História Chains - Treat You Better.

“Eu pararei o tempo para você no segundo em que você disser que também gosta de mim. Eu só quero te dar o amor que você está perdendo. Querida, só para acordar com você, seria tudo o que eu preciso. — Shawn Mendes (Treat you Better).”

— Sim Ry, eu tenho uns 7 projetos para a semana que vem, não tem mesmo como eu sair com você hoje à noite. 

— Qual é, vão ser só umas horas.

— Você vai com o Ryan e o Matt com a Lucy, eu realmente não em sentiria confortável em…

— Qual é Maddie, e o Tyler? Você e ele saíram ontem e tu disse que ele foi bem legal. Sem contar que vocês tão…

— Sim, mas não quero que ele entenda as coisas errado, eu definitivamente não quero que ele pense que sairíamos como um casal. E eu também não sei se ele ia gostar de ir para uma boate, nem eu gosto! — Falo tirando o cinto e ela bufa. — E outra, vou conversar com ele e meio que pedir um pouco mais de espaço. Ele é uma pessoa sensacional, não seria justo eu encher ele de esperanças, quando no fundo já percebi que o que sinto por ele não é nada além de amizade. — E quando falo isso, ela me olha estranha.

— Como sabe disso? Vocês estão saindo só a quase um mês…

— Eu sei disso porque quando estou com ele, tento imaginar que é o imbecil do Justin. Sei disso, porque com o Justin nas primeiras duas semanas eu já sentia algo, e não posso ficar tentando preencher o vazio em mim com ele, não é justo com a pessoa fantástica que ele é. Apenas… No fundo eu queria mesmo poder ser uma adolescente normal que se joga na vida e faz tudo sem se apegar, mas não sou assim.

— Eu só… Se não está te fazendo bem, não segue com isso. Só queria que você seguisse em frente, apenas isso…

— E eu estou seguindo, no meu tempo, mas estou. Tenho você comigo, o Matt e o Tyler, sem contar o Chaz, então… Nada de festas no momento, obrigada. — Sorrio e ela rola os olhos.

— Bem, se mudar de ideia me liga. — Ela fala e eu concordo descendo do carro, já sabendo que eu definitivamente não iria com eles, muito menos correr o risco de ver o Bieber lá.

Eu entro em casa e dou um beijo na minha avô assim que a vejo tricotando algo no sofá.

— Quer ajuda com algo?

— Não querida, não precisa se preocupar. — Ela sorri e eu concordo, já subindo até o meu quarto e começando a tirar minhas roupas para tomar um banho e começar a fazer meus projetos.

Ligo o chuveiro e ia entrar, mas meu celular começa a tocar e eu suspiro voltando até o quarto para o ver, lendo o nome da minha mãe na tela. Ela anda ligando todos os dias e eu ignoro, mas sinceramente tudo o que eu falei para ela à duas semanas fica batucando e voltando na minha mente.

— Alô?

— Filha? — Minha mãe fala animada e eu suspiro.

— Sim mãe, sou eu.

— Por favor não desligue, eu quero muito mesmo conversar com você e eu… Eu estou chegando na cidade semana que vem, vou passar apenas um final de semana, mas queria realmente poder sentar com você e conversar. — Ela fala isso e eu fecho os olhos para conter as lágrimas. Só de ouvir a sua voz o aumento no meu peito aumenta. 

Juro que sinto raiva, juro que ela ainda está presente no meu peito, mas está aos poucos começando a dar espaço para a saudade, e isso dói. Dói pois sei que eu não errei, e mesmo assim terei que ser a primeira a dar o braço a torcer.

— Quando… Quando vier me mande uma mensagem, se eu não estiver muito ocupada com algo da faculdade, seria ótimo sentar e conversar com você. — Eu falo já mordendo o lábio e a ouço suspirar do outro lado da linha.

— Seria ótimo querida, eu realmente…

— Certo, preciso desligar.

— Claro! Eu posso te ligar mais tarde? Ou então amanhã para…

— Ligue quando estiver na cidade, apenas isso. — E desligo a ligação antes que a minha voz fique mais tremida ainda, mas céus, não agora.

Eu olho em volta e respiro pesadamente. Eu não quero essa dor de cabeça de novo, eu não preciso de tudo isso novamente, mas de certa forma… Eu apenas sinto um vazio dentro de mim, e é um vazio que dói. Que dói pelo simples fato de eu querer ignorar, e quanto mais faço isso, mais dói.

