História Change Me - Ah Ryan

Pov Bella

- Bom, conte-me com você entrou no mundo das drogas. - meu psicólogo pediu.

- Tudo começou quando meu pai morreu. Eu era muito apegada a ele, e com a sua morte, sofri muito. Meus irmãos mais novos tinham seis meses e eu virei a mãe deles, já que a minha mãe virou uma vadia e a minha irmã gêmea se mudou e perdemos o contato. Num certo dia, em que fui levar os gêmeos ao parque, conheci Jack. Jack e eu viramos amigos muito rápidos, ele virou o meu porto seguro. E num dia, ele me apresentou a maconha, mas eu não quase não fumava. Só fumava quando ficava nervosa ou irritada com a minha mãe. Bom, com o passar do tempo Jack me pediu em namoro e meu deus, fiquei muito feliz. Afinal, quem não ficaria se o garoto que você ama te pede em namoro? O nosso namoro estava ótimo, até que ele começou a ficar ruim. E ai veio as brigas, os gritos, tudo que tem em uma relação, até que descobri que Jack era traficante, eu surtei! Quem não surtaria? Mas passou! Não sei como, minha mãe descobriu e nos separou. Eu fiquei muito mal e comecei a usar muito a maconha e de brinde veio a heroína, mas quase não a usava. Dois anos se passaram, até a minha mãe me obrigar a ir morar com a minha irmã. Eu não queria, mas fui! Eu e os gêmeos nos mudamos. No começo foi insuportável, mas aí eu conheci o Tyler. Ele foi a primeira pessoa a não desistir de mim. Ele virou o meu mais novo porto seguro! Me dava força para parar de me drogar, brigava comigo quando eu aparecia drogada na escola ou em casa. Enfim, ele estava sempre me ajudando! Até Jason nascer, meu irmão mais novo. Foi aí que eu percebi que tinha que parar de usar as drogas. No começo foi horrível, minha fome tinha triplicado, via coisas e não dormia. Consegui ficar um mês sem usar nada. Até que um dia, Tyler foi ao shopping e morreu. Ele foi uma das oito pessoas que morreram naquele massacre que teve no shopping. Aí sim eu fiquei mal, já tinha perdido meu pai, Jack e agora Tyler? Foi muito para mim. Aumentei a maconha, a heroína e comecei usar a cocaína. Fiquei longe da escola por um mês, fiquei longe de casa, só trabalhava para conseguir dinheiro para as drogas. Até que eu decidi voltar para a escola. O diretor me deu uma nova chance de fazer todos os teste em que eu perdi e agora era hora de correr atrás. Ryan, um amigo da minha irmã, que mexi muito comigo, foi me ajudar em matemática, e me fez ver que eu precisava estar bem, pelos meus filhos e por mim. E foi aí que eu decidi ficar limpa.

- Nossa, com dezoito anos e já passou por muita coisa. Você foi muito corajosa em assumir que precisava de ajuda. São poucas pessoas que assumem.

- Tenho que ficar boa para os meus filhos. - o interrompi.

- Está certa! E o que a sua mãe acha disso tudo? E a sua irmã? 

- Bom, a minha mãe não serve para nada, última vez que nos vimos foi quando o Jason nasceu. E a minha irmã, ela está muito feliz. Ela e Tyler queriam mais que qualquer coisa a minha internação. 

- E você queria? 

- Claro! Quem não quer ficar longe do vício? 

- É verdade. Bom, por hoje é só. Acho que hoje você ainda vai ver o Doutor Paulo, seu psiquiatra. Foi um prazer te conhecer, Bella.

    Levantei e sai indo na direção do meu quarto. Aqui é um saco! Vou ao psicólogo, depois ao psiquiatra e depois tenho umas atividades ao ar livre. Todo dia é assim, acordo cedo, tomo meu café, volto para o quarto, depois do almoço vou ao psicólogo, depois ao psiquiatra e dependendo do dia tem atividade ao ar livre.

    Não aguento mais! Já estou com saudades dos meninos, da minha irmã e dos meus filhos. Mas tenho que pensar que é para uma boa causa. Daqui algum tempo vou estar bem, e vou ter uma vida normal de adolescente, junto com os meus filhos e quem sabe, com Ryan. Ah Ryan, o que você está fazendo comigo, garoto? Já estou com saudades dos seus toques e dos seus beijos. Depois de Jack, nunca mais consegui gostar tanto de alguém, até conhecer Ryan.

    Eu amei o Tyler. E ainda amo! Mas eu também amo o Ryan! Sim, amo. Descobri isso na nossa despedida. Sei que fui muito cruel com ele, mas ele conseguiu me mudar. Ryan é uma boa pessoa, e eu não me arrependo das coisas que fiz à ele. Porque se não fosse por isso, nós não nos aproximaríamos e não tivéssemos a nossa despedida maravilhosa e quem sabe, quando eu sair daqui, ficarmos juntos. 

(...)

    Até que o meu psiquiatra é super gente boa. Ele me receitou algumas coisas e alegou que daqui algum tempo eu já estaria ótima. Graças à Deus! Não vejo a hora de ficar boa e sair logo daqui.