a papelada na mesa, passou as grandes mãos por sua cintura e o resto de todo o seu corpo, foi deixando beijos em seu peitoral, barriga e foi descendo cada vez mais, enquanto L gemia descontroladamente.

Ele chegou até o baixo ventre de Louis, mordendo naquela região, fazendo o menino até soluçar algumas vezes. Louis ergueu sua cabeça e reparou que o encarava sério, por mais que não tivera medo, nesse momento ele pareceu surgir. Mas se tranquilizou quando Harry soltou um sorriso ao ver sua expressão sofrida. Louis mordeu seu lábio sentindo novamente a boca de Harry em si, mas dessa vez sugando com intensidade, o fazendo gemer bem alto.

''Faz aquilo de novo... Aahh... '' -L pedia cada vez mais, arqueando suas costas a cada toque sensível.

"O que você disse baby?" -Harry parou os movimentos e se afastou um pouco, só para ouvir Louis implorando por mais, ele já estava totalmente louco, e não queria nem saber se era apenas um de seus funcionários ou não, ele só queria poder tocar todo o corpo de Louis, e poder lhe dar uma boa surra de todas as suas irresponsabilidades ali na empresa.- ''Repete pra mim, pequeno.''

Louis tentou falar, mas não conseguiu, já que Harry o observava, claramente esperando uma resposta óbvia.

''Por favor... '' -Gemeu manhoso, encolhendo seus pequenos braços. Pode ouvir a risada de Harry, e isso era só mais um tipo de tortura, saberia que perguntaria novamente o que ele quer. - ''Faz aquilo de novo... '' -Voltou a pedir, fechando seus olhos e gemendo necessitado.

O maior riu com a situação do garoto, ele estava totalmente necessitado e entregue para si, ele queria poder torturá-lo cada vez mais e mais, ele nunca iria o perdoar por ter provocado. Agarrou seu membro com a mão e lambeu toda a extensão com sua língua quente, Louis impulsionou o quadril pra cima, procurando mais contato, ele gemia sem controle, estava totalmente perdido, mas adorando toda aquela situação, estava amando aquelas mãos de Harry o tocando, e sua boca o provocando arrepios. Harry não mediria esforços, sabia que depois daquilo talvez Louis não voltasse mais à sala dele, então resolveu aproveitar bem. Enquanto chupava o menor, abriu as pernas dele vagarosamente e deslizou sua mão devagar para não assustá-lo. Talvez Louis nem tenha percebido, já que seus olhos estão fechados e apenas consegue gemer o nome de Harry. Seus dedos deslizaram pela entrada de Louis, que puxou seus cabelos com força, sempre pedindo mais. Ouvir os gemidos de seu pestinha foi a melhor coisa que já ouvira na vida.

Harry começou a deslizar o seu dedo pela entrada de Louis, procurando o provocar cada vez mais, parou os movimentos com sua boca, passando a dar mais atenção para seus dedos, percebeu o quanto Louis tava nervoso, já que tocara em uma parte sensível de seu corpo, ele não sabia onde todo esse jogo de provocação podia chegar, ele não sabia se queria continuar.

“H-Harry, hmmm, p-por favor, não.''

 ''Você quer parar? Não acredito que você não aguenta minhas provocações... O Lou que eu conheço iria até o fim.'' -Harry comentou e viu Louis levantar sua cabeça e o olhar. O garoto suspirou fundo, assentindo com sua cabeça. Então, cuidadosamente, Harry penetrou um de seus dedos, sentindo L se contrair. Gemeu por alguns segundos e esperou que ele fizesse alguma coisa, mas apenas estava com suas mãos sobre o rosto, gemendo manhosamente. Algumas lágrimas escaparam do rosto de L, Harry não foi nem um pouco delicado, mas Louis não queria chorar, continuava gemendo, estava bom, com um tempo já não doía mais, Harry aumentou os movimentos, estava se divertindo com a situação, mas ainda era pouco para Louis, ele queria sentir mais prazer, queria sentir mais daquelas mãos de seu chefe.

 ''M-Mais... por favor..."

