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História Chains (Taehyung e Yoongi Imagine) - REVISANDO - Capítulo Vinte e Três - Taehyung Point Of View


Escrita por: BloomMo e DDCeremony

Notas do Autor


Desculpa a demora essa semana e não desistam de mim.

Capítulo 23 - Capítulo Vinte e Três - Taehyung Point Of View


Fanfic / Fanfiction Chains (Taehyung e Yoongi Imagine) - REVISANDO - Capítulo Vinte e Três - Taehyung Point Of View

Eu estava transtornado e os socos que eu tinha dado no volante do meu carro quando ela saiu não foram suficientes para melhorar em nada o meu humor. Parte era por meu pai ter sido um babaca e ter a tratada mal e as vezes ser tão ignorante ao ponto de achar que a porcaria de seu cargo era a única coisa que poderia atrair as pessoas e parte porque ela tinha se decidido por aquele outro cara.

Meu pai era ótimo. Ele sempre tinha me apoiado em tudo. Quando eu quis fazer um intercâmbio do outro lado do mundo ele financiou tudo achando aquilo maravilhoso. Quando quis sair de casa aos dezoito anos e alugar um apartamento não muito barato ele achou incrível que eu quisesse um pouco de liberdade. Sempre ficara empolgado quando eu demonstrava interesse por alguma coisa que ele gostava e achava sensacional o filho ser um garanhão. Ele era assim até que ele se sentisse ameaçado. Posso entender que ter visto ela na reunião com os professores fosse o suficiente para ele achar que ela tinha se envolvido comigo para, não sei, tentar subir de carreira na universidade ou qualquer coisa do tipo. Vá saber exatamente o que ele tinha pensado.

Mas de todo, ele não era uma pessoa ruim ou desagradável, afinal, ele tinha me ensinado a respeitar as pessoas simplesmente por respeitá-las, não para adquirir algo em troca ou para ser falso. Ele tinha me ensinado muitos valores excelentes, se eu não tinha saído completamente daquela forma a culpa seria muito mais minha do que dele.

Ainda assim ele tinha esses problemas de as vezes sair acusando e intimidando as pessoas, principalmente quando se tratava dos filhos e se antes eu achava que não o podia culpar de nada, agora eu o culpava por ter sido tão ignorante com alguém como ela.

E (S/n). Eu sabia que estava apaixonado por ela, já tinha entendido com aquela noite antes da consulta e embora a semana que se seguiu aquilo ter ficado um pouco desconfortável entre a gente, quase não nos falando, achei que aquilo terminaria logo e em breve estaríamos nos entendendo melhor e eu poderia finalmente tentar conquista-la, mas aparentemente uma semana tinha sido suficiente para que ela se decidisse por aquele tal Yoongi.

Suspirei pesado e me controlei. Segurei o volante com força e esperei um carro passar por mim para sair do acostamento, manobrando o carro e voltando para a universidade. Inconscientemente tentei ver se a encontrava enquanto dirigia devagar para dentro campus, mas ela não estava em lugar nenhum, por isso segui até o prédio da reitoria e estacionei em uma das vagas que ficava ao lado da vaga de meu pai. Eu sabia que ele ainda ficaria algumas horas na universidade antes de sair e eu precisava falar com ele direito.

Depois que pedi que ela saísse da sala eu expliquei brevemente que ela realmente não sabia de nada, não sabia quem eu era ou até quem ele era, que ela era excelente, jamais teria qualquer tipo de pensamento chantagista ou aproveitador ou qualquer outra coisa que ele pudesse imaginar sobre ela. Ele ainda estava irritado, mais comigo do que com ela, mas ainda assim disse o quão antiético e desrespeitoso o comportamento dela tinha sido, afinal, eu ainda era aluno da instituições, e que o ideal era levar para o conselho de ética da universidade decidir. E então eu implorei, literalmente, para que ele esquecesse aquilo, de que ninguém sabia, que ela era excelentemente demais para que a instituição perdesse uma professora daquele gabarito. Ele não falou que sim, mas também não falou que não. Apenas saiu andando sem dizer nada e eu entendi que aquele silêncio era quase um acordo tácito de que ele não faria nada sem pensar direito e sem conversar comigo antes. Era assim que as coisas sempre tinham corrido lá em casa.