Eu tinha combinado de ir almoçar agora com o Chaz e mais tarde ir para a casa do Tyler, sinceramente? Minha cabeça está uma bagunça, então o que preciso fazer é me organizar e por minhas prioridades em primeiro lugar, antes de realmente me preocupar com o que fazer ou não com a minha mãe.

Eu entro no chuveiro com pressa e meu banho corre de forma rápida, pois queria descer e passar mais tempo com a minha vó lá embaixo, para realmente me distrair.

— Sim vó, eu não tenho exames até o próximo mês. — Comento e ela sorri.

— Que ótimo, pois sei o como você fica nervosa com eles e tudo mais. Mas e então, como andam as coisas com o Tyler? — Sim, meus avós conhecem o Tyler, pois quando ele veio me largar da última vez, ela e meu avó estavam aqui fora, então o convidaram para entrar, o que resultou nele aqui por quase duas horas enquanto tomava chá com eles.

— Apenas… Eu não quero apressar as coisas. — Eu comento nervosa e ela sorri.

— Bem querida, o que o seu coração está dizendo? — Quando ela pergunta isso, eu juro que rio.

— Que eu devia voltar para o meu ex-namorado.

— Espero que o seu cérebro esteja te falando o contrário. — Ela ergue a sobrancelha e eu sorrio.

— Sim, graças à Deus. Porque seria complicado querer voltar para alguém que nem me quer. — Falo fazendo uma careta, o que a faz rir.

— Sabe querida, se não quer nada com o Tyler, sugiro que peça um tempo e foque em você. Eu percebi que voltou a fazer suas corridas, as quais você amava. Mudou o cabelo, está saindo mais e se divertindo, então foque nisso. Tente não focar no que superar ou não, porque precisamos dar tempo ao tempo, é assim que as coisas passam e cicatrizes se curam. — Depois falo que amo a minha vó e tem pessoas que não entendem o porquê. Essa mulher é maravilhosa!

— Eu te amo. — Dou um beijo na sua bochecha e ela ri.

— Eu também amo você querida, e sinto que tenha que passar por tudo isso. — E eu concordo.

Fico com ela mais um tempo, mas logo o Chaz manda uma mensagem, avisando que está aqui fora e tinha uma surpresa, o que me faz estranhar.

Me despeço da minha avó e saio, fechando a porta atrás de mim e estranhando por o ver fora do carro, geralmente ele esperava já dentro, no lugar do condutor.

— O que foi? — Pergunto pois ele está com um sorriso enorme no rosto.

— Gostou dessa nova BMW? — Ele arqueia a sobrancelha e eu concordo, me aproximando e analisando mais o carro atrás dele.

— É linda, de verdade. — Abro a porta e sorrio ao sentir o cheiro de carro novo, juro que sou fascinada por esse cheiro.

— Que ótimo, porque comprei pra ti. — No que eu viro, ele joga as chaves em minha direção, então por puro reflexo já as seguro.

— O que? — Juro que o choque é grande, porque não pensei nisso por um único segundo que fosse. Tem gente que não ganha nem pastel de namorado e irmão, e eu aqui, ganhando sempre carro zero.

— Eu não sei porquê não te dei antes, fui bem boca aberta. — Ele faz uma careta e juro que quem fica de boca aberta sou eu.

— Você perdeu o juízo? — Questiono e ele ri, negando e vindo até mim, logo passando o braço por cima do meu ombro.

— Tu merece, então aproveita que eu to bondoso e eu te deixo ir dirigindo pro nosso almoço, mas vai rápido, porque to faminto. — Ele reclama enquanto eu continuo encarando o carro.

— Você é louco.

— E tu merece. — Ele fala, em seguida me dando um beijo na testa e me soltando, entrando no carro. Ou melhor, entrando no meu carro.

Justin Bieber’s Point Of View.

— Sim Cassie, faz mais de um mês que eu to atrás dele! — Eu reclamo, tomando mais um gole da minha bebida e erguendo o olhar pra ela, percebendo que ela tava se olhando pelo espelho do escritório e arrumando o decote.

— Quer merda ele fez? Pra tu ta assim tão irritado e fissurado em ir atrás dele. — Ela reclama e eu rio já fechando os olhos. Mordo o lábio e nego com a cabeça.

— Ele marcou a Madison, simples assim. Seguiu ela e beijou ela, o pescoço, apertou a coxa. — Falo direto, vendo a surpresa no rosto dos meninos, e realmente, suspirando de alívio pelo Chaz não estar aqui no momento, porque senão ele ia vir todo pra cima de mim com essa preocupação de irmão que ele nunca teve.