Ele então colocou mais um dedo devagar, fazendo Louis amassar alguns papéis que estavam sobre a mesa. Com sua outra mão livre começou a masturbá-lo, sabia que o garoto já estava quase em seu ápice, mas não queria terminar logo. Retirou seus dedos de sua entrada e o garoto continuou deitado sobre a mesa. Harry sentiu sua boca salivar ao ver as pernas de Louis totalmente abertas, mas teve que se conter. L se levantou da mesa com dificuldade e limpou seu rosto. Ajeitou-se com seu corpo sobre a madeira, tocando a ponta dos pés no chão e se empinou, balançando seu quadril, querendo provocar ainda mais. Harry já estava totalmente louco, ainda mais com aquela bunda gostosa rebolando para si, colocou suas grandes mãos nas nádegas de Louis e começou a apertá-las forte.

''Você está todo aberto para mim Baby, hmmm, você é tão gostoso, como eu sentia falta disso... Está tão necessitado, você quer o meu pau dentro de você mais uma vez, não quer?” -Parou rapidamente e tirou sua cueca, ficando totalmente nu. Começou roçando seu pau pela sua entrada, enquanto Louis gemia e se masturbava. Com as mãos ainda na bunda de Louis, depositou ali um tapa estalado, fazendo o som ecoar por toda a sala, seu ato fez com que ele gritasse, e seus olhos ficassem turvos, ele não deveria ter provocado.- ''Me diz o que você quer..'' -Harry perguntou, vendo o quão Louis precisava dele. Não demorou muito pra que toda a provocação se tornasse em dor e prazer quando Louis foi penetrado, soltando um grito logo em seguida. Harry levou uma de suas mãos até a boca dele e a tapou, empurrando seu corpo cada vez mais perto, indo cada vez mais fundo e sentindo sua mão ser molhada por algumas lágrimas.

"Harry. AAH! '' -Louis gritava e gemia, toda a dor que sentia já havia se transformado em prazer, ele só queria receber mais, seus gemidos já estavam descontrolados, ele nunca tinha sentido tanto prazer em toda a sua vida, continuava gemendo, gritando e pedindo mais, ele estava gostando.

''Pra você é Senhor Styles. '' -Harry sussurrou no ouvido de Louis e percebeu que havia se arrepiado todo com essas palavras. Colocou mais um pouco de força, vendo que Louis mal conseguia colocar seus pés no chão. Harry o segurou pela cintura, dando surras cada vez mais fortes, percebendo que o garoto já não tinha forças nem pra gemer. Harry depositou mais um tapa forte em sua bunda, com intuito de ouvir novamente um gemido de L, e funcionou, ele gritou de prazer, já sentindo que em poucos segundos ele já estaria esgotado, mas ainda sim queria continuar sentido mais prazer, e continuou implorando e rebolando o quadril. Harry apertou forte sua cintura, com certeza ali ficaria alguma marca, dando ainda penetradas fortes e rápidas.

''S-senhor Styles... '' -Louis já disse sem forças, parando de rebolar. Abaixou sua cabeça e gemeu baixo, sujando alguns papéis que estavam em cima da mesa dele com gozo. Sentia-se quase satisfeito, a surra que havia levado foi a melhor de sua vida, mas não era o suficiente. Harry se retirou de Louis devagar, ouvindo um gemido de desaprovação, mas Louis o empurrou contra a cadeira, o fazendo cair sentado e se ajeitou entre suas pernas, sorrindo com dificuldade. Abocanhou o pau de Harry com vontade, dando pequenas mordidinhas apenas para provocá-lo, o jogo não tinha acabado.

Louis mal sabia o que fazer, apenas lambeu toda sua extensão, olhando fixamente eu seus olhos, o masturbou com vontade, ouvindo gemidos roucos vindos de Harry, decidiu abocanhar todo o seu pau de uma vez, e o fez, ouvindo seu querido chefe quase gritar de prazer, que segurou seus cabelos com força, guiando os movimentos.

 ''Isso Lou, me chupa com essa sua boquinha maravilhosa. ''

''Hm... Hmm... '' -Louis tentava balbuciar alguma coisa enquanto Harry empurrava sua cabeça. Sua garganta doía por estar indo tão profundamente, mas apenas gemeu como resposta, sentindo as mãos de Harry acariciar seu rosto. Roçou seus lábios levemente nos testículos de Harry, que agarrou seus cabelos novamente com força, o encarando.

