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História Céus e Mares - No Lar


Escrita por: dfcrosas

Capítulo 35 - No Lar


Fanfic / Fanfiction Céus e Mares - No Lar

Arco I - Para o Mundo dos Céus
Parte XIX - Então agora estou de volta em casa, no meu lar, é claro. Tudo que sempre quis parece estar aqui. 

 

"Aqui vamos nós." Leo fez suas mãos pegarem fogo e encostou-as contra a porta. Seus companheiros de chalé ofegaram.

"Leo!" Nyssa gritou. "Você é um manipulador de fogo!"

"Sim, obrigado, eu notei," ele disse.

Jake Mason, já sem o seu gesso, porém ainda de muletas, disse: "Por Hefesto! Isso significa... é tão raro que..."

A porta de pedra maciça se abriu e todos ficaram de queixo caído. A mão flamejante de Leo parecia insignificante agora. Até mesmo Piper e Lena pareciam atordoadas. Somente Quíron não ficou surpreso.

"Bem vindos ao bunker 9," disse Leo com tanta confiança quanto podia. "Entrem."

O grupo ficou em silêncio enquanto percorria as instalações. A cabeça de Festus estava apoiada na mesa central, ainda com os arranhões e amassados de sua queda final em Omaha. Lena pôs a mão no ombro de Leo. "Hefesto trouxe ele para ti?" Ele fez que sim. "E você vai consertá-lo?"

"De jeito nenhum," Leo falou. "Mas a cabeça vai ser reutilizada, Festus virá conosco."

Piper se aproximou. "O que você quer dizer?"

Antes que Leo pudesse responder, Nyssa gritou: "Pessoal, eu nunca vi nada como estes esboços. Há ideias mais surpreendentes aqui do que na Oficina de Dédalo. Ele levaria um século apenas para desenvolver todas elas."

"Quem construiu este lugar?" Jake Mason disse. "E por quê?"

"É um centro de comando para tempos de guerra," Leo respondeu. "O acampamento foi atacado uma vez, não foi?"

Todos se viraram para Quíron. "Este acampamento foi atacado várias vezes," ele admitiu. "Este mapa é da última Guerra Civil." Ele apontou para um mapa na parede.

"Guerra Civil..." disse Piper. "De cento e cinquenta anos atrás?"

"Sim e não," disse Quíron. "Os dois conflitos, de mortais e semideuses, espelharam-se um no outro, como geralmente acontece na história ocidental. Olhe para qualquer guerra civil ou revolução desde a queda de Roma: elas sempre marcam um momento em que os semideuses lutaram entre si. Mas essa guerra foi particularmente horrível. Para os mortais americanos, ainda foi o seu conflito mais sangrento de todos os tempos. Para os semideuses, foi igualmente devastadora. Mesmo naquela época, este vale era o Acampamento Meio-Sangue. Houve uma batalha horrível nessas florestas que durou dias, com terríveis perdas para ambos os lados."

"Ambos os lados," disse Leo. "Você quer dizer que o acampamento se dividiu?"

"Não," Lena respondeu. "Ele quer dizer dois grupos diferentes. O Acampamento Meio-Sangue estava em um dos lados na guerra."

Leo não tinha certeza se queria uma resposta, mas perguntou: "Quem era o outro?"

"A resposta é perigosa," Quíron alertou. "É algo que jurei pelo Rio Estige nunca mencionar. Após a Guerra Civil americana, os deuses ficaram horrorizados com a tragédia que assolou seus filhos e juraram que aquilo nunca aconteceria novamente. Os dois grupos foram separados. Os deuses os manipularam e deixaram a Névoa o mais espessa quanto puderam para certificar-se de que os inimigos não se lembrariam uns dos outros, nunca se encontrariam em missões, de modo que conflitos pudessem ser evitados. 1864 foi a última vez que os dois grupos lutaram. Já estivemos muito perto de novos problemas desde então. Os anos 60 foram particularmente arriscados. Mas conseguimos evitar uma nova guerra civil, até agora. Assim como Leo adivinhou, este abrigo era o centro de comando do chalé de Hefesto. No século passado, foi reaberto algumas vezes, geralmente como esconderijo em tempos de grande inquietação. Mas vir aqui é perigoso. Faz renascer memórias antigas, desperta antigos conflitos. Mesmo quando os Titãs nos ameaçaram no ano passado, não achei que valeria a pena o risco de usar este lugar."