— Como é que é? Ele abusou dela e tu ainda não matou? Não aprendeu nada comigo não? — Ela fala irritada e eu rio.

— Olha, aprendi muita merda contigo, acredite. — Resmungo e ela então se senta na minha frente, me olhando de cima a baixo e erguendo a sobrancelha.

— E cadê ela?

— Interessa? — Começo a me irritar, percebendo que o Zayn tinha o sorriso dele crescendo no maldito rosto.

— Sim, porque se vou sair por ai matando ele, preciso pelo menos que ela me agradeça. — Ela fala e eu respiro fundo, vendo os meninos se olharem, mas eles não ousam nem abrir a boca.

— Só… Ela ta viajando, ela volta semana que vem. — Falo coçando de leve a nuca e ela ergue a sobrancelha.

— Sim?

— Sim Cassie, quer a cidade onde ela ta? — Ironizo e ela rola os olhos.

— Calma estressadinho, — E ela acha graça. — Mas não precisa mentir, Bieber. Vocês brigaram, né? — Porra, essa mulher quer saber tudo.

— Sim, a gente brigou feio, mas nada que eu não possa resolver. — Falo levantando, já pegando um cigarro no meu bolso e acendendo o mesmo após suspirar e fechar os olhos de leve.

Nada que eu não possa resolver, claro. Eu peguei o coração da minha garota e simplesmente amassei ele todo, ainda jogando no lixo e não fazendo nem questão de juntar de lá. Apenas quebrei ela toda, esperando que seja ela a correr atrás de mim, eu sou é a porra de um covarde de merda.

Eu preciso ver ela, preciso falar com ela, mas eu só… Eu não sei nem por onde começar essa merda, definitivamente não sei, porra. Eu não sei como me desculpar, não sei o que fazer pra ela me ouvir, porque ela definitivamente me odeia e quer é distância de mim. E isso é uma merda, porque eu preciso dela comigo. Preciso do corpo dela, da risada, dos sorrisos, beijos, de literalmente tudo mesmo dela.

— Que merda tu fez? — Ela pergunta e eu não tenho nem coragem de falar. 

— Porra, e põem merda nisso. — O Nolan fala rindo, filho da puta.

— Nolan, tu e o Chris podem ir ver com o Jared a lista de cobranças e ajudar ele a matar. Agora. — Aponto pra porta e eles não acham graça, mas aponto de novo, então eles enfiam o rabo entre as pernas e saem.

— Justin, eu vou precisar dar uma saída e… — O Ryan começa, me fazendo rir.

— Vai ir ver a namoradinha? — Ironizo, mas percebo que ele concorda sério, sem nenhum problema com isso.

— Ela não ta bem, só preciso de meia hora. — Porra, porque ta todo mundo bem menos eu?

Eu queria muito perguntar da Madison, se ele sabe algo dela, ou pelo menos perguntar pra namorada, mas porra… Não com a Cassie aqui, ela me espanca se descobre o que eu fiz, ela é toda furiosa, então prefiro não tocar no assunto na frente dela.

— O assalto é só amanhã, hoje a gente não vai fazer nada ainda, ta liberado o resto do dia. — Quando falo isso, ele estranha. Porque de fato nesses últimos dias eu não tenho dado folga pra nenhum deles, só pro Chaz… Porque eu sei que ele vai ver ela, e pelo menos ela se distrai, então eu realmente deixo ele sair e passar mais tempo com ela, pra fazer ela ficar melhor.

— Mas e o Aiden? — Ele questiona, já fazendo o Zayn se pronunciar.

— Ele não deu o lugar e nem nada, apenas falou que queria falar com a Cassie por questão comercial, e que queria ela aqui pra isso. Então o que a gente tem, é nada. — Ele rola os olhos, acendendo também um cigarro e nos olhando, esperando que alguém fale algo.

— Certo, qualquer coisa me dá um toque. — Eu concordo, vendo ele sair e percebo também o olhar da Cassie sobre mim. Porra, ela sabe que tem algo de errado, e eu tenho duas opções. Ou a primeira é falar o que rolou e ela me ajudar, ou eu falo o que rolou e ela tenta me cagar a pau, o que eu não duvido que ela faça, porque ela bate melhor que o Ryan e o Chaz juntos.

— Zayn, me dá um segundinho com o Justin. — Ela fala isso e eu engulo um seco, negando.

— Eu tenho que sair. — Falo e agora é ela quem nega.

— Zayn. — Ela fala mais uma vez, o que faz ele rir pra mim e fechar a porta, deixando só nós os dois aqui.