Já estava na antessala onde o secretário de meu pai  ficava, tendo pedido para que eu esperasse um pouco enquanto avisava o senhor reitor. Dentro de dois minutos eu já estava dentro da sala do meu pai, fechando a porta atrás de mim enquanto lançava um olhar para o ele sentado em uma cadeira grande e com o aspecto antigo, assim como toda a sala, embora fosse muito bem decorada. Ele ergueu seus olhos de alguns papeis brevemente e depois repousou a caneta na mesa.

– Então? – Seu tom ainda era reservado, ele ainda estava obviamente nervoso e irritado.

– Eu acho que a gente deveria conversar. – Sentei na cadeira que ficava de frente para a mesa, repousando a minha bolsa na cadeira do lado. – Sobre (S/n).

– Não vou tomar qualquer decisão agora, então acho que essa conversa pode ser facilmente adiada até uma segunda ordem. – Ele falou voltando a segurar a caneta e a baixar os olhos para os papéis.

– Acho que estou apaixonado por ela. – Falei de uma vez, eu não sabia muito bem porque estava fazendo aquilo, talvez para conversar com alguém já que não me atrevia a ter aquele tipo de conversas com outras pessoas. Meu pai parou com a caneta a meio caminho do papel, um cotovelo escorado na mesa, e me lançou um olhar como se para ver se eu falava sério. E aquilo me deu vontade de contar tudo. – Há algumas semanas atrás, no dia que vocês se conheceram, ela estava achando que poderia estar grávida. – O desespero tomou o rosto do meu pai de uma forma tão avassaladora que eu completei em seguida. – Mas ela não está. Fizemos o teste. – Ele soltou novamente a caneta na mesa e desviou os olhos de mim enquanto soltava o ar aliviado. – Mas sabe? Eu não fiquei tão feliz quanto achei que ficaria com essa notícia. – Ele voltou a me olhar sem entender e eu continuei. – Eu não quero ter um filho, não agora, mas de alguma forma eu senti como se isso pudesse ser um elo entre a gente, talvez a única coisa que eu poderia oferecer a ela. Você não a conhece, mas ela é muito determinada, independente e em diversos aspectos não precisa de mim em absoluto, então achei que aquilo poderia ser o que eu poderia oferecer para ela. – Meu pai não falava nada, continuava calado, mas me observava atento. – Estranho, né? Eu sei. – Soltei uma risada anasalada. – Depois que o senhor foi embora a gente conversou, ou melhor, gritamos um com o outro e ela decidiu terminar as coisas entre a gente. Ela tem um outro cara, sabe? Alguém da idade dela e muito mais estável que eu. – Desviei os olhos por alguns segundos e observei a janela lateral do cômodo para depois voltar a olhar meu pai que ainda tinha uma expressão confusa. – E eu não sei o que fazer.

– Meu filho... – Ele começou a falar, mas eu o cortei.

– Ela ficou realmente humilhada com a forma que o senhor a tratou e eu posso entender. Acredito que até o senhor possa entender. – Eu sustentava o olhar dele e por isso percebi quando ele desviou o olhar desconfortável e resignado. – Mesmo que essa seja a decisão dela, de ficar com aquele cara, eu não quero que ela tenha seu emprego ameaçado. Eu não quero que ela se sinta como se ela estivesse ameaçada aqui na instituição. Por isso eu quero pedir que você converse com ela e peça desculpas.

– Taehyung. – Ele não estava nervoso ou qualquer coisa do tipo, ele estava confuso. Depois deu um suspiro ainda me observando e juntou as mãos sobre a mesa. – Eu sinto muito, meu filho. Realmente sinto que não tenha dado certo entre vocês e realmente espero que eu não tenha tido culpa nisso.

– Não, não teve. – Falei cansado. Era bom poder falar com alguém. – Eu só quero, realmente, que o senhor faça isso por mim.

– Certo. – Ele pressionou os lábios e lançou um olhar para a mesa por um tempo, depois pegou o telefone, discou para o secretário e perguntou sobre os compromissos do restante da semana, depois desligou o telefone e voltou a me olhar. – Eu estou ocupado todos os dias dessa semana, não vou poder me encontrar com ela. A não ser que... – Ele pareceu pensar um pouco e depois soltou. – A não ser que ela aceite jantar conosco na sexta-feira. Eu iria com a sua mãe de qualquer forma. Talvez algo não institucional e mais casual seja melhor do que ir até a sala dela ou a chamar aqui. O que você acha?

