1. Spirit Fanfics >
  2. Change me >
  3. Chapter 9: Cartas sobre a mesa

História Change me - Chapter 9: Cartas sobre a mesa


Escrita por: cristine_melo

Notas do Autor


Eu sei, eu sei. Estou sumida mas a titia aqui cursa enfermagem então preciso muito estudar para não matar as pessoas futuramente kkkk
Desculpa a demora e boa leitura ❤

Capítulo 10 - Chapter 9: Cartas sobre a mesa


Sebastian

Mas que merda eu acabei de fazer? Eu realmente beijei a Crystal? Isso não podia acontecer, eu tinha apenas que proteger a garota e retirar informações dela. Mas não, eu simplesmente a agarrei e quase tirei a roupa dela em público. A garota é menor, que droga está acontecendo comigo? Se o Kane sonhar com isso já era minha carreira, minha liberdade ou pior, minha vida.

Chego ao meu apartamento e noto que meu celular está cheio de mensagens na caixa postal, a maioria delas é da Crystal.

-Trevor, eu só queria me desculpar por hoje-sua voz sai triste- eu sei que passei dos limites, sei que não deveria ter te beijado-ela faz uma pausa e respira fundo-Bom, foi mal me liga por favor.

Em seguida escuto a próxima mensagem

-Trevor por favor, me liga. Eu sei que você está chateado mas quero ter a chance de me explicar.

A última me deixou com o coração na mão, já que ela aparentava estar chorando.

-Trevor é sério me perdoa-um soluço interrompe sua fala- Eu não queria te deixar bravo, eu não quero te perder também.

Me perder também, do que ela está falando? Eu sei que ela deve achar que eu não gostei do beijo, mas eu fugi pelo motivo totalmente contrário, eu realmente gostei. Os lábios quentes, o hálito doce, o perfume delicioso. Tudo nela é um convite para minha libido. Mas eu preciso me controlar, ela é só meu trabalho, não posso machucar a garota só porque quero me satisfazer na cama. Isso não seria justo nem com ela, nem com a minha consciência.

A última de todas as mensagens é do escritório e fico um pouco tenso ao ver que o número é da sala do Kane.

-Sebastian preciso falar com você, venha ao meu escritório o mais rápido possível.

E ele não disse mais nada me deixando ainda mais paranóico.

***

-O senhor queria me ver?- bato na porta e vejo o senhor Kane com uma expressão nada boa.

-Onde estava que não veio antes?-ele pergunta sem me olhar

-Estava com a Crystal, tentando conseguir informações sobre o Kardec.- respondo calmamente

-Teve algum sucesso?- sua voz é fria e desconfiada

-Não senhor- respondi baixo

-Senhor Hall, eu não sei quais são seus planos- ele finalmente me encarou e pude ver raiva em seus olhos- Mas levar minha filha a lugares imundos e deixá-la bêbada não deveria fazer parte deles.

Demoro um pouco a entender mas sei que ele está falando do fim de semana passado.

-Você deveria cuidar dela- ele bate na mesa furioso- E não deixar uma menor de idade encher a cara e voltar para casa no outro dia.- Estou me arrependendo de ter te dado essa missão, você está me mostrando a cada dia ser mais incompetente.

A raiva me sobe de um jeito descomunal. O cara nem sequer conversa com a filha, e vem me culpar por ela descontar a tristeza na bebida.

-E o senhor queria que eu fizesse o que?- o encaro igualmente furioso- Eu estou disfarçado senhor Kane, não posso simplesmente impedir sua filha de fazer nada. Para ela eu sou só um amigo de dezessete anos.

Ele me olha incrédulo com as minhas palavras

-Sabe Sebastian, eu admiro sua coragem- ele sorri ironicamente e logo em seguida agarra minha camisa com força- Não quero saber a porra da sua opinião, sua função é manter minha filha longe do perigo.

Eu o empurro para longe e fico frente a frente com ele.

-O que acha que está fazendo, seu moleque filho da puta?- ele berra e segura meu pescoço

-Eu não estou fazendo nada além do meu trabalho.-respondo com dificuldade- Eu não sou a babá da Crystal, muito menos o pai. Se você não tem culhões para controlar a sua filha não venha descontar em mim.

Ele solta meu pescoço e se afasta fica por um tempo em silêncio apenas respirando fundo e com dificuldade.

-Você tem um mês para conseguir o paradeiro do Kardec- ele me encara furioso- Ou eu faço questão de acabar com sua carreira a ponto de você não conseguir nem sequer ser guarda de trânsito.

Ele sai da sala me deixando sozinho e totalmente fodido. Como merda eu vou conseguir encontrar um criminoso desse tipo em um mês?