É agora que eu morro, definitivamente.

— Me diz qual foi a merda que tu fez, anda. — Ela cruza os braços, esperando que eu fale algo.

— Nada. Eu nunca faço nada.

— Então me dá o número da Madison, eu vou ligar pra ela. — Ela ameaça, me fazendo negar.

— O que tu tem a ver com isso?

— Que porra tu fez? — Ela fala realmente irritada, me fazendo rir. — Tu ta com essa barba na cara e um olhar de acabado. Tudo bem que tu fica sexy pra caralho assim, mas porra cara, tu ta acabado mesmo. Quantos ta fumando por dia?

— Caralho. Cassie, eu to bem. — Tento ficar mais sério, mas ela nega e segue me olhando.

— Tu ta tudo, menos bem. O que tu fez com ela? Eu vi como tu tava bem com ela, e tenho certeza que tu fez merda das grandes e machucou ela pra caralho. — Ela cruza os braços e espera que eu fale algo, mas no fundo nem eu sei o que falar.

— Viraram amigas, é isso?

— Bieber, só me fala a merda que tu fez, pra ver se pelo menos tem como arrumar.

— Já falei que nada, porra. — Eu falo mais firme, perdendo a paciência porque sei que o errado da história sou eu, e eu nunca precisei fazer isso. Nunca precisei correr atrás de alguém, então isso é uma merda, porque eu definitivamente quero ela de volta, eu preciso dela comigo.

Madison’s Point Of View.

Sinto o seu braço apertar mais o meu ombro, isso enquanto encosto mais minha cabeça no seu peito e respiro fundo.

— Quer mais pipoca? — Eu apenas nego, fechando os olhos e pondo meus pensamentos em ordem.

Qualquer garota estaria apaixonada pelo Tyler, qualquer garota definitivamente iria amar ter um cara como ele por perto, pois simplesmente… Poxa, ele é sensacional. Ele faz eu me sentir especial, sempre me dá meu tempo, jamais me forçou à nada, apenas… Juro que a questão da dúvida em relação à ele não é pelo Justin, porque no fundo eu realmente posso estar machucada, mas sei que é algo que não tem volta. Apenas penso em mim, penso no que quero, ou sequer se quero algo.

Por que eu não posso fazer nada louco? Por que sempre tento manter o autocontrole? Por que sempre tento monitorar cada passo meu, quando na realidade eu deveria apenas aproveitar a minha vida? 

Por que eu… Por que eu sempre me preservo, quando a maioria dos jovens apenas cai na tentação e faz o que tem em mente?

Eu gosto de ser racional, mas acho que agir por impulso também pode realmente proporcionar sensações que eu jamais vivenciei, mas principalmente, proporcione as sensações que eu definitivamente preciso vivenciar nesse momento. Se eu não tentar, eu jamais saberei.

Então sim, o Tyler é um cara legal, e ele merece uma chance. Porque ele me faz bem e me respeita, além de sempre querer o meu bem e me escutar, então apenas… Eu quero tentar, quero experimentar, quero ter uma ideia de como será, pois a única certeza que tenho, é que não temos certeza de absolutamente nada.

— Tyler? — Eu me ergo e o olho, percebendo que ele estava focado no filme, mas pausa o mesmo e me olha. Não acredito mesmo que vou fazer isso, apenas… Eu quero fazer uma loucura, preciso viver enquanto sou jovem, espero que eu realmente não me arrependa mais para frente.

— Sim?

— Por que você nunca tentou transar comigo? — Fui bem direta, percebendo o choque na sua face.

— Oi? — Me afasto dele de leve, o olhando e sorrindo sem acreditar. — Tu ta bem? 

— Sim, apenas… Você é um cara, e garanto que se excita com muita coisa, mas nunca mesmo tentou me levar para a cama. Posso saber o porquê?

— Porque eu já te vi chorar pelo teu ex, sei também que tu pode não ter superado, então não quero forçar nada. Acho que tudo tem seu tempo, e acredite, tu me deixa louco, mas só quando tu quiser isso vai rolar, não tem pressão nenhuma aqui. — Ele fala e eu me sento sobre meus joelhos e o olho.

— Eu apenas não… Eu estou bem, eu sou uma jovem adulta que sabe o que quer e… — Paro de falar quando seus lábios entram em contato com os meus. 

Ele passa a mão pela minha face e me puxa mais em direção à ele, me deitando sobre o seu corpo enquanto abre as pernas e nos tem deitados no sofá de sua sala.

