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História Céus e Mares - Presença Gélida


Escrita por: dfcrosas

Capítulo 31 - Presença Gélida


Fanfic / Fanfiction Céus e Mares - Presença Gélida

Arco I - Para o Mundo dos Céus
Parte XVII - Então corte através do coração, frio e claro; acerte pelo amor e acerte pelo medo.

 

Pilotando o helicóptero, Leo vacilava entre confiança e pânico. Se não pensasse no que fazia, ele se achava automaticamente apertando os botões certos, verificando o altímetro, mexendo no controle suavemente e voando tranquilamente. Se se permitisse considerar o que estava fazendo, começava a entrar em pânico.

"Indo bem?" Piper perguntou do assento do copiloto. Ela soava mais nervosa que ele, então Leo fez uma cara de corajoso.

"Moleza," disse. "Então, o que é a Casa do Lobo?"

Lena se ajoelhou entre eles. "É uma mansão abandonada em Sonoma Valley. Um semideus a construiu... Jack London."

Leo não conseguia localizar o nome. "É um ator?"

"Escritor," Piper respondeu. "Aventura, certo? O Chamado da Floresta? Caninos Brancos?"

"Ahã," Lena confirmou. "Ele era filho de Mércurio... quero dizer, Hermes. Era um aventureiro, viajava ao redor do mundo. Foi um vagabundo por um tempo. Depois fez sua fortuna escrevendo. Comprou um rancho grande no país e decidiu construir essa mansão enorme: a Casa do Lobo."

"Ele a chamou assim por que escreveu sobre lobos?" perguntou Leo.

"Parcialmente. Mas o lugar e a razão por que escreveu sobre lobos... ele estava deixando pistas sobre sua experiência pessoal. Tem um monte de buracos na história da sua vida... como ele nasceu, quem era seu pai, por que ele viajava tanto pelo mundo... coisas que você só consegue explicar se sabe que ele era um semideus."

"Então Jack London foi para o Acampamento Meio-Sangue?" Leo perguntou.

"Não," Lena disse. "Não, ele não foi."

"Cara, você está me enlouquecendo com essa conversa misteriosa. Está se lembrando do passado ou não?"

"De algumas partes. Só pedaços. Nenhum deles ajuda muito. A Casa do Lobo está em um solo sagrado. Foi onde Jack London começou sua jornada quando criança, onde descobriu que era um semideus. Por isso voltou para lá. Pensou que poderia viver lá, reivindicar a terra, mas não para ele. A Casa do Lobo estava amaldiçoada. Ardeu em chamas uma semana antes que ele e sua esposa se mudassem para lá. Alguns anos depois, London morreu, e suas cinzas foram espalhadas no terreno."

"E," Piper disse, "como você sabe tudo isso?"

Uma sombra cruzou o rosto de Lena. "Eu comecei minha jornada lá também. É um lugar poderoso para semideuses, um lugar perigoso. Se Gaia puder reclamá-lo, usar seu poder para prender Hera no solstício de inverno e reerguer Porfírio... isso poderia ser suficiente para acordar a deusa da terra completamente."

O helicóptero estremeceu. "Faltam trinta minutos para chegar," Leo informou as meninas, mas não tinha certeza de como sabia disso. "Se quiserem descansar um pouco, agora é uma boa hora." Lena voltou para a traseira do helicóptero e dormiu quase imediatamente. Piper e Leo continuaram bem acordados. Depois de alguns minutos embaraçosos, Leo falou: "Teu pai vai ficar bem, você sabe. Ninguém vai mexer com ele enquanto aquele bode louco estiver por perto."

"Meu pai?" ela disse pensativa. "Ah, eu sei. Eu estava pensando em Lena. Estou preocupada com ela."

Leo assentiu. Quanto mais se aproximavam do amontoado de nuvens escuras, mais Leo ficava preocupado também. "Ela está começando a se lembrar. Isso pode deixá-la um pouco confusa."

"Mas e se... e se ela for uma pessoa diferente?"

"Nah," Leo decidiu. "Depois de tudo o que passamos? Não posso acreditar. Nós somos um time. Lena vai ficar bem."

