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História RESSONANTES - (Love Triangle Chanyeol and Baekhyun - EXO) - Ato 3 - Panóptico


Escrita por: maryellowry

Notas do Autor


A Yookyung é a Hwasa do MAMAMOO <3
A capa é uma ideia de como seria o teto do Militelo.

E vamos ao cap kkk

Capítulo 4 - Ato 3 - Panóptico


Fanfic / Fanfiction RESSONANTES - (Love Triangle Chanyeol and Baekhyun - EXO) - Ato 3 - Panóptico

 

PANÓPTICO

""... vê-se tudo, sem nunca ser visto." É onisciente quanto a todos, mas todos não são oniscientes quanto a ele."

▬▬▬▬▬▬▬ ✥.❖.✥ ▬▬▬▬▬▬▬

O MARECHAL DESCE E FAZ um sinal para que eu o faça também. Depois de tanto tempo sentada, minhas pernas sentem a diferença e se esforçam para andar à frente de Chanyeol.

Fico com medo dele me dar um empurrão, não sei porque já que até agora ele não fez nada parecido. Sou muito desconfiada e como minhas costas estão desprotegidas e minhas mãos amarradas, me sinto insegura. Ele pode fazer o que bem entender.

— Pensei que os militares tivessem um Forte e não um Castelo. — Comento, de costas para ele, sem virar a cabeça para olhá-lo.

— Esse é o nosso Militelo*. Temos um Forte, mas fica na fronteira, é ideal para momentos de guerra.

— Não temos mais guerras.

— Não em massa. Agora, elas são implícitas. Ideológicas. Os Fortes, ainda que possuam armamento de guerra, atuam mais como uma Agência de Inteligência Estratégica para o país.

Me dou por satisfeita com a última resposta.

Meus olhos circulam por tudo em busca de alguma saída e também para observar alguma espécie de padrão. Meu objetivo é escapar. Sempre. Eu observo os corredores aéreos que dão acesso rápido ao outro lado do prédio, percebo a enorme garagem aos fundos, onde guardam os automóveis militares, e os soldados de tempo livre, sentados em mesas no gramado, jogando cartas e fumando cigarros adocicados.

Reparei que os jovens faziam tudo com alegria e bom gosto como se gostassem de trabalhar para o Exército. E gostam. Efeito da predestinação da IACV. Isso me deixa triste.

Meu estômago começa a roncar de fome. E nossa, como eu estou fraca. A viagem esgotou toda a minha força. A caminhada em grupo parou quando chego à porta de entrada com sensor de movimento. Sinto o vento gelado. Climatizado.

O interior é majestoso. Ainda que não tenha o excesso do dourado e sim cores mais frias e fechadas: cinza chumbo e claro, azul fosco de tons variados e também três variações diferentes de bege. O teto se estende infinito, aparecendo em minha vista riscado em X várias vezes por conta da sobreposição dos corredores estratégicos de vidro. A construção é circular, você consegue ver todos os andares do centro do hall. Quanto às duas torres paralelas que vi por fora, acredito que os dois corredores ao meu lado direito e esquerdo devam dar nele.

A maioria dos soldados que entraram comigo se dispersa. Não vejo para onde Donghan foi, embora eu o procure com os olhos. Sinto o clique das algemas. O Marechal havia me soltado.

— Venha comigo.

Fugir com tantos soldados em um prédio estava fora de cogitação, a não ser que eu conhecesse a planta do Militelo, por isso, obedeço. Na verdade, aceito a sua sugestão. Ainda no térreo, pegamos um corredor interno, onde uma porta automática para uma grande sala se abre.

Meus olhos se arregalam no momento em que batem contra o conteúdo da sala. Há crianças recolhidas, com medo, espalhadas pelo local. Devem ser de um dos vários vilarejos que formam Hamgyong Norte, porque se fossem do meu, eu reconheceria os rostos.

— Por que estou aqui? Você espera que eu fale com elas?

Pergunto, sem acreditar que é isso mesmo. A minha voz sai baixa e ríspida por conta dos meus dentes trincados.

— Não. Quero que observe. Quero que descubra. 

 

"Quero que descubra."

Descobrir o quê?

 

Ao mesmo tempo em que me pergunto mentalmente, uma oficiala de alta patente de cabelos brancos e curtos entra, junto ao Coronel. Observo, embora a minha raiva comece a dar as caras por ele ter atirado em Tae.

— Sou a General de Exército, Kim Yookyung. — Ela sorri calorosa.

— Sou o Coronel Jeon Jungkook.

— Park Chanyeol, Marechal. — Curto e rápido. De pé ao meu lado, agora consigo calcular sua altura com base na minha. Ele deve beirar 1,85cm.

