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História Céus e Mares - Justiça Mortal


Escrita por: dfcrosas

Notas do Autor


Hazel e Sammy. Quem shippa???

Capítulo 30 - Justiça Mortal


Fanfic / Fanfiction Céus e Mares - Justiça Mortal


Arco II - Do Mar Nos Elevamos 
Parte XIV - Será a morte de tudo que amo carregada pelos tambores da guerra?

 

"TEU ARCO!" Hazel gritou. 

Frank não fez perguntas. Ele largou a mochila e deslizou o arco para fora de seu ombro. O coração de Hazel disparou. Ela não tinha pensado sobre esse solo alagadiço. Poderia ter seis metros de profundidade ou mais, era impossível escapar.

"Segure na ponta," disse a Frank. "Não solte." Ela agarrou a outra extremidade, respirou fundo, e saltou para o pântano. A terra se fechou sobre sua cabeça.

Imediatamente ela foi congelada em uma memória onde fora feliz, deitada na grama num dia ensolarado. Sammy Valdez estava ao seu lado cantarolando uma canção alegre. 

"Isto é um presente meu pra ti," disse a voz de Gaia. 

"Isso não é real!" Hazel rebateu. 

"O que é real?" Gaia perguntou. "A tua segunda vida é real, Hazel Levesque? Você deveria estar morta. É real que você está afundando em um pântano, sufocando?"

"Deixe-me ajudar Andy Jackson!" Hazel tentou forçar-se de volta à realidade. Ela podia imaginar sua mão fechada no fim do arco, mas mesmo isso estava começando a parecer indistinto. Seu aperto estava afrouxando. O cheiro de magnólias e rosas era avassalador.

"Você quer tua antiga vida de volta," disse Gaia. "Eu posso te dar isso. Este momento pode durar anos. Você pode crescer em Nova Orleans, e tua mãe vai te adorar. Nunca vai ter de lidar com o fardo da tua maldição. Você pode ficar com Sammy..."

"É uma ilusão!" Hazel disse, engasgando com o doce aroma de flores.

"Você é uma ilusão, Hazel Levesque. Você foi apenas trazida de volta à vida porque os deuses têm uma tarefa para você. Eu poderia ter te usado, mas sou sempre honesta a respeito. Nico te usou e mentiu sobre isso. Você deve estar contente por eu tê-lo capturado."

"Capturado?" um sentimento de pânico cresceu no peito de Hazel. "O que você quer dizer?"

"O garoto deveria ter pensado melhor em como procurar as Portas. Mas não importa, não é realmente uma preocupação tua. Uma vez que você solte Tânatos, vai ser jogada de volta no Mundo Inferior para apodrecer para sempre. Frank e Andy não vão impedir isso de acontecer. Amigos verdadeiros teriam lhe pedido para desistir da tua vida? Diga-me quem está mentindo, e quem diz a verdade."

Amargura brotou dentro de Hazel. Ela perdera a vida uma vez. Não queria morrer novamente.

"É isso mesmo," Gaia ronronou. "Você estava destinada a se casar com Sammy. Sabe o que aconteceu com ele depois que você morreu no Alasca? Ele cresceu e se mudou para o Texas. Ele casou e teve uma família. Mas nunca esqueceu você. Ele sempre quis saber porque você desapareceu. Ele está morto hoje, teve um ataque cardíaco nos anos sessenta. A vida que vocês poderiam ter juntos sempre o perseguiu."

"Pare com isso!" Hazel gritou sendo tomada por imagens dela e Sammy. "Você tirou isso de mim!"

"E você pode tê-lo novamente," disse Gaia. "Eu te tenho no meu abraço, Hazel. Você vai morrer de qualquer jeito. Se desistir, pelo menos posso tornar isso agradável para você. Esqueça de salvar Andy Jackson. Ela pertence a mim. Vou mantê-la segura na terra até que eu esteja pronta para usá-la. Você pode ter uma vida inteira em seus momentos finais, pode crescer, se casar com Sammy. Tudo o que tem que fazer é se soltar."

Hazel apertou seu punho sobre o arco. Abaixo dela, algo agarrou seus tornozelos, mas ela não entrou em pânico. Ela sabia que era Andy, sufocando, desesperadamente segurando uma oportunidade de vida. 

Hazel olhou para a deusa. "Eu nunca vou cooperar com você! NOS - DEIXE - IR!"