De repente, o sentimento de triunfo de Leo transformou-se em culpa. "Ei, olhe, este lugar me encontrou. Era pra acontecer. É uma coisa boa."

"Espero que você esteja certo," disse Quíron.

"Estou! E tenho um plano. Algo que desenhei aos cinco anos. O meu destino." Ele apontou para o maior diagrama que havia na parede: a planta que mostrava uma trirreme grega.

"Você não pode ter feito isso," disse Nyssa. "Esse projeto deve ter pelo menos um século!"

"Profecia... confusa... vôo," Jake Mason leu as notas sobre o projeto. "É o diagrama de um navio voador. Olhem, este é o trem de pouso. Por Hefesto! Balesta giratória, arcos de montaria, chapeamento de bronze celestial. Esta coisa seria uma violenta máquina de guerra. Ela já foi construída?"

"Ainda não," disse Leo. "Olhe para a figura da proa." Não havia dúvida, a figura na parte da frente do navio era a cabeça de um dragão. Um dragão muito especial.

"Festus," Piper notou. Todo mundo se virou e olhou para a cabeça do dragão em cima da mesa.

"Ele está destinado a ser o nosso guia," Leo falou. "Nosso amuleto de boa sorte, nossos olhos no mar. Eu vou construir esse barco. E vou chamá-lo de Argo II. E, gente, vou precisar da ajuda de todos vocês."

"Argo II." Piper sorriu.

Lena assentiu. "Leo está certo. Este navio é o que precisamos para a nossa viagem."

"Que viagem?" Nyssa disse. "Vocês acabaram de voltar!"

Piper correu os dedos sobre o velho desenho de giz de cera. "Temos que enfrentar Porfírio, o rei gigante. Ele disse que iria destruir os deuses em suas raízes."

"De fato," disse Quíron. "Grande parte da Grande Profecia de Rachel ainda é um mistério para mim, mas uma coisa é clara. Vocês três... Lena, Piper e Leo... estão entre os sete semideuses que devem assumir essa missão. Precisam enfrentar os gigantes em sua terra natal, onde eles são mais fortes. Devem pará-los antes que possam acordar Gaia totalmente, antes que destruam o Monte Olimpo."

"Hum..." Nyssa observou. "Você não quer dizer Manhattan, não é?"

"Não," Leo respondeu. "O Monte Olimpo original. Temos que navegar até a Grécia."

Todo mundo começou a falar ao mesmo tempo. 

"Heróis!" Quíron bateu seu casco no chão. "Nem todos os detalhes ainda estão claros, mas Leo está certo. Ele precisará da ajuda de vocês para construir o Argo II. Talvez seja o maior projeto do Chalé 9, ainda maior que o dragão de bronze."

"Levará um tempinho," calculou Nyssa. "Temos tempo?"

"Não," Leo disse. "Mas vamos dar um jeito." 

"Devem evitar viajar por terra, usando somente o ar e o mar, portanto esse veículo é perfeito," Quíron disse. "Temos uma filha dos céus. Tudo que precisamos é uma filha dos mares."

Jake Mason se virou para Leo. "Bem, uma coisa é certa. Agora você é nosso conselheiro-chefe. Essa é a maior honra que o chalé já teve. Alguém se opõe?" Ninguém disse nada. "É oficial, então," Jake disse. "Você é o cara."

"Bem," Leo sorriu, "se vocês me elegem líder, devem ser ainda mais loucos do que eu. Então vamos construir essa supermáquina de guerra!"

Seus sonhos na noite passada foram tão ruins que Lena não queria compartilhá-los... nem mesmo com Piper. Sua memória ainda estava nebulosa, mas pedaços haviam voltado. A noite que Lupa a testara na Casa do Lobo, para decidir se ela seria uma pupila ou alimento para os demais. O dia que ela conseguiu sua tatuagem. O dia que foi erguida num escudo e proclamada pretor. Seus amigos: Dakota, Gwendolyn, Hazel, Bobby. E Reyna. Lena a tinha amado uma vez. Mas isso não mudava o que sentia por Piper. 