Sua mão desce até a minha bunda e sinto falta de uma perto maior, de uma pegada com mais força, mas não, isso está ótimo.

Passo minhas mãos por seu abdome e passo repetidas vezes enquanto ele adentrava mais ainda minha boca com sua língua.

— Tem certeza disso? — Ele pergunta e eu nego, arqueando a cabeça e recebendo seus beijos agora no meu pescoço.

— Apenas vamos seguir e ver onde dá, simples… — Passo a mão por seus cabelos negros e sinto um volume começar a se criar embaixo de minhas pernas, fazendo eu começar a sentir um formigamento no meio das pernas.

Ele se apoia melhor no sofá, conseguindo tirar a sua camiseta e me faz estranhar a falta de tatuagens, mas me aproximo e encosto meus lábios nos dele novamente.

— Tira a blusa. — Ele pede ofegante e eu concordo, me sentando melhor sobre ele e tirando minha blusa com pressa, percebendo o seu olhar sobre os meus seios.

Ele aproxima as mãos e acaricia os mesmos, mas logo vem com o rosto mais para perto, encostando seus lábios sobre a pele que não era tapada pelo sutiã.

— Merda. — Ele fala gemendo e enquanto beijava os meus ombros e tenta abrir a minha calça, então me inclino para trás e meio que me deito, tendo sua ajuda para tirar a minha calça, ficando apenas de roupas íntimas na sua frente.

Ele ia aproximar o rosto para perto das minhas pernas, mas por reflexo eu fecho elas e percebo que ele estranha.

— Ta tudo bem? — Ele pergunta e eu concordo externamente, pois internamente sinto que o meu peito iria estourar.

— Eu quero fazer primeiro. — Levanto e aponto para a sua calça, vendo que ele sorri e concorda, tirando a calça de forma lenta, me fazendo observar seu porte atlético diante de mim.

Ele tira a cueca e fico o analisando por alguns instantes. Ele é grande, bem grande, mas apenas… Não é a mesma coisa.

Ele fica de pé e me ajoelho na sua frente, respirando fundo e primeiro passando a mão sobre o seu membro, sentindo o mesmo enrijecer cada vez mais, me deixando tensa.

Fecho os olhos e ponho seu membro na boca, já sentindo sua mão no meu cabelo, me acariciando com uma suavidade extremamente leve…

Sigo os movimentos no seu pênis, pondo o mesmo e tirando da minha boca enquanto ouvia seus gemidos, então apenas faço com mais pressa, percebendo que agora ele impulsionava o quadril para frente, deixando tudo mais rápido.

Sinto a mão do Justin puxar mais o meu cabelo e sorrio, então tiro o seu membro da minha boca e abro os olhos, vendo a expressão de prazer no rosto do Tyler, e apenas… Céus. No meu pensamento eu imaginei o Justin porque o queria aqui, e isso é uma merda, porque… Eu não sou assim, que merda estou fazendo?

— Continua Maddie, eu to quase… — Ele fala e eu apenas fecho os olhos seguindo os movimentos com a mão e pondo mais uma vez na boca, ouvindo seus gemidos de forma mais alta, percebendo que ele iria gozar.

Me afasto de leve e ele põem a mão sobre o membro, passando a mão diversas vezes sobre o mesmo, já liberando o seu gozo, que quase pega no meu rosto, mas me afasto antes disso.

Ele sorri para mim e estava com o peito ofegante. O Tyler se joga no sofá e me olha sorrindo, fechando os olhos e fazendo eu ver o qual ofegante ele estava com isso, o como ele tinha aproveitado.

— Ah… — Eu levanto meio sem jeito e coloco minha blusa com pressa, já segurando a minha calça e percebendo seu olhar sobre mim.

— Aconteceu algo? Só… — Ele fica todo sem jeito, pegando a cueca que estava sobre o sofá e eu nego.

— Não, foi fantástico, apenas… Eu realmente aproveitei, só lembrei que preciso, ah… Você sabe… — Falo colocando a calça toda atrapalhada, me sentindo pior ainda, eu juro.

— Madison, me desculpa se eu… — Ele começa e eu nego, o abraçando de forma forte.

— Você é sensacional e eu aproveitei, apenas preciso ver umas coisas. Eu comecei isso e fico feliz do que fizemos, sério. — Ele ergue meu queixo e me dá um beijo leve nos olhos.

— Tem certeza que ta bem? Não quer dormir aqui? — Ele pergunta e eu nego.