A memória se dissolveu. Hazel estava se afogando na lama, uma mão sobre o arco, as mãos de Andy em torno de seus tornozelos, no fundo do buraco. Hazel balançou o fim do arco freneticamente. Frank puxou-a com tanta força que quase tirou seu braço do lugar. Quando ela abriu os olhos, estava deitada na grama, coberta de lama. Andy estava deitada a seus pés, tossindo e cuspindo lama.

Frank pairava sobre elas, gritando: "Ah, meus deuses! Ah, deuses! Ah, deuses!" Ele arrancou algumas roupas extras de sua bolsa e começou a passar a toalha do rosto de Hazel. Então arrastou Andy mais para longe do pântano. "Você ficou lá tanto tempo! Eu pensei - ah, deuses, nunca faça algo assim de novo!" Ele embrulhou Hazel em um abraço de urso.

"Não posso... respirar," ela sufocou.

"Desculpe!" Frank voltou a passar a toalha nelas. Finalmente conseguiu levá-las para o lado da estrada, onde se sentaram e tremeram e cuspiram torrões de barro.

Hazel não conseguia sentir suas mãos. Não tinha certeza se estava com frio ou em estado de choque, mas conseguiu explicar sobre o pântano e a visão que tinha visto enquanto estava sob a terra. 

Andy esfregou os ombros. Seus lábios estavam azuis. "Você... você me s-salvou, Hazel." Ela não parecia nada bem, como se nunca tivesse sentido medo antes desse momento. "Não se preocupe. V-vamos descobrir o que aconteceu com Nico, eu prometo."

"Não parece que Gaia nos deixou ir com muita facilidade?"

Andy tirou lama do seu cabelo. "Talvez ela ainda nos queira como peões. Talvez estivesse apenas mexendo com a tua mente."

"Ela sabia bem o que dizer," Hazel concordou. 

Frank colocou seu casaco sobre os ombros dela. "Esta é uma vida real. Você sabe disso, certo? Nós não vamos deixar você morrer novamente." Ele soou tão determinado. Hazel não quis discutir.

Ela olhou para o sol nascente. O tempo estava se esgotando. Hazel se pôs de pé. O vento que vinha da Baía da Ressurreição era tão frio quanto ela se lembrava. "Temos que ir. Estamos perdendo tempo."

Andy olhou para baixo da estrada. Seus lábios estavam voltando para sua cor normal. "Algum lugar onde eu possa me limpar?"

Hazel olhou para a cidade lá embaixo e pensou reconhecer alguns armazéns ao longo da costa. "Acho que sei de um lugar em que nós poderemos descansar."

Hazel levou seus amigos ao longo do litoral. Ela mal pode acreditar, mas sua antiga casa ainda estava lá, apoiando-se sobre o píer incrustado de cracas. O teto havia cedido, no entanto, e as paredes estavam perfuradas com furos como se fossem balas. 

"Venham."

"Eh, tem certeza que é seguro?" Frank perguntou.

Hazel encontrou uma janela aberta e pulou para dentro. Seus amigos a seguiram. O quarto não tinha sido usado por um longo tempo. Os seus pés levantavam poeira que rodopiava na luz solar. 

"É mais quente aqui, pelo menos," disse Andy. "Acho que não há água corrente." 

"Talvez eu possa ir às compras," Frank se ofereceu. "Não estou tão enlameado como vocês. Eu poderia encontrar algumas roupas para nós."

"Isso seria ótimo," ela disse. 

O assoalho rangeu sob seus pés. "Estarei de volta em breve."

Uma vez que ele saiu, Andy e Hazel fizeram um acampamento temporário. Andy pôs sua espada no chão, onde brilhava com uma luz bronze. Então se estendeu no chão. "Obrigada por me salvar," disse ela.

Hazel deu de ombros. "Você teria feito o mesmo por mim."

"Sim," ela concordou. "Mas quando eu estava na lama, lembrei da linha da profecia de Ella sobre a filha de Netuno se afogando. Eu pensei, é isso que ela quis dizer. Estou me afogando na terra. Tive certeza que iria morrer." Sua voz tremeu e havia lágrimas em seus olhos verde-alga. "Nunca tive muito medo de morrer..." ela falou. "Mas... Não quero morrer agora. Não posso. Não sem ver..." ela não conseguiu terminar a frase. 

"Vai vê-lo de novo," Hazel lhe assegurou olhando um corvo sentado na janela. "Além do mais, aquela profecia não estava completa."

