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História RESSONANTES - (Love Triangle Chanyeol and Baekhyun - EXO) - Ato 4 - Aurora


Escrita por: maryellowry

Notas do Autor


Olá! Como vocês estão? O último ano foi bem difícil para todos nós e apenas agora consegui voltar a escrever a fanfic porque um misto de coisas me desanimaram tanto...
Espero que RESSONANTES possa ajudar vocês se distraírem ou ao menos passar o tempo. Muito obrigada por vocês estarem aqui e desejo imensamente que todos consigam passar pelo que quer que estejam passando.
<3
Nesse capítulo finalmente teremos um vislumbre do Baekhyun...
Imagino o ator Lee Dohyun de Youth of May como o Taesoo

Capítulo 5 - Ato 4 - Aurora


AURORA

"A luta enfraquece, mas nunca morre."

▬▬▬▬▬▬▬ ✥.❖.✥ ▬▬▬▬▬▬▬

 

JIHEE SEGUIU ESCOLTADA PELA GENERAL até o Centro de Diagnóstico para fazer uma bateria de exames e receber cuidados médicos em seus ferimentos. Alheia aos processos, ela não se deu o trabalho de prestar atenção no que estava sendo feito, apenas ao que lhe pediam para fazer.

 

Desconsiderei a possibilidade da onisciência do sistema por medo, só para que as coisas ocorressem do meu jeito e agora isso pode custar a minha vida, como custou a de Taesoo. Eu o matei.

 

Meu pai comparava a verdade como duas coisas opostas. Uma chave, porque ela poderia te libertar, ou uma jaula, porque também poderia te prender. Tudo depende do caso. No meu, além de me prender, ela me superou e ainda vai me matar.

 

Eu disse que não tinha medo da morte, mas já disse que vou morrer na minha cabeça não sei quantas vezes...

 

Perto das onze horas da noite, cinco horas depois de sua chegada à capital, finalmente foi enviada para a sala de interrogatório e recebeu uma refeição aparentemente apetitosa. Comeu com vontade, empurrou a bandeja para o lado e baixou a cabeça.

Uma hora depois, começou a chorar. Parecia ter levado um choque, entendido o que estava acontecendo. A qualquer instante o Marechal entraria pela porta e sua sentença estaria dada.

 

PYONGYANG

MILITELO

ALA 1

SALA DE INTERROGATÓRIO 3

 

JIHEE

Olho o relógio a cada três segundos. Espero que a porta se abra, que o Marechal entre, que me interrogue, me bata. Então minha voz chia alto e eu soluço tão forte que sinto a comida subindo pelo esôfago. Lambo as lágrimas que chegam até a minha boca e começo a grunhir de raiva sentindo meu coração doer tão forte dentro do peito como se sangrasse por estar ferido.

E ele está. Está ferido pelas coisas que eu não fiz, por tudo ter acabado rápido demais, pela minha mãe, pelo meu namorado.

 

“Como um militante se sente quando é capturado pela repressão?”

 

Minha própria voz invade minha mente me fazendo sorri após engolir a saliva em excesso na minha boca. Sempre me perguntei isso. Era tão arrogante, confiante de mim que achava que nunca saberia a resposta, porque eu jamais seria pega.

Não consigo, volto a chorar de novo. O rosto se contorcendo, a cabeça jogada na mesa de qualquer forma.

Raiva, medo, esperança e dor se misturam. Odeio esse azul nas paredes, odeio esses castiçais de luzes flutuantes, não aguento mais olhar para o lado esquerdo e ver o brasão da Dinarquia* e para o direito onde está a pintura a óleo do Dinarca olhando para mim. Não há um espaço sem influência, as quatro paredes me sufocam aqui dentro com toda essa beleza, com toda essa veneração.

 

“Big Brother Is Watching You”

 

Fico lembrando do livro. Ele me impactou o suficiente para me fazer pensar durante alguns meses em desistir de lutar contra o governo. E agora vejamos, vou acabar como Winston. Quantos “Winstons” já não existiram na história?

