História Change Me - Bella, você está maluca?

Pov Bella 

Eu não acredito sério isso? Em tantas pessoas para esbarra, tenho que esbarra nele? Argh, que raiva!

- Ai Deus, o que eu fiz para merecer isso? - eu perguntei olhando para cima.
 
        - Garota, você é estranha! Quem esbarrou em mim, foi você. - ele disse rindo. 

- Ah foda-se! - eu disse saindo dali.

- Eu posso saber seu nome? - ele perguntou me acompanhado.

- Por que você quer saber meu nome?

- Pelo simples motivo de você saber o meu. - ele disse como se fosse óbvio.

- Deixa eu ver... Não - eu disse. 

- Então eu vou te chamar de Morena. - ele disse sorrindo.
 
     - Morena? Sério? Não tem um apelido melhor não? - perguntei indignada.

- Não! Ou é esse ou é o seu nome. - disse sorrindo sapeca. Quem fala sapeca em pelo século XXI?

- Ta bom! - rendi - meu nome é... 

- Bella. - a Malu me chamou.

- O que foi? - eu perguntei irritada.

- Iiiih, to vendo que alguém está com falta de sexo - ela disse rindo e o Tyler riu.

- Falei a mesma coisa mais cedo.

- Vão cuidar de duas crianças ao mesmo tempo, enquanto a sua mãe está dando para alguém e ai sim vamos discutir a minha vida sexual. - eu disse grossa.

- Se for assim, eu também estaria assim como você. - eles disseram juntos.

- Mas enfim, eu não vim falar sobre a sua vida sexual. A mamãe falou comigo e assim que acabar a aula é pra você buscar os gêmeos na escola, pegar as coisas e ir lá para casa. - ela disse.

- Eu sei! - disse.

- Ela te conhece, é só para reforçar mesmo. - e eu sai deixando Tyler e Malu para trás.

Comprei o meu lanche e fui procurar algum lugar pra sentar. Eu estava passando pela mesa dos populares, quando o Ryan me chama. 

- O que foi, criatura? - eu perguntei estressada.

- Você não quer sentar aqui com a gente não? - ele perguntou.

- Você quer que eu sente na mesa dos populares? Onde só tem gente escrota? Com um monte de putinha? Deixa eu ver... Não.

- Ainda bem que ela não quer sentar aqui. - disse uma dessas putas mal comidas.

- O que você disse? 

- Bella, não faz isso! - disse a Malu chegando perto.

- Isso mesmo o que você escutou. - ela disse sorrindo.

- Segura isso pra mim - eu disse dando o meu lanche pra algum garoto qualquer. 

Eu fui até a puta e dei um tapa estalado no rosto dela. 

- Você não fez isso - ela botou a mão na bochecha dela.
          - Sim, eu fiz! E faço mais. - eu disse puxando o cabelo dela, ela tentou revidar mas não consegui.

Eu dei um chute na barriga dela e quando eu via dar um soco na cara dela a Malu grita:

- BELLA, PARA! TYLER FAZ ALGUMA COISA ELA VAI MATAR A TIFANNY. - ela gritou e logo eu sinto mãos em mim, deve ser o Tyler. 

- Pode me soltar, eu não vou fazer nada.

- Tem certeza? - ele perguntou.

- Tenho! - e logo eu sinto ele me soltando.

- Fala pra sua amiguinha ficar longe de mim, se não você já sabe o que eu vou fazer - eu disse e ela assentiu com medo. 

Sai dali e fui pro campo de futebol, peguei meu cigarro de maconha e logo acendi, fumei o primeiro, quando ia fumar o segundo alguém senta do meu lado e puxa o cigarro da minha mão. 

- Você não devia fazer isso. - eu conheço essa voz. É a voz do Justin.

- Como se eu ligasse. - eu disse dando de ombros.

- Eu vi você metendo a porrada na Tifanny. - ele disse rindo. - Você bateu feio nela.

- Eu sei, só não matei ela porque o Tyler me segurou porque se ele não tivesse me segurado... - deixei a frase no ar.

- Me lembre de nunca, nunca, nunca desafiar você. - ele disse sério.

- Pode deixar! Agora você pode devolver a minha maconha? 

- Não! 

- Chato! - eu dei língua pra ele. Como não tinha jeito eu levantei. 

- Vamos no banheiro comigo? - eu perguntei caminhando.

- Eu sou menino! - ele disse como se fosse óbvio.

- O que que tem? 

- O que que tem é que meninas não podem entrar no banheiro dos meninos e os meninos não botem entrar no das meninas. - ele disse de novo. 

- Eu sei, mas comigo não tem essa. - eu disse.

- Então, partiu banheiro feminino. - ele disse rindo. 

Chegamos no banheiro feminino e dei um molhada pra ver se não tinha ninguém e olha só estava vazio. 

- Vem. - eu disse fazendo gestos com as mãos. 
  
      Ele entrou no banheiro e sentou na pia, quanto eu pegava o meu colhirio pra tirar o vermelho dos olhos. 

- Para que serve isso? - ele perguntou
 
          -  Você não sabe para que serve isso? - eu perguntei e ele negou. - isso é pra tirar o vermelho dos olhos - eu disse pingando no olho direito e depois no esquerdo.

- Aaaaata!

- Você é estranho! - eu disse olhando pra ele.

- Você também é! - ele disse rindo 

(...) 

Finalmente acabou as aulas chatas, mas só de pensar que amanhã tem mais da uma deprê da porra. Eu guardei o meu material se segui a caminho do meu carro. 