Piper alisou seu vestido azul. "Espero que você esteja certo. Eu preciso dela..." ela limpou a garganta. "Quero dizer, eu preciso confiar nela..."

"Ei, não se preocupe," Leo disse. "Piper, você é a mais forte, mais poderosa princesa de Esparta que eu conheci. Você pode contar consigo mesma. E, se quer mesmo saber, pode contar comigo também."

O helicóptero caiu em um vento cortante, e Leo se sobressaltou. Ele praguejou e endireitou o helicóptero.

Piper riu nervosa. "Contar com você, hein?"

"Ah, cala a boca." Mas ele sorriu para ela.

Então eles atingiram as nuvens de tempestade. Gelo começou a aparecer nas bordas do vidro e ondas lamacentas de gelo borraram sua visão.

"Uma tempestade de gelo?" Piper gritou mais alto que as hélices e o vento. "É para ser tão frio assim em Sonoma?"

Lena acordou rapidamente. Ela inclinou-se para frente, agarrando os assentos para se equilibrar. "Nós devemos estar perto."

Leo estava muito ocupado lutando contra o controle para responder. De repente não estava mais tão fácil pilotar o helicóptero. Seus movimentos se tornaram lentos e bruscos. A máquina inteira estremeceu no vento de gelo. O helicóptero provavelmente não tinha sido feito para voar em tempo frio. Os controles se recusavam a responder. E eles começaram a perder altitude.

"Ali!" Lena gritou.

Um pequeno vale abriu-se diante deles, com uma forma escura de um edifício no meio. Leo dirigiu o helicóptero diretamente para ele. Árvores estalaram e explodiram nas bordas da clareira. Sombras moveram-se através do nevoeiro. Combates pareciam estar acontecendo em todos os lugares. Ele desceu o helicóptero para um campo de gelo a uns cinquenta metros da casa e desligou o motor. 

 O som de combate atravessava todo o vale. A neve e a neblina faziam com que ficasse difícil dizer, mas parecia haver um círculo de lutas em volta da Casa do Lobo. Atrás deles assomava a casa dos sonhos de Jack London, uma enorme ruína de pedras vermelhas e acinzentadas, com vigas de madeira rústica.

"GG!" uma voz de garota chamou.

Thalia apareceu na neblina, seu arco na mão, a aljava quase vazia. Ela correu para encontrá-los, mas só deu alguns passos antes de um ogro de seis braços aparecer da tempestade atrás dela, um porrete erguido em cada mão.

"Cuidado!" Leo avisou. Eles se apressaram para ajudar, mas Thalia tinha tudo sobre controle. Ela deu um salto como se fosse uma ginasta, atirando uma flecha enquanto se posicionava de joelhos. O ogro conseguiu uma flecha de prata bem no meio do seus olhos e derreteu em uma pilha de pó.

Thalia levantou e recuperou a flecha, mas a ponta tinha caído. "Essa era a minha última," ela chutou a pilha de pó ressentida. "Ogro estúpido."

"Belo tiro," Leo elogiou.

Thalia o ignorou como sempre. Ela abraçou Lena e acenou para Piper. "Bem na hora. Minhas Caçadoras estão cobrindo um perímetro em volta da mansão, mas vamos ser sobrepujadas a qualquer minuto."

"Pelos ogros?" Lena perguntou.

"Nascidos da Terra," ela corrigiu. "E pelos lobos... subordinados de Licáon. E também espíritos da tempestade-"

"Mas nós o entregamos para Éolo!" Piper protestou.

"Que tentou nos matar," Leo a lembrou. "Talvez ele esteja ajudando Gaia de novo."

"Eu não sei," Thalia disse. "Mas os monstros continuam se reformando quase tão rápido quanto conseguimos matá-los. Nós tomamos a Casa do Lobo sem problemas: surpreendemos os guardas e os mandamos direto para o Tártaro. Mas então, essa tempestade de neve maluca apareceu. Onda após onda de monstros começaram a atacar. Agora estamos cercados. Eu não sei quem ou o que está liderando o assalto, mas acho que planejaram isso. Era uma armadilha para matar qualquer um que tentasse salvar Hera."

"Onde ela está?" Lena perguntou.