Andy olhou para ela com cautela. Hazel se sentiu estranha tentando tranquiliza-la. Andy era mais velha e tinha mais espírito de comando. Mas Hazel balançou a cabeça com confiança. "Você vai retornar para casa. Vai ver o Anthony de novo."

Andy quase sorriu. "Você vai retornar, também, Hazel. Estamos juntas nessa. Não vou deixar nada acontecer com você. Você é muito valiosa para mim, para o acampamento, e especialmente para Frank."

"Eu não pertenço a este século. Nico só me trouxe de volta para que eu pudesse corrigir os meus erros, talvez entrar no Elísio."

"Há muito mais no teu destino do que isso. Nós devemos lutar com Gaia juntos. Eu vou precisar de você ao meu lado. E Frank... você pode ver que o garoto está louco por ti. Vale a pena lutar por esta vida, Hazel."

Hazel fechou os olhos. "Por favor, não fique me dando muitas esperanças. Eu não posso..."

A janela se abriu. Frank escalou para dentro, triunfante segurando algumas sacolas de compras. "Sucesso!" Ele mostrou um novo conjunto de flechas para si mesmo, três conjuntos de roupas frescas, algumas toalhas, sabão, algumas garrafas de água, e, sim, uma enorme caixa de lenços umedecidos. Não era exatamente um chuveiro quente, mas logo eles estavam se sentindo muito melhor.

"Devemos encontrar um barco para a Geleir a Hubbard," Hazel disse.

De repente, o grasnar do corvo se alterou para um grito estrangulado. Empoleirado no topo do poste onde o corvo tinha estado, um grifo gordo e feio olhava para baixo, para eles. Ele arrotou e penas de corvo voaram de seu bico.

Hazel ficou de pé e desembainhou sua spatha. Frank preparou uma flecha. Ele mirou, mas o grifo gritou tão alto que Frank se encolheu, e seu tiro passou longe.

"Acho que está chamando os outros," advertiu Andy. "Temos que sair daqui."

Sem nenhum plano claro, eles correram para o cais. O grifo mergulhou atrás deles. Andy cortou com sua espada, mas o grifo desviou para fora do alcance. Eles foram para o cais mais próximo e correram até o fim. O grifo veio junto, suas garras da frente estendidas para matar. Hazel levantou a espada, mas uma parede de gelo bateu lateralmente no grifo e o jogou dentro da baía. O grifo gritou e bateu suas asas. Ele conseguiu subir para o cais, onde balançou o seu pelo negro como um cachorro molhado.

Frank grunhiu. "Boa, Andy."

"Não sabia se podia fazer isso no Alasca," ela disse. "Mas as más notícias... olhem lá em cima." Quase um quilômetro de distância, sobre as montanhas, uma nuvem negra estava vindo na direção deles; era um bando de grifos, dezenas, pelo menos. 

Frank pegou outra flecha. "Não vamos desistir sem lutar."

Andy levantou Contracorrente. "Estou contigo."

Hazel então ouviu um som na distância semelhante a relinchos de um cavalo. Um borrão bronzeado veio rasgando da rua para o cais. O garanhão se materializou logo atrás do grifo, ergueu seus cascos da frente, e bateu no monstro, que virou pó.

Hazel ficou mais feliz do que nunca. "Arion! Ótimo cavalo!"

Frank se moveu para trás e quase caiu do cais. "Como...?"

"Ele me seguiu!" Hazel vibrou. "Porque ele é o melhor cavalo do mundo! Subam!"

"Todos os três?" Andy disse. "Será que ele pode lidar com isso?"

Arion relinchou indignado.

"Tudo bem, não há necessidade de ser rude," disse Andy. 

Eles subiram em Arion, Hazel na frente, Frank e Andy se equilibrando precariamente atrás dela. Frank passou os braços em volta da cintura de Hazel e ela gritou: "Corra, Arion! Para a Geleira Hubbard!"

O cavalo disparou através da água, seus cascos transformando a superfície do mar em vapor. Eles correram através de estreitos de gelo, passando por fiordes azuis e penhascos com cachoeiras derramando no mar. Assim que Arion parou, Hazel sentiu a queda de temperatura. Houve o bizarro som como de um trovão que rolava através da água.

"O que é isso?" Frank olhou para as nuvens.

"Gelo rachando e se deslocando," Hazel disse. "Milhões de toneladas de gelo."