''Isso... A-ah... '' Harry mordeu seu lábio, já se preparando pra gozar no rosto de Louis, que o masturbou com as duas mãos, fechando os olhos e abrindo a boca, esperando por Harry. Continuou com os movimentos rápidos, e não demorou muito para que Harry logo se esgotasse. - ''Hmm, Lou... ''- Gemia enquanto todo seu líquido branco escorria pelas bochechas fartas e rosadas de Louis, pelos seus olhos e também seus lábios inchados. Com o polegar, tirou todo o gozo que caiu em seu rosto e o levou para a sua boca, que chupou com vontade.

Agora sim Louis estava satisfeito, na verdade os dois estavam satisfeitos. Harry tirou os cabelos de seu rosto e percebeu que Louis se levantou com dificuldade, disposto a recolher suas roupas do chão. Entendeu que deveria fazer o mesmo, já que o turno já tinha começado e o garoto teria de voltar pra sua sala. Depois de vestirem toda a roupa com dificuldade e com muito calor, Louis se despediu de Harry com um beijo nos lábios, nenhum dos dois parou pra pensar o que aconteceu ali, apenas seguiram seus caminhos e ficaram pensando o quão foi bom ter um tocando o outro.

 

Louis P.O.V. 

Parei no banheiro pra poder jogar uma água no rosto. Minhas mãos nunca tremeram tanto na minha vida e minhas roupas ficaram todas amarrotadas. Estou com tanto ódio que poderia quebrar esse espelho com um soco, mas me mantive, apenas chorando e escorado na pia. Joguei mais água no rosto ainda, chegando até a molhar minha camiseta um pouco, mas nem me importei, a raiva é maior que qualquer outra coisa. 

Ajeitei meus cabelos e me olhei no espelho tentando deixar meus olhos menos vermelhos. Depois, saí do banheiro e tomei rumo pra minha sala, CLARO, com dificuldade. Também, depois da surra que eu levei.

Bati na porta e pedi pra que Josh abrisse a porta, já que eu havia esquecido meu cartão. Entrei na sala e tentei parecer o mais normal possível, mas não deu certo, na hora ele percebeu que estava mal.

''Louis... '' -Puxou uma cadeira em frente sua mesa rapidamente.- ''Sente aqui, o que foi que te aconteceu?''

''Nada, só estou um pouco cansado. ''

''Temos problemas. ''

''Eu sei. ''

''Hoje há o dobro de trabalho, temos que pegar bem firme pra terminar antes do turno da tarde. ''

''Acho que na hora do almoço trarei uma garrafa térmica com café... Duas, pra garantir que não cairei no sono. '' -Josh riu. O lance com ele era que éramos amigos desde o dia em que ele me deu aquele Twinkie no ônibus, ele liga muito pra mim e se preocupa demais, mesmo quando estamos brigados ou algo assim. E eu não gosto nem de relembrar no natal do ano passado... Ainda mais depois de ontem.

Eu tinha a sensação de que isso estava prestes a mudar. Nunca entendi a mãe de Josh. Quando ainda morava com minha mãe, a Sra. Kehlani sempre revirava os olhos e me dizia: ''Josh pode ser seu melhor amigo, mas não espere que ele se junte com você ao FLA e comece a usar saias e torcer por um time de futebol americano. '' E isso sempre me fazia rir, porque sempre preferi usar saias e dançar do que jogar com um bando de brutos e suados. Por isso até hoje alguns me conhecem como Louise.

''Ótimo, vou te dar um presente hoje. ''

''Qual?'' -O olhei confuso. Josh estava abaixado em frente minha cadeira, suas mãos como apoio em minhas coxas.

‘’Vou fazer cinquenta por cento do seu trabalho, mas só eu e você podemos saber disso, ok?  '' -Soltei um sorriso.

''É sério?''

''Sim... Claro, se você aceitar. ''

''Qual é? Eu e você somos um casal agora? Talvez devesse passar mais tempo se preocupando com si mesmo do que comigo. ''

''De qualquer jeito, você talvez devesse tomar mais cuidado. Chegar todo molhado e atrasado no trabalho nã é coisa boa. Harry não gostaria de saber disso.''

''Eu já tive os devidos castigos. Prometo não deixar mais isso acontecer.''

‘’Ok, então acho melhor a gente botar a mão na massa porque se não nem dá tempo de terminar no prazo.’’ –Puxei a cadeira de volta a minha mesa e me sentei pra começar. Josh pegou a metade de minhas folhas e levou consigo para sua mesa, deixando meu trabalho muito mais fácil.

