1. Spirit Fanfics >
  2. Céu Escarlate >
  3. Sweet Blood

História Céu Escarlate - Sweet Blood


Escrita por: ScarletSutcliff

Notas do Autor


Depois de um tempo, aí está o segundo capítulo, uma das fic que eu mais tô me dedicando, e espero que estejam gostando, e desculpe pela demora
Enfim, boa leitura

Capítulo 2 - Sweet Blood


Fanfic / Fanfiction Céu Escarlate - Sweet Blood

- Londres, Setembro de 1888 -

– Shhh... – fez o ruivo enquanto encostava seu dedo indicador nos lábios do rapaz caído no chão.
– A vida é trágica, my Boy. Nunca sabemos quando partiremos...
O mesmo rapaz levantou uma de suas mãos segurando pelo pescoço do Shinigami.
– O que é isso? Você não pode me prender, eu nunca ficaria com alguém como você.
Grell se desvencilhou do mesmo com uma feição de desprezo, enquanto arrumava a gola de sua camisa e alisava a calça preta.
– Até logo.
Em seguida da coleta da alma, Grell retirou a serra do peito do cadáver, agitou a arma retirando o excesso do sangue e com maestria pulou sobre os telhados das casas, retirando seu registro de almas, onde havia diversas fotos seguidos pelos nomes e descrições de cada indivíduo condenado. Suspirou diante de tanto trabalho e seguiu sobre as casas.

- Clínica Dalles, não muito longe dali -

– Doutora Dalles? Temos uma paciente.
Angelina aguardava em seu consultório em mais um dia de trabalho, atendendo todo tipo de pessoas que requeriam seus serviços.
– Mande entrar.
Assentiu com a cabeça e ordenou que sua ajudante trazesse a paciente, uma jovem loira.
– Boa noite. No que posso ajudar?
A moça sentou-se na frente da doutora, e com notória calma começou.
– Olha, estou grávida.
– Meus parabéns, o que posso fazer? – a ruiva indagou com um sorriso desenhado no rosto.
– Não sei se a senhora percebeu, não posso ter esse criança, trabalho à noite, entende? – a jovem riu irônica.
Aquela medida, a médica percebeu que se tratava de uma prostituta.
– O que você pretende…
– Eu quero abortar – a jovem interrompeu – não quero essa criança, não conheço o pai e também esse filho atrapalharia meu trabalho.
Angelina se assustou, a jovem falava com tanta frieza e desprezo, ela que queria tanto um filho e não podia, estava diante de alguém que poderia ter aquilo que ela tanto desejava, mas que sequer se importava com aquela vida dentro dela, sentiu ódio, até pena, como alguém feito aquela mulher poderia ter algo tão valioso quanto o seu útero, onde se formava uma criança?
– Certo, quando quer fazer o procedimento?
A loira não hesitou.
– Hoje mesmo.
A doutora apertou sua caneta com força devido sua raiva, mas aceitou e a levou ao local onde seria realizado a operação.

- Angelina Pov on -

Nunca tinha sentido tanto ódio quanto naquela tarde. Como desprezavam algo que eu tanto queria e não pude ter? Eu desejava algo tão precioso, mas perdi tudo o que tinha. As prostitutas tinham aquilo que eu tanto queria, mas jogavam fora sem remorso. O que eu fiz de errado? Por que Deus está me fazendo passar por tudo isso? Eu só queria... Eu só…

Angelina Pov Off

Feita a cirurgia, a doutora se arrumou e acompanhou a paciente até seu consultório, recebendo o pagamento, notando que a jovem não expressava o mínimo de remorso em sua feição, apenas contentamento. Fechou seu consultório, sentiu o rosto ferver em ódio, lavando-o na pia da sala de operações. Os sentimentos confusos, o peito ardendo em raiva e as lágrimas escorrendo pelo rosto manchando a maquiagem da ruiva. Olhou para o cenário em sua volta, a cama ensanguentada pela cirurgia e o pequeno feto, agora morto, pousado sobre uma bandeja de metal, ao lado uma outra bandeja contendo os materiais utilizados, como bisturis, tesouras e pinças, onde os olhos rubi de Angelina se arregalaram em um sentimento de vingança e desejo.
Cambaleando e se apoiando na mesa, segurou um longo bisturi entre a mão delicada, a luz do local refletiu no brilho do instrumento, sendo o mesmo guardado com certo cuidado pela mesma em seu casaco preto, saindo as pressas do consultório.

- Bairro de Whitechapel, Londres -

– Nos veremos novamente, senhor Alain?
Uma jovem loira se despedia de seu cliente, depois de mais uma noite em sua vida como prostituta.
– Claro, Ann.
Despediu-se do cliente, um senhor de bigode aparentando ser de meia idade, usando uma boina. Se dirigiu a sua pequena “casa”, onde atendia os homens a quem dava lhes prazer em troca de dinheiro, desceu o pequeno caminho até o local que trabalhava, escutando o som de saltos altos lhe seguindo, não dando muita atenção chegou até a porta, ouviu o som se intensificar, apenas parando atrás da loira, que se virou.
– Ora…? Você é aquela…
Foi interrompida pela pessoa na sua frente que avançou portando algo em sua mão.
– O quê... O que está fazendo…??
Não houve resposta, os gritos ecoados pela jovem atacada brutalmente por um bisturi foram ignorados pelo mísero bairro onde crimes eram normais de acontecerem.

- Angelina Pov on -

Odeio, odeio, odeio, odeio, odeio!!!
Foram as únicas coisas que me vieram a mente naquele momento, meus movimentos rápidos com o bisturi enquanto atacava minha vítima, o sangue jorrando em meu rosto, as lágrimas e meu cabelo manchado. Sem remorsos ou pena, comecei a matar todas as prostitutas que fizeram aborto, se não queriam ter filhos, eu realizaria seu desejo. Teria seu útero, sua felicidade, sua vida! Tudo! Então… Um Shinigami todo de vermelho sorriu para mim. "



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...