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História Change - Conectados


Escrita por: Sohari

Notas do Autor


Olá!!
Eu demorei, eu sei, infelizmente fim e inicio de ano é sempre essa loucura =/

Eu dei o máximo de mim nesse capitulo e nas cenas no lemon.
LEMBRANDO: Se não gosta de sexo explicito, pare de ler por aqui XD

Eu mesma revisei o capitulo umas 3 vezes, mas se algo passou despercebido me falem o/

Espero que gostem o/

Capítulo 2 - Conectados


Caminhei o mais rápido que pude para o vestiário, tropeçando o último passo, apoiando as mãos nos armários.
Minha respiração estava acelerada, as mãos frias... O descontrole me atingiu assim que sai do campo de visão de Victor.


 Sentei-me no banco, arrumando os cadarços dos patins desajeitadamente. Levei as mãos aos cabelos, puxando-os para trás com força, fechando os olhos.
O que eu estava fazendo afinal?! Toda aquela insegurança, todo aquele distanciamento... Tudo aquilo era pelo fato de que eu não queria perdê-lo, eu não queria vê-lo partir ao fim das competições mas também não queria que ele parasse de fazer o que tanto gostava... Egoismo? Talvez.


Juntei minhas forças ficando de pé sobre as lâminas, fechei os olhos por um segundo respirando fundo. A música do novo programa havia voltado a tocar, e ao longe eu conseguia ouvir os patins deslizando sobre o gelo.


 Eu precisava me manter firme, eu precisava...


Voltei ao ringue em passos mais lentos, pensando em como quebrar aquele clima. Aproximei-me dos limites do gelo, observando-o flutuar no programa novo. Os pés trabalhavam com a mesma maestria de sempre mas algo o incomodava... O rosto estava inexpressivo demais.
 A música acabou, Victor parou com um dos braços estendido ao lado, enquanto o outro repousava próximo ao corpo. A respiração ofegante veio segundos depois.


-Acho que meu erro tem sido a falta de impulso para esse último loop- Comentei, vendo-o levantar o rosto, ainda de costas.- Se eu usasse menos impulso para patinar, talvez ficasse menos cansado, mas ainda não resolveria o problema de impulso cer- Congelei. Vitor havia virado para mim, me encarando com olhos que eu não conhecia.- Vi-Victor?...


Meu coração falhou a batida. Victor se aproximava lentamente pelo gelo.


-Victor?...- Ele não me respondia... Nem um gesto, nem uma palavra. Os patins tocaram o concreto, e ele continuou caminhando lentamente até mim.- Está tudo bem?- Perguntei mais uma vez.


Seu corpo aproximou-se tanto do meu que por reflexo  dei um passo para trás, e depois outro, e outro... Quando percebi já estava contra a parede. Abaixei o rosto corando involuntariamente.


-Victor?...


-O que está havendo, Yuri?- Seco, incisivo, frio...


-N-Nada... Por que está me perguntando is- Meus pulsos foram pegos com força, sendo pressionados contra a parede.- Victor?!


-Por quanto tempo mais você vai fingir que nada está acontecendo Yuri?- Tentei responder mas fui cortado. O rosto aproximou-se ainda mais.- Por quanto tempo mais acha que consegue mentir para mim?


-Do que você está falando?!- Fracassei miseravelmente em tentar desconversar, meu rosto corou mais, a respiração próxima de minha pele me deixava nervoso.- Victor!


- Eu estou falando do que te deixou assim, do que fez você se manter na defensiva, longe de mim o tempo todo, é disso que eu estou falando Yuri.- Meus olhos se fecharam automaticamente, eu não conseguiria aguentar muito mais tempo daquele jeito...- Você está com algum problema? Te fizeram algo?- Meu corpo ficou mais tenso ainda, me encolhi.- Disseram algo?- Voltei a encará-lo, os lábios perto demais, os fios da franja prateada roçavam minha bochecha.


