História Chains - Man Down.

“E se você estiver afundando, vou pular nessa água fria por você. E apesar do tempo nos levar a lugares diferentes, eu ainda serei paciente com você. E espero que você saiba, eu não vou te soltar. Vou ser sua corda de segurança hoje à noite — Major Lazer feat. Justin Bieber, Mø (Cold Water).”

Madison’s Point Of View.

— Sim Tyler, eu gostei muito da comida. — Eu falo animada quando saímos do restaurante e ele sorri.

— Eu fico feliz que tenha topado sair para jantar, jurei que não ia querer. — Eu nego e sorrio para ele.

Eu tinha mesmo pensado sobre o que a Cassie havia dito, eu sei que ela falou que ia me levar à força até a festa, mas sinceramente? Eu realmente não vou ficar correndo atrás dele. Eu não vou ir para essa festa e tentar fazer ciúmes nele, ele não merece essa atenção vinda de mim, definitivamente não depois de tudo o que ele já me fez passar. Então decidi que pelo menos devia sair com o Tyler e me divertir, porque o tempo que eu passo com ele é realmente muito bom mesmo, mas também tenho noção de que preciso esclarecer que realmente não o vejo como nada a mais do que amigo, e esse foi o motivo do porquê eu ter aceitado jantar com ele, pois achei que esse momento seria bom. No entanto, ele ficou falando tanto a noite toda, que mal tive tempo de entrar nesse tópico.

Ele abre a porta para mim e eu entro no carro com ele, logo ele já dá a volta e sobe, ligando o carro e seguindo em direção a casa dos meus avós.

— Tu notou que esse carro atrás da gente tava na frente da academia quando eu fui te pegar? — Ele pergunta e eu nego, me virando e de fato vendo uma Mercedes preta, mas não conseguia ver bem o rosto do motorista e… Aiden? O que?

— Não, acho que deve ser outro carro. — Eu falo já me virando para frente na hora e parecendo bem nervosa.

— Tem certeza?

— Sim, absoluta. — Eu falo abrindo a bolsa e procurando o celular para… Para quem eu ligaria? Ele supostamente não deveria estar com a Cassie e o Justin agora? Que merda.

Vamos nos aproximando e eu fico pensando no que fazer, eu ligo para o Chaz e ele não me atende, é óbvio que ele não iria me atender, céus, eu preciso mesmo me resolver com ele.

— Bem, chegamos. — Ele fala e só então noto que estavámos realmente aqui na frente. Pelo espelho eu olho para trás e noto que o Aiden não estava mais aqui. O que me faz estranhar, mas também suspirar de alívio.

— Ah, quer entrar? — Eu pergunto tirando o cinto e ele sorri. Eu preciso conversar com ele de uma vez, pois eu quero que mantenhamos uma relação boa de amizade, mas somente isso.

— Eu quero, mas… — Ele fala tirando o cinto dele e sorrindo para mim. Por que será que eu sinto que sei o que está chegando para mim? Ele aproxima a mão do meu rosto, pondo a mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e e sorrindo quando acariciava minha face com o seu polegar. Ele me puxa mais para ele e cola os nossos lábios, fazendo eu sentir a textura macia de seus lábios. Ele pede espaço com a língua e bem lentamente eu dou, era estranho estar em um beijo assim tão calmo e leve depois de tanto tempo. Eu passo a mão pelo seu pescoço e ele sorri, começando a aprofundar mais o beijo e eu ia meio que abro a boca para falar algo, mas a luz do farol de um carro na rua só aumenta e nos assusta, o que faz ambos nos afastarmos e eu olho para frente bem quando o carro é parado, vendo o olhar de ninguém mais, ninguém menos do que o Justin sobre nós os dois. 

— Tu conhece ele? — O Tyler pergunta assustado ao notar o olhar que ambos recebíamos do Justin, o mesmo que estava mais sério do que nunca e tinha acabado de jogar o seu cigarro pela janela do carro. Era mais do que notável o seu peito ofegante, o que me faz ficar mais nervosa ainda.

— Eu acho uma boa nós os dois entrarmos, agora. — Falo nervosa abrindo a porta na hora e o Tyler não entende, então desce lentamente e fica me olhando. — Tyler, é sério. — Eu falo porque vejo o Justin tirando o cinto lentamente com um olhar de psicopata. Não, ele não mataria o Tyler, certo? Eu puxo ele pela mão rapidamente e abro a porta com as mãos tremendo, puxando ele para dentro e trancando ela por dentro rapidamente.

— Maddie, aconteceu alguma coisa?

— Só… Não, nada não. — Falo nervosa e respiro fundo. Aiden, Justin, o que mais? O Chaz vai aparecer?

A campainha toca e eu arregalo os olhos.

— Madison, é aquele cara que tava no carro? Quem é ele? — Ele fala como quem vai até a porta e eu já nego, ficando na frente dele.