‘’Você não acha que é muito trabalho pra você?’’

‘’Eu acho... Não vou dar conta de fazer o meu e o seu. ’’

‘’Então deixa que eu mesmo faço o meu.’’

‘’Pode deixar, eu dou um jeito... Se desse pra gente levar e fazer em casa era bem mais fácil, com mais calma, sem pressão... E se por acaso a gente fazer hoje lá em casa? ’’

‘’Não pode, você é doido? Esses papéis não podem sair daqui de dentro.’’

‘’Nem custa tentar, é só alguns, ninguém vai dar a falta deles...’’ –Revirei meus olhos e abri a gaveta que havia em minha mesa. Procurei alguma coisa e para minha sorte acabei encontrando uma pasta vermelha.

‘’Tem esta pasta aqui, ela serve?’’

‘’Acho que sim, traz aqui. ‘’ –Me levantei e levei a pasta a ele, que começou a enche-la de papel e documentos até que ela ficasse um pouquinho estufada.

‘’Ei, não era só um pouquinho? Aí já tem muito, vão desconfiar. ’’

‘’Que horas que você pode fazer essas coisas aqui, tipo, que horas é bom pra você?’’

‘’Todas as horas depois do turno, eu acho, e pra você?’’

‘’Depois das nove, eu acho. Teríamos mais tempo e, mais calma, o que você acha?’’

‘’Pra mim está bom. ’’ –Peguei a pasta e coloquei dentro de minha maleta.- ‘’Da pra perceber que ela está aqui dentro?’’ –Ele a analisou e balançou sua cabeça negativamente.- ‘’Ok, então nove horas, combinado?’’

‘’Combinado, mas trate de aparecer, ou terá de fazer tudo sozinho. ’’ –Assenti, sorrindo. 

*****

No horário do almoço eu havia ido apenas em uma cafeteria daqui de perto e me lotado de bolo e café. Passei a tarde terminando trabalhos da empresa e esperei que todos fossem embora para que eu finalmente pudesse fechá-la. 

Harry estava dentro de seu carro, escrevendo em alguma coisa, talvez uma agenda ou um caderno surrado. O motor estava ligado. Bati na janela e ele pulou. Olhou na direção do prédio de administração, encontrando as portas todas trancadas. Balancei as chaves, tentando devolver a ele. Normani pediu para que eu fechasse a empresa hoje, já que teria que sair mais cedo para levar sua mãe ao médico. Claro que aceitei, aliás, é sempre bom ajudar o próximo, ainda mais ela, que faz quase tudo por mim aqui dentro.

Gesticulei para que ele abrisse a porta, mas Harry balançou a cabeça. Andei até o lado do passageiro. As portas do carro estavam trancadas, mas ele não ia se livrar de mim tão facilmente. Sentei no capô do carro e deixei minha pasta cair no chão. Harry não ia a lugar algum.

''O que está fazendo?'' -Sua voz abafada saiu de dentro do carro. Eu praticamente me deitei sobre o vidro frontal e joguei meus braços pra cima, suspirando.

''Esperando. ''

''Vai ser uma longa espera então. ''

''Tenho tempo. '' -Ele olhou para mim. Ouvi as portas sendo destrancadas.

''Alguém já disse que você é maluco?'' -Ele andou com os braços cruzados até mim, aquele maxilar travado como se estivesse prestes a me dar uma bronca.

''Não tão maluco quanto você, pelo que eu ouvi dizer. '' -O cabelo dele estava preso para trás com um elástico para cabelos. Eu o imagino todas as manhãs depois de acordar arrumando seu cabelo bagunçado antes de trabalhar... Aah.

''Você conseguiu fechá-las?''

''Claro, não é tão difícil. '' -Joguei as chaves a ele, que se atrapalhou um pouco antes de pegá-las, quase as derrubando. Depois, sacudiu a cabeça.

''Checou se não havia ninguém lá dentro?''

''Eu não consigo ler mentes, Harry. '' -Não sei se ele estava esperando alguém aqui, mas além de nós dois não há mais ninguém. Não é possível que ele esteja me esperando.

''Consegue ler a minha. ''

 ''Eu não. ''

''E hoje de manhã, você conseguiu ler minha mente e descobrir que eu também queria aquilo?'' -Eu havia esquecido completamente. Desci do capô do carro e minha vontade foi de dar um soco na cara dele, mas apenas permaneci calado.