Engoli seco por um segundo, tentando controlar a respiração. Eu não poderia te dizer!


- Você não gosta de me ter por perto?- A pergunta fez meu coração se apertar.- Você não reclamou de me ter por perto aquela noite Yuri...- A cena de uma semana atrás voltava a minha memória em um estalo, corei mais ainda, puxando os pulsos com força, me desvencilhando de seu toque.


Eu não conseguia falar, eu não conseguia decidir o que dizer a ele! Existe um motivo Victor, existe... Mas não me peça para dizê-lo!


- Você realmente precisa mentir para mim?...


-Eu não estou mentindo!- Reclamei vendo-o dar um meio sorriso, cobrindo o rosto em seguida com uma das mãos.


-Realmente, você está apenas me escondendo o que acontece com você.- Doeu... Doeu como uma facada vê-lo pensar daquela maneira, mas como contar? O que dizer?!- Esqueça os treinos hoje Yuri, está liberado.


-Victor!


Victor não esperou que eu lhe respondesse mais nada, menos ainda que eu o impedisse... Ele sabia que naquele momento eu não o faria, por mais que eu quisesse.


     * * *


 Havia religado a música a alguns minutos já. As gotas de suor desciam sobre a pele já fria, trazendo consigo uma sensação de angustia.
 Depois que Victor foi embora, minha mente parece ter se esvaziado em uma questão de segundos. Branco... Nada. Era isso que havia restado. Eu com certeza tinha o ferido, eu com certeza não o encontraria quando voltasse...


 Talvez aquilo fosse bom não é mesmo?


 Apertei o play pela vigésima vez, deslisando pelo gelo até o centro do ringue. A coreografia começava tranquila comparada a seu desenrolar.


Por que eu sentia meu coração pesar tanto, se o que eu tanto precisava era dessa distancia?... Por que algo me cutucava incessantemente  pedindo para que eu fosse até ele tentar explicar a situação?


 Não era o que eu queria?...Por que a culpa?


 As perguntas rondavam e rondavam, me desestabilizando completamente, me deixando nervoso...


Não era o que eu queria afinal... Era o que ele queria. O que ele sugeriu...


O que ele me mostrou...


 A primeira queda quase veio no primeiro loop, a segunda em um erro bobo na troca de pés... Trinquei os dentes com força, saltando com muito mais impulso do que deveria. Ignorei os impactos que eu recebia, ignorei a falta de delicadeza... Ignorei a música e a sensação de estar sobre as lâminas.


 Se o que ele queria era me deixar louco ele estava conseguindo... Se a intenção era afastar Victor de mim...


Uma quase queda, um impulso fora de hora. Cerrei os punhos impulsionando meu corpo com toda raiva que eu sentia naquele instante e saltei.


- Se era isso o que queria Yakov, fique feliz!!!!- Gritei aterrizando com violência no gelo.


Antes que eu pudesse me estabilizar, meu corpo pendeu. A queda foi seca contra o chão gelado, o estalo no ombro alertava sobre algo saindo fora do lugar, em sequência a tontura, as costas bateram violentamente contra os limites do ringue.


Eu sentia gosto de sangue...


_____


A brisa fraca de repente havia transformado-se em um golpe ainda mais frio de ar. Algo me causou um arrepio na espinha, meu coração apertou.


-Yuri...- Chamei baixo, olhando ao longe a construção no topo da subida, ainda com as luzes do ringue acesas.


Suspirei cansado, pegando a garrafa de sake já pela metade de cima da pequena mesa. 
Joguei-me  no tapete felpudo, ligando a tv em som baixo. Minha visão já começava a embaralhar e a sensação de anestesia chegava aos poucos com a bebida.
 Mudando os canais sem nem prestar atenção, minha mente passeava em outros lugares.


 Eu devia ter ficado? Eu devia ter insistido mais?...