— Não abre. — A campainha toca de novo e eu fico mais nervosa quando escuto vários socos na porta,de forma repetitiva. — Eu vou… Eu vou lá fora falar com ele, você me espera aqui, certo? — Eu falo o olhando e ele nega.

— Ele tem uma cara de louco, tu não tem que…

— Ele é meu ex, ele não vai fazer nada comigo. — Eu falo e ele nega.

— Ele não parece ser…

— Acredite, só… Só me dê 5 minutos. — Eu falo ao ouvir de novo a campainha e ele suspira.

— A decisão é sua e não vou te forçar a absolutamente nada, mas por favor, não faça nada que possa te machucar. — Eu concordo e ando apressada até a porta, abrindo ela lentamente e deixando só uma fresta entre a parte de dentro e a de fora.

— Eu vou sair. — Falo calmamente e ele tenta empurrar a porta, mas eu saio com mais rapidez e já fecho ela atrás de mim, vendo um Justin furioso na minha frente.

— Esse é o famosos Tyler? Aproveitou bastante ele? Porque espero que saiba que eu vou matar ele agora mesmo. — Ele fala indo me por de lado e eu nego na hora.

— Eu quero que saia daqui, agora. — Eu falo e ele nega.

— Tu ta louca? Tu tava beijando esse cara que…

— Justin, foi você quem acabou tudo, lembra?

— Não, eu… — Ele para de falar quando olha na volta nervoso e eu conseguia ver o seu peito subindo e descendo por conta da maneira que ele estava ofegante nesse momento.

— Justin, o que você quer?

— Tu. — Ele fala isso, mas logo já abre a postura e tenta melhorar a voz. — Tu tava… Ah…

— Justin, o que você está fazendo aqui? É sério? — Eu falo cruzando os braços e ele me encara com um olhar que eu nunca tinha visto no seu rosto, ele parecia completamente perdido.

— Por que… Por que não me falou do Aiden? — Ele fala nervoso e eu o olho sem conseguir acreditar.

— Sabia que ele estava me seguindo e não fez nada? — Eu falo chocada e ele nega.

— Eu descobri agora, por que tu não me falou nada? — Ele fala “brabo” e eu não consigo segurar o riso.

— 1 mês e 2 semanas. — Eu falo apenas isso e ele me olha sem entender.

— Do que ta falando?

— Nós terminamos faz 1 mês e 2 semanas, então por que quando estou com problemas eu deveria te procurar? — A minha resposta parece pegar ele de surpresa, pois ele realmente me olha chocado.

— Eu… Quem é ele? — Ele me olha já sem a raiva, mas com algo como se fosse decepção. Não Justin, não vá mesmo por esse lado. — Quem é esse cara? Como tu pode sequer dar uma chance pra ele? Se eu dormi com outras, foi só pra te esquecer, porque eu sou uma pessoa assim, que só caga… Mas porra Maddie, eu to arrependido, eu to tentando correr atrás, mas porra, babe. — Ele fala passando as mãos pelo rosto com raiva e eu não sei nem como reagir de primeira forma.

— Justin, por quê? — Eu falei o olhando nervosa e ele nega.

— Eu que te pergunto, por quê? — Ele me fala apontando pela porta e eu suspiro. — Por que ele? Eu te dou o mundo se tu quiser, eu me dou todo pra ti! Eu juro que to tentando, tanto que eu to aqui fora te escutando ao invés de seguir a minha vontade, que é entrar e dar dois mil tiros na cara desse cuzão de merda!

— Eu só… Eu estou tentando seguir em frente. Você fez isso em menos de 1 hora depois que terminamos. — Eu falo e ele passa a mão pelo queixo nervoso, como quem não acreditasse em tudo o que ouviu ou sequer viu.

— Porra cara, dói te ver assim. — Ele fala e eu suspiro.

— Feliz? — Ironizo e ele nega.

— Com ele. — Ele fala e me olha.

— E acha que não dói saber quantas já não foram parar na sua cama ou beijaram os seus lábios? — Eu falo e ele chuta o vaso de cerâmica que a minha vó tem aqui na frente da porta.

— Tu não pode ficar com ele, ele… — O Justin para de falar quando a porta se abre a mostra o Tyler assustado, descendo o olhar e percebendo que o som de algo quebrando foi do vaso no chão.

— Eu ouvi um barulho e…

— E o que? — O Justin fala furioso indo para frente e eu me ponho na frente dele.

— Justin, vai embora. — Eu peço e ele nega.

— Eu quero conhecer mais teu amigo, esse merda. — Ele fala fervendo ao tocar o bolso e eu suspiro tentando manter a calma.

— Cara, ela falou pra ir embora. — O Tyler fala sério e o Justin ri.

— E quem é tu pra mandar eu ir embora? Beijou ela uma vez e ta achando que é grande merda já? Tu nem sequer sabe do que ela gosta, não conhece ela de verdade, filho da puta! — Ele fala indo avançar nele e eu continuo na sua frente.

— Bieber, por favor. — Aponto para o carro dele e ele nega.

— Não.

— É sério.

