História Chance Or Destiny? - Depois da Tempestade Sempre Nasce o Sol

 Já fazem 1 mês e meio que a Mary se afastou de mim.

  E durante todo esse tempo tento falar com ela todo dia e sempre sou ignorado.

  Minha vida está de ponta cabeça, durmo muito pouco à noite, quase não como, ’tô virando um anti-social na escola e no trabalho estou correndo o risco de ser demitido.

   Não aguento mais ficar longe dela, mas também não posso ficar no pé dela pela escola.

  Não que eu tenha vergonha do que os outros vão pensar, mais é que tomar um fora por dia me machuca muito.

  Hoje vou dar a minha cartada final, espero que ela me perdoe.

    Entrei na escola me arrastando, pois nem isso eu tinha mais vontade de fazer.

  Já na entrada fui abordado pelo Will, Wesley e Caio, tinha certeza que eles iam zoar com a minha cara.

— Olha se for pra zoar com a minha cara, nem percam o tempo de vocês. Porque que eu já ’tô mal o bastante e também sei que ela está horrível! Então poupem o tempo de vocês. — disse sem ânimo.

— Não, relaxa! A gente só quer te ajudar com a Mary. — Will disse dando de ombros.

— E porque vocês fariam isso? — perguntei curioso arqueando minha sobrancelha.

— Porque a gente não aguenta ver a Mary desse jeito e também porque a gente ’tá cansado de ver você correndo atrás dela, e depois de falar não ela fica se lamentando na sala. — Wesley disse.

— Tá, e como vocês pretendem me ajudar? — perguntei.

— Então vamos fazer assim...

POV Mariah ON

   Hoje acordei atrasada como sempre, já que isso virou rotina nessas últimas semanas.

   E o motivo também é o mesmo, fiquei até de madrugada chorando.

   Não aguento mais, noites mal dormidas, não comer direito, vir me arrastando pra escola, tomar bronca no trabalho por falta de atenção e chorar quase sempre.

   Só não estou me isolando e indo mal na escola graças às minhas amigas, amigos e minha mãe que me dão forças todos os dias.

    Porque se não fosse por eles eu entraria em depressão e me tornaria uma anti-social, sério não estou exagerando não.

    Cheguei a escola faltando apenas 2 minutos para começar a aula, entrei correndo pela diretoria pus meu capuz do moletom e um óculos escuro – sim, porque além de vermelhos, meus olhos estavam inchados e com olheiras enormes – e fui direto pra sala.

  Ao chegar na porta fui bombardeada de olhares, pedi licença ao professor que me fitou curiosamente, mas autorizou minha entrada.

  Fui direto me sentar, não queria falar com ninguém então pus meus fones e comecei a copiar a matéria da lousa.

POV Mariah OFF

  Ver a Mary entrar daquele jeito na sala me quebrou o coração, mas teria que esperar até a hora do intervalo para dar um fim nisso.

  As 3 aulas antes do intervalo passaram tão lentamente, que achei que não iam acabar mais.

  Finalmente chegou o intervalo e como combinado os meninos a seguraram na sala enquanto eu sai e a esperei no corredor.

  Um tempo depois ela saiu e eu a puxei pelo braço.

— Me solta Vitor! Eu não tenho nada pra falar com você! — ela disse ríspidamente.

— Mas eu tenho! Por favor me escuta! — pedi quase suplicando.

— Mas eu não quero te ouvir! Me solta! — ela disse me esmurrando e tentando se soltar.

— Quer me bater? Me bate, eu não ligo! Eu só quero que você me escute por favor Mary. — supliquei.

— Não quero! Me sol…

   A abracei e a beijei sem ao menos deixá-la terminar de falar.

 Ela correspondeu na hora, acho que precisávamos desse beijo.

— Por favor me deixa falar! Me deixa te explicar! — pedi ainda abraçando-a.

— ’Tá bom fala, eu vou te escutar! — ela disse se rendendo.

— Primeiro me desculpa pela Karina. Eu não sabia que era correspondido. — falei suspirando com um misto de alívio e remorso.

— Como assim correspondido? — ela me perguntou confusa.

— É isso aí, eu gosto de você sua marrenta! Não sei quando aconteceu, mas eu me apaixonei por você e sei que você sente o mesmo! — confessei olhando-a nos olhos.

 Ela abria e fechava a boca enquanto piscava, acho que demorou para cair a ficha.

— E eu não aguento mais te ver assim! Sei que você ’tá tão magoada e tão triste como eu. E te ver chorando e com os olhinhos inchados e cansados, me deixa muito mal! — suspiro pesadamente antes de continuar — Só de saber que você anda chorando e não dormindo direito, já me deixa muito triste porque eu sei que a culpa é minha! — disse deixando claramente a tristeza que sentia em minha voz.

— Ahh então é por isso que você não ’tá dormindo direito. Por causa de mim? — ela perguntou com lágrimas nos olhos.

— Claro porque eu não consigo parar de pensar em você minha pequena! — falei e a abracei mais forte selando rapidamente nossos lábios.

— Sério? — ela perguntou ainda desconfiada.

— Seríssimo! Eu realmente gosto de você  minha linda e por isso queria te perguntar uma coisa. — falei olhando nos seus olhos.

— O quê? — ela perguntou com os olhinhos brilhando – parecia um cachorrinho pidão.

   Me ajoelhei na frente dela peguei em sua mão e olhei em seus olhos.

— Mary você aceita namorar comigo? — perguntei a fitando e vi uma lágrima cair de seu olho.

— S-Sim! Sim eu aceito! — ela respondeu sorrindo e acabando por soltar mais algumas lágrimas, mas estas sendo de emoção.

  Me levantei e na mesma hora a beijei, ela enlaçou meu pescoço com seus braços e eu a abracei pela cintura.

 Nosso beijo era calmo e apaixonado, nunca pensei que fosse me apaixonar por ela ou que fosse ser desse jeito tão intenso e tão necessitado.

 Passamos a manhã inteira juntos, trocando carinhos e alguns beijos.

  Ela me contou como haviam sido seus dias sem poder falar comigo e eu contei sobre os meus que por sinal foram bem parecidos.

    À tarde fui trabalhar pensando nela, mas desta vez não me distraí.

 E à noite ficamos conversando pelo WhatsApp até ela ir dormir e eu fui logo em seguida com um sorriso nos lábios, afinal, tinha conseguido reconquistar minha garota.