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História Chains (Taehyung e Yoongi Imagine) - REVISANDO - Capítulo Vinte e Dois


Escrita por: BloomMo e DDCeremony

Notas do Autor


Próximos dias provavelmente não vai rolar capítulo novo, gente.

Capítulo 22 - Capítulo Vinte e Dois


Fanfic / Fanfiction Chains (Taehyung e Yoongi Imagine) - REVISANDO - Capítulo Vinte e Dois

Eu estava decidida. Não me entendam mal. O termo final para a minha decisão não tinha sido o sexo em si, mas o simples fato de Yoongi ter se mostrado tão disposto a se abrir para mim. Ele já tinha me dito que não fazia aquilo desde que tinha terminado com sua ex-namorada e, como Somin me atualizou muito bem, ele realmente a tinha amado. O que me fez decidir de vez foi perceber a forma gradativa com que ele começou a abaixar a guarda e como aquilo foi se desenrolando no decorrer dos nossos encontros. Depois dele ter me mostrado o seu quarto, como ele tinha me dito ser a última parte da casa que eu não conhecia, eu entendi como aquilo se relacionava com todas as vezes que eu tinha ido em sua casa. No primeiro encontro eu fiquei apenas na área social do apartamento, depois, quando ele finalmente me contou porque estava tão hesitante nós estávamos em seu estúdio e ele me mostrou um outro lado dele. E, finalmente, quando ele abriu a porta de seu quarto para mim eu entendi que ele estava se abrindo e baixando a última guarda que ainda estava levantada.

Além disso, ele era perfeito. E eu não me refiro aqui apenas ao seu corpo, o qual eu não consegui achar nenhum defeito, e nem mesmo estou falando da forma com que ele fazia as coisas durante o sexo, como quando suas mãos me tocavam em um misto de desejo e cuidado, como era natural as coisas e como eu gostava de o observar mesmo ali, quando estávamos mais vulneráveis e ao mesmo tempo transtornados. Ele era perfeito porque todas as coisas somadas o faziam assim. Seus toques carinhosos e o sorriso que ele dava, que não era como se fosse me engolir de uma vez, eram deliciosos e tão carinhosos como quando ele apenas segurava a minha mão. Eu me senti desejada, mas um desejo muito diferente do que Taehyung tinha por mim. Era quase puro, genuinamente amoroso e eu podia ver que ele se importava, não em me satisfazer, não em ser a melhor transa que eu já tive, mas se importava comigo, de verdade.

E todas as incertezas que me rondavam quando a simples imagem de Taehyung vinha a minha mente só comprovavam que não importava o quão incrível esse último fosse, Yoongi tinha o que eu precisava em alguém: companheirismo. Taehyung foi meu companheiro na semana em que ficamos juntos antes da consulta, mas só porque sabia que ele não queria ser um daqueles caras negligentes em um momento tão delicado. O fato de não parecer nos encaixar era outro motivo. Taehyung era engraçado, cuidadoso, carinhoso e lindo, mas estava muito mais ligado em me satisfazer sexualmente do que em mim.

As coisas que Yoongi me fazia sentir, além disso, a calmaria e a sensação de que por algumas horas só nós dois habitávamos no mundo, era o que eu precisava e sempre tinha precisado e eu podia ver melhor agora. E eu iria falar com Taehyung logo após a reunião com os professores que tinha sido marcada. Eu estava decidida!

Essa reunião foi marcada em cima da hora e eu soltei uma bufada e um carranca só em pensar que teria que passar mais horas que o necessário na Universidade na quarta-feira. Não explicaram muito bem, apenas disseram que novas diretrizes seriam dadas e que possivelmente aquilo envolveria todo o contingente de professores da instituição, por isso nos mandarem para o auditório era o que eu esperava, mas o e-mail de convocação me surpreendeu ao afirmar que seria na sala dos professores. Eu realmente não sabia muito sobre os outros professores e os outros cursos, mas sabia o suficiente para entender que os que geralmente frequentavam a sala dos professores não eram, nem de longe, um terço da quantidade real, afinal, aquela instituição era grande.

Comi meu almoço rápido disposta a pelo menos assistir a reunião sentada em uma cadeira confortável, por isso me adiantei uns dez minutos e consegui achar uma cadeira estofada que tinha ficado mais no canto da sala embora ficasse na primeira fileira. A sala estava diferente do que normalmente era. As mesas tinham sido retiradas e mais cadeiras foram colocadas na sala, além de trazerem um pequeno tablado, provavelmente onde estariam as pessoas responsáveis pela reunião.