Parei em um canal de noticias sobre patinação, ouvindo a repórter animada comentar sobre as grandes expectativas do público para Otabek, Yurio e Yuri. Meu nome não estar sendo citado me causava alívio, mas talvez meu coração e ego sentissem falta daquilo.
   Mudei o canal novamente, ouvindo uma mulher de voz esganiçada gritar sobre ter fotografado Yurio e Otabek juntos em algum lugar.
 Bufei, mudando pelo menos cinco canais a frente, chegando em um canal privado com conteúdo adulto. 


"- Eu quero você aqui" "- Mais por favor" 


 As frases passavam a se mesclar com gemidos altos de um dos garotos. As marcas vermelhas no quadril ficavam maiores com o cravar das unhas e as investidas. Tomei mais um longo gole de sake, desligando a tv e atirando o controle longe.


Respirei fundo encarando o teto escuro da sala.  Aos poucos as memórias de uma semana atrás voltavam...


 Yuri havia bebido um pouco demais aquela noite, ainda na calçada, eu podia sentir as mãos descerem do meu ombro até o cós da calça. As palavras sussurradas ao pé do ouvido aos poucos me tiravam do sério. Vez ou outra um abraço longo juntava-se a um beijo no pescoço, ou suas unhas roçando minha nuca.
 Demorei menos de dez minutos para perder o controle. Quando os conhecidos se distrairam, puxei Yuri pelo braço até o carro,  parando-o uma quadra depois em um lugar mais calmo.
Descendo minhas mãos pelo meu corpo agora era como se eu ainda pudesse sentir cada toque, cada beijo, ouvir cada suplica, cada gemido...
 Imagina-lo me excitava, meu corpo estava mais quente do que antes e não era só a bebida agora.


 Talvez eu tivesse ajudado a aflorar "Eros" demais.


_____


Já era tarde quando retirei o rádio da tomada e abandonei o ringue. No vestiário agora eu podia ver os estragos que aquela queda havia causado. O ombro esquerdo estava com um grande hematoma e um pequeno corte havia se formado, sangue já seco manchava a pele e erguer o braço era bastante doloroso.


 Os patins haviam deixado suas marcas nos pés também, além da fadiga, bolhas incomodavam cada vez que eu dava um passo. 
 Eu havia mordido a lateral da bochecha quando cai, dai o gosto de sangue e outra área dolorida pra cuidar.
 Respirei fundo guardando os patins no armário. Desliguei as luzes e enquanto trancava tudo, tomei o celular em mãos, atendendo a ligação de casa.


- Me desculpe por te preocupar, está tudo bem, só fiquei treinando até mais tarde.- Mamãe perguntava o que havia acontecido, já aliviada por ouvir uma resposta.- Victor já está dormindo?- Perguntei quase que automaticamente, me arrependendo um pouco depois. - Entendo... Não me espere, tudo bem? Preciso resolver uma coisa com ele.


Me despedi fechando a porta da frente, desligando o celular em seguida. Victor havia voltado ao templo e saído em seguida. De acordo com minha mãe ele apenas havia dito que passaria a noite em um hotel conhecido.


 Victor raramente mudava de hotel quando estavámos naquela área, logo eu sabia bem onde ele poderia estar e a julgar o fato de ter ouvido Maccachin latir ao fundo quando mamãe ligou, Victor estava sozinho.


 Vasculhei a mochila  atrás da chave do cadeado que prendia a única bicicleta do ringue. Dolorido, me coloquei a pedalar por algumas quadras até o hotel, duas ruas para frente do centro comercial.
O bom de Victor não mudar de hotel era o fato de que todos ali já me conheciam bem o suficiente para me dizer o quarto em que ele estava sem fazer perguntas demais.


Subi até o décimo andar, parando em frente a porta, Não se ouvia som algum, e isso não era muito bom vindo dele.Ou ele já havia dormido ou...
Abri a porta com todo cuidado, adentrando o ambiente escuro. O abajur iluminava apenas a cama vazia e a jaqueta jogada sobre os lençois.
 Dei alguns passos até ver uma figura esguia deitada sobre o tapete.