— Eu vou chamar a polícia. — O Tyler fala, o que deixa o Justin só mais irritado.

— Faz isso, eles vão precisar ver a cena do crime depois que eu te matar aqui. — Ele fala e eu respiro fundo.

— Tyler, eu já vou entrar. — Falo apontando para a porta e ele bufa já entrando e eu fecho a porta. Olho para o Justin e sinalizo para que ele vá, ele me olha sem acreditar.

— Ta escolhendo ele?

— Eu não estou escolhendo nada, apenas fazendo o que não me machuca. — Eu falo e ele nega na hora. Eu nem sequer quero o Tyler, só…

— Ele não pode te proteger do Aiden. — Ele fala e eu rio.

— E nem você. — Eu falo e ele nega na hora.

— Eu mato ele se ele chegar perto de ti. Eu mato qualquer um que tentar te machucar, qualquer um que sequer pensar em ti.

— Que bom, porque hoje ele estava me seguindo.

— Ele ta fazendo isso a um mês eu acho. — Ele fala e eu dou de ombros.

— Sabe, traficantes e mortes se tornaram algo comum na minha vida, então se ele quiser fazer algo comigo ele vai realmente acabar fazendo. — Eu falo e ele nega na hora.

— Do que ta falando? Eu nunca ia deixar alguém te machucar.

— Eu sei, porque o único que faz isso é você. — Falo segurando as lágrimas e o encarando. — Você simplesmente me jogou sem me escutar e me machucou de uma maneira tão profunda que até hoje parece que a ferida é recente. — Eu falo e a maldita primeira lágrima cai.

— Eu sei que tu não me traiu, eu juro que eu sei. — Ele fala erguendo as sobrancelhas, o deixando com uma expressão realmente sofrida. — E eu aprendi com os meus erros, tanto que to aqui te escutando e tentando não fazer nada idiota, que vá te fazer ficar com mais raiva de mim. Eu não posso mudar o meu jeito, mas posso tentar melhorar alguns dos meus modos, por ti. Eu sei que eu sou um cara infantil pra caralho e insensível, mas porra, ninguém nunca me fez tão bem quanto tu. Eu literalmente to na merda, tanto que meus negócios tão indo melhor do que nunca, porque to sendo movido pela raiva e a porra de solidão, não sabendo merda nenhuma. — Só falta ele se ajoelhar aqui na minha frente. Deus do céu, por que torna tudo mais difícil ainda?

— Não acha meio tarde pra falar isso?

— Tu que fez isso acontecer, tu não pode me amar. — Ele fala nervoso e eu fico sem acreditar.

— Você acha que eu não me odeio todo o santo dia por te amar? — E pela primeira vez, admito na sua frente. — Realmente acha que se eu pudesse escolher, eu ficaria gostando de um cara que não liga para mim e só me vê quando convém? — Eu falo e ele respira fundo.

— Porra. — Ele me segura pelo pescoço com força e me puxa para um beijo, colando os nossos lábios com rapidez e necessidade. Ele passa a mão pela minha cintura e com a outra segura o meu rosto, adentrando a minha boca sem nem avisar e fazendo tudo muito rápida, me envolvendo em um beijo que só agora eu percebi que estava acontecendo.

— Justin… — Eu falo tentando me afastar e ele não deixa, mordendo meu lábio inferior enquanto descia a mão até a minha bunda, mas não, não agora. — Justin. — Eu me solto com dificuldade e vejo seus lábios vermelhos.

— Tu pode voltar pra mim e ser tudo como era, a gente… Tu sabe que eu não comi tua mãe de propósito e…

— Justin, eu… — As lágrimas já caiam e eu respiro fundo. — Você é uma pessoa vingativa e impulsiva, a partir do momento que pensou que eu fiz algo você não quis nem ouvir, só pensou em como poderia me machucar. Poderia não ter sido minha mãe, mas você ia me machucar porque sabe como eu era insegura em relação à você.

— Eu…

— Eu não acabei. Você descobriu os meus verdadeiros sentimentos por você e fez o que? Fugiu e não olhou na minha cara. Grande merda que eu te amo! Você deveria se sentir bem ao saber que uma pessoa te valoriza tanto, quanto eu fazia. Mas simplesmente virou as costas e foi embora, não…

— Eu precisava esquecer, eu precisava voltar pro que a minha vida era. Eu não sou digno de ti, eu não mereço a porra desse amor todo que tu me dá, eu definitivamente não mereço nem a tua preocupação, mas caralho meu… Eu sou egoísta e faço de tudo, mas não quero mais ficar sem ti. Esse mês e malditas semanas foram o inferno pra mim, e não porque eu quis que fossem, mas porque eu tava na merda e não sabia como sair!

— Então siga fazendo isso, porque assim como você seguiu em frente, eu fiz o mesmo. 

— Tu não pode seguir em frente com alguém. Pode seguir em frente como se ainda fosse virgem e não beijasse mil e um caras, podia focar nos estudos e na Rylee, mas não… Não com outro cara.