Esse filho da puta não tem o direito de fazer nada contra mim, ele quer acabar comigo porque não consegue encarar a filha. Porque tanta raiva de uma garota tão boa? Eu sei que ela se envolveu com o cara errado mas porra, ela não me parece ser tão perigosa assim. Alguma coisa tem que nenhum dos dois está me contando e eu preciso descobrir para salvar não só a minha pele, mas também a da Crystal.


Crystal

Ele não me atende, ele nem sequer respondeu às mensagens de texto que mandei. Eu nunca soube que um beijo poderia fazer tanto estrago. Lauren ainda está isolada do mundo e não posso chorar em seu colo. Ela é a única que já me viu chorar além do meu pai.

Meu celular toca e fico surpresa ao ver que é o Trevor.

-O...oi-falo um pouco tensa

-Oi Crys, está tudo bem? Foi mal não ter atendido eu estava enrolado

-Não, tudo bem. Eu só queria me desculpar

-Relaxa, não significou nada não é mesmo?

Não vou negar, isso doeu. Não sei o porquê mas essas palavras me atingiram com gosto.

-É, não significou nada.

-Eu queria conversar com você, pode ser?

-Quando?

-Se puder agora mesmo?- ele parece impaciente do outro lado da linha

-Mas são quase onze da noite, meu pai vai surtar se eu sair.

-Seu pai está aí?

-Não

- Então foda-se ele- O Trevor nem conhece meu pai, mas senti uma certa pontada de nojo na voz dele- estou indo te buscar para gente conversar

-Tá legal- fico um pouco desconfiada

-Chego em meia hora

Ele desliga e um ponto gigante de interrogação fica beirando a minha cabeça. Até hoje a tarde ele fugiu de mim e agora está vindo me buscar no meio da noite. É impressão minha ou ele sofre de distúrbio bipolar?


Ele para o carro em frente a minha casa e eu entro. Eu nem sabia que ele dirigia. Na verdade eu não sei nada sobre ele além do nome, onde estuda, que é lindo e beija bem.

-Oi- ele me dá um sorriso de canto de boca

-Oi- respondo do mesmo modo

-Pronta para dar uma volta pela cidade?- ele sorri e beija minha mão

-Se eu estiver em casa antes do amanhecer acho que sim- dou a ele meu melhor sorriso

***

Horas depois de muitas voltas e conversas banais, chegamos a um lugar tranquilo que dava para ver todo céu estrelado de washington.

-Trevor, eu sei que você não me chamou aqui só para conversar sobre filmes e boxe- eu o encaro vendo seus olhos azuis brilharem ainda mais com a noite.

-Eu te trouxe aqui porque quero saber sobre você Crystal. Chega de mistérios, chega de desconversar- ele pega minha mão e segura com força- me deixa ver quem é você de verdade.

Ele me olha com esperança, e meu coração se derrete ainda mais. Eu tenho vontade de beijá-lo, mas sei que não posso.

-Não tem o que saber- falo tentando desconversar.

-Tem sim, me deixe saber o porquê do brilho do seu olhar sumir repentinamente.

São tantos motivos…

-Eu também não sei nada sobre você- tento reverter a situação- você é cheio de mistérios

-Você nunca me perguntou nada. Sou um livro aberto- ele sorri, chega mais perto e eu me arrepio- Vamos fazer um trato, eu te conto tudo o que você quiser saber e em troca você vai ter que fazer o mesmo.

Isso não vai prestar… eu sei que ele está curioso para me conhecer melhor, e eu realmente quero contar tudo a ele. Sinto que posso confiar nele, mas eu também senti que poderia confiar no Allan e acabei me ferrando da pior maneira.

-Você tem certeza que quer fazer isso?

-Tenho- ele sorri e me ajuda a sentar em uma pedra

-Depois não diga que eu não avisei- dou a ele um sorriso triste

Começo a falar e vejo seus olhos totalmente vidrados e interessados. Vou soltando tudo sem pensar. Ele apenas ficou calado, me observando e às vezes ficava boquiaberto com todas essas informações.

Quando termino de contar tudo, me pego chorando e soluçando como uma criança perdida.

-Céus Crystal!- ele me puxa para o seu abraço e eu me afundo em seu peito.-E como você foi pega?

Respiro fundo pois essa lembrança é a que mais dói.

-Hey!-ele beija o topo da minha cabeça- Não precisa me contar agora ok?

Concordo com a cabeça e volto a me deitar em seu peito.

Eu acabei de explanar a minha vida para um total estanho. Agora ele sabe que fui presa, que meu pai é uma droga, que eu namorei um bandido e o pior; que eu ainda sinto algo pelo desgraçado...



Notas Finais


Deixem suas opiniões please. Preciso saber se estão gostando e qualquer dúvida ou observação é só falar que eu resolvo
Até quando der❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...