-Victor?- Chamei baixinho não tendo respostas. Retirei os sapatos que já me machucavam e caminhei até ele, ajoelhando-me ao seu lado.
 O rosto estava sereno, os cabelos bagunçados, a boca levemente aberta... A respiração não estava tão pesada, sinal que havia adormecido a pouco.


 Ao lado dele, havia uma garrafa de sake pra baixo da metade.


-Tirando uma folga não é, Victor?- Falei comigo mesmo, tomando a garrafa em mãos para me levantar.


Encarei-o por mais um segundo, não seria fácil botar tudo aquilo em pratos limpos não é?... Menos ainda conviver nessa situação...


-Yuri...- O sussurro baixo veio. Victor havia se mexido um pouco, suspirando fundo.


Toquei a franja bagunçada com a ponta dos dedos, acariciando a pele branca de leve. Será que as coisas teriam que ser assim mesmo?...
Minha distração foi de segundos, ao olhar de novo, Victor estava com os olhos semicerrados, me olhando como sempre fazia quando acordava.


-V-Victor?! Me desculpe eu não queri- Uma de suas mãos tocou a que estava em seu rosto, segurando-a com a mesma delicadeza de sempre.


-Como... Sabia onde eu estaria?- A voz um pouco embaralhada e rouca confirmavam que o sake ainda estava fazendo certo efeito.


- Você nunca muda o hotel... Mamãe comentou que você havia saído. Já era tarde... você não iria até o Central tão tarde.- Expliquei vendo um sorriso brotar dos lábios.


-Hmmm... Me conhece tão bem.- Brincou segurando meu braço, o puxando.


Embora o puxão não tivesse sido tão forte, exclamei com a pontada e me afastei, caindo sentado. Victor levantou rápido, buscando equilíbrio para se aproximar de mim.


- O que houve?- A voz estava preocupada agora, por mais que ainda parecesse... De bêbado.


- N-Não foi nada..


-Yuri, vamos lá, o que houve?- Victor segurou em meu ombro, fazendo com que eu reclamasse ainda mais de dor.- O que você fez, afinal?- Com um puxão, parte da manga esquerda do casaco havia cedido, e agora por cima da camiseta surrada, a mancha de sangue aparecia.- O que aconteceu Yuri?!


-Eu cai com... Um pouco mais de violência do que o normal- Expliquei sem graça. Victor ajoelhou-se indo até minhas costas, retirando  casaco por completo e puxando minha blusa para cima.- E-EI, não precisa!- Reclamei novamente quando a manga roçou sobre o machucado. Corei, abraçando minha cintura com os braços enquanto Victor analisava o estrago.


O olhar preocupado me matava aos poucos.


- Patinar é bom Yuri, mas com limites. Você já estava naquele ringue a horas e continuou nele por mais um bom tempo depois que eu sai. Com certeza seus pés estão cheios de bolhas.- Ele estava mesmo bêbado?!


-Victor está tudo bem, não é nada de mais- Retruquei pegando minha camisa do chão.


-Shh...- Os braços longos me envolveram em um abraço. Victor me puxou para mais perto.


-Vi-Victor!


Virei o rosto para encará-lo. O semblante estava mais tranquilo, apesar dos olhos ainda estarem aflitos. Victor tocou o hematoma com as pontas dos dedos, descendo ao longo das minhas costas me fazendo arrepiar.
 Os lábios tocaram o hematoma gentilmente, uma, duas vezes...


-Vou cuidar de você- O sussurro foi próximo ao ouvido me fez recostar mais em seu peito. Os beijos subiam dos ombros para o pescoço, criando um caminho invisível.