 Olho para o relógio de novo. Parece uma gema. Digital, oval, ordenado em dourado e perolado na parede que está a minha frente. A cadeira é da mesma cor só que é dura demais. O que está na minha frente é uma poltrona muito confortável. Já consigo ver o Marechal sentado nela, sério, me encarando, me testando, não sei, não vou aguentar, não sei, eu...

 

“Eu te amo Jihee.”

 

Meus olhos piscam e se enchem d’água. Vejo o rosto dele de novo, jovial e carismático, um rosto inocente que sorri com os olhos. Taesoo.

Tento afastar isso me forçando a pensar no motivo para não prenderem todos de uma vez, mas não funciona, sempre volto para aquelas memórias, para o futuro, para meu pai e meu irmão chorando, sabendo que daqui alguns dias minha cabeça decapitada será erguida como símbolo para todos no país. Imagino eles assistindo minha execução.

A melancolia me deixa tonta. Quero morrer aqui e agora, pensando em coisas que não consigo parar, me culpando por um esforço que não serviu de nada quando eu disse que não me arrependeria por tentar, pensando naquele livro pelo qual Taesoo morreu para que conseguíssemos fundar nosso partido.

Aquelas memórias...

Aos poucos paro de lutar. Com a bochecha colada na mesa molhada por lágrimas, minhas vistas borradas se fecham, como se eu estivesse preparada sim para morrer aqui e agora, mas como se antes eu tivesse que me relembrar do porquê estou aqui, porquê luto e porquê vivo.

Afundo em minhas memórias, como nunca antes.

 

05 de julho de 2250

DOIS ANOS ANTES

HAMGYONG NORTE

 

A brisa fresca corre. O ar limpo e úmido. Frio mesmo seja verão. O céu sendo o mar que tinha desafiado a gravidade subindo para cima. Roupas desbotadas me aquecendo. Cheiro de terra. Eu e meu irmão juntos. Saudade.

Por estarmos perto me dou o privilégio de parar de caminhar um pouco, me apoiar nos joelhos e tragar o ar mais forte.

 Estamos longe da nossa cidade, caminhando na direção de uma estrada usada na época em que tínhamos um centro e não somente a área rural.

Volto a andar, meus pensamentos sendo tomados por Hannah Arendt. Ela diz que a gente deve tentar se entender com o mundo. Se entender não daquele tipo de perdoar ou apagar acontecimentos ruins que ocorreram. É você se reconciliar com a realidade onde essas coisas foram praticadas, compreender os processos que levaram até ela.

Daí penso, será que um dia, lá na frente, vou conseguir me entender com esse meu passado sofrido, com as terríveis condições do meu país de hoje? Estarei madura o suficiente para superá-lo?

Sou vingativa e rancorosa o suficiente para dizer que não, mas não ignorante o suficiente para dizer que nunca. Não sabemos o que seremos, apenas o que somos.

No momento estou exausta demais, chateada demais, mas ainda esperançosa. A nossa atividade clandestina está entrando na tal da decadência. Começa com as baixas nos produtos roubados, aumento da vigilância, as longas pausas entre uma Aurora e outra e mais outros incidentes observáveis. Eu tenho medo de não conseguirmos mais reagir. Não digo com a luta armada, nossa militância não se organiza dessa forma embora eu queira. Não somos sortudos a tal ponto de conseguir isso, de sermos rebeldes capazes de confrontar os soldados e entoar bravamente a liberdade. 

Independente disso a nossa forma de lutar ainda tem valor. Ela é tão bela quanto um campo de flores na primavera e tão brutal quanto às lutas naquele histórico coliseu do qual já ouvi falar. Sou apaixonada por essa contradição que a envolve. A gente quase pratica uma desobediência civil, a diferença é que ela não é legalmente aceita por aqui.

  Meu cadarço se desamarra, paro para amarrá-lo e percebo o furo na minha botina. Preciso de uma nova. Seu solado está tão gasto e tão ralo que insinuo o pensamento de que se tornará liquefeito. Não estou podendo trocar meus recursos por roupas. A maioria eu troco por livros e comida. Treino lutas e técnicas de combate, não posso estar anêmica. Raramente compro roupas por essa razão.

Penso em me apressar para alcançá-lo, mas ouço os passos de Tae pararem e sua voz grave me dispersa dessa iniciativa, me fazendo parar onde estou.