(...) 

Eu estava guardando as coisas no meu carro para pode ir para a casa da Malu, e olha que eu não vejo a hora de morar com ela, eu estava super animada. Sentiram a irônica? Se não foda-se, se sim parabéns você é esperto. Depois de tudo pronto, entrei no carro e fui a caminho da casa dela. Depois de uns trinta minutos cheguei, peguei as crianças, as malas deles e as minhas malas, imaginem a cena: uma menina com dois bebês e um monte de coisa, que coisa linda de se ver.
  
    Enfim, foda-se, cheguei em frente da casa e entrei sem bater na porta, que se foda, ela vai ter que se acostumar comigo.

- Bater na porta para que né? - ironizou o Ryan.

- Tenta entrar com um monte de malas e dois bebês no colo, ai você me diz se você vai conseguir bater na porta. - eu disse.

- Tão nova e já tem dois filhos, por isso é uma vadia mesmo. - ele disse rindo.

- Melhor uma vadia do que em escroto que não liga pra ninguém a não ser ele mesmo - eu rebati.

- Meus irmãozinhos, quanto tempo que não os vejo. - disse a Malu chegando perto da gente pegando eles do meu colo e deixando o Ryan com uma cara tipo "what?"

- Pera, irmãos? - ele perguntou confuso.

- Antes de julgar uma pessoa conheça ela primeiro. - eu disse grossa. - vem crianças, vamos dormir. - eu disse pegando eles do colo da Malu.

Procurei um quarto vazio e botei as crianças na cama com alguns travesseiros em volta deles pra eles não caírem e desci pra pegar as nossas coisas. Eu peguei tudo e levei pro quarto e comecei a arrumar, primeiro eu arrumei as coisas das crianças e depois as minhas. Quanto eu estava acabando de arrumar eu achei uma caixinha com as fotos dele. Ah como eu sinto falta a sua falta pai, se você estivesse aqui as coisas estariam bem melhores. Eu não estaria essa pessoa grossa e fria que não se importa com os sentimentos das pessoas, a minha mãe não se tornaria uma vadia e eu estaria próxima da Malu. Quanto percebi, já estava chorando, logo eu deitei na cama perto das crianças, eu chorava tanto que eu acordei o Noel.

- Imã, titi. - ele disse botando as mãozinhas na minha bochecha. Essas foram as primeiras palavras dele. Ai meu deus! Lola já fala, mas por algum motivo Noel só fazia aqueles barulhos de bebês.

Logo eu comecei a gritar fazendo a Lola acorda assutada ela olhou para o seu gêmeo e começou a ri, eu botei eles no chão e saímos correndo pela casa. 

- Ô sua louca, que gritaria é essa? Toma cuidado eles vão se machucar - disse a Malu preocupada.

- Vão nada! Eles já são acostumados a fazer isso né crianças? - eu perguntei e eles asentiram.

- E qual é o motivo da gritaria? - ela perguntou.

- O Noel falou pela primeira vez.- eu disse e ela começou a gritar comigo.

- Que cara é essa, Bella?  - perguntou o Chaz e merda ele percebeu.

- Não é nada, é bobagem - eu disse sorrindo fraco.

(...) 

 Aqui estou eu na janela do meu quarto fumando de novo, desde que meu pai morreu, comecei a usar drogas, eu fumo maconha e as vezes aplico em mim heroína. Eu sei, é errado! Mas fazer o que? E não, eu não sou viciada, ta bom eu sou viciada mas quem admite que é viciado? Enfim foda-se, faço isso quando eu estou muito puta ou triste, mas fora isso eu não uso as drogas.

Peguei mais maconha, tranquei a porta do quarto e fui pra cozinha. Sentei na mesa e fui fumar a minha tão amada maconha. Quando já estava acabando o primeiro e estava indo para o segundo, Malu chega. 

- Bella, o que você está fazendo? - ela perguntou quase gritando.

- Eu acho que meio óbvio. - eu disse pegando a maconha.

- BELLA, PARA VOCÊ VAI SE MATAR! - ela gritou.

- EU NÃO LIGO! PELO MENOS EU VOU FICAR PERTO DO MEU PAI, EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE MUNDO DE MERDA. A MINHA VIDA ESTÁ UM INFERNO! A MINHA MÃE SE TORNOU UMA VADIA, O MEU PAI MORREU E EU PERDI O CONTADO DA MINHA ÚNICA AMIGA. VOCÊ ACHA MESMO QUE EU LIGO SE EU VOU MORRER OU NÃO? - nessa altura já estávamos gritando.

- POIS VOCÊ DEVERIA LIGAR, SE VOCÊ MORRER VOCÊ VAI DEIXAR AS PESSOAS QUE TE AMAM, COMO EU VOU CUIDAR DOS GÊMEOS SEM VOCÊ AQUI? COMO EU VOU CUIDAR DO JASON SEM VOCÊ AQUI? - ela gritou desesperada.

- Que gritaria é essa? - perguntou o Chaz.

- BELLA, O QUE VOCÊ ESTÁ MALUCA? - gritou o Justin.

- JÁ QUE VAMOS MORAR JUNTAS, É MELHOR VOCÊ SABER, EU FUMO E APLICO DROGAS EM MIM. AGORA EU TENHO QUE IR. - eu disse enquanto eu ouvia um choro de bebê.

- Você não vai chegar perto deles nesse estado.- disse a Melissa mais calma.

- Tá bom! Toma. - joguei a chave na mesa e sai.