Como a reunião tinha partido da coordenação da faculdade imaginei que podia ser algo relativo aos materiais utilizados e disponibilidade de salas para as atividades extracurriculares, por isso não estava sequer suficientemente interessada, mas deveria comparecer de qualquer forma. As cadeiras foram colocadas em filhas e se estendiam até o final da sala, confirmando que todos os professores da instituição estavam sendo esperados.

Os minutos se passaram e a sala aos poucos foi se enchendo. O senhor Dong-yul se sentou ao meu lado me tirando um pouco do devaneio que eu estava vivendo enquanto repassava mentalmente tudo o que eu deveria fazer e falar para Taehyung de forma a ser a mais sincera possível e deixar claro que, embora gostasse muito dele, infelizmente aquilo, seja lá o que fosse, que tínhamos tinha chegado a um fim.

A sala já estava uma confusão de vozes, barulhos e pessoas. A maior parte das cadeiras já estavam ocupadas e eu sequer poderia começar a reconhecer mais da metade das pessoas que as ocupavam. Uma grande aglomeração de pessoas entrou pela porta de modo que era impossível sequer distinguir se eu conhecia alguém, mas pelo simples fato de todos estarem se encaminhando para o tablado imaginei que a reunião daria início. Como esperado uma dessas pessoas da pequena aglomeração se distanciou do grupo que ainda conversava baixo e, por isso, muito próximos uns dos outros, e tomou o microfone que estava disposto a um canto e começou a falar. Quando o professor – fiquei sabendo disso pois o homem se apresentou inicialmente – começou a falar eu ainda estava pensando no que falaria com Taehyung, queria chegar com um discurso pronto, mas algo chamou minha atenção. No meio do discurso, o professor que tinha tomado a frente da reunião soltou uma única palavra que fez com que até meu cérebro parasse de funcionar: reitor. Eu me virei imediatamente, voltando a atenção para o local em que o professor estava e para o meu completo desespero o pai de Taehyung estava em pé ao lado dele e eu não tinha percebido sua presença, provavelmente a multidão que estava lá na frente há poucos minutos tinha o encoberto e eu não tinha notado. E que merda! Eu estava na primeira fileira.

Abaixei a cabeça imediatamente, aproveitando o fato de que ele estava olhando para o professor e quando este último deu a palavra para o reitor eu senti como se a vida se esvaísse de mim. A sua voz grave começou a falar, cumprimentando a todos que estavam lá. Eu sabia que muito provavelmente seu olhar estava passeando pela sala e eu não me atrevia a levantar os olhos. Uma parte muito infantil de mim estava crente de que o simples fato de manter a cabeça abaixada seria o suficiente para que ele não me descobrisse ali, sentada na primeira fila. Eu pedi para a terra se abrir e me engolir, pedi que o tempo parasse e eu pudesse sair dali, ou que ele voltasse e eu pudesse me sentar na última cadeira. Mas nada disso aconteceu. Eu continuei com a cabeça abaixada e vi quando uma sombra se aproximou de mim. Eu sabia que ele continuava falando, mas quando um par de pés parou exatamente na minha frente era inevitável não erguer a cabeça.

Ele ainda estava falando para todos, mas quando meus olhos chegaram ao seu rosto percebi que ele me olhava insistentemente e sua feição era inconfundível: ele tinha me reconhecido. Deixei meu corpo se soltar completamente na cadeira e pensei que minha alma tivesse abandonado o meu corpo. Ele afastou os olhos e deu alguns passos para o lado direito, parando na frente de outro professor, obviamente para não deixar que aquele pequeno confronto se tornasse tão obvio, mas seus olhos não demoraram a voltar para mim.

Eu até poderia tentar escrever do que possivelmente aquela reunião se tratava, mas não vou pelo simples motivo de que: eu não estava ouvindo mais nada. Na minha cabeça todos os alertas vermelhos tocavam e a voz da minha consciência gritava me chamando das piores coisas. Eu estava muito perdida e com toda a certeza despedida. Não só despedida, mas jamais conseguiria uma carta de recomendação.

Pensei, por estupidez, que se eu saísse o mais rápido possível daquela sala assim que a reunião acabasse eu teria meus problemas resolvidos, mas quando eu me adiantei para a porta ouvi novamente a voz grave de Kim Chung-hee me chamando. Não meu sobrenome, não senhorita, não professora. Meu primeiro nome. E eu estaquei no lugar, impedindo a passagem de algumas pessoas que foram obrigadas a darem a volta enquanto eu ainda permanecia parada de costas para a porcaria do reitor da faculdade que também era o pai da pessoa com quem eu iria “terminar”.