 – Vou ligar para ela e te dou a resposta, pode ser? – Falei lançando um olhar realmente agradecido para ele. – Obrigada. Não vou tomar mais seu tempo. – Me levantei e me inclinei para pegar minha bolsa.

– Taehyung. – Meu pai chamou minha atenção. – Essas coisas acontecem. As vezes dá certo e as vezes não. Mas se você gosta dela, deixe que ela saiba. Talvez seja a melhor coisa a fazer.

Naquele ponto achei que já tinha aprofundado demais naquele assunto com meu pai e um certo desconforto varreu meu corpo. Sorri para ele e acenei com a cabeça, agradecendo novamente e falando que assim que obtivesse uma resposta dela eu o avisaria. Ele voltou ao seu trabalho logo em seguida.

Eu ainda estava incomodado. Incomodado porque não queria aceitar que ela realmente tinha escolhido Yoongi e incomodado porque não podia sequer culpa-la, ele provavelmente era a melhor opção para ela de qualquer forma. E eu também não sabia o que fazer. Pensei em talvez ocupar meu tempo com algum trabalho da faculdade, mas não tinha nenhum, o período estava no início e o último semestre do curso é sempre o mais tranquilo. Meu trabalho de conclusão estava praticamente pronto, faltando apenas algumas correções e eu não estava com muita vontade de ver nenhum amigo. Na verdade, eu estava com vontade de ver um em particular, um que não me encheria de perguntas, mas que eu também não teria que fingir qualquer comportamento.

Minutos depois estava em frente ao apartamento de Jungkook. Ele morava há poucos quarteirões do meu apartamento e o porteiro me deixou subir sem nenhum problema. Tinha mandado uma mensagem rápida perguntando o que ele estava fazendo e ele disse que estava atoa em casa. A coisa com ele era a seguinte: nós éramos amigos. Ele tinha uma vida bastante semelhante com a minha. O pai era um CEO e ele basicamente tinha crescido no mesmo círculo que eu, nos conhecemos na faculdade, ele é dois anos mais novo e nossa amizade sempre foi íntima até no momento em que chegamos no sexo. A partir daí pareceu haver um acordo tácito entre a gente. Não tinha drama e não tinha desejo absurdo, era quase um passatempo para os dois e aquilo já faziam quase três anos. Acima de tudo éramos amigos.

Toquei a campainha e apenas recebi um grito arrastado de Jungkook falando que a porta estava aberta. Entrei sem qualquer cerimônia no apartamento amplo e bem mobiliado. Meu amigo estava sentado no sofá com as pernas abertas, vestindo apenas uma calça moletom cinza enquanto enrolava um baseado e com os lábios comprimidos, como se tivesse bastante concentrado. Ele me lançou um olhar rápido e sorriu.

– Você andou sumido. – Ele constatou enquanto eu fechava a porta e girava a chave. Nunca consegui entender o comportamento tão relaxado que ele tinha com relação a própria casa.

– É, final de curso é sempre corrido. – Respondi deixando minha bolsa em cima da mesa de centro entulhada de folhas e livros, com um cinzeiro e uma caixa metálica onde ele costumava guardar seu estoque.

– Se quer mentir pra mentiroso, tudo bem. – Ele riu enquanto me olhava sentar ao seu lado no sofá. Colocou o baseado na boca e pegou o isqueiro o levando até a ponta. Deu algumas tragadas antes da ponta do cigarro realmente começar a queimar e depois soltou a fumaça tranquilamente. – Você não tem nenhuma aula ou algo do tipo essa tarde?

– Não, meus horários estão quase todos vagos. – Dei de ombro recebendo o cigarro de Jungkook. Levei a outra mão à cabeça, bagunçando meus cabelos e dei uma tragada longa.

– Pensei que final de curso fosse corrido. – Ele falou em um tom brincalhão enquanto os olhos fechavam quando o sorriso que ele dava os repuxou. Ele encostou o cotovelo no encosto do sofá, virado para o meu lado, de modo que seu cotovelo estava repousado pouco acima do meu ombro.