Sua nuca ficou arrepiada. Ela sentiu que alguém estava de pé atrás dela. Se virou e encontrou Hera. Não, Juno. "O que você está fazendo aqui? Júpiter te mandou aqui para-"

"Ninguém me manda para lugar nenhum," ela disse. "Não sou uma mensageira."

Lena esperou mas a deusa não falou mais nada. "Por que me mandou para esse acampamento?"

"Acho que você sabe," Juno rebateu. "Uma troca de líderes foi necessária. Foi o único modo de construir uma ponte onde não havia nenhuma."

"Eu não concordei com isso."

"Andy Jackson também não. Mas Júpiter deu tua vida a mim, e eu estou ajudando-lhe a cumprir teu destino."

Lena tentou controlar seus sentimentos. Ela olhou para sua camiseta laranja e as tatuagens no braço, e soube que essas coisas não deveriam ficar juntas. 

"Você deve encontrar o caminho de volta," Juno insistiu. "Agora que tem a confiança deles... Veleje no navio como uma líder nesse acampamento. E estará pronta para trazer a paz entre dois grandes poderes."

"E se você estiver mentindo? E se você estiver fazendo isso para causar outra guerra civil?"

"Eu sou a deusa da família," Juno disse. "Minha família ficou dividida por tempo demais."

"Eles nos dividiram para que não matemos uns aos outros. Parece um motivo muito bom."

"A profecia demanda que mudemos. Os gigantes se erguerão. E só podem ser mortos por um deus e semideus trabalhando juntos. E tais semideuses devem ser os sete mais destacados de sua época. E eles estão divididos em dois lugares. Se permanecermos divididos, não venceremos. Gaia está contando com isso. Você deve unir os heróis do Olimpo e navegar junto com eles para encontrar os gigantes nos antigos campos de batalha da Grécia. Só então os deuses serão convencidos a se juntarem a você. Será a missão mais perigosa, a viagem mais importante, nunca tentada pelos filhos dos deuses."

Lena engoliu em seco. "Não é justo. Eu poderia arruinar tudo."

"Poderia," a deusa concordou. "Mas deuses precisam de heróis. Sempre precisamos."

"Até você? Pensei que odiasse semideuses."

A deusa lhe deu um sorriso seco. "Eu tenho essa fama. Mas se você quer a verdade, Glaucelena, na maioria das vezes invejo os deuses com seus filhos mortais. Vocês, semideuses, podem ter ambos os mundos. Acho que isso ajuda seus parentes divinos, até Júpiter, maldito seja, a entender o mundo mortal melhor que eu." Ela suspirou tão tristemente que Lena simpatizou com ela. "Eu sou a deusa do casamento. Não é da minha natureza ser infiel. Só tenho dois filhos divinos: Marte e Vulcano... ambos desapontamentos. Não tenho heróis mortais para fazerem a minha vontade, e por isso sou geralmente severa para com semideuses... Hércules, Eneias, todos eles. Mas ajudei Jasão, um mortal puro, que não tinha parentes divinos para guiá-lo. E agora você, que foi me dada. Você será a maior heroína, e trará união aos semideuses, e assim ao Olimpo."

Suas palavras assentaram sobre Lena, mais pesadas que sacos de areia. Ela estava apavorada, mas não se sentia mais sozinha. Tinha amigos agora, e um lar pela qual lutar. E tinha uma deusa que olhava por ela, que podia ser má de vez em quando, mas era a mãe que Lena não teve. "E se eu falhar?" perguntou.

"Uma grande vitória exige um grande risco," Juno admitiu. "Falhe, e haverá derramamento de sangue como nunca foi visto. Os semideuses destruirão uns aos outros. Os gigantes tomarão o Olimpo. Gaia acordará e a terra destruirá tudo o que construímos por mais de cinco milênios. Será o fim de todos nós."

"Legal."

Alguém bateu na porta do chalé.

Juno puxou um gládio detrás de si e entregou para Lena. "Fique com essa arma no lugar da que você perdeu. Eu te verei novamente, filha dos céus. Goste você ou não, Lena, eu sou tua mãe, tua conexão com o Olimpo. Eu te amo tão genuinamente como se fosse sangue do meu sangue." A deusa sumiu enquanto as portas se abriam e Piper entrava.