"Lá dentro," Thalia disse. "Nós tentamos salvá-la, mas não temos ideia de como quebrar as grades. São só alguns minutos até o pôr do sol. Hera acha que nesse momento Porfírio vai renascer. Além disso, a maior parte dos monstros são mais fortes de noite. Se nós não salvarmos Hera logo..." Ela não precisou terminar.

Leo, Lena e Piper a seguiram para a mansão arruinada. Logo que Lena atravessou a soleira da porta, ela caiu de joelhos no chão.

"Ei!" Leo a segurou. "Sem essa, Lena. Qual é o problema?"

"Esse lugar..." Lena balançou a cabeça. "Desculpa... tudo voltou rápido demais."

"Então você esteve aqui," Piper disse.

"Nós duas estivemos," Thalia disse. "Foi aqui que nossa mãe nos trouxe. Ela te deixou aqui. E você desapareceu, GG."

"Ela me deu para os lobos," Lena murmurou. "Por causa da insistência de Hera. Ela me deu para Lupa."

Thalia franziu a testa. "Quem é Lupa?"

"Talvez não seja o momento para perguntas," Leo sugeriu. "Mostre-nos a deusa."

Uma vez dentro, Lena pareceu se recuperar. Ela os liderou por entre as alas chegando a um pátio com duas espirais de pedra e raízes que saiam do chão. Perto de uma delas, Leo podia ver o formato de uma cabeça, ombros largos, um peito e braços maciços, como se a criatura estivesse se erguendo da terra. A segunda espiral era menor e mais entrelaçada. Dentro, no meio da cela, estava Hera.

Parecia uma mulher mortal comum, a boa e velha babá psicopata. 

Leo se aproximou. "Hola Tía. Está com algum problema?"

Ela cruzou seus braços e suspirou exasperada. "Não me trate como uma de suas máquinas, Leo Valdez. Me tire daqui!"

Thalia se aproximou dele e olhou para a cela com desgosto; ou talvez ela estivesse olhando para a deusa. "Tentamos tudo o que conseguimos pensar, Leo, mas talvez não tenha tentado de coração  Se fosse por mim, eu a deixaria aí."

"Ah, Thalia Grace," a deusa disse, "quando eu sair daqui, você vai se arrepender de ter nascido."

"Que medo," Thalia a cortou. "Você tem sido uma maldição para todas as crianças de Zeus. Você mandou um monte de vacas com problemas intestinais atrás do Tony-"

"Ele me faltou com respeito!"

"Você levou a minha irmã!" A voz de Thalia falhou com emoção. "Aqui... nesse lugar. Você arruinou as nossas vidas. Nós deveríamos deixá-la para Gaia!"

"Ei," Lena interviu. "Thalia... eu sei. Mas não é a hora. Você deveria ajudar as Caçadoras."

Thalia endireitou a sua jaqueta. "Tudo bem. Por você, GG. Mas se quer a verdade, ela não vale o trabalho." Thalia lhes deu as costas e saiu marchando de volta para a casa. 

Leo virou para Hera com respeito. "Vacas com problemas intestinais?

"Se concentre na cela, Leo," Hera grunhiu. "E Lena... você é mais sábia que a tua irmã. Eu escolhi bem a minha filha."

"Eu não sou tua filha," Lena disse. "Só estou te ajudando porque você é melhor que a outra alternativa. Falando nisso, o que está acontecendo com aquilo ali?" Ela apontou para a outra espiral que parecia uma bolsa humana de granito.

"Aquilo, Lena," Hera respondeu, "é o rei dos gigantes renascendo."

"Que nojo," Piper falou.

"De fato," Hera disse. "Porfírio, o mais forte de todos. Gaia precisava um grande poder para reerguê-lo novamente... o meu poder. Por semanas fiquei cada vez mais fraca enquanto minha essência era usada para dá-lo uma nova forma."

"Então você é uma espécie de incubadora?" Leo supôs. "Ou fertilizante."

A deusa o encarou. "Brinque o quanto quiser," disse em um tom macabro. "Mas ao pôr do sol, será tarde demais. O gigante irá acordar. Ele me oferecerá uma escolha: casar com ele ou ser consumida pela terra. E eu não posso me casar com ele. Todos nós seremos destruídos. E enquanto morremos, Gaia irá despertar."