— Você é a pessoa mais hipócrita do mundo todo! Fica com milhares e… — Paro de falar e respiro fundo. — O Tyler está me esperando lá dentro, eu vou entrar e você vai embora. — Eu falo e ele nega.

— Angel… — Ele toca no meu rosto e eu me afasto. — Tu sabe que eu não vou te deixar ir embora assim.

— Está meio tarde para você falar isso. — Eu falo e ele então ergue a postura e já abre um sorriso para mim, no entanto não era de deboche, mas sim um sorriso normal.

— Amanhã a Cassie vai dar uma festa, eu suponho que tu saiba. Quero que vá, a gente pode conversar e…

— Justin, tchau. — Eu abro a porta e ele segura meu braço.

— É sério, eu quero mesmo que tu vá amanhã. Quer levar esse veado de merda, pode levar, mas só vai. — Ele fala e eu não digo mais nenhuma palavra. — Cara, eu espero que tu esteja notando o quanto eu to me esforçando, tanto que to indo embora sem nem cagar ele a pau, mas só… — Ele fecha os olhos ao parecer lembrar da cena de nós os dois no carro a agora pouco.

— Eu vou entrar. — E com isso apenas abro a porta, entrando de forma rápida e me apoiando na mesma, tendo o olhar do Tyler sobre mim.

— Certo, quer falar o que aconteceu lá fora? — O Tyler fala preocupado e eu nego com a cabeça.

— Eu queria saber se amanhã de noite você está livre? Eu tenho uma festa para ir. — Eu falo já abrindo um sorriso de leve e sem acreditar.

— Ta de boas. — Ele fala e eu concordo. A maneira que ele estava lá fora, as palavras dele, absolutamente tudo…

— E ah, preciso saber se tem seguro de vida? — Porque depois de hoje, ele definitivamente iria precisar.

Justin Bieber’s Point of View.

— Finalmente se ligou que tu é louco pela garota? — A Cassie provoca e eu juro que provavelmente queria poder bater nela, mas agora não tem nem discussão. 

Eu sou louco pela Madison. Não só em questão de possessão, mas porque quero que ela me deseje, quero que ela consiga me olhar com os mesmos olhos de antes e toda a merda. Quero tudo como era.

— Não é tão fácil, ela me mandou embora, e ela nunca fez isso com tanta firmeza antes. — Falo olhando pra piscina e me lembro quando a gente foi pro barco a primeira vez e ela pulou pra me ajudar. Caralho, como eu perdi uma mulher dessas meu? Inclusive, eu e ela definitivamente deveríamos transar nessa piscina.

— Ela cansou de esperar.

— Eu demorei pra perceber. — Mordo o lábio e ela ri.

— Pois é, só não vá perder ela pra um playboy que pode dar à ela uma vida normal, sem a adrenalina de sempre e um sexo entediante. — Ela fala apoiando a cabeça no meu ombro e os cabelos loiros chegam até a voar de leve na minha cara por conta do vento.

— Tu acha que eu ainda tenho chances?

— Ela te ama, só… Corre atrás que vai ver se vale ou não a pena. — Ela fala saindo de perto de mim e eu concordo pra mim mesmo, vou ter ela de volta, nem que eu tenha… Nem que eu tenha que admitir alguns dos meus erros e é claro, matar esse maldito Tyler. Mandei ela trazer ele porque amanhã eu vou ensinar ele a como beijar ela direito, e porra, falando em beijo, que saudade que eu tava daqueles malditos lábios que ela tem.

Eu ia subir, mas lembro que eu ainda não falei com o Chaz sobre nada do que rolou, ele ta muito estranho e eu não to gostando disso, então saio do portão da mansão e caminho até a dele, depois de uns minutos já chegando lá.

O segurança me deixa entrar e vejo que o Chaz não tava na sala, então subo e vejo a porta do quarto aberta, já entro e percebo que ele tava entretido no celular.

— Porra, finalmente tu trouxe o café que eu… — Ele para de falar e fica sério quando me vê. — O que ta fazendo aqui?

— Cara, o que aconteceu? — Eu falo me sentando na poltrona do quarto e ele nega.

— Nada que seja da tua conta.

— Tu não pode ta tão brabo assim comigo só pelo que aconteceu no banco, tem algo à mais. — Eu falo e ele nega, mas eu sei que tem.

— Eu só não to com paciência pra tuas merdas. — Ele fala e eu rio.

— Parece até tua irmã. — Mordo o lábio lembrando e ele fica estranho.

— O que tem ela?

— Já tão se falando?

— Não. — Ele fala isso e eu respiro fundo.

— Ela precisa de ti cara, ela passou por umas coisas nada legais, ela realmente precisa de alguém que…

— Eu fiquei do lado dela durante um mês inteiro, acredite. — Ele fala com raiva e uma das empregadas entra aqui com o café, já dando pra ele e saindo.

— Cara, por quê brigaram?

— Como já falei, não te interessa.