Com as minhas roupas semelhantes à de Soldados de Combate, tirando o fato de estarem sujas de areia e sangue, e ao lado da elite do Exército quase me sinto parte disso aqui. A vista da sala toda, com crianças de frente para nós, sentadas, me estabelece um arquétipo de poder tal como aquele das salas de aulas: o professor em pé, alunos eretos, carteiras viradas para frente, a atenção centrada no detentor de conhecimento.

Vigilância. Controle. Estruturação.

— Muitos de vocês não gostam de nós e eu entendo, mas estamos aqui para ajudá-los. É uma troca. Vocês nos emprestam sua força e terão em resposta uma ótima condição de vida a qual não podiam ter no vilarejo. — Inicia a General, com um carisma encantador.

O Marechal se aproxima mais de mim com dois passos laterais curtos e começa um interrogatório que me intriga:

— Você sabe qual é o efeito dos discursos de poder? Por que você viu todos aqueles jovens trabalhando como se gostassem daqui? — Sussurra. Não sei se é impressão minha, mas ele parece estar me desafiando.

— Dependendo do perfil das pessoas, o discurso pode convencê-las. E quanto aos jovens, eles gostam de trabalhar aqui porque vocês fizeram com que gostassem? — Respondo, também sussurrando.

— Sim. Não imediatamente, claro. Há todo um processo de lapidação com cada um porque cada pessoa tem uma personalidade diferente.

— Aqui vocês receberão alimento, banho e roupas. As meninas terão tudo para ficarem belas. Há vários cargos disponíveis para cada um, não existe somente a opção de lutar. Uma rede como a nossa necessita de profissionais de todos os tipos, e por isso, todos os tipos de força são importantes. Precisamos de todos para somarmos nossas forças. Nosso povo precisa de proteção e vocês podem fazer parte disso.

A intensidade do discurso motivacional do Coronel me deixa atônita. O Marechal com suas perguntas misteriosas continua quieto, então, continuo prestando atenção em Jungkook que prossegue com sua falácia descabida.

— Eu sou como vocês. Vim de Hamgyong Norte, de uma vida miserável, mas hoje me tornei Coronel e...

Nesse instante minha mente dá um click. Tento não rir, não por achar engraçado, mas pelo absurdo. Ah eu reconheço isso, caí como uma luva. É um discurso meritocrático. A velha e boa meritocracia do capitalismo informacional. Os livros que li passam pela minha cabeça, trechos, frases. Eu ligo as pontas. Olho para o Marechal, mas sem resultados. Ele permanece inexpressível.

Discurso meritocrático é aquela coisa de que se você se esforçar e não desistir você consegue, que você é capaz de fazer tudo, de seguir seus sonhos, não importa de onde venha. Mas ninguém tem as mesmas condições pré-estabelecidas para facilitar essa conquista. Uma pessoa pobre com certeza terá mais dificuldade nesse caminho do que uma rica. E daí que todos nós temos capacidade? As possibilidades para desenvolvermos elas são desiguais. O discurso é só para mascarar a desigualdade entre as classes.

Mas aqui, considerando o processo pelo qual essas crianças passaram, o discurso assume uma posição diferente porque as crianças vieram da mesma origem do Coronel e foram pegas pelo Exército assim como ele também foi. Então a possibilidade de elas conquistarem uma posição alta como a dele, é praticamente igual, porque o caminho pelo qual passaram é o mesmo.

Mesmo assim, o efeito dele aqui, nessa ocasião com esses específicos grupos de crianças pobres vindas da mesma realidade, é outro.

Acho que estão tentando mascarar o ódio com a esperança e a violência com a possibilidade.

O ódio porque, crianças podem mudar o que sentem pelo Exército se acreditarem que eles estão lhe dando uma chance de se dar bem, mesmo que limitada, pois ela se estende apenas até ao Exército e não a outros cargos fora daqui. Nenhum deles poderá, por exemplo, ser um músico, ou um chef de cozinha.

A violência porque, as crianças podem acreditar que a ação do sequestro seguido da morte de muitos dos indigentes do vilarejo mesmo que repugnante, é benéfica porque eles tiveram a possibilidade de crescerem na vida. "O que importa se o meio foi uma invasão violenta com mortes se no fim isso me ajudou a mudar de vida e a virar um Coronel?"

Acho que agora compreendo o Jungkook. Sua consciência foi esterilizada. O imagino chegando aqui, há muitos anos, odiando o Exército, mas após esse discurso, sua visão começa a mudar e hoje em dia, após todos esses anos sendo mentalmente violentado, ele perde as esperanças, percebe que seu ódio não o levaria a nada, se rende ao sistema, passa a matar seus conterrâneos, acreditando que está salvando crianças que poderão se dar tão bem quanto ele aqui dentro.