Meu rosto estava quente, os locais onde ele tocava formigavam. O controle que ele adquiria sobre mim era assustador. Recostei a cabeça em seu ombro, entreabrindo os lábios para não emitir nenhum som.
  Suas mãos haviam subido pelo meu corpo, uma permanecia em minha cintura, cravando as unhas na pele me fazendo suspirar. A outra estava em volta do meu pescoço fazendo uma leve pressão.
  A boca passeava da escápula ao lóbulo de minha orelha, vez ou outra sentia sua lingua, depois seus caninos roçarem a pele.


-Vi-Victor... Você está bêbado... Pare com isso.- Ouvi um riso baixo, e um estalo dos lábios próximo a minha orelha. A respiração pesada me desconsertava.- Vá to-tomar um banho!


Talvez eu me arrependesse de dizer aquilo.


Os olhos azuis me encararam por alguns segundos até ele se por em pé, cambaleando um pouco. Victor me puxou pela outra mão, pondo-me em pé e já me puxando pelo apartamento escuro.


-Ei! Victor?!- Chamei recebendo só um riso em resposta. Victor andava próximo a parede, vez ou outra perdendo o equilíbrio.- Au!- Bati com o pé em um móvel, pulando com uma perna só o seguindo ainda. Meu pulso era segurado de forma bem mais delicada do que mais cedo.
Tropecei no tapete precisando apoiar a mão no chão para me equilibrar. Acabei conseguindo parar perto da pia, soltando o ar com força em alívio. 


 Encarei o espelho, vendo o mais alto fechar a porta e recostar-se nela. Victor estava com as bochechas levemente rosadas, o olhar nublado...


 -Yuri...- A voz permanecia baixa, rouca. Qual era o seu objetivo afinal?


Victor desencostou-se, caminhando lentamente para perto de mim. Me virei de frente para ele, preocupado em não ter mais como afastar. 
As mãos grandes pousaram no mármore da pia atrás de mim, uma de suas pernas ficou entre as minhas, me pressionando mais contra o balcão frio.


-Vi- Me calei. Os lábios dele estavam próximos demais, podia sentir o cheiro ainda mais forte de bebida. Victor encostou sua testa na minha, encarando meus olhos sem permitir que eu abaixasse o olhar nem por um segundo.- Victor...- Sussurrei. Os lábios transformavam-se em um sorriso leve.


Os lábios se tocaram, apenas um roçar. Fechei os olhos segurando uma de suas mãos em meu rosto. 


Como e por que ele conseguia me fazer sentir assim?


Sem ar, deslisei os dedos até sua nuca, pedindo passagem entre os lábios com a lingua. Victor arfou, aproximando ainda mais seu corpo, me apertando contra o mármore frio. Eu podia sentir seus dedos subirem pelas minhas costas, era um toque frio, mas ao mesmo tempo quente.
Sua perna moveu-se, rossando por cima da calça. Mordi seu lábio inferior, impulsionando-me e sentando sobre o balcão de pedra, envolvendo o pescoço dele com os braços. Uma das mãos subiu até os fios claros, puxando-os com força. Victor inclinou a cabeça para trás com um gemido desconfortável, sorri, beijando-o com urgência.


 Ele despertava algo dentro de mim... Algo que eu não sabia bem como explicar. Eu não queria machucá-lo, mas queria, eu não queria vê-lo chorar, mas queria. Era uma confusão de sensações e sentimentos que eu não conseguia explicar, muito menos fazer parar, mas algo me incitava a provocá-lo, mostrar o que aprendi sobre o significado de Eros e sua proximidade.


 Tudo que se ouvia no cômodo eram os sons de ofegos e gemidos baixos agora. Os lábios dele haviam descido, sentia sua lingua deslisar pelo meu pescoço, continuando o caminho até o peito. Eu ainda segurava os fios platinados com força quando Victor se afastou, me puxando de cima do balcão da pia.


 Juntei mais ainda nossos corpos, sentindo a pele quente e o coração bater forte. 