— Então por quê eu e tu estamos mal? O que ta rolando? — Eu pergunto e ele ri como quem não acredita.

— Nada, to irritado com umas merdas pessoas e to descontando em ti e nela. — Ele fala e eu já suspiro.

— Não quero mais saber de ti descontando nela, ela ta ficando melhor, bem melhor. — Ironizo e ele me olha sem entender. — Conheço um tal de Tyler? — Falo e ele ri.

— Já ta comendo ela?

— Nem vai, e tu tinha que ter me dito do filho da puta. — Eu falo e ele rola os olhos.

— Teria dito se não tivesse tão ocupado fodendo puta alheia. — Eu fico batucando na mesa e suspiro.

— Amanhã tem festa, já vai ta melhor?

— Pra festa sim. — Ele dá um falso sorriso e eu deixo passar. Tem alguma merda grande passando com o Chaz e ele não quer contar.

— Cara, tu sabe que… Bem, que apesar da Hilary, eu vou te ajudar com a merda que tu tiver metido. — Eu falo e ele nega, já ficando irritado por eu ter trazido o assunto à tona.

— Se eu tiver mesmo na merda, saio sozinho. — Ele fala e eu concordo, levantando.

— A gente ta de boas então?

— Sim. — Ele fala e então vou até a porta, mas logo já me viro e olho pra ele.

— Quero que peça desculpas pra Madison e deixe ela bem. 

— Por quê?

— Porque amanhã ela vai ta na festa e eu preciso que ela esteja com um ótimo humor pra eu conseguir fazer o que eu quero. — Falo piscando o olho e recebendo uma expressão meio que… Decepcionada? Ele pode mesmo não me querer perto da Maddie diante de todas as merdas que eu já fiz, mas essa decisão não é dele, e sim minha e dela depois que eu eliminar essa porra de Tyler de uma vez.

Com esse porra eu nem sequer dei a merda do presente com o nome da empresa que comprei, mas tudo bem… Isso amanhã eu dou pra ela, quando a gente tiver melhor.

Madison’s Point Of View.

— Tu sabe que isso é uma péssima ideia, não sabe? — A Rylee me pergunta quando descemos do carro e eu concordo.

— Só… Fica de olho no Justin, principalmente quando o Tyler for para o banheiro, não quero problemas para ele. — Eu falo e ela concorda.

— Tu não vai voltar para ele, ou vai? — Ela pergunta e eu nego de maneira mais firme que eu conseguia. Ele espera eu simplesmente seguir em frente para vir me procurar, é óbvio que ele faria isso.

— Maddie, finalmente consegui estacionar o carro, o estacionamento da casa tava cheio e precisei por perto das outras mansões. — O Tyler fala ao chegar perto de nós e eu concordo já sorrindo para ele. — O Matt disse que ele e a Lucy tão chegando, mas que a gente já podia ir entrando.

— Certo. — A Ry fala nervosa e vamos entrando, o segurança nos reconhece e nos deixa passar direto já, passando por uma parte da casa do Justin que dava direto para o quintal, que era onde essa grande festa estava acontecendo, e céus, a Cassie caprichou. — Eu vou ir até o Ryan, qualquer coisa me chama. — Eu concordo e sinto a mão do Tyler na minha cintura, ele já sorri e me olha.

— De quem é essa casa? É enorme. — Ele fala e eu concordo para ele.

— A casa é linda, né? — Ao escutar essa voz, nós os dois nos viramos e damos de cara com o Justin, o mesmo que sorria para nós. — Eu demorei um bom tempo pra por aquele chafariz lá, tu não faz ideia de como sempre colocavam no lugar errado. — Ele fala para o Tyler ao rolar os olhos e eu respiro fundo.

— A Cassie organizou uma ótima festa. — Eu falo e olho para o Tyler, o mesmo que parecia nada contente de ver o Justin aqui.

— Sim, ta boa. Mas e o Matt, não quis vir pra se juntar à festa? Pensei que a Cassie tivesse convidado ele.

— Ele e a namorada estão vindo. — Falo e ele concorda.

— Aproveitem, logo logo já venho conversar com vocês e bater um papo bem legal. — E depois ele simplesmente sai. Ele está louco?

— Ele ta chapado, né? — O Tyler fala me olhando e eu concordo.

— Com toda a certeza. — Falo ainda o olhando e vendo que ele já estava conversando animado com o Nolan e acendendo um cigarro. Céus, ele adora fumar.

Eu ando até o bar que tinha aqui fora e peço para o barman 2 shots de tequila, sim, eu precisava mesmo beber alguma coisa que fosse agora.

— Maddie? — O Tyler chama me tocando no ombro e eu me viro nervosa para ele.

— Sim?

— Por que a gente ta aqui? Por que eu to aqui? — Ele fala sério e eu não entendo.

— Eu te trouxe comigo porque…

— Me trouxe para uma festa na casa do seu ex? O mesmo que ontem estava batendo boca sem parar com você? — Ele questiona e eu simplesmente fico sem palavras. — Tu já superou ele? — Ele fala e eu concordo.