Viver em uma sociedade como essa, manipuladora e autoritária, sempre resulta em ser denegrido em algum aspecto. O Coronel teve sua moral denegrida. E eu? Por viver nesse governo tóxico, o que eu tive de denegrido? Minha moral? Minha ética? Minha sensibilidade?

— Sabíamos que o modelo convencional não funcionaria com você... Já sintetizou tudo em questão de segundos com apenas o início do discurso de Jungkook. Isso é perspicácia. Você é um desvio, um daqueles casos particulares que precisamos definir outros meios para controlar. Imagina se tivéssemos a pego durante uma invasão e você parasse aqui, e ouvisse esse mesmo discurso, mas não dessa posição e sim na das crianças? Sua conclusão não mudaria, seria a mesma porque mesmo que esteja junto de nós, em posição de autoridade, você não se sente superior a esses jovens. Pelo contrário, seu corpo está aqui, mas os seus sentimentos estão com eles. Isso é integridade. Não a enganaríamos. Por isso Jihee, você nunca foi pega por nós pelo modo convencional, pelas invasões, mesmo que sempre soubéssemos que se escondia na gruta com seu amigo e seu irmão. — Nas últimas seis palavras, sua cabeça se virou para mim lentamente. Seus olhos me assustaram. 

Prendo a respiração. Primeiro, porque estou surpresa por saberem do esconderijo na gruta, e, segundo, porque acho que estou começando a descobrir, porém não quero descobrir. A verdade dói.

Por isso a gente tem a tola tendência de fugir dela, para nos proteger. Por isso alguma coisa dentro de mim está tentando desviar os meus raciocínios, para me proteger.

 

“Não há nada que não saibamos sobre você.”

Nada mesmo? Então nunca fiz nada escondido?

 

— ... então crianças, acreditem. Estamos salvando vocês.

Pego o final do discurso do Coronel quando começo a enxergar a sala com vários pontinhos de luz. Estou tonta. Não comi e o que Chanyeol disse me desestruturou. Preciso me alimentar com urgência, meu estômago está me matando. E, foi aí que, quase como se ouvissem a minha mente, duas mesas de rodinhas invadem a sala, empurradas por soldados. Os cochichos das crianças para porque o cheiro da comida captou toda a atenção delas. O pano branco que cobre as duas mesas é puxado com força revelando uma variedade de comidas. Há sabores diferentes e uma diversidade de cores que meus olhos não estão acostumados a enxergar.

— Agora, aproveitem! — A voz imperativa do Marechal me desvia da tontura. Há muita comida. Muita comida mesmo. É um oásis em meio a um deserto de fome. Um paraíso.

A minha boca se encheu d'água de súbito. Todos levantaram correndo e atacaram as duas mesas imensas sem nenhum obstáculo. Por mais que eu quisesse fazer o mesmo, não o fiz. Permaneci ali, parada, pensando. Há alguma coisa errada nessa ação. Eles não dariam comida apenas para os alimentar. Eles estão usando a necessidade humana, a fome, como uma armadilha. Olho para o Marechal, depois os outros dois, os três estão quietos, observando as crianças atacando a mesa, comendo feito animais famintos.

Ah, claro. Deve ter algum tipo de sonífero na comida, ou um outro tipo de droga. 

— Sonífero. — Digo, e o vejo sorrir pela minha visão lateral.

— Meio óbvio, não acha? Você demorou um tempo para aceitar, mas no fundo já sabia. Isso acontece muito com você, ignora suas intuições e decide pensar primeiro, antes de seguir um sentimento qualquer porque "alguma coisa de te diz isso". Se a resposta não vier diretamente de uma reflexão, com base racional, você a ignora.

Chega. Quem ele pensa que é? Como pode saber disso?

— As crianças em breve cairão num forte sono ao se deitarem nos quartos e quando isso acontecer vocês realizarão os testes, não é? — Desconverso, seus métodos altamente invasivos estão começando a me tirar do sério.

— Exatamente. — Confirma, levantando as sobrancelhas.

— Você... Você me chamou pelo nome, na hora da invasão. Meu nome também estava naquele jornal. Achei que fôssemos indigentes. Não tenho nem registro de identidade.

Uma curiosidade que vem zunindo na minha cabeça desde quando entrei no camburão, espero que ele responda, como está fazendo desde que chegamos em Pyongyang.

Ele se vira inteiramente para mim, os braços cruzados atrás das costas. O sobretudo azul esgaça no local dos ombros. Paralelamente, vejo um dos jovens deixar um bolinho cair no chão.

— Vocês acham que são indigentes porque a IACV quer que vocês achem. Sabemos tudo sobre vocês do interior. Embora não possuam identificação, o sistema sabe da existência de cada um. Temos controle de cada pessoa. Até da Aurora de Chongjin sabíamos, mas esperamos o momento certo para trucidá-la.

— Eu pensei que a gente fizesse tudo escondido! A nossa militância, ela...