— Estamos quase chegando, Jihee. — Seu suspiro de cansaço soa mais alto do que geralmente é. Minhas coxas doem. Já consigo avistar a estrada principal quase invisível pelo véu de terra que a cobre em grandes intervalos.

Nós estamos indo para Chongjin, a capital da província, uma cidade litorânea com um porto. Antigamente moravam pessoas lá, mas todas foram levadas para o centro quando dividiram o país em zonas: Norte, Centro e Sul. Agora, a cidade possui alta concentração de indústrias de muitos tipos e robôs fazem boa parte do trabalho, mas muitos técnicos trabalham lá e moradores dos vilarejos também em troca de algumas coisas que são dadas de acordo com as horas semanais. A PMAI supervisiona tudo, em turnos.

Os bairros residenciais vazios estão em cacos e por isso o povo da província toda os frequenta. Mas há um único bairro. Um especial. E estamos indo para ele.

É necessário sairmos no meio da tarde. Não que a viagem até o local seja muito longa, é que a caminhonete é lerda demais. Geralmente, só chegamos lá perto das vinte e uma horas.

Exaustos, chegamos enfim ao posto de recarga, antes chamados de postos de gasolina, em que deixamos nossa caminhonete nos fundos. Ele está abandonado há anos. Sua construção possui grandes rachaduras, a pintura desbotada e o letreiro apagado. Os postos abandonados funcionam clandestinamente, os Ladrões da Pátria* deixam alguns botijões cilíndricos cheios de hidrogênio em cada um, para os moradores reabastecerem seus automóveis ressuscitados depois de roubados de ferros-velhos.

Queríamos uma caminhonete elétrica, mas isso é algo difícil até mesmo para os maiores ladrões do país conseguirem. Além disso, dividimos a caminhonete com outras pessoas e por isso ela fica tão longe do nosso vilarejo.

Há outras pessoas do nosso vilarejo que também estão vindo. A lata-velha range ruidosamente quando eu e Tae abrimos a porta. Entramos na cabine com três lugares e esperamos os outros em silêncio. Apoio o cotovelo na borda da janela, Taehyung me flagra sorrindo boba.

— A minha felicidade é ver você feliz. Eu amo te ver assim. Taesoo está quase conseguindo que a gente se mude para as províncias do Centro. Teremos uma vida melhor lá, mesmo com falsas identidades. Vamos conseguir Jihee. — diz ele meio abobado. Tae é muito malandro. Quando fomos com Taesoo para Hamgyong Sul ver algumas casas, ele abateu várias carteiras da gentalha classe média em Hamhung.

— Eu preciso sempre me manter feliz e acreditar. Você sabe irmão. A luta enfraquece, mas nunca morre. E hoje vou conseguir o que tenho certeza que mudará a Coreia do Norte. Eu vou fundar aquele partido. Eu vou salvar nosso povo. — Prometo, mais para mim mesma do que para qualquer um. É que eu não posso me esquecer dessa promessa. Tenho de prometê-la sempre, mesmo que já o tenha feito várias e várias vezes.

Hoje vou trazer para casa um livro que desejo imensamente desde os onze anos. Agora estou com dezessete. Meu pai sempre falava dele para mim, do revolucionário brasileiro que teve seu livro proibido em muitos países, o Emanuel Costa.

— Eu sei que vai. Não importa como. Você é a pessoa mais forte que eu conheço.  — O vejo colocar seus óculos de sol baratos. Ele o pegou na zona de Chongjin que disponibiliza roupas. Desde então sempre o leva com ele.

Minutos depois começamos a ver os restantes que faltam chegar. Cada um se aloca à sua maneira na parte de trás, um deles coloca uma música para tocar numa caixinha de som antiga.  

A caminhonete é barulhenta como se estivesse num loop infinito de um engasgo. É velha demais. Seu piloto automático nem funciona e nem se fabricam mais carros desse modelo.

Quando começamos a andar pela estrada, respiro fundo o vento que atinge meu rosto em pouca velocidade. A música se mistura com os vales e montanhas muito presentes por aqui e minha mente relaxa. Temos sorte de termos uma paisagem bonita para desfrutar em meio a tanto sofrimento.