"Você quer dizer que a coisa está quebrando?" ele perguntou.

Bem na hora, uma camada de gelo silenciosa desgrudou da geleira e caiu no mar, pulverizando a água congelada e estilhaçando varias camadas. 

"Não podemos chegar perto daquela coisa!" Frank disse.

"Nós temos," Andy disse. "O gigante está lá no topo."

"Mas o cavalo não pode voar... Pode?"

Arion relinchou furiosamente.

"Nossa, Hazel," Andy falou. "Diga ao teu cavalo para ser mais educado."

Hazel tentou não rir. "O que ele disse?" 

"Sem os palavrões? Disse que pode nos levar ao topo. Que nós veremos do que ele é capaz, se Hazel permitir."

"Hum, segurem-se então," disse Hazel nervosamente. "Arion, corra!"

Arion disparou em direção à montanha como um foguete, embarricando em linha reta à lama. O ar ficou mais frio. O crepitar do gelo mais forte. Pedaços estavam constantemente se desintegrando, alguns não maiores do que bolas de neve, alguns do tamanho de casas.
Então terminou. Arion parou orgulhosamente no topo de uma montanha que pairava sobre o vazio. O mar estava agora a 100 metros abaixo deles. Ele relinchou um desafio que ecoou pelas montanhas. 

"Façam melhor que isso, otários," Andy traduziu. 

À frente deles havia um acampamento romano congelado, como uma réplica gigante e medonha do Acampamento Júpiter. As muralhas de tijolos de neve encaravam o ofuscante branco das muralhas de gelo. Torres de vigilância, bandeiras de pano azul congeladas brilhavam no sol ártico. Não havia nenhum sinal de vida. Os portões estavam abertos. Nenhuma sentinela presente.

Arion trotou com energia. 

"Frank," Andy disse, "que tal ir de a pé a partir daqui?"

Frank suspirou de alivio. "Pensei que você nunca fosse sugerir."

Eles desmontaram e experimentaram dar alguns passos. O gelo parecia estável e não muito escorregadio. Hazel pediu para Arion ir em frente. Andy e Frank andaram em ambos os lados, com a espada e o arco prontos. Eles se aproximaram dos portões sem nenhum desafio. Hazel podia ver diretamente abaixo a Via Praetoria. No cruzamento, em frente a Principia de tijolos de neve, uma figura alta em uma roupa escura estava presa em correntes de gelo.

"Tânatos," ela murmurou.

"Estamos com você," Frank prometeu. "Ninguém te levará embora."

Hazel segurou a mão dele. "Estou bem," mentiu. 

Andy olhou ao redor, inquieta. "Sem defensores? Nenhum gigante? Isso tem que ser uma armadilha."

"Óbvio," Frank disse. "Mas eu não acho que temos escolha."

Antes que Hazel pudesse mudar de ideia, ela guiou Arion através dos portões. A planta era familiar, quartéis de Regimentos, casas de banho, arsenal. Era uma réplica exata do Acampamento Júpiter, exceto que três vezes maior. 

Eles pararam a 3 metros da figura vestida de negro.

"Olá?" Hazel forçou a palavra para fora. "Sr. Morte?"

A figura encapuzada ergueu o rosto. Imediatamente, todo o acampamento despertou para a vida. Figuras romanas surgiram de todos os lados. Os fantasmas formaram fileiras e cercaram a encruzilhada. A maioria das sombras estavam a pé, mas dois soldados irromperam dos estábulos em uma carruagem de ouro puxada por dois cavalos negros fantasmagóricos. Quando Arion viu os cavalos, ele bateu na terra em indignação.

Frank agarrou seu arco. "Sim, aqui está a armadilha."

"Tânatos!" Hazel se virou para a figura encapuzada. "Nós estamos aqui para te resgatar, se você controla essas criaturas, diga para elas..." Sua voz vacilou. A capa do deus caiu enquanto ele abria suas asas, deixando-o com somente uma túnica negra sem mangas. Os seus olhos eram tão dourados como os de Hazel. Ele era magro e musculoso, com uma face régia e o seu cabelo negro caía pelos seus ombros. Suas asas brilhavam em preto, azul e roxo. Os pulsos do deus estavam presos em algemas de gelo, com correntes que iam direto ao chão da geleira. Seus pés estavam descalços, algemados nos tornozelos e também acorrentados.

"Parece o Cupido," disse Frank.