— Sim, é claro. — Falo da maneira mais firme possível e ele suspira.

— Você é uma garota linda e adorável, só… Você merece algo melhor do que aquilo, precisa por isso em mente. — Ele fala e eu concordo, pegando os dois shots e tomando de uma só vez. Eu sei que um era para o Tyler, mas acho que nesse momento eu estou precisando mais do que ele.

— Eu e o Justin já era, é sério. — Falo segurando sua mão e ele estranha, mas sorri com o ato e me dá um beijo na bochecha.

— Madison, o que ele ta fazendo aqui? — É a primeira coisa que o Matt fala, ao chegar perto de nós e eu me viro para o olhar, já sorrindo para a Lucy que parecia nervosa por estar aqui e ver todas as pessoas aqui com vários tipos de drogas, algumas se comendo nos sofás postos no improviso, sem contar os que estavam feito loucos na piscina, não quero nem imaginar o que deve ter naquela água agora.

— É a casa dele. — Eu falo já sabendo que ele se referia ao Justin e o Matt arregala os olhos.

— Tu ficou maluca? — Eu desvio o olhar e noto que o Justin já nos olhava mais sério e analisava o Matt de cima a baixo.

— Sim, eu fiquei. Pessoal, por quê nós não…

— Bem vindos! — A Cassie fala sorrindo vindo até nós e eu suspiro. — Fico feliz em ver que estão aqui. — Ela olha para o Matt de cima a baixo e pisca para ele, céus, ela não toma juízo nunca não.

— Cassie, nós já vamos embora.

— Com toda a certeza. — O Matt fala olhando o Justin, o mesmo que bebia mais e o olhava com um sorriso debochado, jesus.

— Mas já? Vão perder a roleta russa! — Ela fala fazendo um beicinho e tomando mais da cerveja dela.

— O que? — Falo sem conseguir acreditar, literalmente congelando no meu lugar. Não pode ser.

— Eles são loucos. — O Tyler fala e eu concordo na hora.

— Vocês não vão mesmo jogar isso, não é? — Eu falo e ela sorri.

— A ideia foi do Justin, ele quer mesmo que você olhe o jogo, vai ser algo ótimo. — Ela fala e eu engulo um seco.

— Ele… Ele vai jogar? — Sinto os pelos dos meus braços se arrepiarem e ela concorda, fazendo eu já sentir minhas pernas fraquejarem. — Mas… Esse jogo vai simplesmente escolher um de vocês e matar, é algo…

— Doentio. — O Matt fala me olhando. — Madison, a gente vai sair daqui agora. — Ele fala segurando o meu braço e o olhar do Justin na hora já fecha. Eu me solto do Matt antes que o Bieber venha e eu nego.

— Não, eu… Eles não podem fazer isso. — Eu falo para ele e a Cassie sorri.

— O jogo vai começar daqui a uns 5 minutos, a gente te espera lá, Maddie? — Ela fala arqueando as sobrancelhas e eu concordo na hora. De jeito nenhum que eu ia deixar ele fazer isso, não, definitivamente não.

— Madison! — O Tyler fala e eu nego.

— Você não entende, ele pode morrer! — Juro que tento manter a calma, mas nesse momento é realmente impossível.

— Se ele ta entrando no jogo é porque quer isso, eu pensei que já tivesse superado!

— E eu superei, mas não sou insensível. — Eu falo e o Matt ri.

— E pretende fazer o que? Simplesmente conversar com ele e sequer espera que ele vá te escutar? — Ele fala com raiva.

— Matt…

— Não Maddie, o cara quebrou a minha cara e o teu coração, eu não sei como tu sequer ta aqui. Tu ta aqui com um cara que é doido por ti e é mil vezes melhor do que ele. — Ele aponta para o Justin com raiva e ele nota isso, porque já joga o cigarro de forma bruta no chão e se direciona até aqui. Merda

— Aconteceu algo que queira compartilhar, Donavan? — Ele pergunta ficando do meu lado e cruzando os braços de maneira séria, fazendo até eu me assustar na hora.

— Sim Bieber, você é o problema. — A Lucy segura o braço dele nervosa e eu olho para o Justin.

— Justin, eu preciso mesmo falar com você. — Eu falo e ele olha o Matt de cima à baixo.

— Depois do jogo. — Ele fala e eu nego.

— Não, agora. — Falo o olhando séria e ele nega.

— Não, e eu te quero comigo no jogo, pra ser meu amuleto da sorte. — Ele pisca o olho e o Tyler já toca meu braço.

— Madison, vamos embora. — O Justin me puxa para trás e dá um passo até o Tyler.

— Se a tua mão sequer tocar nela de novo, eu faço questão de arrancar ela pra fora do teu corpo. — Ele ferve e o Tyler me olha apavorado, eu…

— Matt, vocês precisam ir embora. — Eu falo e ele nega na hora.

— Você está louca se acha que eu vou te deixar aqui com ele.