''Não sei o que aconteceu. Nós simplesmente parecemos... Conectar-mos. '' -As palavras pareciam difíceis pra mim. Ele não me olhavam nos olhos.- ''Nunca fui assim com ninguém.'' -Eu queria dizer a ele como me sentia. Queria dizer que ainda estávamos juntos em minha mente, mesmo com nossos corpos a milhares de metros de distância, eu ainda me sentia próximo dela do que jamais senti de alguém. Não consegui. Nem pensar. Em vez de falar alguma coisa, inclinei minha cabeça para o lado. - ''Tá tarde, preciso ir embora, ou meus amigos vão sentir minha falta... A coisa não tá muito boa não. ''

''Eu te levo.''

''NÃO, EU JÁ ESTAVA INDO. '' -Peguei minha pasta do chão e quase saí, mas Harry segurou meu braço delicadamente.

''Não precisa fingir que me esqueceu. Aqueles seus gemidos deixaram bem claros que você ainda pensa em mim. ''

''Harry... '' -Eu comecei a ficar muito envergonhado. É claro que eu tinha gostado, ele sempre soube fazer direito, mas não precisa ficar jogando isso na cara.

''Aquele 'não' com gostinho de sim... ‘’

''Harry... Que ódio! Que ódio, que ódio, que ódio! Ai, você não presta!''

''Muito menos você que fica me dando bola. ''

''É assim? Vamos ver se eu te dou bola mesmo. '' -Saí andando sem olhar para trás.

''Louis, Lou, volta aqui Tomlinson!'' -Não olhei e nem me virei, continuei andando e ele deu uma corridinha até mim, segurando meu braço.- ''Não sai assim, ninguém dá as costas pra mim.''

''Ninguém menos eu, porque eu sou livre agora, faço o que eu quiser.''

''Aah, haha, entendi. Vai pra sua casa então. ''

''Você não vai me impedir?''

''Eu estava tentando fazer isso até agora, mas parece que você não percebe que estou tentando ser... Compreensivo... ’’

 ''Hmm... Se eu por acaso aceitar sua carona vou cooperar com isso? ''

''Vai sim. '' -Ele sorriu de lado e precisei desviar o olhar.

''Posso ser sincero? Você tira meu sono, me arranca lágrimas, me deixa com ódio, uma vontade louca de te ter, ocupa meus pensamentos e ainda sorri desse jeito? O que mais vai fazer pra me matar?'' -Harry passou a língua em seus lábios e sorriu largo.- ''Por favor, me beija.'' -Pedi, o vendo me encarar confuso.

''É sério?''

''Me beija, vai. '' -Fiquei na ponta dos pés tentando alcançar sua boca, mas ele também ficou na ponta dos pés.- ''Harreh...''

''Eu não quero beijar você... '' -Parei de ficar na ponta dos pés e olhei para o chão.- ''Não aqui...'' -Ele segurou meu pulso e me arrastou pra dentro do estacionamento onde seu carro estava, me pressionando levemente na porta.- ''Depois você fica pensando 'eu não deveria ter te provocado dessa maneira'...''

''Você vai fazer o que é preciso ou vou precisar tomar a iniciativa?'' -Harry rapidamente segurou meu queixo e me fez olhar para o lado, em seguida, levou sua boca até meu pescoço e mordeu minha pele sensível com vontade, me arrancando um gemido fraco.

''Quem vai tomar a iniciativa mesmo?'' -Sua língua escorregou para fora, passando rapidamente por minha mandíbula e seus lábios tocaram os meus em seguida. Pedi passagem rapidamente, ele assentiu, e não escondi que fiquei excitado com aquele beijo. Levei minhas mãos até seus cabelos e os puxei levemente, ouvindo seus poucos gemidos quando chupei seu pescoço delicadamente.

''Ai meu Deus Harry... '' -Ele tinha levado sua mão por entre nossos corpos e acariciou meu membro por cima das roupas. O estacionamento estava vazio, mas nós conseguimos ouvir alguma coisa, ou pelo menos eu consegui. - ''Para, alguém vai nos ver.'' -Sussurrei mas ele não parou, continuou com os movimentos e precisei empurrá-lo para que entendesse.

‘’Louis... ’’ –Ele continuou a tentar me beijar, mas o impedi.

‘’Não tente me animar, não vai funcionar. ’’ –Mas estava funcionando. Olhei para seu rosto bem perto do meu e suspirei.  