Eu queria mais dele...


Empurrei-o a primeira vez, fazendo com que Victor perdesse o equilíbrio e afastasse, aproximando-se  do box. Segurei seu ombro direito fazendo-o andar para trás até bater com as costas nos azulejos frios. Victor sorriu. Puxei uma das mangas do roupão que ele usava para baixo, atacando a pele clara do ombro com a boca. Cada beijo, cada mordida, eu sentia a pele ficando mais e mais quente.


 Eram as mãos dele nos meus cabelos agora, ao invés de puxões eu sentia carícias, os dedos longos prendiam os fios por onde passavam com força. Ouvia suspiros baixos. Meu nome sussurrado era quase inaudível.
   Eu continuava descendo, os lábios já estavam em seu peito enquanto as mãos escorregavam até o nó do roupão.


-Yuri...- Victor chamava mais alto.  A cabeça recostada na parede, os lábios entre abertos e os olhos fechados.


-Victor- Chamei tão baixo quanto ele antes, desatando o nó frouxo do roupão. Seu rosto ficou mais rubro mais, uma das mãos ainda em meus cabelos e a outra espalmada na parede.


Ver ele daquela forma o tornava tão vulnerável... Tão belo.


Iniciei um jogo de provocações. Ajoelhei-me na sua frente desabotoando minha própria calça. Victor me observada com os olhos semi cerrados. Minhas mãos estavam em suas pernas, minha boca em seu abdomen, descendo bem lentamente. Ofeguei ao sentir a pressão dos dedos em meus cabelos aumentar. Desci os lábios de uma vez, deslisando a lingua sobre seu membro. Victor gemeu, a respiração começava a ficar descompassada.


-Yu-Yuri


Ouví-lo gemer meu nome... Até pouco tempo atrás isso era algo que eu jamais imaginaria.


 Suas mãos em meu cabelo me incitavam a chupa-lo mais. Os gemidos aos poucos aumentava, a respiração ficava mais perdida, o toque era mais urgente... Victor se entregava de uma maneira que me causava desespero, me fazia querer mais.


-Yu-Yuri... Não... Aaahh- Corado, eu conseguia ver as reações dos meus toques em seu corpo.


Victor estava impaciente, a pressão da mão em minha cabeça aumentava cada vez que eu o chupava, cada gemido dele correspondia a um ofego meu.


Deslisei uma de minhas mãos por seu quadril, cravei as unhas nas costas descendo devagar, mais uma vez ele chamou meu nome. Sussurrei o seu. Toquei sua entrada com os dedos, forçando-a.


-Yuri!- Victor desequilibrou-se, esbarrando no registro do chuveiro o abrindo. Suas mãos apoiaram em meus ombros.


Aos poucos eu sentia a água percorrer meu corpo, o corte em minhas costas ardia, as gotas mais frias caiam dos fios prata acima de mim. Uma de minhas mãos acariciava suas costas. Forcei sua entrada novamente, introduzindo o primeiro dedo. Podia sentir seu corpo tremer, as pernas fraquejavam.


-Você não quer que termine tão cedo Victor?- Sussurrei ouvindo-o gemer. 


-Yuri...


-Você não costuma aguentar muito tempo quando te chupo não é?- Novamente outro gemido, a pressão em meus ombros aumentavam.- Também não aguenta essa carícia não é?


Eu conseguia dizer e fazer coisas com ele que jamais me imaginaria fazendo. Apesar da vergonha, as reações que eu ganhava em troca me enlouqueciam. Eu não sei o que ele fez comigo...
  Victor perdeu as forças, os joelhos atingiram o chão e sua testa repousava em meu ombro. A respiração pesada de encontro a pele.


-O que você quer?- Sussurrei acariciando seus cabelos, beijando-o no pescoço.- Victor?...