— Eu dou conta.

— Ah sim? Deu pra ver da última vez. — Ele fala e eu nego.

— É sério, a Rylee está aqui e eu estou bem, só… Eu preciso falar com o Justin. — Falo nervosa e ele nega.

— Maddie…

— É Madison, porra. — O Justin fala para o Tyler e eu suspiro.

— Tyler, eu prometo te ligar assim que chegar em casa. Trazer vocês aqui foi um erro e culpa minha, só… Desculpa, eu não devia ter arrastado nenhum de vocês para cá, sério. — Eu falo e o Justin permanecia do meu lado, parecendo nada contente.

— Eu não posso te deixar com ele.

— Eu cuido melhor dela do que tu. — Ele rebate e eu suspiro pela vigésima vez.

— Justin. — Falo como sinal para que ele fique quieto. — Tyler, amanhã eu vou até a sua casa, pode ser? — Eu falo calmamente e ele ainda parecia nervoso em me deixar aqui.

— Mas não vai mesmo. — Eu ignoro o comentário do imbecil e olho novamente para o Tyler, o mesmo que parecia extremamente preocupado.

— Não precisa se assustar, tem uns meninos aqui bem queridos que são meus amigos e vão me ajudar, sem contar a Ry e meu meio-irmão que está aqui. — Falo e ele concorda já um pouco mais relaxado.

— Tem certeza?

— A única certeza que eu tenho agora, é que tu tem que sair dessa porra de festa. — O Justin fala e eu olho para ele sem conseguir sequer acreditar.

— Cala a boca, pelo amor de Deus. — Eu falo e ele me olha sério, indo por a mão na minha cintura e eu tiro ela de mim com raiva. — Matt, você sabe que eu consigo, só…

— Quando precisar que eu venha te buscar, me liga. — Ele fala e eu concordo na hora já mais tranquila por conseguir fazer eles saírem, o que me deu na cabeça em trazer eles aqui? Pobre Lucy, acho que até traumatizada ela vai ficar.

Eles vão se afastando aos poucos e eu já me viro mais do que furiosa para o Justin.

— Me diz que merda você comeu? — Falo furiosa e ele sorri.

— Olha, to olhando pro que eu quero comer. — Ele fala e eu nego.

— Você não vai mesmo jogar essa porcaria de jogo, perdeu o amor à vida? — Eu falo sem acreditar e ele rola os olhos.

— Eu já joguei mil vezes e continuo vivo. É só um jogo de sorte, e tu vai ta comigo, não tem como o tiro ser logo em mim! — Ele fala animado e percebo até mesmo que o teor de álcool no seu corpo deve estar bem elevado, pois ele vê só graça nessa situação.

— Justin, eu não estou nem aí! Se não foi das outras vezes pode ser hoje, e não, eu não quero ter que ver seu corpo morto jogado no chão! — Fervo ainda mais e ele nega.

— Eu não vou morrer, é só a porra de um jogo. Mas caralho, é bom ver que tu se importa comigo. — Ele morde o lábio para mim e eu realmente não acredito nisso.

— Um jogo que você não vai jogar de maneira alguma! Você é louco! Vai jogar sua vida fora. Se essa for a sua maneira de tentar me ter de volta, é estúpida! Não é só porque eu me importo com você que eu… — Eu nem sequer sabia o que estava falando.

— Angel, é só um jogo idiota. Vamos lá terminar essa porra e depois sei lá, a gente vê o que faz. O que importa é que a gente ta de boas aqui sem que tu queira me matar.— Ele fala me puxando e eu me solto mais do que nervosa.

— Não faça isso, é sério. — Eu realmente não queria ele correndo esse risco por puro luxo e prazer.

— Babe, a minha vida já é perigosa, eu não sei como vou morrer, se for por um jogo, que seja. — Ele fala simples, indo em direção onde a Cassie estava e eu ainda continuo sem acreditar.

— Justin, é sério! — Eu falo puxando o seu braço e ele sorri se virando para mim.

— O que é? Ta preocupada?

— Não. — Ironizo e ele ri. — Por que você não me escuta? Que merda Justin! Não vale a pena jogar sua vida fora em um jogo desses! Eu não vou ir para lá e ver você brincar com a sua vida, não sou masoquista!

— Então se importa de me soltar? — Eu o solto com raiva e ele pisca para mim antes de passar pela sua piscina e ir para a parte da grama onde todos eles estavam.

— Justin… — Eu sinto às lágrimas na beira e ele simplesmente se senta na grama, eu relutante me sento do seu lado e respiro fundo.

— Vai jogar? — A Cassie pergunta animada para mim.

— Claro que não. — O Justin fala sério e eu seco a primeira lágrima que cai, vendo que nenhum dos meninos estava aqui, apenas o moreno amigo da Cassie e outros homens que eu não sabia.

— Justin, é sério… Se você jogar essa merda, é aí mesmo que não volto para você! Você precisa crescer! 