"Anthony e Rachel estão aqui," ela contou. "Quíron convocou o conselho."

ϟ

O conselho era Leo e Piper (na sua primeira reunião oficial como conselheiros), Clarisse de Ares, Clóvis de Hipnos, Butch de Íris, Travis de Hermes, Kayla de Apolo, Lou de Hecate, Miranda de Deméter, e uns outros que Lena esqueceu o nome. Rachel Dare estava ao lado de Quíron e de Anthony, que usava sua armadura por cima da camiseta do acampamento. No momento que Lena entrou, ele lhe lançou um olhar fixo e exigente como se tentasse extrair informações por poder da mente. 

"Voltemos a ordem," disse Quíron. "Como podem ver, Lena, Piper e Leo retornaram com sucesso... mais ou menos. Alguns de vocês ouviram partes das histórias deles, mas vou deixar eles explicarem."

Todos olharam para Lena. Ela limpou a garganta e começou a história. Piper e Leo interrompiam de tempos em tempos, com os detalhes que ela esquecia. Só levou alguns minutos, mas pareceu muito mais com todos os observando. Lena finalizou com a visita de Juno há pouco.

"Então Hera esteve aqui," disse Anthony. "Conversando contigo."

Lena assentiu. "Olhem, não estou dizendo que confio nela-"

"Inteligente," Anthony cortou.

"...mas ela não está inventando isso sobre outro grupo de semideuses. É de onde eu vim."

"Romanos." Clarisse cuspiu. "Você espera que acreditemos que há outro acampamento para semideuses, mas eles seguem as formas romanas dos deuses. E nunca ouvimos falar deles."

Piper se sentou mais para frente. "Os deuses mantiveram os dois grupos separados, porque toda a vez que se encontravam, tentavam se matar."

"Respeito isso," disse Clarisse. "Ainda assim, por que nunca cruzamos uns com os outros em missões?"

"Vocês se encontraram," disse Quíron tristemente, "e várias vezes. Sempre em tragédia e os deuses sempre fizeram o melhor para limpar as memórias dos envolvidos. A rivalidade começou na Guerra de Tróia, Clarisse. Os gregos invadiram Tróia e a queimaram tudo. O herói troiano Eneias escapou, e em algum momento foi para a Itália, onde fundou o que depois se tornaria Roma. Os romanos ficaram cada vez mais poderosos, idolatrando os mesmos deuses, mas sob nomes diferentes, e personalidades um tanto distintas."

"Mais militares," disse Lena. "Mais unidos. Mais ligados à expansão, conquista e disciplina."

"Eca," colocou Travis. Vários deles pareceram igualmente desconfortáveis, porém Clarisse deu de ombros como se parecesse tudo bem para ela.

Anthony girou sua faca na mesa. "E os romanos odiavam os gregos. Eles conseguiram sua revanche quando conquistaram as ilhas gregas, e as tornaram parte do Império Romano."

"Não exatamente odiavam," Lena corrigiu. "Os romanos admiravam a cultura grega, e eram um pouco ciumentos. Em troca, os gregos pensaram que os romanos eram bárbaros, mas respeitaram seu poder militar. Então durante os tempos romanos, semideuses começaram a se dividir... entre gregos ou romanos."

"E foi assim desde então," ele supôs. "Mas isso é loucura. Quíron, onde estavam os romanos durante a Guerra dos Titãs? Por que não ajudaram?"

Quíron coçou a barba. "Eles ajudaram, Tony. Enquanto você e Andy estavam liderando a batalha para salvar Manhattan, quem você acha que conquistou o Monte Otris, a base dos titãs na Califórnia?"

"Espere," disse Travis. "Você disse que o Monte Otris ruiu quando derrotamos Cronos."

"Não," Lena interviu. "Ele não ruiu simplesmente. Destruímos o palácio deles. Eu venci o titã Crio sozinha."