"Você me elogia," disse Tânatos. "Eu sou frequentemente confundido com o deus do amor. Morte tem mais em comum com o amor que vocês podem imaginar. Mas eu sou a Morte, posso lhes assegurar."

"Nós estamos... Nós estamos aqui para te salvar," Hazel disse. "Onde está Alcioneu?"

"Me salvar...?" Tânatos estreitou seus olhos. "Você entende o que está dizendo, Hazel Levesque? Você entende o que isso significará?"

Andy deu um passo a frente. "Estamos perdendo tempo." Ela balançou sua espada em direção às correntes do deus. O Bronze celestial retiniu contra o gelo, mas Contracorrente ficou presa na corrente como cola. O gelo começou a subir pela espada. Andy puxou freneticamente. Frank correu para ajudar. Juntos, eles só conseguiram libertar Contracorrente antes do gelo alcançar suas mãos.

"Isso não vai funcionar," disse Tânatos. "Quanto ao gigante, ele está perto. Essas sombras não são minhas. São dele." 

"Então como te libertamos?" demandou Hazel.

Tânatos mudou sua atenção de volta a ela. "Filha de Plutão, de morte e jóias, filha do meu mestre, você de todas as pessoas não deveria me querer livre."

"Acha que eu não sei disso?" Os olhos de Hazel ardiam, mas ela estava farta de sentir medo. "Escute, Morte," ela desembainhou sua espada de cavalaria, e Arion relinchou desafiante. "Eu não voltei do Mundo Inferior e viajei milhares de quilômetros, para que me digam que sou estúpida por te libertar. Se for pra morrer, morrerei. Vou lutar com todo esse exército se for necessário. Só nos diga como quebrar tuas correntes."

Tânatos a estudou durante um batimento. "Interessante. Você entende que estas sombras uma vez foram semideuses como vocês. Eles lutaram por Roma. Eles morreram sem completar a sua missão heroica. Como você, foram mandados para os Asfódelos. Agora Gaia prometeu uma segunda vida a eles se lutarem por ela hoje. É claro, se você me libertar e derrotá-los, eles terão que voltar ao Mundo Inferior onde pertencem. Por traição aos deuses, enfrentarão punição eterna. Eles não são tão diferentes de você, Hazel Levesque. Você tem certeza que quer me libertar e condenar todas estas almas para sempre?"

Frank fechou seus punhos. "Isso não é justo! Você quer ser libertado ou não?"

"Justo... Filho de justiça..." ponderou a Morte. "Você ficaria fascinado com a frequência que eu ouço essa palavra, Frank Zhang, e o quão sem sentido ela é. É justo que a tua vida vá queimar tão brilhante e curta? Foi justo quando eu guiei a tua mãe para o Mundo Inferior?"

Frank cambaleou como se tivesse sido golpeado.

"Não," disse Morte tristemente. "Não foi justo. Mesmo assim, era a hora. Não há justiça na Morte. Se vocês me libertarem, vou cumprir com meu dever. Mas é claro que essas sombras vão tentar pará-los."

"Então se te deixamos ir, seremos atacados por um monte de caras feitos de vapor negro com espadas de ouro?" Andy disso. "Já estive em situações piores. Honestamente. Como quebramos essas correntes?"

Tânatos sorriu. "Somente o fogo da vida pode quebrar as correntes da morte."

"Sem enigmas, por favor?" pediu Andy.

Frank respirou trêmulo. "Não é um enigma."

"Não, Frank," disse Hazel fracamente. "Tem que ter outro jeito."

Risos explodiram do outro lado da geleira. Uma voz rouca disse: "Meus amigos. Eu esperei tanto!"

Parado nos portões do acampamento estava Alcioneu. Ele tinha uma pele de metal dourado e suas pernas de tom vermelho-ferrugem de dragão martelaram o gelo enquanto entrava no acampamento. O gigante se aproximou, sorrindo para Hazel com seus dentes de prata sólida.

"Ah, Hazel Levesque," disse. "Você me custou muito caro! Se não fosse por você eu teria me erguido décadas atrás, e esse mundo já seria de Gaia. Mas não importa!" Ele esticou suas mãos, mostrando as linhas de soldados fantasmas. "Bem-vinda, Andy Jackson! Bem-vindo, Frank Zhang! Eu sou Alcioneu, a desgraça de Plutão, o novo mestre da Morte. E essa é sua nova legião."



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