Eu e meu irmão temos apenas um ao outro nesse mundo e, Taesoo, de amigo virou meu namorado. Mas é um namoro diferente. Quando ele ainda estava no vilarejo, namorávamos lendo livros, conversando e sonhando juntos. E compartilhávamos do mesmo sonho de liberdade. Na verdade, ainda compartilhamos, mas à distância. A gente costumava a ficar num casebre perto de uma montanha em nosso vilarejo. Assistíamos o nascer do sol juntos, imaginando o grande futuro que a gente conquistaria.

Sinto a falta dele. Desde que entrou para os Ladrões da Pátria nos vemos poucas vezes.

De repente, sinto um aperto no peito enquanto olho a paisagem. Eu tenho medo do futuro, que a minha vida desmorone, das coisas não darem certo, mas vai dar. Eu sei que vai.

Me acomodo no banco e acabo adormecendo por algumas horas.

 

❁❁❁

DIAS ATUAIS

PYONGYANG

PALÁCIO REAL 

QUARTO DO INFANTE

 

Enquanto nesta manhã, Jihee inevitavelmente caía nas mãos do Exército e se deparava com um dos piores dias da sua vida, no outro lado do país, o Infante* Baekhyun acordava mais feliz do que nunca.

Era um dia especial e o simples ato de acordar se torna diferente. Primeiro, porque suas expectativas estão altas. Segundo, porque você deseja que os acontecimentos do dia sejam correspondentes a elas. 

Geralmente, essas expectativas acabam frustradas, salvo de certas vezes em que, o acaso — quer dizer, você mesmo — decide que está na hora de fazer diferente. 

Bem, Baekhyun tinha feito diferente. Não, não hoje, e sim, lutado ao longo de toda a sua vida para que o dia de hoje se tornasse especial, preciosamente aguardado. Não foi de repente, não foi o acaso, não foi fácil.

O olhar âmbar, claro como o mel, mas não tão doce quanto, parece exatamente como a gema preciosa de mesmo nome, porque seus olhos estão petrificados. Duros. Encarando o dossel vermelho e dourado, grande e cheio, encorajador e relaxante.

Monologando frases de positividade mentalmente, para fugir da ansiedade e do medo de seu pai mudar de ideia, ele se sentou e fez o que geralmente sua personalidade insuportavelmente narcisista o fazia fazer: espreguiçou, se aprumou, e começou a caminhar com aquela postura desafiante de sempre, a coluna ereta, nariz empinado, maxilar travado, sobrancelhas levemente contraídas, olhos semicerrados e foi se olhar no espelho gigante, emoldurado num dourado brilhoso. 

Sua Alteza, bom dia. Qual traje desejarás hoje? — cumprimenta tão educadamente a inteligência artificial da casa que apenas não se curvou porque não tem um corpo físico. 

— Mostre-me sua melhor combinação hoje, Will. É de grande importância que eu esteja bem arrumado pois me tornarei o Príncipe Real para os militares e a Primeira-Ministra hoje à noite, e, em breve, para todo o país. 

Sua cara se fecha. Seu reflexo no espelho não parece mais tão interessante, seus olhos deslizam para o lado, para algum ponto distante através da janela. Uma lembrança.

 

Estávamos nós reunidos à mesa, para o jantar, o único momento em que sou agraciado por nossa reunião como uma família: nas refeições principais. Mamãe sempre precisa perguntar ao meu pai sobre como foi o seu dia visto que ele nunca fala espontaneamente. 

Este sempre fora o pior momento de meu dia desde a infância. Porque apesar de me sentir presenteado, me sinto entristecido pela aura que nos abate. Tão pesada, mortal, reunidos em corpo, em forma, porém nunca em alma, nunca sintonizados. É abominável me sentir assim perto de minha família, mas tudo sempre fora frio entre nós. Não tenho como me forçar a ficar feliz, ainda que goste de suas presenças. 

— Bom meu filho, temos uma ótima notícia para lhe dar. Eu e seu pai estivemos conversando. Vamos torná-lo Príncipe e prepará-lo para assumir o trono, já que… — começa minha mãe, lambendo seus lábios após repousar os talheres delicadamente no prato. As mãos estão premidas em cima da mesa e ela engole em seco antes de continuar. 