— Eu não to fazendo isso pra te ameaçar, de jeito nenhum. É um jogo que eu já fiz dezenas de vezes e sempre sai vivo, então só fica comigo aqui e relaxa, porque te ter do meu lado é bom pra caralho.

— Justin… — Eu falo choramingando e ele sorri me olhando, secando minhas lágrimas e piscando o olho.

— Se eu sair vivo daqui, espero que saiba que eu quero o melhor sexo da vida! — Ele dá um tapa de leve na minha coxa descoberta e eu nego.

— Se você sair vivo, eu mato você. Juro que vou te matar, Bieber! — Eu falo tremendo de nervosismo e tentando respirar fundo.

— Todos sabem como faz não é? — A Cassie fala e eu conto, vendo que eram exatamente 6 pessoas, então obviamente algum dos 6 receberia o tiro, levando em conta o tipo de pistola. Isso me faz lembrar de tanta coisa, céus. — Ótimo, então eu vou primeiro. — Ela vira a arma para o rosto dela e em menos de um segundo, puxa o gatilho, fazendo dar somente um som oco.

— Justin… — Eu toco de leve na perna dele e ele nega, continuando focado no amigo da Cassie, o mesmo que com uma expressão fria apenas vira a arma em sua direção e puxa o gatilho.

Mais um som oco.

É egoísmo querer que esse tiro saia em pelo menos uma das duas próximas pessoas?

— Por favor… — Eu falo já tremendo e ele me olha sério. — Não pode fazer isso comigo, mas por favor… Você vai se matar fazendo isso. — Eu imploro segurando a mão dele e ele sorri, levando  ambas até os seus lábios e beijando a minha mão, não.

Mais um som oco.

— Relaxa… — Ele fala, mas eu sei que no fundo ele está tão nervoso ou assustado quanto eu, eu sei que no fundo ele apenas quer que eu fale que eu volto para ele, mas não eu… Eu o amo e não quero o ver morrer, mas ele não pode seguir brincando comigo como se eu não fosse nada, não dá.

— Justin, a gente pode conversar. Eu prometo que te escuto e… Não. — Eu já deixo as lágrimas caírem todas de uma vez quando o outro rapaz puxa o gatilho e o som sai oco, restando apenas o Justin e o outro homem do meu lado. — Por favor. — Ele pega a arma e eu tento puxar da mão dele, mas ele segura firme e me olha, esperando pelo que eu ia falar. — Eu imploro… — Eu falo e ele posiciona a arma de frente para a sua cabeça, eu fico de joelhos do seu lado e tento pegar a arma de novo, mas ele me impede com a mão e vejo que ele estava prestes a puxar o gatilho. Então quando ele faz isso, eu simplesmente pego sua mão com força e viro para o lado, escutando de seguida o som do tiro. 

O som do tiro que ia ter acertado em cheio a cabeça dele.

— Porra. — Ele fala e eu passo meus braços na hora na volta do seu pescoço, o puxando para mim com força sem conseguir acreditar e chorando sem parar.

— Seu imbecil. — Eu falo com raiva quanto mais soluçava, eu tento me soltar e ele prende os braços na minha volta. Eu conseguia sentir seu peito ofegante. — Eu te odeio, seu maldito filho da puta! — Eu falo aumentando o tom de voz e consigo perceber que as pessoas na nossa volta levantavam nervosos. — Justin… — Eu falo e ele nega, apenas me apertando mais contra ele e dando diversos beijos na minha cabeça.

— Vai ficar tudo bem, tu… Tu literalmente salvou a minha vida. — Ele fala com a voz tremida e eu ergo a cabeça para o olhar, notando que ele estava com o olhar abatido.

— Eu…

— Mas em compensação por salvar a tua… — O moreno fala e eu não entendo, querendo me soltar e o Justin não deixava, me apertando mais contra ele. As pessoas da festa vinham mais até a nossa volta e pareciam nada contentes com a situação, me fazendo estranhar ainda mais.

— Ju… Justin. — Eu falo tentando me soltar e ele nega.

— Calma, só… — O seu peito estava ofegante e eu nego, me virando toda e tentando ver algo, mas quando me viro e vejo o homem que estava do meu lado, jogado no chão com um tiro na testa, eu congelo.

O sangue simplesmente não parava de sair e eu começo a tremer mais, sem conseguir acreditar no que está acontecendo.

Levanto nervosa e sinto que a qualquer momento cairia, pois minhas pernas pareciam não ter mais força alguma.

— Eu… Eu…

— Shh, vai ficar tudo bem. — Ele me puxa para ele e eu nego sem acreditar, me virando com força e olhando o corpo do homem jogado no chão já completamente sem vida.

— Eu o matei? — As palavras finalmente saem da minha boca e eu olho para ele sem conseguir acreditar, não, pelo amor de Deus, não. — Eu matei ele. — Falo voltando a desabar sem sequer saber o que fazer, apenas sentindo o aperto dentro de mim aumentar, assim como uma culpa que eu jamais havia tido antes.

CONTINUA...