— Hoje eu não posso, mas mais tarde ou amanhã falo com você, tudo bem? — Ele concorda, me dando um último selinho antes de me soltar.

Ponho meus calçados e sorrio, abanando e saindo as pressas de sua casa, subindo com mais pressa ainda na BMW.

— Merda. — Bato com força no volante, realmente me irritando pelo que aconteceu.

Eu não sou assim. Eu queria poder transar e me envolver sem ter os sentimentos como um conjunto, mas é impossível.

Eu preciso dele, eu quero ele de volta, e me sinto como merda. Me sinto como merda porque ele não me quer de volta, e eu aqui sem nem conseguir transar com um cara que é super gente boa, isso porque o imbecil fica na minha mente como chiclete.

Ligo para a Rylee, mas a mesma não me atende, fazendo com que eu fique mais nervosa ainda.

Penso bem e então ligo para o Chaz, o mesmo que pelo menos atende.

— Fale.

— Você está em casa? — Pergunto realmente nervosa, segurando o choro com raiva de mim mesma.

— Sim, aconteceu algo?

— Eu estou indo para aí, preciso conversar com você. — Falo e desligo, apenas ligando o carro e acelerando até a sua casa, sem realmente me preocupar em cruzar com o Justin no caminho, apenas preciso desabafar com alguém, preciso por tudo o que estou sentindo para fora, só isso.

Sigo em direção à sua casa e as lágrimas já voltam, eu juro que cansei disso, juro que não aguento mais.

Desço do carro e vou em direção à entrada, onde seus funcionários permitem a minha entrada.

Entro na mansão e olho em volta, percebendo que ele jogava video-game na enorme televisão da sala de estar.

— Chaz. — Chamo nervosa e ele se vira descontraído, mas logo ficando tenso quando vê o meu estado.

— O que ta rolando? O que foi? — Ele levanta e vem até mim. Eu apenas abro os braços e o abraço, deixando as lágrimas todas caírem de uma só vez. — O que aconteceu? Me fala!

— Eu não aguento mais Chaz, eu não sou assim, eu juro que não aguento, serio. — Eu fico soluçando e ele me aperta mais contra ele.

— O Tyler fez alguma coisa?

— Não, fui eu! Eu só… Eu queria poder me envolver, me deixar levar, sair e aproveitar, mas eu não sou assim! Queria poder ter casos de uma só noite sem me preocupar se é certo ou errado, queria poder transar à vontade e viver a minha vida, mas não! Eu não era assim antes do Justin, então está acabando comigo ter que ser algo que eu não sou, simplesmente machuca demais! — Eu aperto mais sua camiseta e ele nega, segurando o meu rosto e secando minha lágrimas.

— Ninguém ta cobrando isso de ti! E tenho certeza que se o Tyler é um cara tão legal quanto tu fala, ele definitivamente via entender, tu só…

— Chaz, eu estou mentindo, eu não superei o Justin porcaria nenhuma eu juro que não superei! Eu gosto dele, juro que o amo, mas não adianta eu ficar sofrendo o resto da vida por isso! Mas céus, seguir em frente dói tanto. Eu não posso me tornar em algo que não sou por ele, não posso mudar e fingir que nada me atinge, quando o que eu mais queria no momento são os braços dele na minha volta, apenas me abraçando e falando que tudo vai ficar bem… — Eu me solto e enxugo mais as minhas lágrimas. — Eu odeio que ele está seguindo em frente, odeio o fato de ele estar bem e eu aqui na merda, definitivamente odeio! — Falo fervendo, não sabendo se eu preferia estar triste agora, ou ter minha raiva toda de volta. — Me fala, ele está como? Ele está bebendo ou fumando muito? Ou sequer…

— Não sei, por que não pergunta pra ele? — E sim, quando o Chaz quer, ele consegue simplesmente voltar a ser o idiota de antes.

— Porque eu e ele não estamos nos falando.

— Ele ainda acha que tu foi pra cama com o Matt.

— Eu sei que não fui, minha consciência está limpa. — Eu falo tentando realmente soar isso, mas só… — Acha mesmo que ele não sabia que era a minha mãe? — Falo me sentando no sofá e ele se senta de frente pra mim.

— O que importa? Quer voltar pra ele? — Ele fala cruzando os braços e eu suspiro.

— Não é isso, mas… Eu realmente sinto falta dele, sério mesmo. — Eu falo e me recuso a chorar mais, mas que merda. — Eu sei que ele não é uma pessoa que faz coisas boas, assim como você, mas…

— Mas ele te machucou, e muito.