Ela está apreensiva. 

— Meu irmão não voltou. — Completo.

— Isso. — E olhou de soslaio para meu pai. Ele permanecia cabisbaixo, comendo a nossa frente, nos ignorando.  

Falamos "voltar," mas sabemos que ele não foi embora. Ele desapareceu e desde então meu pai proibiu que seu nome fosse até mesmo pronunciado.

Ele é um mistério. Não sei o seu nome, quanto mais me lembrar dele. Eu era pequeno na época de seu desaparecimento, tinha dois anos, ele, seis.

— Preciso de um sucessor e como já tem vinte e dois anos, acho apropriado declará-lo como Príncipe. — Ele não olha para mim. É como se pronunciasse suas palavras ao vento, sem emoção. No fundo não quer me declarar como Príncipe, minha mãe deve ter insistido e a pressão insistente da Elite para que um sucessor seja declarado também deve ter ajudado. Não ter um herdeiro declarado gera uma grande fraqueza política, papai está fazendo por obrigação e não por amor.

— Muito obrigado pai. O senhor sabe que é o que sempre quis. — Tento conter o sorriso, contudo não tenho esse poder. Não tenho orgulho o suficiente para recusar algo que ainda que seja meu por direito, não está me sendo oferecido de boa vontade. E isso me dá raiva. Não gosto de conquistar as coisas assim, por meios humilhantes ou injustos. Lutei para que eu conseguisse ser Príncipe através do amor de meu pai e não pela obrigação dele. Ainda assim, começo a chorar muito, com controle, parte feliz parte triste pelo homem que eu admiro, não me admirar também. 

Para agravar ainda mais, meu pai me olha breve, apenas um piscar e sorri deprimentemente. 

Ele não está contente porque sabe que, me declarar como Príncipe é afirmar que seu primogênito, o verdadeiro herdeiro, está morto. 

Acho que se tivéssemos crescido juntos seríamos ótimos amigos e meu pai me amaria mais e, é provável que eu não quisesse o trono. No fundo só o quero para que meu pai me reconheça, para provar meu valor a ele e a essa nação, e não por um motivo nobre, como fazer o bem ao povo. Eu quero ser Príncipe para ser amado, idolatrado e temido.

Mas agora, mesmo que meu irmão aparecesse ele não roubaria esse lugar de mim. Eu quero poder. Nisso não sou justo, ele pode ter direito, mas agora é meu. Então, que ele continue desaparecido, ou morto, seja lá o que aconteceu.

 

— Que magnífica notícia. Em breve não será mais um Infante. Decerto, prepararei o melhor traje. — Responde a IA o retirando de sua lembrança.

— Muitíssimo obrigado, Will. — Ele voltou ao espelho, desamarrando seu roupão real, mas parou na metade do laço, sorriu de canto e olhou fixamente em seu rosto.

E ele se tornou intencionalmente prepotente e irônico.

 

Os meios não foram exatamente os que eu queria. Meu pai continua o de costume comigo, mas agora eu tenho um grande poder.

Agora eu sou o Príncipe.  

 

 

LEGENDA

Dinarquia: palavra composta por aglutinação (monarquia + ditatorial). A Monarquia Ditatorial é mais centralizada que a Monarquia Absolutista, possuindo traços autoritários.

Ladrões da Pátria: grupo rebelde que rouba os mais variados produtos dos Sulistas e exporta produtos digitais clandestinamente pela internet. Formados por hackers, Ex-centristas ou Sulistas condenados a viverem no Norte pagando suas penas e moradores comuns dos vilarejos. Sua rede é tão extensa que abrange infiltrados na PMAI, possuindo também apoio de facções criminosas nos subúrbios do Centro.

Infante: título da Dinarquia que está logo abaixo ao de Príncipe sendo concedido ao segundo filho e aos demais após ele se houver. Precisam ser filhos legítimos de um Dinarca para receberem o título. Ser Infante significa que o filho não é herdeiro do trono, não podendo governar.


Notas Finais


Próximo capítulo na semana que vem.
Até mais...


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