– Pensei que eu estava mentindo para mentiroso. – Dei mais uma tragada e devolvi o baseado para Jungkook que o recebeu de pronto. Ele sorriu e começou a me contar sobre uma matéria que ele já previa estar encrencado. Ele fazia Economia e era até muito compenetrado na faculdade para alguém que conseguia participar de todas as festas. Algum tempo depois uma porta dentro do apartamento abriu e se fechou e um Hoseok completamente bem vestido pendurava uma bolsa no ombro e andava apressado pelo apartamento. Jungkook e Hoseok dividiam o apartamento, eram amigos desde a infância, muito embora Hoseok fosse três anos mais velho que ele.

– Olá, olá. – Ele disse enquanto dava a volta na sala para pegar alguns livros que estava em um aparador na parede oposta à em que o sofá estava encostado. – Mas vocês são tranquilos demais. – Ele falou em um tom de brincadeira quando o cumprimentei. Depois de pegar o livro que queria e voltar até o lado do Jungkook no sofá, repousou o livro no braço do móvel, estendeu a mão para o baseado do amigo, que entregou depois de uma outra tragada.

– Pensei que você tinha aula agora. – Jungkook desencostou o braço do encosto do sofá e se esparramou ainda mais no assento.

– E tenho. – Ele deu de ombros enquanto soltava a fumaça devagar e tirava a bolsa do ombro, indo até a cadeira da mesa de jantar que ficava próximo a sala conjugada e pegava o blazer preto, o vestindo por cima da roupa dando um visual casual.

– Não sei se confiaria em um advogado que fuma um baseado antes da aula. – Observei rindo. Hoseok estava no último ano do curso de Direito e embora fosse muito responsável sempre se permitia alguma coisa do tipo.

– É só para dar uma lombra gostosa e chegar no grau na aula. – Ele riu e entregou o cigarro para Jungkook. – Se comportem. – Ele pegou a bolsa e o livro e saiu, trancando a porta atrás de si.

– Hoseok é uma figura. – Comentei rindo enquanto levava as mãos novamente para os meus cabelos. Jungkook concordou com a cabeça e me lançou um sorriso. Ele se aproximou um pouco mais de mim no sofá enquanto deixava o cigarro preso entre os lábios.

– Está mesmo tudo bem com você? – Ele perguntou separando minimamente os lábios visto que o cigarro ainda estava preso no canto a boca. Senti seu corpo se encostar no meu. Dei de ombros o observando e tirando a mão dos meus cabelos e levando até os dele. Ele deu mais um trago, mas dessa vez segurou a fumaça, aproximando os lábios dos meus. Eu abri minha boca minimamente e ele encaixou a dele, soltando a fumaça de forma que a senti invadindo a minha. Ele se afastou apenas o suficiente para que eu deixasse a fumaça sair enquanto nos olhávamos nos olhos, em seguida ele acabou com a distância mínima que existia entre os nossos lábios e me beijou.

Nós éramos assim. Quando estávamos juntos havia sempre essa proximidade. Eu podia realmente conversar sobre qualquer coisa com ele, o clima era sempre relaxado, e no fim, se estivéssemos suficientemente excitados, acabávamos transando. Jungkook não ficava com outras mulheres, ele gostava de homens, mas achava interessante esse flerte descarado que eu tinha com todos. Ele era o tipo de cara que tem amizade com todo mundo e era fácil de lidar. Ele era tranquilo e eu gostava de sua companhia. Mas era isso. Éramos amigos com benefício.

Repousei minha mão em sua nuca, não a segurando, mas repousando apenas, num toque relaxado e quase superficial, enquanto sentindo ele chupar a minha língua e a mão que ainda segurava o baseado precariamente entre dois dedos repousar em minha barriga. Ele separou o beijo e se inclinou para a mesinha, colocando o agora pequeno cigarro no cinzeiro e voltando a se recostar no sofá. Uma de suas mãos repousou em minha perna e eu o olhei atentamente, descendo os olhos por seu pescoço, peitoral e barriga expostos. Obviamente não era (S/n), não era quem eu realmente queria, mas ainda assim parecia ser o conforto que eu queria naquele momento. 


Notas Finais


Adianto, não se apeguem a Jungkook e Hoseok na história. Construção de personagem, gente. <3
Ou se apeguem, pode ser que eu mude de ideia.


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