– Eu não posso encontrar palavras que sejam suficientes para externar a minha surpresa por te encontrar na reunião dos professores. – Kim Chung-hee falou depois que a sala se esvaziou e apenas alguns professores se encontravam no canto da sala, conversando com o professor que tinha dado início a reunião. Ele deu a volta e ficou de frente para mim, com uma mão no bolso da calça social impecável e a outra pendendo ao lado do corpo. Sua expressão era séria, como percebi quando achei coragem de o encarar. Eu não sabia o que falar, por isso decidi ficar calada e esperar o que quer que ele quisesse dizer. Apertei a alça da minha bolsa com mais força e desejei que meu coração realmente parasse de bater. – Tenho que dizer que Taehyung realmente foi muito mais ousado do que costuma ser. – Sua voz falou novamente.

– Me desculpe. – Foi a única coisa que eu consegui falar. Eu não tinha certeza nem se eu deveria falar alguma coisa, mas ficar calada parecia muito mais desrespeitoso. Os olhos dele não me abandonavam e eu não conseguia sustentar o olhar tão intenso daquele homem. Ele soltou um barulho com a boca, o mesmo que seu filho costumava soltar quando eu demorava a responder e eu me xinguei por fazer aquela observação. É lógico que eles seriam parecidos!

– Você sabia quem ele era? – Sua pergunta não tinha sido rude, mas eu percebia que sua postura tinha endurecido mais.

– Como? – Perguntei, mas porque não tinha entendido a pergunta do que por qualquer coisa.

– Você sabia que Taehyung era meu filho? – Ele foi mais incisivo.

– O senhor irá me desculpar. – Eu comecei falando e eu sentia uma chama de ódio crescer dentro de mim. Se ele imaginava que eu sequer tinha começado a me envolver com Taehyung por causa da sua posição ele estava me ofendendo e eu não poderia simplesmente continuar me sentindo acuada. – Mas eu nem ao menos sabia quem era o reitor da Universidade até o dia em que Taehyung me apresentou ao senhor como tal. Então, não. Eu não tinha ideia que Taehyung poderia ser o filho do reitor.

– Pai? – Antes que eu pudesse dizer outras tantas coisas para Kim Chung-hee a voz de Taehyung chamou a minha atenção e eu parei com a boca aberta em uma fala que se emudeceu. O filho se lançava sobre a gente com passos largos e parou exatamente de frente para nós dois, que estávamos agora virados para ele.

– Eu tive uma descoberta hoje, Taehyung. – O pai lançou um olhar sério para Taehyung. – Uma que obviamente não é novidade para você. – Ele voltou a me lançar um olhar e estendeu um dedo para mim enquanto dizia: –  Sua namorada é professora da instituição. Mas devo só estar constatando o óbvio.

– Pai... – A voz de Taehyung era impaciente e ele me lançou um olhar rápido e eu pude ver que ele estava impaciente e incomodado. – Não haja desse jeito na frente de (S/n). – Ele voltou a encarar o pai e seu rosto endureceu. – Já posso até imaginar a pergunta que você fez, e não, ela não sabia que meu pai tinha o rei na barriga e que acha que todo mundo que possivelmente se aproxima de mim tem algum interesse em algo que não seja eu.

– Eu não estou insinuando nada disso. Sei que tem atrativos suficientes para atender as necessidades das pessoas. – Eu não conseguia entender aquele confronto e eu nem sabia mais se eu deveria continuar ali ouvindo aquela conversa. – Eu só achei interessante que você tenha me escondido que sua namorada trabalhava para a Universidade e que eu tenha descoberto isso num momento tão inapropriado como na reunião de professores.

– Me desculpa, senhor. – Eu falei, mas pedia desculpa muito mais por estar em frente ao meu superior do que por realmente me sentir culpada de algo. – Eu realmente não sabia de nada do tipo e...

– Mas você sabe que isso não a exime do fato de, enquanto professora, ter se relacionado com um aluno, certo? – Sua pergunta tinha sido feita em um tom inocente, daqueles que contém uma tonelada de ironia e que faz com que você deseje voar no pescoço da pessoa que a profere.

– Não, não exime. Porém o senhor também pode notar que Taehyung é um adulto, assim como eu. – Eu já nem sabia o que minha boca falava e só notava que estava falando algo porque podia ouvir minha própria voz. – Não achei que isso pudesse interferir tanto assim fora dos muros do local onde eu trabalho e seu filho estuda.