— Eu sei, só… É difícil, eu sinto que vai ser complicado superar ele, nós passamos por coisas intensas juntas. — Falo e ele suspira.

— E aquele novo playboy? Pensei que tava dando uma chance. Esse merda do Tyler, deve ter aproveitado muito com ele agora. — O que está dando no Chaz?

— Eu quero, mas é complicado porque sinto como se eu tivesse traindo o Justin. — Eu falo e ele ri sem graça, então eu já entendo na hora. — Ele já ficou com muitas?

— Tu sabe a resposta.

— Céus. — Eu bufo e não consigo mais segurar as lágrimas.

— Maddie, tu não pode ficar assim. Foi algo bom, mas que já acabou. — Ele fala e eu concordo.

— Chaz, ele realmente já me fez bem, e sabe o que mais machuca? Parece que ele não sente minha falta, parece que para ele do jeito que as coisas acabaram está tudo bem, ele mal me ligou, me chamou, nem sequer botou alguém para me seguir!

— Talvez o sentimento tenha mudado.

— Mas não a possessão, você sabe como ele é.

— Doente?

— Ciumento, ele… Esquece. — Falo secando as minhas lágrimas e ele continua me encarando.

— Esperava que ele fizesse o que? Os dois ainda tão muito machucados, não ia sair nada de bom de uma conversa entre os dois.

— Só me responde, você acha que ele sabia que era a minha mãe? — Falo e ele levanta já inquieto.

— Isso realmente muda algo? Na primeira oportunidade que ele teve, ele enfiou o pênis dele no primeiro buraco que achou. Ele não parou pra te escutar, então para de tentar achar motivo pra voltar com ele, quando na realidade ele ta cagando pra ti.

— Eu sei, vai ser difícil esquecer, mas sei também que na mente dele eu havia o traído.

— Isso justifica ele te trair? — Ele fala e eu levanto nervosa. — Tu ta tentando justificar e achar um meio de voltar pra ele e esse relacionamento abusivo que vocês tinham! — Ele fala começando a se alterar e eu não entendo.

— Chaz, eu só estou falando isso porque analiso os fatos da noite e me sinto péssima. Ele errou porque é impulsivo e nunca mesmo me escuta, mas apenas… Eu achei que ia ser diferente, por isso paro e penso.

— Algo que ele não fez por ti? Sabe, eu cansei de te ver chorando por ele, sofrendo por ele! Ele já até te bateu!

— FOI SEM QUERER! — Me altero para o defender e o Chaz nega.

— ELE É DOENTE! — Ele se aproxima de mim e eu não recuo, o que está havendo com ele?

— Chaz, ele é seu melhor amigo, como pode ficar falando assim dele?

— Tu não sabe nem da metade! Eu amo ele como irmão, mas eu infelizmente tive o prazer de conhecer uma maldade no coração dele que eu realmente espero que tu não vivencie! — Ele fala e eu não entendo.

— Do que está falando?

— Maddie, por que tu acha que eu e os meninos temos tanto medo dele?

— Eu já vi o que ele faz, mas também sei como ele me trata!

— Ah sim, ele te ama? — Ele fala me olhando com raiva e eu fico sem palavras. — Então cadê ele agora? Cadê ele pra te dar tudo o que tu merece? Cadê ele pra ir pra casa dos teus avôs todos os dias pra ver como tu ta, em? Me fala! Se ele é a porra de um príncipe, por que ele fode tanta mulher que nem ele lembra?

— Para! — Falo chorando de raiva sem nem querer pensar.

— Dói né? Dói gostar de alguém que nem a merda te manda, dói saber que por mais que tu corra e tente mostrar, a pessoa nem um foda-se vai dar pra ti!

— Chaz, você está falando do que?

— Ele… Ele não te merece, ele teve a chance dele e não aproveitou. Ele sabia tudo da tua vida, logo a tua mãe ele não ia saber quem era? Ele era fissurado em ti! Ele já tinha até mesmo entrado nos dados do governo pra ver coisas da tua saúde caso desse merda em algum momento contigo!

— Eu não acho que… Que ele faria isso comigo. — Falo tremendo de nervosa por ver ele assim comigo, faziam tempos que ele não era assim comigo, ainda mais assim do nada.

— Não faria? Mas adivinha só, ele fez, e nem a puta que pariu te mandou! — Ele fala caminhando de um lado para o outro e eu o observava.

— De que lado está?

— DO TEU LADO PORRA! Como é que tu não vê isso?