‘’Vamos, vou te levar pra casa. ’’ –Eu praticamente não tive escolha. Harry abriu a porta do carona pra mim e me enfiei no carro, já colocando o cinto. Seu sorriso foi escaldante quando entrou pelo outro lado. - ‘’Aprendeu direitinho. ’’

‘’Você quase me batia por não colocar o cinto... Tive que me acostumar. Agora faço isso com todos. ’’

‘’Todos?’’ –Ele me olhou por uns segundos e revirei os olhos.

‘’Todos meus amigos. ’’ –Completei e Harry pareceu mais aliviado, finalmente ligando o carro.- ‘’Cuidado pra não bater novamente a traseira do carro, aliás, você mandou concertar depois daquilo?’’

‘’Como ainda consegue lembrar? Nem eu sabia disso. Obrigado, agora lembrei que preciso levar urgentemente pra uma funilaria. ’’

‘’Por nada esquecidinho. ’’ –Olhei pela janela e vi nos afastarmos cada vez mais do prédio. 

*****

Quando deu oito horas, tomei um banho e vesti roupas calorosas,peguei minha pasta e saí de casa às oito e meia sem que ninguém percebesse. Foi até fácil, acho que ambos não sentiram minha falta. É melhor assim, mas talvez... Niall possa achar novamente que estou deixando ele de lado, mas é ele quem fica brigando comigo... Poxa, eu sou maior de idade, e cuido da minha vida. Sei que somos melhores amigos e ele se importa comigo, mas eu também tenho que cuidar de minhas coisas.

Enquanto eu andava até o portão da casa de Josh, minhas mãos apertavam a pasta vermelha onde estariam os papéis que trazia da empresa. Íamos passar a noite fazendo para que amanhã cedo não tivéssemos muito trabalho acumulado. Eu normalmente não era o tipo de cara que faria isso, é bem errado, ninguém sabe que fizemos isso, mas eu não me responsabilizo, a ideia foi totalmente de Josh. Ou talvez pudéssemos fazer outra coisa. Eu queria vê-lo, foi um dia cansativo e chato com o furacão do Harry, e eu estava começando a entender como aguentei todo esse tempo sem os problemas que ele me causava. Sem todos esses problemas eu me sentia vazio.

Empurrei o portão e eu podia ouvir uma música, que por mais baixa que fosse, dava pra perceber que era clássica. As sombras passavam pelas grandes janelas, dando a impressão de que a casa estava cheia de gente, mas não havia nenhum barulho a não ser a música.

Ouvi latidos do outro lado da porta antes que tivesse batido, e em segundos a porta foi aberta. Josh estava descalço, e ele parecia diferente, arrumado, com uma camiseta azul cheia de pássaros e uma calça jeans preta.

‘’Louis, por que você não avisou que viria justo nessa hora?’’ –Levantei a pasta em nossa frente, a balançando de um lado para o outro.

‘’Você me disse pra aparecer depois das oito, já são nove horas. Você queria fazer isso quando? Meia noite?’’

‘’Seria uma boa hora, vem. ’’ –Abriu espaço para mim e entrei devagar, o esperando fechar a porta.- ‘’Está frio lá fora, por que não está agasalhado?’’

‘’Não estou com frio. ’’ –Na verdade eu estava segurando minha boca para que ela não tremesse e demonstrasse o contrário. Atrás de nós, ouvi alguém limpar a garganta. Olhei e vi o cachorro de minutinhos atrás. Tentei não parecer surpreso quando uma mulher apareceu no topo da pequena escada com o filho de Josh no colo. Ela era bem jovem, tanto quanto nós dois.

‘’Bem, isso é algo que eu não esperava. Eu odeio desapontar, mas não sou nada mais que uma garota de interior. ’’ –Ela falava com um sotaque sulista controlado, mas com perfeita pronúncia.- ‘’É um prazer finalmente conhecê-lo... Tomlinson?’’

‘’Louis. ’’ –A corrigi, que sorriu em seguida. Ela colocou a criança em um cercado que havia ali perto e desceu as escadas em seguida, sem tirar seus olhos de mim. Meu coração batia tão forte que quase tive certeza que ela ouviu.

‘’Onde estão meus modos? Eu me chamo Anelise, sou a namorada do Josh. ’’ –O olhei rapidamente e depois sorri de leve, assentindo.