– Pois eu não penso assim. – Kim Chung-hee estava me estressando com o seu jeito calmo e sua voz ritmada e controlada. As coisas que ele falava eram obviamente para me deixar assustada e acuada, mas a forma com que falava era como se estivesse me perguntando se eu tinha passado um bom dia.

– (S/n). – Taehyung encostou a mão no meu ombro e eu demorei um pouco a lhe lançar um olhar. – Espere lá fora que eu vou conversar com ele. Eu... Só me espera, por favor. – O olhar dele também era intenso, como o do pai, e isso fez com que eu tivesse vontade de bater em Taehyung já que obviamente não podia fazer isso com o pai. – Por favor. – Ele repetiu e eu voltei meu olhar para o homem mais velho, que nos encarava com uma expressão séria. Percebi que estava procurando permissão e quando notei isso apenas me desvencilhei da mão de Taehyung e sai da sala marchando.

Eu não podia ficar brava, no fundo eu sabia disso. Eu tinha agido errado e de forma completamente contrária ao decoro que minha profissão exigia, mas mesmo assim eu não tinha matado ninguém e não merecia aquela passividade agressiva de Kim Chung-hee. Se ele estivesse disposto a me ouvir que ouvisse, mas se estava já decidido a me humilhar, que me despedisse de uma vez. Me tratar daquela forma era irrazoável e me causou ódio. Talvez por raiva eu tenha realmente esperado Taehyung no lado de fora, escorada na parede oposta do corredor. Eu ainda tinha poucas e boas para falar para o filho da puta, ou melhor, o filho do reitor. Vi quando os outros professores que tinham ficado na sala, mas que tinham se mantido afastados durante toda a conversa entre nós três, saíram, restando apenas Taehyung e o pai. Os minutos se arrastaram, mas acredito que era pelo meu completo estado de impaciência, e quando a porta da sala se abriu de novo quem saiu foi Kim Chung-hee, que não se dignou a me lançar nenhum olhar. Taehyung saiu logo atrás.

– Me desculpa. – A voz de Taehyung era baixa e incerta. Ele deu passos largos até o lado oposto do corredor e ergueu a mão para encostar em mim. Eu me desvencilhei.

– Eu realmente espero, de verdade, que essa sua omissão tenha sido realmente uma diversão para você, porque para mim custou o meu emprego. – Eu falei brava e sem me dignar a sequer controlar o volume da minha voz. Taehyung deu mais passos em minha direção, mas eu rumei para o corredor, disposta a ir embora. Não fazia qualquer sentido conversar com ele. O cara era um filho da puta.

– (S/n), para um pouco. – A mão de Taehyung envolveu meu braço e me puxou de volta. Eu quis gritar de raiva por ele ser mais forte do que eu e por ter me parado. – Por favor. Não vai acontecer, eu te garanto. Meu pai só gosta de... Espetáculos.

– Como o filho. – Mesmo que eu não pudesse me mover eu me negava a olhar para ele.

– Vem. – Sua voz era impaciente e ele desceu a mão pelo meu braço até chegar na minha mão. Quando a segurou começou a andar apressado pelo corredor e eu não tive qualquer outra opção a não ser o seguir, mas devo acrescentar, para minha dignidade, que fiz de forma rude e resmungando. Saímos do prédio e ele se encaminhava para o estacionamento do prédio que ficava há alguns metros de distância. Vi quando ele enfiou a mão no bolso da calça e tirou a chave de seu carro, destravando o automóvel e se encaminhando para o lado do carona, abrindo a porta apressadamente e me empurrando para dentro do carro. Ele não estava sendo rude, mas estava completamente impaciente e eu quis gritar de novo porque ele não podia ser nada naquele momento. Eu não permitia!

Ele fechou a porta e deu a volta no carro, passando pela frente, de modo que o vi me encarando como se certificasse que eu não iria abrir a porta e sair. Depois a porta do motorista se abriu e ele imediatamente se acomodou, ligando o carro e dando partida.

– Ótimo. – Soprei uma ironia enquanto cruzava os braços. – Devo ligar para a polícia e informar que estou sendo sequestrada?

– Vamos conversar em outro lugar. – Ele falou rápido enquanto uma carranca se formava em seu rosto.

– Para o carro agora. – Eu falei em um tom alto, mas ainda controlado. – Para esse carro nesse acostamento agora. Se quer conversar, faça isso aqui.

Muito mais rápido do que eu esperava e sem relutar ele me obedeceu. A gente já tinha saído do campus, estávamos na mesma rua da entrada principal. Eu, ainda de braços cruzados, virei meu rosto em sua direção esperando.