Leo franziu para a espiral gigante. "Não podemos explodi-lo ou algo assim?"

"Sem mim, vocês não teriam o poder necessário," Hera respondeu. "Seria como tentar destruir uma montanha."

"Fizemos isso hoje," Lena disse.

"Apenas se apresse e me tire daqui!" Hera demandou.

Lena coçou a cabeça. "Leo, você consegue?"

"Eu não sei." Leo tentou não entrar em pânico. "E, se ela é uma deusa, por que ela mesma não escapa?"

Hera xingou em grego antigo. "Use seu cérebro, Leo Valdez. Eu escolhi você porque era inteligente. Uma vez capturado, o poder de um deus é inútil. O teu próprio pai me capturou em uma cadeira de ouro. Foi humilhante! Eu tive que implorar, implorar pela minha liberdade e me desculpar por jogá-lo do Olimpo."

"Parece justo," Leo disse.

Hera o olhou feio. "Eu o observo desde que era criança, filho de fogo e forja, porque eu sabia que poderia me ajudar neste momento. Se alguém pode achar um jeito de destruir essa abominação, esse alguém é você."

"Mas isso não é uma máquina. É como se Gaia levantasse a mão do chão e..." Leo se sentiu tonto. "Espera aí. Eu tenho uma ideia. Piper, vou precisar da tua ajuda. E vamos precisar de tempo."

O ar se tornou quebradiço com o frio. A temperatura caiu. Os espíritos da tempestade entraram, mas ao invés de homens com asas, esses eram como cavalos. Atrás deles vieram os lobos com olhos vermelhos e os Nascidos da Terra de seis braços.

Piper pegou a sua adaga. Lena pegou um galho coberto de gelo. Leo procurou no seu cinto de ferramentas e tirou um martelo.

Um dos lobos se aproximou. Estava carregando uma estátua de tamanho real pela perna. Ele abriu a boca e deixou cair a estátua para eles verem: uma escultura de gelo de uma garota, uma arqueira com o cabelo curto e espetado com um olhar surpreso.

"Thalia!" Lena correu para frente, mas Piper e Leo a puxaram de volta. "Quem fez isso?" ela exigiu. Seu corpo estalou com eletricidade. "Eu o matarei eu mesma!"

De algum lugar atrás dos monstros, Leo ouviu uma risada de uma garota, clara e fria. Ela andou para fora da névoa com seu vestido branco de neve, uma tiara de prata no topo de seus cabelos negros. "Bon soir, mes amis," disse Quione, a deusa da neve. Ela sorriu, seus olhos negros brilhando, enquanto uma adaga crescia em sua mão.

"O que você fez?" Lena disse. 

"Ah, tantas coisas," ronronou a deusa da neve. "Tua irmã não está morta, se é isso que está perguntando. Ela e suas Caçadoras irão dar ótimos brinquedos para nossos lobos. Achei que poderíamos descongelá-las uma a uma e brincar de caçá-las. Deixar que elas sejam as presas dessa vez." Os lobos rosnaram concordando. Quione manteve os seus olhos em Lena. "Tua irmã quase matou o rei deles, entende. Licáon está escondido numa caverna em algum lugar, sem dúvida lambendo as suas feridas, mas seus servos se juntaram a nós para vinga-lo. E logo Porfírio se levantará, e nós governaremos o mundo."

"Traidora!" gritou Hera. "Sua intrometida, deusa de quinta categoria! Você não é digna para servir um vinho, muito menos para governar o mundo."

Quione suspirou. "Chata como sempre, Rainha Hera. Eu tenho desejado te calar por milênios." Quione acenou e gelo cobriu a prisão, selando os espaços entre os tentáculos de terra. "Assim está melhor. Agora, semideuses, quanto as suas mortes..."

"Foi você quem enganou Hera para que ela viesse aqui," disse Lena. "Você deu a Zeus a ideia de fechar o Olimpo."