‘’É um prazer... ’’

‘’Então é você o homem que o Josh sempre me disse tão entusiasmado... O da ponte? Eu deveria saber, ele não tem muitos amigos.''

‘’Sim, somos amigos e colegas de trabalho. Estou aqui porque justamente combinamos de fazer um trabalho fácil pra deixar tudo menos complicad...’’

‘’Eu acho que você deveria ficar para o jantar, o que você acha Josh?’’ –Ela não deixa eu concluir nenhuma frase. Eu apenas o encaro esperando alguma dica.

‘’Eu não quero atrapalhar, posso fazer isso sozinho se quiser. ’’ –Levantei a pasta vermelha pela segunda vez.- ‘’Não vai ser difícil, eu posso passar a madrugada em claro fazendo. ‘’

‘’Podemos fazer juntos, você veio justamente aqui pra isso, não foi?’’ –Revirei meus olhos, assentindo com a cabeça.

‘’Bobagens, você tem que ficar. Vamos apreciar uns bolinhos de gengibre que eu fiz, duvido que não goste. ’’ –Eu não conseguia saber se ela estava brincando. Josh passou seu braço pela cintura dela, e eu pude ver seu rosto mudar instantaneamente.  Como o sol aparecendo entre nuvens negras em um dia nublado.

‘’Não o provoque Lise, ele é o único amigo que tenho aqui, e se você o espantar, terei que ir morar com minha mãe, e assim não terá ninguém pra eu torturar. ’’

‘’Ainda terá Harry. ’’ –Engoli em seco, vendo que ele me encarou por alguns segundos.

‘’Ele é meu chefe, não diga isso dele. ’’ –Lise jogou a cabeça para trás e riu, o que me assustou, pois não havia como eu ter imaginado as feições dela formando ao menos um sorriso. Ela abriu a porta da cozinha e o cheiro de chá fresco me invadiu.

‘’Não é minha culpa se sou fissurada em boa educação e responsabilidade. ’’

‘’Ignore-a Louis, ela não tomou os remédios hoje. ’’ –Ele segurou minha mão discretamente e sorri, sendo puxado segundos depois.

Passei pela porta da cozinha e fiquei paralisado. O hall de entrada era grande e bem enfeitado, não o modelo de lar de classe média que a cidade tinha adotado anos atrás. Uma pintura a óleo na parede, perto da janela, o retrado de uma mulher incrivelmente bela e com olhos brilhantes. Flores roxas, das mais raras em um vaso sobre a mesa enfeitando-a. Josh pegou uma delas e colocou sobre meus cabelos sem que sua mulher visse.

‘’Não precisa ficar entusiasmado, foi eu quem decorei, tudo sozinha.’’

‘’Ei, eu ajudei. ’’

‘’Claro, você escolheu a cor azul da parede. ’’ –Ela revirou seus olhos e sorri de leve.- ‘’Vocês dois podem, sei lá, sair da cozinha enquanto eu termino de arrumar o jantar?’’

‘’Mas meu amor, eu quero te ajudar. ’’

‘’Josh, vai. ’’ –Ela bronqueou e ele relaxou os ombros, pegando em minha mão novamente.

‘’Vem comigo Louis. ’’ –E mais uma vez eu fui puxado de um lado para o outro, dessa vez para fora da cozinha.- ‘’Ela não deixa eu mexer na cozinha, acha que qualquer hora posso botar fogo na casa.’’

‘’Eu a entendo, convivi com você muito tempo. ’’ –Josh fez uma careta, mas depois sorriu. Subimos a escada e o filho dele dormia no cercadinho. Passamos sem fazer barulho e ele abriu a porta de seu quarto, dando espaço para eu passar.

‘’Não acho certo eu ficar no seu quarto e no da sua namorada... ’’

‘’Ela não se importa com isto. ’’

‘’Ah, ok então. ’’ –Ele deu um sorriso e se sentou sobre a cama, pedindo para que eu me sentasse ali também. Coloquei a pasta sobre a frente dele e a balancei.- ‘’Podemos fazer isso nesse meio tempo, o que acha?’’