– Eu não tenho nada realmente pra falar. – Ele constatou e eu quis pegar a sua cabeça e socar contra o volante do carro. – Eu não te contei porque sabia que seria um impedimento maior para você. Quanto ao seu emprego, não vai acontecer nada. Meu pai me conhece bem o suficiente para saber como eu sou. Ele só estava sendo... Pai, naquele momento com você. – Ele suspirou enquanto apertava o volante com as mãos. Ele não me olhava, continuava olhando para a frente. – Ele não é daquela forma sempre.

– Eu não me interesso, sinceramente, com as suas desculpas em nome do seu pai, ele praticamente me humilhou! E se isso era tudo o que você tinha pra me falar e se espera algum agradecimento por ter colocado alguma razão na cabeça do seu pai eu já adianto: não fez mais que a sua obrigação. É por culpa sua que eu fiquei naquela situação. – Eu já tinha perdido o controle e esbravejava. – Mas é por culpa inteiramente minha que eu vou sair disso. – Vi quando Taehyung voltou seu rosto para o meu lado e sua feição confusa quase me perguntava o que eu estava falando. – Seja lá o que você acha que a gente tem, a gente não tem mais. Já deu o que tinha que dar, você já se divertiu e teve sua emoção. – Eu estava transtornada e tinha que me controlar para não começar a soltar frases desconexas de ódio.

– Você já se decidiu né? – Ele falou depois de muito tempo, tempo esse que eu gastei tentando me lembrar de como se respirava. Eu não respondi nada e sua voz voltou a falar de forma impaciente. – Você decidiu por aquele cara, eu sei!

– Eu não tenho que te explicar nada mais do que isso: eu e você não vai acontecer mais. – Eu abri a porta do carro e já colocava meus pés para fora quando a mão de Taehyung, com a mesma pressão e força de minutos antes, me segurou.

– Me diga com todas as palavras que escolheu aquele cara. – Sua voz era autoritária e quando me virei para olhar para o seu rosto ele estava completamente sério. A semelhança com o pai que agora atormentava meus pensamentos impedia que eu o visse como via anteriormente. – Anda.

– Eu escolhi Yoongi. – Falei simplesmente e em um arranco puxei meu braço, me desvencilhando por completo da mão de Taehyung. Saí do carro e bati a porta com força, andando de volta para o campus da universidade, onde sabia que poderia encontrar um táxi com mais facilidade.

Eu não sabia se tinha sido o susto ou se tinha sido o fato de eu ter me sentido humilhada por Taehyung e por seu pai, mas a raiva continuava me cegando de forma que quase não percebi o carro de Somin, só percebendo mesmo quando sua voz amplificada pelo grito me chamou. Ela estava parada em frente a entrada do campus, provavelmente estava me procurando e eu não imaginava por que. Ela abanou a mão através da janela do carro e eu corri para o lado do carona. Abri a porta e me sentei e ela deu a partida sem esperar nada, afinal, ela conhecia meus horários quase melhor do que eu. Eu ainda não estava completamente recuperada da raiva e do choque, mas consegui distinguir sua voz quando ela começou a falar comigo enquanto dava partida no carro.

– Nossa, que cara é essa! – Ela falou exasperada enquanto manobrava o carro. – Eu quero saber o que está acontecendo, mas primeiro você vai me contar o motivo de não ter me contatado logo no instante seguinte em que você e Yoongi transaram! – Ela falou em um tom de reprimenda e de ânimo tão grande que eu me larguei ainda mais na poltrona.

E ainda eu tinha mais aquilo para enfrentar. Não tinha contado a Somin, mas provavelmente Yoongi tinha se aberto para Dak-ho e eu não sabia mais para onde dirigir a minha raiva, se para Taehyung e o pai pretensioso, para Yoongi por ter compartilhado aquilo com Dak-ho ou pra Somin por ter ido me procurar para me perguntar aquilo.

– Não se preocupe! – Somin chamou minha atenção novamente. – Yoongi não contou nada demais para Dak-ho, apenas disse que vocês tiveram uma noite especial e que achava que vocês estavam dando certo. – Ela tamborilava os dedos no volante quando o carro dela passou pelo carro de Taehyung que continuava estacionado no mesmo lugar. Eu evitei olhar pela janela, me afundando ainda mais no banco. Eu não queria o ver tão cedo e também não queria ter aquela conversa com Somin naquele momento. 


Notas Finais


Gente, eu juro que vou ser melhor!


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