— Chaz, você está só me machucando mais ao falar isso. Eu sei que faço papel de idiota o querendo, mas eu não vou voltar para ele, eu só preciso conseguir desabafar sem ter medo da sua reação, a mesma que está me machucando demais!

— Eu? E tu acha que não machuca ouvir tudo isso que tu acha dele? Como mesmo ele cagando tu idolatra ele? — Eu vejo os olhos dele marejados e fico chocada.

— O que ele fez para você?

— NÃO É O QUE ELE FEZ, É O QUE ELE TIROU DE MIM! — Ele fala e eu não consigo raciocinar.

— Chaz…

— A partir do momento que ele colocou os olhos em ti, eu sabia que não teria chance! Acha que eu era um idiota contigo por diversão? Eu era obrigado, porque ai eu ia sofrer menos, quem pode sequer competir com o grande e maravilhoso Bieber? Desde que vocês terminaram eu te dei o mundo, te vi chorar por ele, fiz tudo o que tu queria, tentava ao máximo amenizar a tua dor, e tu fez o que? Continua pensando no maldito filho da puta! Nem a merda me mandou!

— Eu o amo!

— E eu te amo, caralho. — Ele fala derramando a primeira lágrima e a seca com raiva enquanto eu dou um passo para trás assustada, batendo com as costas na parede sem acreditar.

— Mas eu te amo também, eu… Eu sinto muito se acha que eu realmente não valorizei o que fez por mim enquanto ele não fazia nada, mas…

— Não, tu não me ama do jeito que eu te amo. Porra Maddie, eu não te vejo como irmã. — Ele finalmente confessa e eu nego nervosa com a cabeça, sentindo meus batimentos acelerarem e o tremor no meu corpo aumentar. — Desde aquela merda de jantar, eu não paro de pensar em ti! Como acha que era pra mim ver vocês dois juntos? Ver ele tirando a tua inocência e eu não poder fazer absolutamente nada, porque eu posso te dar o mundo inteiro, e mesmo assim tu não vai me ver como vê ele… Como vê o cara que não liga pra ti. — Ele fala ofegante e eu queria poder virar surda nesse momento, mas não ouvir tudo isso.

— Chaz…

— Eu não vou mentir pra ti, eu sei que ele não é certo para você. E tu pode me dizer que to enganado, mas eu vejo no teu rosto quando você diz que ele é o que tu quer. Tu tá desperdiçando todo o tempo nessa situação errada, correndo atrás de alguém que não ta fazendo nada por ti, que ta errado e não ta correndo atrás de ti! E quando tu quiser que isso pare, eu sei que posso te tratar melhor do que ele. Que eu posso te dar o mundo!

— Chaz, por favor… — As lágrimas caiam com mais irregularidade dos meus olhos, isso não pode ser real, não hoje, pelo amor de Deus.

— Qualquer garota como tu merece um cavalheiro, me diz por quê a gente ta perdendo tempo nesse teu choro inútil quando tu deveria ta comigo. Quando eu posso te fazer feliz, tu só precisa me dar uma chance! Eu sei que tu ta machucada, mas eu juro que posso aliviar essa dor, juro que faço qualquer coisa por ti!

— Chaz, não faz isso comigo, isso não é justo. — Eu falo chorando e negando para mim mesma, mas não, ele se aproxima mais e eu conseguia ver as lágrimas caindo dos olhos dele, eu conseguia ver o sofrimento que ele estava passando, e isso só acaba mais comigo, pois agora sinto que a minha batalha interna vai somente aumentar.

— Prometo que não vou te desapontar, apenas saiba que tu não

tem que fazer isso sozinha, prometo que nunca vou te desapontar. — Ele fala me olhando no fundo dos olhos e eu não conseguia acreditar nessa confissão, acreditar que durante todo esse tempo ele me afastou não só por não se achar bom o suficiente para mim, mas para não me machucar mais.

— Mas isso é errado, nós… — Aponto para ele enquanto ele se aproximava mais de mim.

Não, eu não conseguia o ver dessa maneira, para mim ele é o símbolo de família e proteção que eu nunca tive, mas agora percebo que ele não me via da mesma maneira, e que no fundo, ele estava tão machucado quanto eu. Estava tão na merda quanto eu.

— Chaz, por favor não… — Eu não conseguia nem me mexer devido ao choque, o mesmo que só aumenta quando ele dá um passo para frente, acabando com a distância entre nós e selando os nossos lábios sem que eu acreditasse.

Não, ele não pode estar apaixonado por mim. Não logo agora.

CONTINUA...