‘’Depois a gente faz com mais calma. ’’

‘’Seria melhor começar agora e... ‘’

‘’Louis. ’’ –Ele me interrompeu, me fazendo abaixar a pasta vermelha.- ‘’Temos mais tempo depois.’’ –Assenti, suspirando em seguida.- ‘’Senta aqui.’’ –Me sentei ao seu lado, um pouco afastado dele, mas nem adiantou, Josh foi se aproximando mais até que toquei na cabeceira da cama, sem ter pra onde escapar.

‘’O que está fazendo?’’ –Perguntei, meio assustado.

‘’Ahn, nada. ’’ -Se afastou de mim e suspirou, voltando a ficar sentado na cama.- ‘’Você pelo menos melhorou?’’

‘’Melhorei de que?’’

‘’Sei lá, você estava bem... Estranho pro meu gosto. ’’

‘’Ah, eu acho que melhorei. ’’

‘’Ei, você gostaria de ver minha biblioteca?’’

‘’Você tem uma biblioteca?’’ –Perguntei curioso, ficando com a postura rígida.

‘’Ela não é bem uma biblioteca, mas é bastante útil, então, você vem?’’ –Me levantei da cama e o acompanhei. Ele abriu seu closet, mas não tinha roupas lá dentro, apenas MUITOS livros sortidos nos lugares de sapatos, roupas e acessórios.

‘’Caramba... ’’ –Ele me empurrou para entrar e depois entrou, fechando a porta. Mal cabíamos nós dois ali dentro de tanto livro. - ‘’Josh, de onde você tirou tanto livro bom?’’

‘’Dos cursos que fiz antes de vir pra cá. Muitos professores doavam livros aos alunos, eu sempre voltava com os materiais na mão e os livros na bolsa. Só que eu não tinha onde colocar tanto livro. Sei que não cabia mais em lugar nenhum, mas todos que me ofereciam eu acabava pegando. ’’

‘’E você acabou enfiando todos eles aqui no seu closet, genial ideia. ’’

‘’Eu já li cada livro daqui de dentro. Sei quando algum some ou quando algum entra, sei quando pegam emprestados e não me devolvem, sei tudo sobre eles.’’

‘’Isso tudo é fascinação?’’ –Passei a mão pela maioria deles empoeirados e peguei um pequeno: ‘’Maria e suas três irmãs’’.

‘’Olha esse aqui, ele me lembra de você. ’’ –Soprou o pó do livro e me mostrou a capa: ‘’Dez maneiras de como lidar com o fim de um relacionamento’’.

‘’Muito engraçado, só pra você saber, eu já superei. ’’ –Dei de ombros, olhando os outros livros.

‘’Pois não me parece. ‘’

‘’Parece sim. ’’ –Retruquei, já me sentindo incomodado.- ‘’Você não precisa ficar tocando no assunto toda hora, ok? ‘’

‘’Sabe por que eu toco sempre? Porque vejo que você está mal com isso. Eu já disse que precisa sair por aí e aproveitar, ou você vai ficar sempre trancado dentro de casa magoado?’’ -Revirei meus olhos, fechando um livro com força e o encarado.

‘’O que eu preciso fazer pra provar a você que superei?’’

‘’Não sei, mas eu acho que... ’’ –O empurrei na porta, fazendo bater as costas com um pouco de força.- ‘’Louis! ’’

‘’Cale a boca. ’’ –Pedi e ele pareceu confuso. Apenas investi um beijo em seus lábios, o assustando. Eu sei que nunca deveria fazer isso, ainda mais com a namorada dele em casa, mas não tem como fazê-lo esquecer dessa história.

‘’Seu celular tá tocando. ’’ –Ele murmurou nos separando e suspirei, tirando do meu bolso. O atendi e me virei de costas, indo um pouco para trás.

‘’Oi Octávio... ’’

‘’Lou, você está ocupado agora?’’

‘’Mais ou menos, por quê?’’

‘’Queria saber se você está pronto para fazer aquela xícara de café que você prometeu... ’’ –Olhei rapidamente no horário do celular e eram nove e vinte.- ‘’É que minha irmã tem um horário livre as duas da manhã então eu pensei que você...’’

‘’Claro, me encontra lá naquele parque do jantar, certo?’’

‘’Sério que nem terei de insistir?’’

‘’Não, eu estarei lá dentro de dez minutos, tchau. ’’ –Desliguei e apertei o aparelho em minhas mãos.- ‘’Eu preciso ir, Josh.’’

‘’Aonde você vai?’’

‘’Segredo, acha que consegue me despistar de Harry amanhã?’’ 



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