Os olhos de Anthony estavam mais tempestuosos que um ventus. Lena quase pôde ver seus pensamentos se agitando, encaixando as peças. "Bay Area. Nós, semideuses, sempre fomos avisados para ficar longe porque o Monte Otris ficava por lá. Mas esse não era o único motivo, era? O acampamento romano... tem que estar em algum lugar perto de São Francisco. Aposto que foi posto lá para ficar de patrulha no território dos titãs. Onde ele fica?"

Quíron se deslocou na sua cadeira de rodas. "Não posso dizer. Nem mesmo tenho essa informação. Minha correlativa, Lupa, não é exatamente do tipo que compartilha coisas. E a memória de Lena também foi apagada."

"O acampamento fica sobre um grande véu de magia," disse Lena. "E fortemente guardado. Poderíamos procurar por anos e nunca encontrá-lo."

Rachel Dare entrelaçou os dedos. De todas as pessoas na sala, apenas ela não parecia nervosa com a conversa. "Mas vocês tentarão, não tentarão? Com o navio de Leo, o Argo II. E antes de irem à Grécia, navegarão para o acampamento romano. Precisarão da ajuda deles para confrontar os gigantes."

"Péssimo plano," avisou Clarisse. "Se aqueles romanos virem um navio de guerra chegando, assumirão que estamos atacando."

"Você provavelmente tem razão," concordou Lena. "Mas temos de tentar. Fui mandada aqui para aprender sobre o Acampamento Meio-Sangue, tentar convencer vocês que os dois acampamentos não tem que ser inimigos. Uma oferta de paz."

"Humm," disse Rachel. "Porque Hera está convencida de que os dois acampamentos precisam trabalhar juntos para ganhar a guerra contra os gigantes. Sete heróis do Olimpo... gregos e romanos."

Anthony assentiu. "A tua Grande Profecia... qual é a última linha?"

"E inimigos com armas às Portas da Morte afinal."

"Gaia abriu as Portas da Morte," ele disse. "Ela está soltando os piores vilões do Mundo Inferior para lutar conosco. Medeia, Midas... haverá mais, tenho certeza. Talvez o verso signifique que os semideuses romanos e gregos se unirão, encontrarão as portas e as fecharão."

"Ou pode significar que eles lutam uns com os outros nas Portas da Morte," falou Clarisse. "Não diz se cooperamos."

Houve silêncio enquanto os campistas digeriam isso.

"Estou dentro," resolveu Anthony. "Lena, quando partir, eu vou contigo."

"Estava esperando você se oferecer," ela concordou. "De todas as pessoas, é de você que vamos precisar mais."

"Espere." Leo franziu o cenho. "Digo, por mim tudo bem, é claro. Mas por que ele?"

Anthony e Lena estudaram um ao outro, e Lena sabia que ele entendera. "Juno disse que minha chegada aqui significava uma troca de líderes," ela explicou. "Um modo para os dois acampamentos saberem da existência do outro."

"Sim," disse Leo. "E daí?"

"Uma troca é uma via de mão dupla," ela completou. "Quando cheguei aqui, minha memória foi apagada. Eu não sabia quem era ou de onde vinha. Felizmente, vocês me trouxeram aqui e eu encontrei um novo lar. Sei que não são meus inimigos. Mas o acampamento romano..." ela hesitou. "Eles não são tão amigáveis. Lá, quem não prova o seu valor rapidamente... não sobrevive. Talvez não sejam tão gentis com ela, e se descobrirem de onde ela vem, ela estará em perigo."

"Ela?" Leo disse. "Você quer dizer-"

"Sim," Anthony respondeu amargamente. "Andy desapareceu na mesma época em que Lena apareceu. Se Lena veio para o Acampamento Meio-Sangue-"

"Exatamente," concordou Lena. "Andy Jackson está no outro acampamento."

Clarisse soltou uma gargalhada. "Ha! Dessa vez ela está fu-"

"Clarisse," Quíron cortou. "Modos."

Ela fez uma careta. "Vocês sabem que é verdade. Andy Jackson num acampamento militar? Eles vão fazer fila pra dar nela."

"Nunca se sabe," o centauro discutiu. "Já vi Andy Jackson em situações piores."

"De qualquer maneira," Anthony decidiu por todos, enfim, "nós vamos buscá-la."

Fim do Primeiro Arco



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