Isso é demais. O quanto mais eles sabem?

— Foi criada pelo sistema. Até os livros que vocês pegavam, todo aquele monte cultural, tudo porque deixamos. Você sabe, todo governo precisa dessas figuras que vão contra a ordem. Existe uma balança de equilíbrio para gerar estabilidade na sociedade. Criamos os rebeldes para que possamos capturá-los mais tarde, fazerem as pessoas odiá-los e depois matá-los, gerando uma onda de alívio no público. São vocês que nos ajudam a controlar e a direcionar o ódio da população, porque, enquanto odiarem os rebeldes, não terão tempo para odiar o Dinarca, nem seu governo.

Dou três passos para trás, abalada. Olho para todos os cantos tentando digerir o fato. Eu já tinha pensado nisso antes, mas eu fugia disso, porque se fosse real eu não teria chance. Eu criei a minha própria mentira ao enganar a mim mesma?

— Então... Eu... Como nunca percebi? Sempre tive certeza que vocês não sabiam de mim. — Minto.

— "... o poder devia ser visível e inverificável." Você sabe que a IACV o observa, mas nunca sabe se está sendo observado, mas deve ter certeza de que sempre pode sê-lo. — Meus olhos nem se mexem, só piscam. O que ele acabou de citar para mim? É isso mesmo? É Foucault?

O sistema é muito maior e mais perigoso do que eu pensava. Eu fui boba, por isso fui pega. Não há como derrotar a IACV ou é o que eles querem? Que eu me renda a ideologia?

— "... vê-se tudo, sem nunca ser visto." É onisciente quanto a todos, mas todos não são oniscientes quanto a ele. — Completo. —Como você conhece Foucault? Primeiro McLuhan e agora isso... Não são leituras inapropriadas? Não é algo que você possa ter assim, na sua biblioteca particular.

— Bom, alguém precisa ler para que seja proibido. Já conheci a IACV e pude ter acesso a esse conteúdo. — Sem mais detalhes dessa vez. Ele corta o assunto e entra em outro: — Bem, continuaremos essa conversa mais tarde. Acompanhe a General Yookyung, você fará alguns exames, te encontrarei na sala de interrogatório daqui algumas horas. Até mais, Jihee.

Ele transpassa por mim e sai pela porta, mas de repente se vira para mim como se lembrasse de algo.

“Big Brother Is Watching You.” 1984 também estava no seu esconderijo, esse livro é perturbador porque é exatamente o que se vive aqui.

Eu deveria rir dessa colocação dele. É uma resposta a minha enquanto estávamos naquele camburão. Mas daí eu rio sim, porém de nervoso. E passo as mãos no rosto. Ele se vai depois de me atordoar.

Continuo parada ali, feito uma estátua grega, ouvindo os murmurinhos das crianças que não consigo entender porque não estou prestando atenção.

A General carismática prende meus braços e me acompanha pelo corredor interno, enquanto a porta dupla se fecha atrás de nós.

Aos poucos vou me lembrando:

 

Todo mundo tem a vida controlada. Será que eu também tenho?

Sim. Eu tenho.

 

Reparei que os jovens faziam tudo com alegria e bom gosto como se gostassem de trabalhar para o Exército. E gostam. Efeito da predestinação da IACV. Isso me deixa triste.

Assim como eles, gosto de lutar contra o governo. Eu não deveria ter tristeza e nojo de mim mesma então?

 

E quanto aos jovens, eles gostam de trabalhar aqui porque vocês fizeram com que gostassem?

E quanto a mim? Eu odeio esse governo porque eles fizeram com que eu o odiasse?

 

Sabíamos que o modelo convencional não funcionaria com você...

O modelo convencional do sequestro durante a invasão. Nunca fui pega por isso. Perceberam os meus indícios de rebeldia e me programaram para odiá-los, me fizeram a inimiga perfeita, para que me pegassem mais tarde e matassem como um meio de controle e direcionamento do ódio. 

 

"Quero que descubra."

Eu descobri, ou na verdade, apenas contei a verdade a mim mesma. É um panóptico. A IACV é um panóptico perfeito. Eles sabem quem eu sou antes mesmo que eu saiba.

 

❁❁❁

 

LEGENDA:

Militelo: palavra composta por aglutinação ("castelo" e "militar"). Os Castelos Militares possuem a forma de um castelo, mas são construídos com material e tecnologia modernos.


Notas Finais


Para quem não sabe, "panóptico"(pegando da wikipédia mesmo), "é um termo utilizado para designar uma penitenciária ideal, concebida pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham em 1785, que permite a um único vigilante observar todos os prisioneiros, sem que estes possam saber se estão ou não sendo observados."
Ou seja, a IACV é uma analogia a essa prisão, porque ela está em todos os lugares e sabe de tudo, inclusive da Jihee.


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