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História Change the world (Martin Garrix Fanfic) - Ele é o meu namorado sabes?


Escrita por: carolinaxx96

Capítulo 4 - Ele é o meu namorado sabes?


Fanfic / Fanfiction Change the world (Martin Garrix Fanfic) - Ele é o meu namorado sabes?

Relembro-me do olhar ameaçador que Matheu lhe lançara quando sentira a sua presença. Relembro-me daquele brilho nos olhos que sempre tinha esperado ver. Dos olhos do Martin a darem-me forças para me levantar. Relembro-me do meu sofrimento minutos antes, os meus gemidos a aumentarem sucessivamente a cada minuto e, minutos depois, o Martin já me estava a estender a mão, a reconfortar a minha dor. A salvar-me mais uma vez.

As minhas pernas enfraqueciam ainda mais a cada passada que dava. Sentia o sangue da minha barriga a transpor a minha camisola preta. Estava a ficar fraca de mais para continuar a lutar e o Martin ao meu lado permanecia calado. Tentava puxar-me cada vez mais para cima, apesar das constantes tentativas de desistências do meu corpo. De vez em quando apercebia-me dos seus olhos verdes a observarem-me o que me dava mais força para permanecer de pé. Várias imagens que não conseguia apagar permaneciam na minha mente. Já não era apenas aquela miúda filha de pais ricos ou com meros problemas de adolescente. Era aquela miúda que tinha estado nas mãos de um bandido o verão inteiro. Que tinha sido espancada. Era aquela miúda que sempre tivera força para se levantar e agora desfalecia cada vez mais.

- Não podes desistir agora – ouço o Martin a sussurrar-me.

O cansaço era visível pela sua voz rouca. Optei por não dizer nada.

Num momento era eu deitada no chão, a sentir os seus dedos gélidos a percorrerem o meu corpo, as suas palavras a reconfortarem-me pelo passado, os toques que me arrepiavam a cada minuto que passava e no outro, o olhar ameaçador do Martin a fitá-lo e o seu boné vermelho ao longe. Algumas imagens passavam pela minha mente como um filme mas sem sequência. Relembro-me de Matheu se levantar para tentar dar-lhe um soco mas noutro segundo a virar-se de costas e a sair dali. As memórias pareciam passar pela minha mente sem conexão entre elas como um filme ao qual se tinham esquecido de filmar as cenas. A história simplesmente parecia não fazer sentido.

De repente, já não estava na rua. Estava num espaço bastante calmo e arrumado. Como tinha chegado ali? Não sabia. Não importava. Tudo aquilo em que me focava agora era nos olhos do Martin, que parecia também ter perdido as forças por me carregar até ali durante este tempo todo.

Vi as paredes andarem à roda e o chão a fugir-me dos pés antes de tudo ficar preto.

- Vai buscar água. DEPRESSA! - relembro-me de ouvir alguém a dizer.

Quando acordo vejo toda a gente a olhar para mim, inclusive o Martin que parecia estar cada vez mais preocupado. Uma rapariga loira olhava para mim confusa e esforço-me por me levantar do chão onde segundos antes esbarrei com o meu corpo.

- Miúda, tu estás bem? – ouço a tal rapariga a perguntar.

- Sim, obrigada por me terem ajudado – respondo ainda um pouco a tremer.

 

                - Devias ir à polícia – afirma o Martin.

 - Acho que é melhor não arranjar mais confusões com ele. Talvez depois disto ele deixe de me chatear…

- Não tens de ter medo. Eu vou contigo. 

- Não é preciso, já fizeste demasiado por mim - era óbvio que eu queria a companhia dele, porque ele parecia estar ainda mais lindo do que na tv, mas só queria esquecer aquele pesadelo.

 - Ninguém consegue dar à volta ao Martin – declara a rapariga sorrindo.

- Pronto, acho que vou ter de te aturar então – replico, com um sorriso a aflorar aos meus lábios.

Em resposta, Martin ri e diz:

- E prepara-te, que parece que me vais ter de aturar por algum tempo – depois, num tom mais sério, adiciona: – Não quero aquele gajo perto de ti.

Não sabia o que responder. Ele era tão atencioso – até para uma completa estranha.

- Vamos? – pergunta ele, despertando-me dos meus pensamentos. Sou tomada de surpresa.

- Ahm? – grunho.

- Temos de ir à esquadra. – responde ele, levantando uma sobrancelha e tomando-me pelo braço. – Ele não pode escapar impune.

Paro repentinamente, lembrando-me pela primeira vez em algum tempo a razão pela qual tinha vindo àquela parte da cidade. O início daquele dia parecia ter sido há já tanto tempo.

- O quê? Não! – grito, um pouco mais alto do que estava à espera. – Martin, tens um concerto para dar.

- O concerto não é importante. Temos de tratar de ti primeiro.

Sinto vermelhidão subir-me às bochechas, sem razão aparente.

- Obrigada, mas eu posso esperar até ao final. – digo.

O Martin passa as mãos pelo cabelo, penteando-o. Depois acena com a cabeça, concordando comigo.

- Ok, mas pelo menos fica a ver. É o mínimo que posso fazer. Tinhas bilhete?

Nego com a cabeça, explicando-lhe a situação. Ele foi bastante atencioso, apontando para o sofá e a comida espalhada em cima da mesa e informando-me que podia ficar aqui o tempo que quisesse, bem como servir-me de tudo aquilo que desejasse. Disse-me também que dos bastidores conseguia ver o concerto relativamente bem, caso estivesse interessada. Não tinha palavras para lhe agradecer, mas fui capaz de expressar um simples “obrigado”, respondendo de volta um piscar de olho.

Quando me fui sentar no sofá, pude reparar que a rapariga loira se apressou a abraçar o Martin, olhando de soslaio para mim. Podia ver raiva no seu olhar.

 - Precisas de alguma coisa? – perguntou, surpreendentemente.

- Não, obrigada – Tentei responder educadamente porque, apesar de não sentir muita confiança nela, minutos atrás, tinha sido bastante querida comigo.

Permaneci ali sentada por uns largos momentos. Apesar de não estar a aproveitar tanto o concerto como tinha desejado, passo a passo a minha dor ia se desvanecendo e a melodia entrava na minha mente quase como que me fazendo esquecer aqueles minutos anteriores. Ao meu lado a miúda loira permanecia calada e fixada na porta branca que nos separava do Martin. Ela não inspirava confiança.

Precisamente no momento em que me ia levantar para ver o concerto mais de perto, a rapariga começa a falar, como se fôssemos já amigas de longa data.

- Ele é o meu namorado sabes? – pergunta ela, mas deduzi que não era preciso responder-lhe. Abano a cabeça, incitando-a a continuar, apesar de não estar interessada naquela conversa. – Já namoramos há algum tempo. Ele é um fofo!

Sorrindo, permaneço ali, enquanto ela me conta de todas as situações em que ele foi “um fofo”. Por fim, a rapariga para de falar de si mesma e diz:

- Acho que não apanhei o teu nome. Eu sou a Sonja.

- Mia. – respondo secamente. 


Notas Finais


HEYYY peço desculpa pela demora. Só quero agradecer por continuarem a ler a nossa história! Deixem a vossa opinião nos comentários


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