"Naturalmente. Como a neve, minha voz é tranquila, suave e muito fria. Para mim é fácil sussurrar para os outros deuses, especialmente quando só estou confirmando os seus medos mais profundos. Também sussurrei no ouvido de Éolo que ele deveria emitir uma ordem para matar semideuses. É um pequeno serviço para Gaia, mas estou certa de que será bem recompensado quando seus filhos, os gigantes, chegarem ao poder."

"Você poderia ter nos matado em Quebec," Lena a lembrou. "Por que nos deixou viver?"

Quione franziu seu nariz. "Complicaria os negócios, matar vocês na casa do meu pai, especialmente quando ele insistia em conhecer todos os visitantes. Meu pai é um velho tolo. Ele vive com medo de Zeus e Éolo, mas ele ainda é poderoso. Em breve, quando meus novos mestres tiverem despertado, vou destituir Bóreas e tomar o trono do Vento Norte, mas não agora. Além disso, meu pai tinha um ponto. Sua missão era suicida. Eu esperava que vocês fracassassem."

"Você derrubou o nosso dragão do céu sobre Detroit," Leo acusou. "Os fios congelados na cabeça dele... aquilo foi tua culpa. Você vai pagar por isso."

"Você também foi quem manteve Encélado informado sobre nós," Piper acrescentou. "Temos sido assolados por tempestades de neve a viagem inteira."

"Sim, eu me sinto tão próxima de todos vocês agora!" Quione riu. "Uma vez que vocês conseguiram passar por Omaha, decidi pedir a Licáon para rastrear vocês, assim Lena poderia morrer aqui, na Casa do Lobo. Você vê, Lena, teu sangue derramado nessa terra sagrada vai manchá-la por gerações. Teus irmãos semideuses ficarão indignados, especialmente quando encontrarem os corpos desses dois do Acampamento Meio-Sangue. Eles acreditarão que os gregos tem conspirado com os gigantes. Será... delicioso."

Piper e Leo não pareceram entender o que ela estava dizendo. Mas Lena entendeu. Suas memórias tinham retornado o suficiente para ela perceber quão perigosamente eficaz o plano de Quione poderia ser. "Você vai colocar semideuses contra semideuses," ela revelou.

"É tão fácil!" disse Quione. "Como te falei, só estou encorajando o que vocês fariam de qualquer jeito."

"Mas por quê?" Piper estendeu as mãos. "Quione, você irá destruir o mundo. Os gigantes irão destruir tudo. Você não quer isso. Pare os monstros."

Quione hesitou, então riu. "Teus poderes de persuasão estão melhorando, garota. Mas eu sou uma deusa. Você não pode me encantar. Nós, deuses do vento, somos criaturas do caos! Eu vou derrubar Éolo e deixar as tempestades correrem livremente. Se destruirmos o mundo mortal, melhor ainda! Eles nunca me honraram, mesmo nos tempos gregos. Quando retornarmos aos lugares antigos, irei cobrir a Acrópole de neve."

"Os lugares antigos." Os olhos de Leo se arregalaram. "Foi isso o que Encélado quis dizer quando falou em destruir as raízes dos deuses. Ele se referia a Grécia."

"Você poderia se juntar a mim, filho de Hefesto," disse Quione. "Seria suficiente pro meu plano se esses outros dois morressem. Rejeite esse destino ridículo que as Parcas deram a você. Ao invés disso, viva e seja o meu herói. Tuas habilidades seriam muito úteis."

Leo parecia estupefato. Ele olhou para trás, como se Quione estivesse falando com outra pessoa. Em seguida, Leo riu tanto que se curvou. "Sim, me unir a você. Certo. Até que você se canse de mim e me transforme em um Picoleo? Ninguém destrói o meu dragão e fica impune, sua frígida."

O rosto de Quione ficou vermelho. Ela disparou uma rajada de granizo neles, mas Leo ergueu a sua mão. Uma parede de fogo rugiu ganhando vida na frente deles, e a neve se dissolveu em uma nuvem de vapor.

Leo sorriu. "É isso que acontece com a neve no Texas. Derrete."

Quione sibilou. "Já chega. Hera está enfraquecendo. Porfírio está se levantando. Matem os semideuses. Deixem que eles sejam a primeira refeição do nosso rei!"

Lena levantou o seu galho congelado e os monstros atacaram. 



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