Uma de suas mãos segurou meu pulso, guiando-o até seu membro. Mordi o lábio para conter o gemido, voltando a acariciá-lo, dessa vez com movimentos mais pesados, mais rápidos.
 Senti os caninos machucando a pele do pescoço, sendo substituido pelo toque gentil dos lábios em seguida.


 Victor sentou-se, uma das mãos repousando ao lado do corpo e a outra em meu pescoço, me puxando para mais um beijo.
 Aumentei mais o ritmo dos movimentos, arfando entre o beijo. Minha mão foi segurada com urgência e o beijo foi quebrado. Victor ofegava, minha testa encostada na sua.


-Assim não...- A voz era baixa, pesada.- Quero que seja dentro de você Yuri.


-Victor...- Meu rosto esquentou ainda mais, o sorriso de satisfação dele me encantava no mesmo nível que me causava medo.


Meu pulso foi puxado, me obrigando a apoiar as mãos na parede. Minhas pernas eram colocadas uma de cada lado de seu corpo, os dedos pressionando a pele com força.


-Yuri, não me deixe esperando- Aquela voz...


Eu não conseguia olhá-lo nos olhos naquele momento. Levantei meu quadril, apoiando uma das mãos em seu ombro, posicionei seu membro e desci devagar, provocando-o, me afastando cada vez que roçava em seu membro.


- Aaah... Chega de joguinhos- A lingua percorreu minha orelha antes dos dentes . Gemi, empurrando o quadril com força para baixo.


Victor foi pego de surpresa. O gemido alto em uníssono, seguido do silêncio.


-Onde aprendeu essas coisas afinal?... Aaah!- Comecei a mover o corpo, sem dar chance para que ele se acostumasse.


Ri, colocando os braços em volta de seu pescoço. Eu sentia os olhos percorrendo todo meu corpo, Victor mordia o lábio inferior com força, contendo vez ou outra algum gemido.


-Aprendi com você- Respondi, ouvindo um ofego em resposta.- Aprendi com todas as vezes que você me colocou na sua cama... Aaah..


-Yuri...


Dessa vez ele resolveu assumir a situação. O quadril subiu de repente me pegando de surpresa, fazendo-me gemer e fechar os olhos.
 Victor estava corado, os lábios entre abertos, suas investidas eram fortes, lentas. A cada estocada ouvia um gemido, meu nome sendo sussurrado ou alguma obscenidade que ao invés de me deixar acanhado, me enlouquecia ainda mais.
   O beijei mais uma vez, minhas mãos em seu rosto, descendo até os ombros para me dar apoio. Aumentei o ritmo do vai e vem. As mãos grandes me ajudavam, segurando minhas coxas com força.


-Yu- Aaahh Yuri. Você se tornou um garoto bem malvado- choramingou, rindo depois, deslisando o polegar sobre meus lábios.


-Você não tem do que reclamar já que gosta tanto.- Sussurrei


 Victor sorriu, um sorriso de pura malícia. As estocadas se tornaram mais rápidas mas muito mais fortes.
 
  Eu já não conseguia mais provocá-lo, já não conseguia mais tirar os olhos dos dele. Os gemidos ficavam mais altos, as respirações pesavam mais e mais, Eu não precisava dizer o quão próximo de enlouquecer eu estava... Ele lia e relia os meus pensamentos com tanta facilidade...
   Atirei a cabeça para trás, descendo em seu colo e chamando seu nome.Victor repousou a cabeça em meu peito gemendo junto. Os dois atingindo o ápice no mesmo instante.


O som do chuveiro abafava os ofegos mas não conseguia esconder os sorrisos.


-Yuri...


Aquela voz que por muitas vezes embalava meus sonos, conseguia me causar diversos outros sentimentos. Esse tipo de conexão...


-Victor...


Esse tipo de conexão realmente não se explica.


Notas Finais


E ai pessoal?! O que acharam?!

Espero que tenham gostado!

Lembrando que: esta fanfic também está sendo postada no Nyah!

Beijos e até o próximo!


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