História Change Me! - Second Season. - "Ainda tenho chances"

                                       Change Me!

            Capítulo 4 – “Eu estou disposto a lutar por você!”

P.O.V. Katherine Schmitt

- E então Matt, posso ver a lista?

- Claro. Tem muito tempo que não ficamos assim.

- Assim como?

- Sozinhos, só nós dois. – Matt disse encarando a estrada.

- É verdade. Eu senti falta disso.

- Eu também, e muita. Chegamos.

Descemos do carro após Matt o estacioná-lo na garagem da casa de Justin.

[...]

- Peguei tudo Matt. Podemos ir? – O encontrei sentado com seu rosto em suas mãos. Parecia que estava chorando. – Matt, o que aconteceu?

 Perguntei sentando-me ao seu lado enquanto acariciava seus cabelos. Consegui fazer com que uma olhasse. Ele estava realmente chorando. Isso partiu meu coração.

- Por que você está chorando?

- Eu estou com medo Kathe.

- Medo de que Matt?

- De perder a Juliet.

- Você não vai perdê-la Matt.

- Eu não posso Kathe. Eu já te perdi, não posso perder a segunda pessoa mais importante da minha vida também.

Minha maior vontade era dizer que ele não me perdeu, e que nunca me perderá, mas não posso fazer isso. Eu escolhi dar uma chance ao Phillip, e é isso que eu farei. Por outro lado, se o que o Matt queria era me deixar confusa, ele conseguiu.

- Matt, sua irmã vai se recuperar logo, e eu estou aqui para o que você precisar! – Eu o abracei. – Não precisar ter medo. Eu estou aqui com você e para você.

- Eu sei que você está aqui comigo Kathe, mas não é da forma que eu gostaria. – ele disse enquanto me abraçava, e parecia que estava segurando o mundo em seus braços, e eu não queria que ele me soltasse.

- Matt, por favor, não faz isso. Você sabe que eu não posso.

- Kathe, o que eu mais quero é que você seja feliz, mas se eu tivesse mais uma chance, seríamos felizes juntos.

- Matt, eu estou com o Phillip.

- Mas você o ama?

- Matt, por favor...

- Kathe, só me diz. Você o ama? Ou melhor, você já me esqueceu?

- Eu não posso responder a essas perguntas Matt!

- E por que não?

- Por que eu não seria honesta em qualquer uma das respostas.

- É só responder sim ou não.

- É disso que eu estou falando Matt! Se eu responder que eu não amo o Phillip, ou que sequer gosto dele, eu estaria mentindo, por que eu gosto dele, só não defini ainda o modo como gosto. E se eu disser que já lhe esqueci, eu estaria mentindo mais ainda, por que isso não é possível. Eu te amo Matt, como nunca amei ninguém, e sempre vou te amar, por que além de você ser o mor da minha vida, você é meu melhor amigo. Mas...

- Mas? – ele perguntou olhando fundo em meus olhos. Percebi que seu roso estava extremante próximo ao meu, e se ele se aproximasse mais, eu não seria capaz de resistir.

- Mas é com o Phillip que eu estou, e ele me faz muito bem. Se um dia, você e eu ficarmos juntos novamente, eu serei a mulher mais feliz do mundo, não tenha dúvidas disso. Porém, enquanto isso não acontecer, é com ele que eu estarei. Agora, vou pegar um copo de água pra você, e você poderia me levar em casa?

- É claro.

Levantei do sofá e fui até a cozinha tanto para tomar um copo d’água quanto levar um para Matt. Ao voltar para a sala com seu copo, pude observar seu olhar distante e pensativo.

P.O.V. Matthew Mason

Ela me ama. ELA DISSE QUE ME AMA! Minhas chances não acabaram, o Bieber estava certo! Agora eu só tenho um único problema.  Phillip Dunne. Eu preciso dar um jeito. A Kathe vai ficar comigo.

- Aqui está Matt. – Kathe me entregou o copo d’água me encarando com seus lindos olhos verdes.

- Obrigado Loirinha. – Tomei tudo de uma vez só, minha garganta estava totalmente seca, e só me dei conta disso agora. – Vou lavar o copo e já volto para podermos ir.

- Ok.

[...]

Estamos há cinco minutos nesse carro em completo silêncio. Eu preciso dizer alguma coisa, mas não faço ideia do que.

- Matt...

- Kathe...

Dissemos ao mesmo tempo e começamos a rir. Provavelmente ela também lembrou que sempre fazíamos isso quando tudo ficava extremamente silencioso entre nós.

- Não perdemos essa mania. – ela riu mais uma vez, ao dizer.

- Velhos hábitos não mudam facilmente. – eu também ri, aproveitando o sinal vermelho para olhar para ela.

- Mas isso é bom. Isso mostra que ainda estamos sintonizados.

- Tem razão. – o sinal abriu e eu avancei com o carro.

[...]

- Aonde você vai Matt? Ela perguntou quando me viu abrir minha porta assim que estacionei o carro em frete ao seu prédio.

- Vou te levar até seu apartamento.

- Isso não é necessário.

- É sim. Eu quero ter certeza de que chegará lá em segurança. Sem falar, que sua bolsa gigante de me dica está comigo, e eu não vou deixar que a carregue. – ela olhou para mim e riu.

- Tudo bem mandão, vamos lá.

Ela saiu do carro, e nós entramos no prédio após cumprimentarmos o porteiro. Infelizmente, ou felizmente, o elevador não estava funcionando, tivemos que ir pela escada. Sorte que ela mora no terceiro andar.

Quando chegamos no segundo andar, um ser desavisado, carregando umas caixas, esbarrou na Kathe e ela quase rolou escada a baixo. Se eu não estivesse ali, para segurá-la, isso com certeza teria acontecido.

- Mil desculpas! Está tudo bem?

- Ai! – Kathe gritou pulando em um pé só.

- Minha loirinha, o que houve?

- Meu pé, está doendo.

- Ok, segura sua bolsa. – ela pegou a bolsa e eu a peguei no colo.

- Matt, o que está fazendo?

- Vamos descer e vou te levar ao médico.

- Matt, eu sou médica. Eu só preciso colocar gelo no pé e ele melhora.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Ok, estão vamos continuar subindo. E você, - me virei para a mulher que nos encarava. – Tenha mais cuidado.

- Pode deixar. Me desculpem. E se precisar de alguma coisa, eu moro naquele apartamento.

- Não precisa se preocupar. Está tudo.

Após Kathe dizer isso, voltamos a subir as escadas. A sensação de tê-la em meus braços era maravilhosa.

- Com você me carregando desse jeito, eu estou lembrando daquela vez em que quase me afoguei na praia quando viajamos para o Havaí no seu aniversário. Você me carregou dessa mesma forma para o quarto.

- Não me lembre disso. – Tinhamos chegado em seu andar, e ela procurava a chave na bolsa. – Eu achei que tinha te perdido, como achei que iria te perder agora.

- Isso não aconteceu e nunca vai acontecer.

- Eu espero, até por que, eu estou disposto a lutar por você, e para ter uma segunda chance de te fazer a mulher mais feliz do mundo!

Ela me encarou e se virou para colocar a chave na porta, mas antes que ela conseguisse completar tal ato, a porta se abriu revelando o babaca do Phillip com um cara de cú maior que o normal.

- QUE PUTARIA É ESSA AQUI?